Pantsir-S1: o que mudou nos requisitos para aquisição desse sistema antiaéreo?
Os sistemas russos Pantsir-S1 de defesa antiaérea de média altitude deverão ser operados pelas três Forças Singulares (MB, EB e FAB) e deverão ser negociados conforme novos Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) publicados em julho deste ano, que substituíram outros publicados em 2012.
Mas o que foi que mudou de 2012 para cá?
Clique aqui para conhecer essas mudanças, no blog das Forças Terrestres.
Já aqui no Poder Naval, estamos propondo um debate específico:
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Em que navios da Marinha do Brasil, existentes ou futuros, a versão naval do Pantsir-S1 poderia ser instalada?
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Abaixo (e também no primeiro comentário desta matéria), uma sugestão para atiçar o debate…
No blog das Forças Terrestres começou uma discussão interessante sobre os navios nos quais poderia ser instalada a versão naval do Pantsir (que nada mais é que o sistema que combina numa torreta os lançadores de mísseis, canhões e direção de tiro, só que ao invés de instalado sobre um veículo terrestre, é instalado num navio). Uma das possibilidades aventadas lá é equipar as futuras corvetas “Barroso Mod”. Solicitei que a conversa a respeito fosse transferida do blog das Forças Terrestres para este post do Poder Naval, onde estaria mais adequada. Sobre instalação em futuras “Barroso Mod” Não sei qual… Read more »
Fernandino, a questao como vc sabe deve ser refletida efetivamente do porque da utilização dos meios, resumindo, apesar deste assunro demandar uma resposta mais elaborada (e vc sabe que destesto isso, prefiro conversar sobre) eh mai o meno assim: se for para ficar no lenga lenga que eh, pra quem eh ta bom (Este Brasil), nao adianta ficar firulando para algo que mudou, se formos atuarmos fora, como no caso que estamos faszendo no libano, poderia começar a sim se pensar nisto e com navio tipo amazonas, ai sim, mas como vc sabe DESDE quanto te conheço que tudo embuste,… Read more »
Alguém sabe se o pantsir já foi instalado no Kuznetsov? Teríamos lugar para eles em quais outros navios além do opalão?
A título de informação, os russos estão desenvolvendo uma versão naval do Pantisir para uma possível modernização do NAe Admiral Kuznetzov. Não seria interessante a MB se juntar à VMF (Voenno-Morskoi Flot) no desenvolvimento desse sistema de armas? Os navios da MB que poderiam utilizá-lo seriam o NAe São Paulo (nos pontos onde antes ficavam os mísseis Crotale, quando o navio ainda era o Foch da Marine Nationale) e uma versão atualizada da Cv Barros (no lugar do canhão Bofors Trinity).
Na minha opnião o Pantsir S-1 poderia ser instalado nas corvetas da classe Inhaúma (convés de popa) e no NAe A-12 São Paulo. Seria uma ótima opção para substituição dos já obsoletos Seawolf nas fragaras Type 22 ( considerando o residual de vida útil das mesmas). A Corveta Barroso também poderia ter esta aplicação.
e coolocaria a maquina do leme delas aonde ?
Pois é, MO, se houver uma eventual penetração no convés de popa, seria complicado, além do que não sei se o espaço disponível daquela área bastaria para dar ângulo de tiro adequado (o volume da torreta é bem maior do que a do Phalanx que se cogitou inicialmente instalar naquela posição). Da mesma forma, havendo penetração abaixo do convés em que precisa ser instalado, uma instalação sobre o hangar de futuras “Barroso Mod” também precisaria ser vista com cuidado, talvez deixando o hangar posicionado mais para um bordo e o sistema mais para o outro. Porém, minha curiosidade (não encontrei… Read more »
Essas imagens dão uma melhor noção da torreta do Pantsir. https://koroliev.files.wordpress.com/2012/01/sistema-pantsir-s.jpg Outro dia vi algo que parecia uma foto do antecessor Tunguska num navio russo, mas não estou mais achando a imagem. Uma outra pergunta: e quanto a múltiplas ameaças? Como se daria o engajamento de mais de um alvo ao mesmo tempo por um único sistema, dado que o míssil após lançado é comandado por rádio? O radar de direção de tiro (que pelo jeito é o que tem formato de “tamborim” à frente da torreta e à ela está fixado) precisa continuar apontado para o alvo para atualizar… Read more »
Desculpe-me mas uma versão NAVAL do Pantsir é algo de futuro no mínimo de médio prazo.
Neste contrato atual/inicial de aquisição a bateria do Pansir S-1 da MB deve ser “navalizada” muito ligeiramente e ser entregue ao Corpo de Fuzileiros Navais para operar, igual ao que aconteceu com o sistema Astros FN.
http://www.forte.jor.br/2011/12/12/corpo-de-fuzileiros-navais-cfn-compra-sistema-astros-da-avibras/
Se for este o destino do Pansir da MB o CFN vai bombar de VEZ….
Para ajudar na discussão, esse é o link para o Kashtan-M, que é mais ou menos o “primo” naval do antecessor do Pantsir, o Tunguska: http://www.kbptula.ru/index.php?option=com_content&view=article&id=108&Itemid=411&lang=en E, quando a minha pergunta sobre os limites para engajamentos múltiplos do sistema Pantsir, encontrei também esse dado interessante no site da KBP: Number of simultaneously engaged targets in the ±45° sector ………………………………4 Ou seja, o engajamento simultâneo, no meu entendimento, seria para alvos dentro do setor de 45º para cada lado (90º no total) a partir da frente do lançador, onde está o radar DT. Essa parte específica que citei é acessível clicando-se… Read more »
Pois é, Giltiger, imaginava que a versão naval já estivesse plenamente desenvolvida, mas pelo que entendi ainda é preciso desenvolvê-la (ao menos foi o que entendi conforme dicas de outros colegas e uma pesquisa bem rápida).
Quanto ao emprego pelos fuzileiros, numa eventual proteção a uma força desembarcada etc, imagino que o ideal seria ter o sistema instalado num veículo sobre lagartas, não?
Porém, como o Astros foi encomendado pelos Fuzileiros e se trata de um veículo sobre rodas, essa necessidade que aventei pode ser relativa.
Nunão,
Não sabemos como será a versão naval do Pantsir, estamos imaginando que a parte “externa” ou visível poderia ser a torre do sistema terrestre.
Não necessariamente….. eu acho que não faria muito sentido por dois motivos…. a exposição ao ambiente marinho e a pouca quantidade de mísseis da torreta (12 und).
Talvez, seja possível pensar que seria mais parecida com a versão naval do Tor M1…. cujos mísseis (9M330) ficam armazenados em lançador do tipo contêiner, bastante compacto aliás, como se pode ver na foto abaixo:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/97/9%D0%9C330_missiles.jpg/200px-9%D0%9C330_missiles.jpg
Sds.
Aproveitando, video do NDCC Sir Almte Saboia feito pela érica do Blog Canal do Porto de Santos =
http://www.canaldoportodesantos.com/2012/11/video-e-fotos-navio-da-marinha.html
“…a pouca quantidade de mísseis da torreta (12 und).” Caramba, Baschera! Eu não acho pouco não, pensando num lançador conteirável. Só para comparar, o lançador conteirável do Aspide da classe Niterói tem 8 células. Os lançadores de SeaWolf das Greenhalgh têm seis células (dois lançadores = 12 células por navio). O velho Crotale francês, ainda em uso em várias escoltas francesas, tem 8 células. Lançadores de Mistral com maior quantidade de células têm seis células. Acho 12 células num lançador conteirável uma quantidade mais do que respeitável! Mais do que isso, só o lançador de RAM, com 21 células, mas… Read more »
Nunão,
Acontece que nós, brasileiros, estamos acostumados a comparar o “pouco com o quase nada” em termos de quantidades….
Doze unidades, perdoe-me, mas acho pouco…. principalmente para um sistema que pretende destruir projéteis em voo…. mas também reconheço que isto pode, no mínimo, ser dividido com os dois “canhões” laterais da torre.
Também reconheço que ter tal equipamento já seria de muito valor, para quem quase nada tem….. no quesito defesa AA.
Sds.
Baschera,
Nem estou comparando unicamente com o caso de “quem não tem quase nada”.
Estou somente comparando com outros sistemas de mísseis antiaéreos para navios baseados em lançadores conteiráveis, de quaisquer outras procedências ou marinhas.
Baschera,
Essa foto do TOR é apenas a do cofre da versão terrestre, pré carregado com 4 mísseis.
A versão naval (SA-N-9) é lançada desses lançadores verticais giratórios com 8 mísseis cada:
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Soviet_Udaloy_class_destroyer_Admiral_Vinogradov_%281990%29.JPEG)
Só vejo alternativa do Pantsir-S1 naval embarcado para instalação em navio da MB no momento no Porta-Aviões São Paulo. Como foi anunciado o próprio Pantsir-S1 naval russo ainda está em desenvolvimento para aplicação para uma possível modernização do NAe Admiral Kuznetzov, aí daria para uma carona e pegar o projeto e adaptar para o NOSSO NAe… Conta contra de ser quase metade do tamanho do NAe russo, ter uma vida operacional restante de uma década e com a longa parada do São Paulo esta modernização imporá outra parada longa num período que, DESEJAMOS, finalmente o navio supere seus problemas, receba… Read more »
Os russos têm algumas idiossincrasias, e uma delas sem dúvida são os lançadores verticais rotativos de mísseis de seus navios.
Uma das vantagens dos lançadores verticais em relação aos conteiráveis é exatamente a simplicidade mecânica.
Tendo que girar para se colocar em posição de ser lançado, essa vantagem deixa de existir.
Aproveitando o gancho – post panamax em 1a vgm a SSZ =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2013/09/mv-grain-may-d5da6-pela-primeira-vez-em.html
3o navio da classe Cap San Nicolas em 1a vgm a Santos – os recordistas em teus do porto – 9.669 teus
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2013/09/ms-cap-san-lorenzo-lxsq-suspendfendo-em.html
Bosco,
o que vou falar é por puro pitaco, não fiz leitura, nem parei para refletir sobre o que vou falar, MAS…
Os russos adotam esse sistema rotativo pelo pouco espaço que sobra depois de por tantos SSM nos seus navios? Por exemplo o Udaloy ou o Moscou ou Neustrashimy ou sei la o que…
Joker,
Eu creio que não é por motivo de espaço já que ao que parece esse lançador vertical rotativo ocupa mais espaço que se fosse um sistema de células lado a lado como ocorre no Ocidente.
Sinceramente não faço a mínima ideia do motivo. Provavelmente tem a ver com o sistema de lançamento á frio dos mísseis russos, mas também é só um chute.
Fato é que os mísseis para serem lançados têm que girar num tambor e ocupar um determinado lugar onde há um único “alçapão” por onde o míssil é lançado, como se fosse um revólver gigante.