Golfinhos serão usados como arma pela Marinha russa na Crimeia

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Antes, golfinhos e leões-marinhos eram treinados seguindo instruções da Marinha da Ucrânia. Após a desintegração da URSS, os programas de treinamento foram reiniciados por militares ucranianos apenas em 2012. Agora, com a adesão da Crimeia à Federação da Rússia, tanto o oceanário como os golfinhos se tornaram propriedade do país.

“Os engenheiros do oceanário estão elaborando novos aparelhos para treinar os golfinhos de modo mais eficaz”, disse o funcionário, especificando que golfinhos e leões-marinhos vão procurar equipamentos técnicos militares submersos, além de localizar mergulhadores de combate.

A fonte comunicou ainda que o equipamento militar atualmente usado em animais já se tornou antiquado.

“Nossos especialistas trabalharam na elaboração de novos aparelhos que transformam a detecção do alvo subaquático através do sonar dos golfinhos num sinal em um monitor. A Marinha ucraniana não dispunha dos recursos financeiros necessários para semelhantes tecnologias, por isso se viu obrigada a fechar alguns dos projetos”, frisou o empregado do oceanário.

“Transformar um golfinho num assassino ou kamikaze não é muito mais complicado do que fazer o mesmo com um cão. O efeito prático será o mesmo. Ao fim e ao cabo, os militares terão que deixar de aproveitar os golfinhos de combate, como já fizeram com os cães, camelos, elefantes e até com os cavalos de combate, ou seja, a cavalaria”, acredita Serguêi Petukhóv, comentarista da RIA Nóvosti.

Em sua opinião, o maior problema no treino dos golfinhos é ensiná-los a distinguir entre soldados russos e intrusos.

“É possível adestrar um golfinho para ele distinguir entre um dos nossos e um intruso, marcando este último de algum modo – visual, químico, acústico ou hidroacústico. Só que, numa eventual guerra, não será possível marcar os inimigos, por razões bem claras. Teremos então que marcar os nossos homens”, afirma Petukhóv.

“Se a tarefa consistisse em ensinar um animal a tocar com o focinho exclusivamente em objetos marcados, seria possível alcançarmos um êxito próximo a 100%. No entanto, é muito mais complexo ensinar a não tocar em objetos marcados e tentar apanhar todos os outros, independentemente de forma, tamanho, cheiro, vibração etc. A probabilidade de erro aumenta até um nível perigoso”, salienta Petukhóv.

O primeiro país a usar os golfinhos com fins militares foi os Estados Unidos, na década de 1960, quando os animais participaram das guerras do Golfo Pérsico. Na URSS, um centro de investigação científica especializado em preparação de golfinhos “de combate” foi aberto em 1965, na costa do Mar Negro, onde os animais eram aproveitados para a patrulha de entradas de bases militares, detecção de escafandristas de potencial inimigo, bem como para a procura de minas. Durante algum tempo, houve o treinamento de golfinhos “suicidas”, destinados à destruição dos navios inimigos.

FONTE: Gazeta Russa

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daltonl

“O primeiro país a usar os golfinhos com fins militares foi os Estados Unidos, na década de 1960, quando os animais participaram das guerras do Golfo Pérsico. ” Deve ter havido um erro de tradução pela Gazeta Russa, pois as Guerras do Golfo ocorreram em 1990 e 2003. Em 1960 os EUA iniciaram o programa utilizando golfinhos principalmente para localizar minas e os sovieticos seguiram logo depois no emprego militar de golfinhos. Com a dissolução da União Sovietica o programa para treinar golfinhos para matar e ferir seres humanos teria sido transferido para o Irã. A US Navy por outro… Read more »

cfsharm

Há alguns anos atrás, assisti a um documentário sobre o uso de golfinhos e outros mamíferos aquáticos com fins militares. Lá aparecia o depoimento de um militar norte-ameicano aposentado, um Seal se não me falha a memória, falando sobre os treinamentos com eles – ele deixou bem claro que em apoio a missões os animais não eram viáveis devido até a natureza dócil dos mesmos. As unidades citadas pelo Daltonl se coadunam com o que se apresentava como as missões que eles podiam e eram treinados para executar. Como era americano – deixava uma lacuna sobre o que os russos… Read more »