Em um post anterior foi descrito o conceito de Navios de Controle de Área Marítima. O Almirante Hoolway, suecessor do Amirante Zumwalt, usou o conceito do NCAM para propor um navio mais capaz, chamado de Vertical Support Ship (VSS). Holloway esperava que as forças navais do futuro usariam muitas aeronaves V/STOL e uma frota de 15 VSS poderia operar com um modelo de helicóptero ASW, um caça V/STOL e uma aeronave V/STOL para missões ASW e AEW.

Entre 1974 e 1976, a US Navy (Marinha dos EUA) estudou cinquenta modelos do VSS. O primeiro foi o VSS-D, que era basicamente um NCAM com capacidade de operar com o F/A-18 Hornet. O conceito foi questionado pelo tamanho para operar aeronaves grandes e sobre a capacidade de sobrevivência contra forças soviéticas.

O VSS-2 era um navio maior, com 29.300 toneladas de deslocamento e capaz de levar 26 caças F/A-18 Hornet. Seria armado com oito RGM-84 Harpoon e um Phalanx. O convés de voo seria ligeiramente inclinado para a direita. Era a única opção para criar uma pista longa em um casco relativamente curto. Na proa seriam instaladas duas catapultas a vapor capazes de lançar um F/A-18 Hornet.

A proposta tinha várias limitações como a instalação das catapultas e os elevadores na pista. Elevadores nas laterais poderiam criar problemas em mar agitado.

As imagens abaixo são da proposta de 1977 do VSS-2 e uma versão atualizada do conceito.

 

 

 

A MB (Marinha do Brasil) estuda a construção de um porta-aviões de tamanho médio capaz de operar com aeronaves convencionais. Os candidatos podem ser os concorrentes do Programa FX da FAB como o FA/18 Super Hornet e Rafale M. O VSS poderia ser um conceito a ser estudado para o projeto, visto que a operação de aeronaves de porte médio como o Super Hornet e Rafale exige um navio de pelo menos 40 mil toneladas como o Charles de Gaulle.

Convém considerar que, em operações de coalizão como a que está ocorrendo na Líbia atualmente, os países participantes estão enviando frotas bem pequenas de caças, raramente passando de 10 aeronaves por país. Considerando que a França enviou não só os Rafale M, mas também seus Super Etendart, então até mesmo os AF-1, se estivessem modernizados, poderiam estar participando das operações.

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Marcelo

Interessante o conceito, mas as catapultas na pista de pouso não limitam muito a operação (só decolagens ou só pousos em um dado momento). Será que a economia compensa?

G-LOC

capacidade de pouso e decolagem simultanea é um mito. Até os grandes porta-aviões americanos tem capacidade limitada. O Charles de Gaulle tem o mesmo problema. Na prática as aeronaves são lançadas e depois recolhidas em grupos e não ficam em ciclos contínuos de lançamento e recolhimento. Para complicar, na hora que um grupo chega, eles vão direto para a proa. Este é o problema do VSS, mas também só consideraria o lançamento de um grupo pequeno.

daltonl

Verdade G-LOC…

além do mais, em um navio “pequeno” com “poucas” aeronaves e pequena capacidade de gerar muitas surtidas, devido a menor capacidade de estocar combustivel, tal capacidade de lançar e recolher simultaneamente aeronaves seria o menor dos problemas.