A modernização do Navio-Aeródromo ‘São Paulo’ (A12) e o PRONAe

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No início de julho de 2014, a Marinha do Brasil realizou um “Chamamento Público” para que pessoas jurídicas ou físicas prestem serviços técnicos especializados de consultoria, assessoramento e capacitação (on the job training) da pessoal da Diretoria de Engenharia Naval (DEN), no âmbito do Empreendimento Modular do Período de Modernização do Navio-Aeródromo (NAe) “São Paulo” (EMProModNAe), dividindo-se nos seguintes itens:
a) Sistemas de Propulsão a vapor, que inclui linhas de eixo, mancais, sistema de lubrificação e resfriamento, turbinas a vapor e seus sistemas auxiliares, do NAe “São Paulo”;
b) Sistemas Auxiliares, que inclui o sistema de ar comprimido, sistema de incêndio, transferência e recebimento de óleo lubrificante e óleo combustível, sistemas hidráulicos, sistemas de geração e distribuição de vapor, sistema das catapultas e aparelho de parada de aeronaves; e
c) Contratações, atos preparatórios ou prévios, bem como os atos a serem praticados por Fiscal de Contrato, relacionados ao NAe “São Paulo” e que sejam da alçada da DEN.

O navio será submetido, a partir de 2015, ao Período de Modernização de Meio (PMM),  visa a recuperar as capacidades operacionais do navio, com a realização de reparos e a implementação de modernizações indispensáveis aos sistemas de bordo, com melhoria das condições de segurança, confiabilidade e desempenho.

Planeja-se continuar operando o NAe São Paulo até o ano 2029, quando ele deverá ser substituído por um novo navio-aeródromo, pelo Programa de Obtenção de Navios-Aeródromo (PRONAe).

O PRONAe tem o propósito de projetar e construir duas uni­dades de uma nova classe de Navio-Aeródromo (NAe), com deslocamento aproximado de 50.000 toneladas. O projeto deverá ser feito por um estaleiro/escritório de projetos estrangeiro, com experiência comprovada nessa área particular de engenharia naval, com parti­cipação de pessoal da MB.

A MB, no momento, está interagindo com esta­leiros projetistas de cinco países: Navantia (Espanha); GIBBS & COX INC (EUA); DCNS (França); Fincan­tieri (Itália); e BAE Systems (Reino Unido). O modelo estratégico concebido pela MB prevê que, inicialmen­te, será selecionado um parceiro para assessorar o de­senvolvimento dos Estudos de Exequibilidade, sendo a construção do novo NAe objeto de tratativas futuras.

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Alfredo Araujo

Tenho um amigo que é mecânico de motores na MB, e serve no SP…

Hoje mesmo, estavamos conversando, e ele disse q estão estudando trocar o sistema de propulsão, de caldeiras a vapor, por um sistema inteiramente diesel-elétrico…

Iväny Junior

A carcaça tá bonita.

Roberto Bozzo

acho o A12 belíssimo, com linhas suaves, com proporcionalidade, enfim, é prazeroso vê-lo.
o que não entendo é como a MB após anos reformando-o não tenha um “re-projeto” dele, de seus sistemas, das catapultas, etc.

thomas_dw

O Sao Paulo representa o maior fiasco da Historia Naval do Brasil – o desmonte do know how de operacao da Aviacao embarcada.

Insistir nele é de uma teimosia inacreditavel – a unica razao da sua existencia é a manutencao da estrutua de apoio e dos empregos e verbas, operacional ele nunca vai virar.

mario.lira

Só gostaria de lembrar que mesmo os Nimitz tem propulsão com base de vapor ou turbinas para ter a geração de vapor necessária para as catapultas… trocar para diesel ou turbinas poderia resolver a parte de propulsão, mas de acordo com o pouco que sei todos os CV (exceto para o Ford e os com rampa) dependem de vapor…

ernani

Se chineses e indianos conseguiram a partir de sucata fazer um NAe, nós também podemos. Basta desembolsar muuuuuita grana.

Uma dúvida que fica é se o novo NAe vai começar a ser construído em 2025 ou se já deverá estar pronto em 2025 ? Acho pouco provável que seja para operá-lo já em 2025, haja vista que sua construção deve consumir (sem contigência de verba) uns 5 anos, sem contar o período de projeto e a integração se sistemas.

daltonl

Pode ser uma questão de semântica da minha parte, mas, a palavra “modernização” não caiu bem. Modernizar um navio que terá 52 anos ano que vem ? Ou a derradeira grande manutenção que permitirá ao NAeSP navegar por outros 10 anos somente ? Ainda acho que a compra do Foch foi uma grande jogada, o que faltou foi folego depois para mante-lo mais operacional, mas, nem tudo ainda está perdido. Se de algum modo o orçamento da marinha aumentar substancialmente a partir de 2018 ainda será possível ter um NAe ao menos lançado ao mar em 2027 e operacional no… Read more »

Marcos

Não há justificativa para ele ter ficando mais de uma década parado. Uma revitalização não duraria mais de dois anos.

thomas_dw

boa sorte a Marinha – até agora todo o dinheiro aplicado foi para nada, nem sair da baia da Guanabara deu.

Deve ter muita gente na Marinha furiosa com a decisao de afundar mais ainda verbas no Sao Paulo, quando ha tantas pendencias sem solucao.

Nautilus

Galante, na verdade, o São Paulo custou menos de US$ 11 milhões. O contrato foi em francos, pelo valor de 60 milhões de francos. No início das tratativas, isso dava 12 milhões de dólares. Quando foi realmente pago, o franco havia se desvalorizado frente ao dólar e o navio saiu por menos de US$ 11 milhões.

Marcos

Só uma pergunta: quem transferiu a tecnologia para os franceses projetarem e construírem o Foch?

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares

Aliás qual empresa faria/integraria hoje um overhaul completo do A 4 ?

juarezmartinez

Alfredo Araujo 23 de agosto de 2014 at 18:12 # Tenho um amigo que é mecânico de motores na MB, e serve no SP… Hoje mesmo, estavamos conversando, e ele disse q estão estudando trocar o sistema de propulsão, de caldeiras a vapor, por um sistema inteiramente diesel-elétrico… Marcos, com todo o respeito ao “graxeiro” da MB, mas ou ele falou algo que não sabia corretamente ou alguém entendeu alguma coisa errada, explico: Com propulsão diesel elétrica você não tem geração de vapor, necessário para para as catapultas do navio lançarem as aeronaves. Não tem jeito, ou você tem as… Read more »

Luis

É gastar vela boa com defunto ruim. Esse NAe só serve pra sucata.

A MB ficaria bem mais servida se tivesse um navio do tipo ‘Mistal’ (seja qual for o país de origem). NAe é sumidouro de $$, que já tá faltado na MB.

thomas_dw

´ Thomas, você sabe quanto foi gasto no São Paulo em reformas? ´

ate agora ? pouco .

em dez anos parados … no maximo US$200m ou $20m por ano, a maior parte em manutencao e nao em modernizacao.

Eu concordo – um Mistral cairia bem melhor, substiui-se os A-4 por helicopteros do tipo AH-64 or AH-1Z e voce tem um navio mais adequado ao perfil operacional da Marinha.

mas isto seria uma mudanca radical.

costamarques

Eu acredito muito nesse NAe, se soubermos modernizá-lo estaremos mais confiante com o projeto de construção de um localmente(Se o PROSUB for um sucesso), compramos ele por um preço simbólico e só fizemos reparos até agora, uma reforma mesmo nunca fizemos! os Chineses e Indianos conseguiram fazer 2 sucatas se tornarem maquinas de guerra, porque não podemos?

juarezmartinez

Pelas seguintes razãoes: Quanto pretende se gastar nesta modernização??? Um bilhão de dólares com tudo, reformas e instalação de distemas de combate modernos, radares novos, sistemas de defesa de ponto além da parte mecânica. Primeiro: De onde vai sair o dinheiro, pois se aMB ficou o Ceará em PMG por 7 anos, e olha gastaram uma merreca. Porque as corvetas Inhaúja estão praticamente inoperantes??? Falta de $$$, é outra merreca comparado ao que pode custar a reforma do SP.. De onde vai sair o $$$$$?? Vai cair do ceú.. Segundo: Aonde está o pessoal qualificado com conhecimento para fazer a… Read more »

eduardo.pereira1

Como eu gostaria que, contra tudo e todos e toda a realidade dos fatos , este belo navio realmente passasse por um PMM decente e ficasse ” fino de garagem ” .Nossos aviadores navais merecem um nAe bacana e operacional e o SP parece ser um bom navio que só precisa ser bem cuidado e se lá fora conseguiram recauchutar velharias e deixarem top, por que nós não?!!!

Jacubão

O Juarez Martinez falou mais ou menos o que se pode esperar para o PMM do NAE;
Com um contigenciamento que a cada ano que passa fica mais difícil. O cenário se mostra sombrio para os próximos anos!

daltonl

“Se chineses e indianos conseguiram a partir de sucata fazer um NAe, nós também podemos. Basta desembolsar muuuuuita grana.”

Os indianos não fizeram nada Errnani, foram os russos que fizeram, aliás, muito além do prazo e orçamento originalmente contratado.

Quanto aos chineses, nós não estamos nem perto da capacidade deles e não é só questão de dinheiro não…
basta ver o que eles tem construído e tem em construção.

Não à toa o PRONAE envolve empresas estrangeiras.

Clésio Luiz

Eu acho que o mais provável é que uma futura encomenda caia no colo dos britânicos, pois: – Os americanos possuem a capacidade, mas não tem nenhum projeto pronto e a situação atual deles não os livra de atrasos e aumento de preços; – Os espanhóis idem; – Os italianos idem; – Os franceses, melhor esquecer; – Os britânicos estão fazendo um navio semelhante ao desejado pela MB, mas o sistema de lançamento da aeronave é diferente do que desejamos. Aí vai depender de quanto eles querem para reprojetar o bixinho. Se pedirem demais, é capaz da encomenda cair no… Read more »

Carlos Alberto Soares

“juarezmartinez
25 de agosto de 2014 at 10:24 #”

Aonde assino ?

Carlos Alberto Soares

“Carlos Alberto Soares
24 de agosto de 2014 at 18:02 #

Aliás qual empresa faria/integraria hoje um overhaul completo do A 4 ?

Alexandre Galante
24 de agosto de 2014 at 18:05 #

A Embraer está fazendo.”

Completo ?

Creio que não….

Armas, mísseis, bombas, etc ….. ??

juarezmartinez

Galante! a Embraer fazendo o refit completo, tu está de brincadeira né…..

Grande abraço

juarezmartinez

Clésio, tu acredita mesmo que o Pranae vai ser efetivado?

Grande abraço

Carlos Alberto Soares

É, desdentado.

Não está definido o pct de armamentos, tampouco quem irá fazê-lo.

http://www.naval.com.br/blog/2014/05/12/esquadrao-vf-1-realiza-voo-com-primeiro-prototipo-de-a-4-skyhawk-modernizado/

Tio David, acorda o primo Jacob …..

Help, SOS, האחד במאי

Carlos Alberto Soares

הדוד דוד ובת הדודה יעקב

Tio David e primo Jacob

להמריא ולנחות על banspa

Para decolar e pousar em “banspa”

Portanto…..armamento compatível para esse cenário/TO, chamem do que quiserem …..

Carlos Alberto Soares

Tá bom ….. BAeNSPA …. BAeNSPA …..

André

Não estou conseguindo abrir os 3 links da matéria… Alguma sugestão?

Baschera

O dia em que a Marinha receber a fodástica soma gasta por chineses e indianos numa reforma de um Opala ano 66 (Us$ 2,3 bilhões)… eu rodo a baiana, abandono minha toga e visto uma saia… e me torno jedai boiola… mas só no dia em que comprovarem o “investimento”….

E sobre a modernização dos A-4 …. como já o Juarez deu um toque…. esperem deitados, doí menos as costas !!

Sds.

juarezmartinez

Basca, sobre a modernização dos A 4, eu fui dessacado vivo pela militância do lado negro da força e seus seguidores esquerdopatas doentis liderados pelo CMG “Marola”, aquele que se meteu aonde não devia, participou daquele famoso relatório bunda de penguim que dizia que o Rafale operaria no SP. Bem feito, queria ser almirante, mentiu feio, foi para o pijama mais cedo. Bom, voltando ao tema, os seguidores do Admiral Moon” e alguns blogosféricos di difesa” alardeavam aos quatro ventos a marinha receberia até cinco A 4 este ano, eu disse que trocava de nome e passava a me chamar… Read more »

Leonardo Crestani

Apesar de todos nós sonharmos em vermos o Brasil com “alguns” NAE, vamos ser realistas, temos um que mesmo tendo pago um valor simbolico, na minha opinião de nada serve, pois não esta em serviço, e caminhão parado não ganha frete.

Até 2029 quando é o prazo para que o novo NAe esteja entrando em serviço sendo que será construido no Brasil com ajuda externa, não vejo vontade politica de nenhum dos candidatos a presidência, e isso me deixa muito desgostoso com a situação que num futuro de médio prazo nos reserva.

Que Deus nos ajude

Carlos Alberto Soares

“juarezmartinez
25 de agosto de 2014 at 21:46 #”

Aonde assino ?

Abraços

Carlos Alberto Soares

Israel An IAF A-4N on static display. Note the extended tailpipe. Israel was the largest export customer for Skyhawks. The Skyhawk was the first U.S. warplane to be offered to the Israeli Air Force, marking the point where the U.S. took over from France as Israel’s chief military supplier. Deliveries began after the Six-Day War, and A-4s soon formed the backbone of the IAF’s ground-attack force. In IAF Service, the A-4 Skyhawk was named as the Ayit (Hebrew: עיט‎, for Eagle).[23] They cost only a quarter of what a Phantom II cost and carried more bombs. Since 1966, Israel purchased… Read more »

Carlos Alberto Soares

Os primos conhecem as entranhas desse vetor, deram uma mãozinha no Mike e terão que dar nos VF 1 e ponto.