Marinha testará na corveta Júlio de Noronha, sistema que será usado na classe Tamandaré

Corveta Julio de Noronha (V32)

Entre os equipamentos que estão sendo instalados na corveta Júlio de Noronha (V32) durante o seu PMG/Mod (Período de Manutenção Geral com Modernização), os chefes navais brasileiros decidiram incluir o novo Sistema de Controle e Monitoramento (SCM) da planta propulsora do navio, projetado e desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM).
Uma versão do SCM deverá ser embarcada nas quatro unidades tipo CV03 – a futura classe de corvetas Tamandaré. Assim, a devolução da Júlio de Noronha ao setor operativo da Esquadra – prevista para acontecer em fevereiro de 2016 – ganha uma importância toda especial: permitir que os especialistas da Força Naval avaliem o funcionamento do sistema concebido pelo IPqM.
Além de controlar toda a propulsão da corveta, o SCM, valendo-se de alto grau de automação, acompanhará o desempenho de cada um dos principais componentes da motorização do navio.
Por exigir a instalação de sensores junto aos equipamentos da propulsão, além de unidades de controle nas praças de máquinas, a instalação do SCM é um serviço que requer considerável esforço de integração, e testes que serão realizados no porto e no mar.
A ideia do Sistema de Controle e Monitoramento não é nova.
Ela foi imaginada, originalmente, ainda na década de 1990, como um recurso capaz de assistir o funcionamento das máquinas da corveta Barroso (V34). Há um bom trabalho sobre esse planejamento preparado pelo capitão-de-fragata Engenheiro Naval João Luís Marins, do IPqM. O texto pode ser lido em http://www.fontem.com/archivos/82.pdf.
Etapas – O retorno da Júlio de Noronha às operações acontecerá em duas etapas: a primeira em fevereiro próximo, com parte da motorização operada ainda manualmente; e a segunda em agosto de 2016, época em que a propulsão já deverá estar funcionando de forma plenamente automatizada.

Com base nos resultados obtidos pelo navio, também as demais embarcações de sua classe – Inhaúma (V30) e Jaceguai (V31) – poderão, por ocasião do seu Período de Manutenção Geral, vir a ser submetidas a um programa de modernização.
Nesse momento a corveta Inhaúma realiza um Período de Manutenção Intermediário (PMI), e a Jaceguai um Período de Manutenção Extraordinário (PME), para atender necessidades de manutenção corretiva. Mas esses serviços preventivos e de reparos não envolvem modernização propriamente dita, tendo por objetivo recondicionar a propulsão, os sistemas auxiliares e as estruturas desses navios.
A Frontin (CV33) – quarta corveta da classe Inhaúma – foi transferida para a reserva em 2014.
A Jaceguai deve concluir seu PME “corretivo” ainda no primeiro semestre de 2015, enquanto a Inhaúma encerrará seu PMI na metade final do ano.
Substituições – Entre os serviços típicos de PMG, a Júlio de Noronha foi submetida a reparos estruturais e a diferentes revisões gerais.
Foram inspecionados os dois motores de combustão principal (MCP), a turbina a gás, bem como dois dos seus quatro motores de combustão auxiliares (MCA), empregados na geração de energia. Visando a modernização da propulsão, os outros dois MCA foram substituídos por equipamentos de maior potência.
Também houve uma reposição das unidades de tratamento de águas servidas (UTAS) e do separador de água e óleo (SAO), equipamentos importantes para atender os requisitos de preservação ambiental.
O programa de atualização do navio incluiu a renovação do radar de navegação e do equipamento de guerra eletrônica.
Foram modernizadas ainda as plantas de ar condicionado, os grupos de osmose reversa para a produção de aguada e os compressores de ar comprimido.

O SCM é uma grande evolução, mas é interessante ressaltar que o sistema original já fazia controle e monitoramento… também deve ser dito que o NE Brasil já utiliza o SCAV… aliás parabéns ao pessoal do IPqM… já conhecia o trabalho deles em um sistema de controle de varredura que foi testado alguns anos atrás no NV Abrolhos…
Vão prosseguir com a tamanduá mesmo?
Gostam de jogar dinheiro fora.