IAB e Marinha lançam concurso público de arquitetura para reconstrução da estação científica do Brasil na Antártica

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Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz (2) - Crédito Fernando Alvim

vinheta-destaqueO Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e a Marinha do Brasil lançaram nesta terça-feira, 22 de janeiro, na sede do IAB, no Rio de Janeiro, o Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz, que irá selecionar o melhor projeto para a reconstrução das instalações da estação científica brasileira na Antártica.

Estiveram presentes no evento o presidente do IAB, arquiteto Sérgio Magalhães; o arquiteto e coordenador geral do concurso, Luiz Fernando Janot; o comandante da Marinha e coordenador da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, almirante- de-esquadra Julio Soares de Moura Neto; o secretário da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, contra-almirante Marco Silva Rodrigues; o vice-almirante e diretor de Obras Civis da Marinha, Liseo Zampronio; o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa de Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), doutor Carlos Nobre; e o secretário de Biodiversidade e Floresta do Ministério do Meio Ambiente (MMA), doutor Roberto Cavalcanti.

O edital do concurso será publicado no próximo dia 28 de janeiro, quando serão abertas as inscrições que poderão ser feitas até 14 de março tanto por arquitetos brasileiros, quanto estrangeiros associados a escritórios nacionais. O caráter internacional do concurso tem a intenção de promover um maior intercâmbio de conhecimento entre profissionais de diversos países e assim, estimular inovações e incorporar avançados requisitos tecnológicos ao projeto. Para isso, o edital incluirá um Termo de Referência que exige a formação de equipes multidisciplinares formadas por especialistas atuando sempre sob coordenação do arquiteto responsável pela elaboração do projeto.

“O concurso público de projetos é o melhor caminho na busca da qualidade, o que está de acordo com a dimensão alcançada pela ciência e tecnologia brasileira e, sobretudo pelo papel geopolítico que o nosso país tem construído. Um bom ambiente tem papel fundamental para o conforto dos pesquisadores e bem-estar das equipes. Nesse caminho, vamos certamente avançar no resultado mais expressivo possível”, afirmou o presidente do IAB, Sérgio Magalhães.

O desmonte das antigas instalações da estação foi encerrado no último dia 12 de janeiro, data em que o Proantar completou 31 anos. A reconstrução terá início no próximo verão, de novembro deste ano a março de 2014. Segundo o comandante da Marinha, a verba prevista para a reconstrução é de R$ 100 milhões. O projeto executivo é que vai precisar o valor. Essa estimativa foi feita de acordo com as últimas experiências internacionais mais ou menos equivalentes.

“Esta operação Antártica é a maior atividade logística que já realizamos nesses últimos 31 anos do Proantar. No atual momento, o IAB se mostrou um parceiro importante para, com seu conhecimento, nos ajudar a escolher o projeto que atende melhor às características que cumpram o Termo de Referência. Com toda a certeza será uma estação moderna, tecnologicamente avançada, com todos os requisitos de segurança”, disse o comandante da Marinha.

Segundo o secretário do MMA, doutor Roberto Cavalcanti, a operação na Antártica representa um expressivo desafio ambiental ao Brasil. A parceria da Marinha com o ministério e outras instituições tem garantido que o país se mantenha adequadamente no continente antártico.

“O Brasil vai continuar indefinidamente na Antártica. O que vai ser feito irá capacitar ainda mais e permitir ampliar nossa presença com a colaboração de outros países. Esse projeto da nova estação é um ícone do que o País pode e vai fazer“, afirmou o doutor Roberto Cavalcanti.

A reconstrução da estação também conta com o suporte político e financeiro da Frente Parlamentar de Apoio ao Programa Antártico. O MCTI também está diretamente envolvido e de acordo com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa de Desenvolvimento do ministério, doutor Carlos Nobre, a parceria com a Marinha é estratégica para que o Brasil avance em sua capacidade de realizar pesquisas na Antártica.

“Mais recentemente o Programa Antártico Brasileiro atingiu plenamente a maturidade no seu aspecto mais importante, que é a capacidade autônoma de gerar conhecimento, com a colaboração internacional. Hoje temos no Brasil uma comunidade madura e expressiva de pesquisadores que tratam do tema Antártica. É muito importante que os arquitetos tenham em mente o objetivo principal da estação, além da segurança e sustentabilidade, que é apoiar a pesquisa. Tenho certeza de que teremos um projeto muito bem sucedido”, declarou o secretário do MCTI.

Localizada na Península Keller, no interior da Baia do Almirantado, Ilha Rei George, a Estação Comandante Ferraz começou a operar há 28 anos para apoiar a pesquisa na Antártica. A comunidade científica que a utiliza é formada por estudiosos de diversas áreas de conhecimento, dentre elas: oceanografia, meteorologia, biologia, geologia, química e arquitetura.

DIVULGAÇÃO: Doze+ Conteúdo Sustentável/Gestão de Comunicação do IAB

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