Malvinas: depois do ‘Dauntless’, agora é a vez dos submarinos nucleares

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Escalada continua. Reino Unido já possui planos para enviar uma pequena força militar para o arquipélago caso seja necessário

A Royal Navy enviará um submarino nuclear para o Atlântico Sul para proteger as ilhas Falklands das ameaças argentinas.

O Primeiro Ministro David Cameron aprovou pessoalmente os planos para que um dos mais sofisticados submarinos da classe Trafalgar siga para a região.

A chegada do submarino às águas do arquipélago deve ocorrer no mês de abril, quando será comemorado os 30 anos do início do conflito de 1982.

O submarino fornecerá um “cordão externo” e invisível na protecção das Ilhas Malvinas.

O envio vai enfurecer ainda mais o governo argentino e contribuirá para a deterioração das relações entre os dois países.

As tensões entre os dois países têm aumentado dramaticamente, após meses de debates na mídia sobre a soberania do território em disputa, que tem sido britânica desde a década de 1830.

A escalada na retórica levou o Reino Unido a enviar o HMS Dauntless, um contratorpedeiro  classe Type 45,  para o Atlântico Sul – um movimento definido como “provocador” por Buenos Aires.

E já havia uma discussão sobre a implantação “insensível” do duque de Cambridge nas Malvinas para uma turnê de seis semanas como piloto de helicóptero de resgate da RAF.

Ontem à noite o Ministério da Defesa se recusou a discutir o movimento de um dos navios mais letais da Marinha para o Atlântico sul. “Nós não comentamos o envio de submarinos por segurança operacional”, disse um porta-voz.

O submarino escolhido deverá fazer pelo menos duas visitas a Port Stanley, a capital, durante sua patrulha.

Fontes do Ministério da Defesa informaram que o navio levará uma equipe de técnicos em língua espanhola para monitorar as transmissões de rádio e comunicações na região.

Uma equipe de oficiais de alta patente do comando central conjunto em Northwood, perto de Londres, está coordenando uma série de comissões navais para marcar o aniversário do conflito, que custou as vidas de 255 soldados britânicos e 649 argentinos.

Eles também estão elaborando planos para lançar uma força militar em curto prazo caso seja necessário.

Ontem à noite, o almirante da reserva Richard Heaslip, Chefe do Estado-Maior durante o conflito das Malvinas, descreveu o valor de envio de um submarino a um potencial problema.

Ele disse: “Os argentinos tinham uma boa marinha em 1982. Mas depois enviamos um submarino nuclear para lá eles voltaram para o porto e nunca mais ousaram aventurar-se. “

FONTE: The Mail

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Naval

 

 

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aldoghisolfi

A única coisa que os argentinos estão consegindo, além da antipatia, é a militarização da região.

Espero que a tal de UNASUL não queira que tenhamos de assumir posição mais forte do que as que já tomamos, pois a questão diz respeito somente aos argentinos que a estão usando como manobra dispersiva em relação aos seus problemas internos.

LuppusFurius

Jogo para a torcida…….de ambos os lados…!!!
Não vai dar nada.

jacubao

Os ingleses não estão nem aí, pois a única coisa que os “hermanos” podem fazer é reclamar e fazer “biquinho”.

Marcos

Falklands/Malvinas nunca foram dos Argentinos, portanto falar em “devolução” de algo que nunca foi seu é estranho.

Seria menos estranho, por exemplo, tratar da devolução das regiões tomadas pela Polônia aos alemães e que acabou levando à Segunda Grande Guerra.

Daglian

É, não estavam esperando que os Ingleses simplesmente deixassem as Falklands desprotegidas né?? Certos estão os Ingleses que tem recursos para utiilizar na defesa dos interesses do seu país. Já aqui, tanto no Brasil quanto na América Latina, ninguém liga pra isso, nunca vai precisar né…

Daglian

Off topic: Mais informações sobre os três patrulhas oceânicas que a MB comprou [do facebook da Marinha]: Patrulha marinha terá 3 novos navios Força Naval paga R$ 364 mi pelas embarcações; duas vão chegar até novembro, prontas para uso (O Estado de São Paulo – Roberto – Godoy) A força naval brasileira vai receber até o final do ano os dois primeiros dos três navios de patrulha oceânica de 2mil toneladas comprados da britânica Bae Systems por R$ 364,4 milhões. A terceira unidade chega no início de 2013. A flotilha entra em operação imediata,com a missão de expandir a vigilância… Read more »

MO

risos RGodoy 970 anos escrevendo sobre isso e “matricula”, “Marinha Brasileira” … kkk isso que da se adaptar pra escrever pra buneco ou …. ou ambos os casos … kkkkk

daltonl

Talvez não com Mahatma Gandhi, mas acho que aprenderam algo com Clausewitz ! Dissuasão é o que os britanicos querem. Os argentinos tentaram também: Em 1982, após invadir com centenas de homens, popularam as Falklands com milhares para tornar a retomada a mais sangrenta possivel e assim inibir os britanicos. Não deu certo por inumeros fatores que todos aqui estão cansados de saber. Quanto ao que o Raul escreveu sobre ser “fácil” para os argentinos… penso que não, principalmente pelo chamado “Boots on the ground”. Os argentinos precisariam enviar tropas e desta vez o que eles enviaram em 1982 incluindo… Read more »

Marcos

Em um futuro, em que se descubra mais riquezas por lá, os “ilhéus” poderão se tornar relativamente independentes, podendo eventualmente declarar sua independência, talvez uma “Commonwealth of Falklands”, tendo como Monarca Elizabeth II, ou quem vier depois. E evidentemente poderão autorizar que os ingleses mantenham suas bases militares por lá.
Tchau, Argentina.

jacubao

Os argentinos tiveram a chance deles em 82 e não ganharam a guerra por incopetência, “e isso foi dito pelos própios ingleses”, então não adianta reclamar, esperniar ou fazer biquinho pois com as FAs tetraplégica que eles tem, não conseguiriam assustar nem um camundongo.

Bem feito.

daltonl

Nelson… deixando de lado o aspecto politico, militarmente falando, os argentinos invadiram as Falklands por dois motivos: 1º – menos de 100 militares britanicos pouco armados; 2º – a grande distancia que separa o RU das Falklands que impediria a retomada, ou ao menos a Junta Militar argentina assim pensou. As forças armadas argentinas podem estar sucateadas, mas os britanicos também não são mais aquela “maravilha” de 1982, portanto a grande distancia será sempre um grande estresse para os britanicos,e uma vantagem para os argentinos. Portanto, melhor prevenir que remediar, assim, independente do solitário SSN que será enviado, mas não… Read more »

paulsnows

Toda esta historia de Malvinas, agora, so reflete a vontade de mobilizar a população argentina por uma causa que e certa. Qual argentino vai ser contra? Porem, impossivel, não e. A Inglaterra fica a uma distância enorme das Falklands, a crise econômica esta grassando por la, e as FA’s britânicas foram cortadas profundamente. A Argentina deveria ver os meios que ainda tem a dispor e avaliar com cuidado o momento certo, enquanto meios mais modernos, ingleses, não entram em operação. Certamente, havera uma janela de oportunidade em que o poderio das FA’s inglesas sera minimo antes de reforços. Se houvesse… Read more »

Almeida

Pra quem acha que os ingleses podem não vir defender seus interesses, e orgulho, caso a Argentina invada novamente as ilhas: foi exatamente isso o que a Junta Militar argetina pensou em 1982. Deu no que deu. Continuo fervoroso defensor das Falklands para os ingleses pela tese de que a Argentina, ao abandonar a mesa de negociação e os organismos internacionais cabíveis invadindo as ilhas em 1982, optou inexoravelmente pela via militar. E perderam. Ponto final. Espero que nosso país não se deixe levar mais do que já deixou pela UNASUL neste caso. O Reino Unido não agrediu um de… Read more »

Almeida

Ah sim, pra quem acha que é muito difícil para o Reino Unido defender as Falklands por conta da distância, vale lembrar que elas também não assim tão perto da costa argentina e uma invasão anfíbia, sem o elemento surpresa e com oposição aeronaval, é MUITO complicada. Ainda mais para um país sucateado.

Ivan

Era uma época de dificuldades econômicas e revolução social na França, mudança de governo e de tipo de governo. Paris se preparava para enfrentar as tropas reais. Neste cenário, precisamente em 14 de julho de 1789, corre um boato como um rastilho de pólvora que os canhões da Bastilha, uma velha fortaleza-prisão real, estavam apontados contra Paris. Um grito de guerra reverberou no meio da massa: “à Bastilha!” Após 4 (quatro) horas de cerco sangrento, com muitas mortes entre populares e soldados, a Bastilha caiu. (Há uma versão menos romântica que fala apenas em conseguir pólvora para os mosquetões roubados… Read more »