Reflexões sobre o encontro dos caças russos SU-24 com o destróier USS Donald Cook

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Por Getúlio Cidade*

Nos dias 11 e 12 de abril, houve um incidente nas águas do Mar Báltico que foi amplamente noticiado pela imprensa internacional, gerando rumores e teses de conspiração em toda a web. Foi o sobrevoo repetidas vezes e a baixa altitude de dois caças russos SU-24 em relação ao Destroyer (ou contratorpedeiro, como chamamos na Marinha do Brasil) Donald Cook, da US Navy. O navio estava operando em águas internacionais quando houve as interações com as aeronaves russas, em variados perfis de voo, cruzando o navio pelo través ou no sentido longitudinal a baixa altitude, algumas passagens com cerca de 9 metros de distância apenas. O evento foi filmado por militares do navio e o governo norte-americano classificou o conteúdo como ostensivo, podendo este ser encontrado facilmente na internet. Houve muita polêmica sobre o ocorrido, tanto por parte da imprensa internacional, quanto nas redes sociais. Rotulou-se o evento como uma provocação desnecessária, uma ameaça contra um navio navegando em águas internacionais e até o prenúncio de um conflito iminente entre EUA e Rússia. O evento certamente foi uma provocação, mas nada além disso, não havendo nenhum objetivo tático ou operacional, mas sim político.

Para vermos o quadro com mais clareza, é importante ressaltar que essa era uma ocorrência normal durante a Guerra Fria. E continua sendo nos dias modernos, não somente com a Rússia, mas com outros países como China e Irã, potenciais adversários dos EUA. No ano passado, a Marinha iraniana lançou no Golfo Pérsico uma réplica idêntica de um porta-aviões da US Navy e realizou um exercício com operações de ataque sobre o mesmo, em um claro ato de provocação, especialmente se considerarmos que o mesmo foi realizado nas proximidades do Estreito de Ormuz, passagem de cerca de 35% do petróleo comercializado no mundo e via considerada de estratégia vital para os EUA. Acrescente-se o fato de que tal exercício ocorreu em meio às negociações nucleares entre os dois países. O próprio USS Donald Cook, há exatos dois anos antes desse incidente no Báltico, fora alvo também de diversos voos rasantes e próximos do navio por outro caça russo SU-24 quando navegava no Mar Negro. Na ocasião, a aeronave teria usado MAE (Medidas de Ataque Eletrônico) que teriam supostamente derrubado o sistema AEGIS do navio (sistema integrado de armas), o que não foi confirmado pelo Pentágono, e soa mais como um rumor, uma vez que, se a Rússia tivesse essa real capacidade, não exporia seu segredo militar a troco de nada.

Su-24 flyby 6

Houve um consenso na mídia de que as manobras dos caças eram seguidos ataques simulados, o que não deixa de ser verdade. Mas há uma importante ressalva a se fazer aqui. Um ataque desse tipo atualmente apenas ocorreria se a aeronave estivesse armada somente com bombas, como na Segunda Guerra Mundial, e seria um ataque praticamente suicida. Salvo engano, o último conflito naval onde houve um engajamento assim foi o das Falklands, mas em uma situação tática completamente distinta, quando os caças A-4 Skyhawk da Fuerza Aérea Argentina (FAA) surpreenderam os navios britânicos fundeados próximos às ilhas, surgindo por detrás das montanhas e mergulhando rápido para lançar as bombas sobre as belonaves inimigas, reduzindo sobremaneira o tempo de reação. Tais ataques exigiam, além de extrema perícia, muita coragem e mereceram até mesmo elogios do Comandante da Força-Tarefa britânica, Rear Admiral Sandy Woodward, após a guerra. A própria Marinha do Brasil, quando operando com a FAB e outras Forças Aéreas, em operações internacionais, como a UNITAS, treina à exaustão ataques desse tipo, até porque eles podem vir a ocorrer em um conflito real, embora com remotas possibilidades. Mas sabemos que, nas condições normais de um engajamento, uma aeronave jamais se aproximaria tanto de um navio de guerra, dado o alcance dos mísseis disponíveis de ambos os lados, tanto ar-superfície, quanto superfície-ar. Se assim é, por que ainda conduzimos exercícios desse tipo? Em primeiro lugar, por que é uma excelente oportunidade de adestrar todos os envolvidos: o piloto, em suas diversas corridas, perfis e procedimentos de ataque; a equipe de vigilância, que são os militares que guarnecem na área externa ao navio e são responsáveis por reportar o contato visual, reconhecer o tipo de aeronave pela silhueta, verificar se está armada ou não, altitude estimada, etc.; a equipe do COC (Centro de Operações de Combate) do navio que irá fazer o acompanhamento com o radar, designação do alvo para o sistema de armas e os engajamentos simulados com o devido armamento; e a equipe da manobra (passadiço) que irá testar os procedimentos de comunicação, interagir com o COC, manobrar o navio para desmascarar baterias, etc. E, em segundo lugar, porque também esta é uma valiosa oportunidade para testar os equipamentos, em especial os sensores e as armas, de ambas as partes envolvidas.

Su-24 flyby 3

Esse não era o caso dos caças russos com o Donald Cook, que não estavam realizando nenhum exercício programado entre si. Em uma situação real, se houvesse a intenção de uma aeronave atacar um navio de guerra, ela dispararia seu míssil ar-superfície a uma distância eficaz, certamente muito maior que a distância visual, e tomaria um rumo para fugir do contato, esperando não entrar no alcance do armamento do navio. No caso de um navio estar navegando sob um ambiente de ameaça aérea, seus radares de busca estariam configurados para interceptar contatos aéreos o mais longe possível. A distância de detecção do contato depende da capacidade e características do radar, bem como do tamanho da aeronave e da altitude de voo, podendo ser estimada em dezenas e dezenas de milhas náuticas. Ao ser detectada e classificada como hostil, a aeronave seria acompanhada pelo sistema integrado de armas que culminaria com o lançamento de um míssil superfície-ar, tão logo ela entrasse no alcance do armamento. Ambas as partes, antes, durante e depois do ataque, também fariam uso da Guerra Eletrônica (medidas de apoio, de ataque e de proteção) a fim de otimizarem seus lançamentos e se autoprotegerem. No caso do Destroyer, se a aeronave inimiga chegasse a lançar o míssil, este poderia ser detectado a tempo de se lançar outro míssil do navio para destruí-lo. E, em caso de falha, entraria em ação o sistema Phalanx, que é uma plataforma de autodefesa composta de canhões automáticos de 20mm, com capacidade de cerca de 3 mil tiros por minuto, usados para destruir mísseis disparados contra o navio. Trazendo para a realidade mais uma vez, um Destroyer da classe do Donald Cook dificilmente estaria sozinho em uma área marítima conflituosa, mas como parte de um CSG (Carrier Strike Group), escoltando um porta-aviões que, por si só, carrega consigo entre 80 e 90 aeronaves que, por sua vez, compõem a PAC (Patrulha Aérea de Combate), responsável por dar o primeiro combate contra uma aeronave hostil detectada na Zona de Vigilância Aérea. Como vemos, um cenário realístico envolveria diversas camadas de defesa aérea antes que uma aeronave inimiga pudesse sobrevoar um navio de guerra norte-americano. Neste cenário mais próximo da realidade, também não faz sentido em se falar em uma ou duas aeronaves atacantes, mas em uma vaga atacante composta por muitas outras, caso se deseje obter algum sucesso.

Su-24 flyby 2

Assim, em uma situação de conflito, uma aeronave desse tipo seria detectada e destruída muito antes de um contato visual, considerando a força de um Destroyer dotado de sistema AEGIS. Daí depreende-se que os sobrevoos dos SU-24 no Donald Cook não podem ser interpretados como ação hostil, com alguma intenção de confronto militar, mas, sim, como uma mera provocação. A própria US Navy contempla ações desse tipo em seus manuais táticos para operação com marinhas aliadas, como, por exemplo, na publicação Allied Maritime Tactical Instructions and Procedures, mais conhecido como ATP na Marinha do Brasil, de uso restrito, ou da publicação Multinational Maritime Tactical Signal and Maneuvering Book, ou MTP, para uso da OTAN. Em ambas, há um capítulo específico para lidar com o que, no jargão naval, é conhecido como harassment, o que bem poderia ser traduzido como provocação tática. Esse capítulo trata de todas as ações desse tipo, sendo devidamente catalogadas e iniciadas com o código HA, sendo empregadas também em tempo de paz. Então, o incidente do Báltico não foi nenhuma ocorrência excepcional para a US Navy, estando previsto no compêndio de ações militares sobre harassment.

Outros aspectos a destacar são: não havia uma situação de guerra declarada entre EUA e Rússia; não houve detecção de emissão eletrônica que indicasse que o navio estava “trecado” por algum míssil; e os SU-24 estavam desarmados, o que foi identificado visualmente pela tripulação do Donald Cook. É bem verdade que o Comandante do navio poderia ter se sentido ameaçado com os caças e ter tomado medidas de autodefesa o que, taticamente falando, poderia até encontrar algum ponto de sustentação. Porém, a repercussão de um possível abate das aeronaves russas teria sido a pior possível, totalmente desfavorável a ele e ao governo norte-americano, com uma perda de capital político inestimável, sem abordar os desdobramentos advindos disto, podendo deflagrar uma rápida escalada de crise com desfecho imprevisível. Talvez, para retribuir à provocação dos pilotos russos, o Comandante do navio poderia ter determinado que se iluminasse as aeronaves com o radar de direção de tiro (DT), função esta executada através de seu poderoso radar AN/SPY-1, tipo MPAR (Multi-Function Phased Array Radar), que é o coração do sistema AEGIS, capaz de detectar, acompanhar, trecar e engajar com mais de 100 alvos simultaneamente, o que certamente seria percebido pelas aeronaves em seus equipamentos de Guerra Eletrônica. Sim, seria uma resposta à altura. No entanto, o radar de DT de um navio é como um cofre secreto. Quando se emite com ele, expõe-se dados sigilosos do sensor como frequência exata de emissão, LP (largura de pulso), FRP (frequência de repetição de pulso) e tipo de varredura, por exemplo. Valeria a pena? Depende da situação tática. Se o caso é uma ameaça real, não se deve pensar duas vezes. Ilumina-se o contato e deixa-se o armamento pronto para emprego. Se não há ameaça, e não havia realmente, a exposição dos dados de track do radar, ao adquirir o alvo para engajamento, poderia ser justamente o que os pilotos estavam querendo e a provocação teria se transformado em um grande trunfo para os russos, pois teriam captado dados de alta relevância tática a respeito dos sensores dos navios com sistema AEGIS. É algo semelhante a um jogador de futebol que fica provocando o adversário até que ele o agrida e seja expulso pelo juiz. Então, o que deveria ser feito em um caso como esse? A resposta é NADA! Exatamente como fez o Comandante do USS Donald Cook, ação esta (ou inação), em minha opinião, acertada.

Su-24 flyby 1

Mas o trunfo para os russos veio de qualquer maneira e fora do nível tático, como também desejavam. A repercussão da filmagem dos caças a poucos metros do Destroyer em voo rasante foi grande e percorreu todos os telejornais do mundo e ainda ecoa nas redes sociais e web sites. Gerou grande controvérsia e polêmica, dentro e fora dos EUA. Em protesto, o Secretário de Estado em pessoa, John Kerry, desaprovou formalmente a atitude dos pilotos russos, o que acrescentou mais lenha à fogueira, havendo um excesso de reação. A meu ver, o protesto poderia ter sido feito em um degrau abaixo, no nível estratégico-operacional, talvez pelo próprio Comandante do EUCOM, que é um Oficial-General de quatro estrelas responsável pelo emprego conjunto das Forças Armadas dos EUA na região da Europa. Seria o suficiente para um evento que não é inédito e ocorre com certa regularidade. Por outro lado, a reação exagerada dos EUA atingiu em cheio o efeito desejado da propaganda russa. Conseguiram transmitir a mensagem que desejavam, alcançando simultaneamente o público interno e externo, em especial, a OTAN. E a mensagem é: “Não venham brincar no nosso quintal! Estamos atentos aos seus movimentos e prontos para atacá-los e aniquilá-los se for preciso”. Foi uma aparente demonstração de força, embora a realidade esteja longe disso, mas essa é a leitura que a maioria, sem o conhecimento técnico suficiente para efetuar uma análise mais acurada, poderia fazer do evento.

Por fim, o incidente no Báltico reitera como uma simples ação no nível tático, mesmo em tempo de paz, pode repercutir rápida e vigorosamente no nível político, à semelhança de um tremor que origina um tsunami, que vai ganhando amplitude, à medida que se afasta do epicentro, até formar uma onda de proporções avassaladoras. Por essa razão, muito bem escreveu o General Carl von Clausewitz, ilustre prussiano, um dos maiores pensadores e estrategistas militares de todos os tempos, que o poder militar deve estar sempre subordinado ao poder político que, por sua vez, deve ser o responsável por seu emprego, pois “a guerra é a continuação da política por outros meios”.

*É Capitão-de-mar-e-guerra da reserva da Marinha do Brasil, com 32 anos no serviço ativo, comandou o navio-patrulha Guaporé e a corveta Jaceguai.

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leandro

Urso mostrando os dentes

Dalton

Aeronaves desarmadas…necessidade de dar um “aviso” para aqueles que estão no “quintal”, embora seja um “quintal” da OTAN também, a necessidade de conseguir apoio interno e mesmo uma distração para uma crise econômica, tudo isso eu compreendo ! . Mas e se uma aeronave apresenta uma falha ou o piloto perde o controle por milésimos de segundos e a aeronave atinge o navio da US Navy ou próximo o bastante, mas, ainda capaz de causar danos e baixas ? . Parece-me que foi o principal motivo da reclamação “exagerada” dos EUA. . E só um pequeno reparo ao texto muito… Read more »

bosco123

Todo o sistema defensivo do navio é baseado no radar, salvo a opção do canal EO do Phalanx 1B. Claro que ninguém acredita naquela estória do Su-24 desabilitar um Aegis, mas o seguro morreu de velho (e papando a enfermeira). Para os navios que não adotam o míssil RAM e que utilizam o Phalanx bem que poderiam contar com pelo menos um pedestal de Stinger naval. https://images.yuku.com/image/jpeg/df715193f0ad4ca2e20cc7e4d68fd477201854b.jpg O melhor seria se 4 Stingers pudessem ser combinados com os atuais Phalanx mas isso nunca foi aventado. – Quanto à provocação do lado americano, talvez o melhor seria iluminar os Su com… Read more »

bosco123

Leandro,
Se foi isso esse urso é um pandinha e com dente de leite. Os russos podem fazer melhor!
(https://www.youtube.com/watch?v=2w5dL52DUN8)

Leandro Costa

Excelente matéria. Concordo totalmente com a visão do autor sobre o acontecido. E acredito que foi bastante pertinente não apenas a matéria como um todo como também a citação de Clausewitz, principalmente em um momento em que muitos clamam por um Ministro da Defesa de origem militar, algo que considero errado, mas compreendo totalmente a frustração com os civis que ocuparam o cargo. . A política externa do governo Obama tem sido desastrada, e principalmente demonstra fraqueza, algo perigoso e indesejável na maior potência econômica e militar do Mundo. A melhor reação teria sido não reagir. A criação de uma… Read more »

Leandro Costa

E sim, na época o papo de terem ‘desligado’ o Aegis me fez rir um pouco. Mas ainda mais engraçado é o vídeo das forças iranianas atacando a maquete em tamanho natural de um NAe da Classe Nimitz.

Dalton

Só lembrando Bosco…que os 4 DDGs baseados na Espanha já começaram a ser armados com o SeaRAM no lugar do phalanx de ré…o USS Donald Cook em questão estará recebendo o seu ano que vem, isso fará com que eles possam enfrentar melhor ameaças aéreas, mísseis anti navio e/ou aeronaves quando estiverem engajados na função anti míssil balístico já que por estarem equipados com uma versão mais antiga do AEGIS não podem executar as duas capacidades ao mesmo tempo.

bosco123

Dalton,
Valeu!

bosco123

Um fato interessante é que os temíveis carrascos russos dos porta-aviões americanos se mostram vulneráveis aos raquíticos mísseis manpads guiados por calor. Daí a moda de se lançar versões navais dos mísseis Stinger, Mistral, Igla, etc.
Será que a onda de mísseis supersônicos dos russos irá dar uma guinada em direção aos mísseis stealths? O X-59Mk2 parece sinalizar que sim.

bosco123

E também parece haver uma versão antinavio do Kh-101, que ficou famoso na operação russa na Síria, lançado de bombardeiros.

Jota

Boa tarde a todos.
Concordo com o Dalton : o recado da USN seria : faça seu “comercial” mas não exponha meu navio a riscos desnecessários ou imprudências . E se naquele momento estivesse decolando um helicóptero no deck do navio? A USN também opera drones lançados de catapulta . Uma coisa é “atropelar” um urubu , outra é pegar um drone em cheio . Achei aquela proximidade toda muito exagero.

Leo

Bosco
A combinação do X-59mk2 transportado no T-50 mudaria as chances dados russos contra um Aegis?

bosco123

Leo, Um Aegis por melhor que seja ainda tem o inconveniente do horizonte radar. Ou seja, isoladamente mesmo sem ser stealth uma ameaça pode se aproximar dele até uns 40 km a baixa altitude sem ser importunado. Se um míssil for lançado por uma aeronave que se aproximou sorrateiramente a baixa altitude e esse míssil não for stealth mas vier “rente ao mar” (sea-skimming) ele ainda assim só seria detectado a uns 30 km do navio. Se além de sea-skimming for stealth (menor assinatura radar, IR e de emissões) essa distância se reduz ainda mais, mas num nível difícil de… Read more »

bosco123

O X-59Mk2 parece ser da mesma linha do SLAM-ER, do NSM e do futuro LRASM.

Leo

Obrigado mestre bosco
O X-59mk2 dizem que vai entrar em produção junto com o T-50, junto da primeira bomba planadora russa guiada por glonass.

bosco123

Uma tendência que se verifica é a instalação de sistemas IRST nos navios, dando maiores opções de sensores e reduzindo a dependência do radar para a vigilância. Um IRST combinado com sistemas de aquisição EO e mísseis guiados por IR/TV/IIR e têm-se uma combinação nada desprezível e à prova de ECM e mais capaz contra aeronaves e mísseis de baixo RCS.

Mahan

Muito bom texto. Interessante como os comandantes militares, em diversos níveis, às vezes têm que lidar com situações onde a decisão de utilizar ou não a força sob seu comando envolve questões psicológicas, técnicas, táticas e por vezes operacionais, estratégicas quando não até políticas e humanitárias. Cada caso é unico mas o Comandante da Starks não agiu e seus comandados pagaram pela sua negligência. O Comandante do Vincennes agiu o dezenas de civis morreram pela sua imprudência. Na dúvida, melhor 2 me conduzindo do que 4 carregando meu subordinado.

MO

Foram duas decisoes dificeis, imagino o CO da Stark momentos antes e depois do impacto …

Em tempo:

http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2016/06/mv-athos-v7py3-embarcando-acucar-no.html?m=1

luiz camacho

mas alguem pode me falar sobre um pequeno aparelho nos su – 24 que impediu ações eletronicas no donald cook ? acho que tem o nome de kibr .

bosco123

Só de curiosidade cito alguns IRST navais sendo implantados: Artemis, Gatekeeper e Sirius (Thales), Vampir EOMS NG (SAFRAN), Sea Spotter (Rafael), FIRST (RHEINMETAL), PIRI (Aselsan), Fenix (russo), etc.

Felipe Silva

Bosco, você ficou sabendo do último teste do SeaRam onde o sistema abateu dois alvos supersônicos e altamente manobráveis simulando mísseis como o BrahMos e o Oniks?

bosco123

Felipe,
Fiquei sabendo. Salvo engano foi noticiado aqui.
O RAM é um míssil que tem mais de 95% de sucessos em centenas de testes.

Rogatti

Boa matéria … pelo que li os “americans” estavam a 70 milhas do território russo…a esta distância, não precisavam de avião para atacar…Bastion-P “abrindo o desfile”…

indo mais fundo… não tenho duvida alguma que navios da OTAN-USA…passeando no mar Báltico…são “escoltados” por sub tipo Varchaviánka.

raimundo

ainda bem que os americanos sabem o que fazem,e fazem bem feito.

space jockey

eles passaram ao alcance do canhão que aparece na primeira foto…

Felipe Silva

Kerry disse que na próxima o navio americano poderá abater o avião russo agressivo.

Dalton

Rogatti…

os “Varchavianka” estão todos na frota do Mar Negro. No Báltico os russos possuem apenas 2 velhos “Kilos” e a frota do Norte mais próxima conta com apenas meia dúzia de “Kilos .
.
No Báltico a OTAN tem superioridade quantitativamente e qualitativamente em termos de submarinos de ataque de propulsão convencional não
incluindo a Suécia que apesar de não ser membro é parceira da OTAN.

Oganza

[Off Topic] por falar em Baltico: F222 Baden-Württemberg – https://www.youtube.com/watch?v=Di_k19pkIug – A primeira F125-Class Frigate da Marinha Alemã voltando do seu “Probefahrt” (Test Drive). O Cassidian TRS-4D parece já estar instalado junto com o RAM Block II(?) e o TKWA/MASS (Multi Ammunition Softkill System) já aparecem os lançadores mas sem o TDLS na lateral do segundo mastro. Os Harpoons tb não estão instalados, ainda devem estar decidindo entre ele e o RBS-15 (o Harppon era classificado como interino). – Ps.: Alguém sabe dizer se os alemães abandonaram a ideia do Long Range Acoustic Device – LRAD como arma não letal?… Read more »

MO
Oganza

kkkkkkk Grande MO…
é a prova que é possível fazer navio moderno (e bonito) sem ter que fazer workshop de origami… 🙂
Ps.: Proa “pançuda” a desse graneleiro heim? 🙂
Grande Abraço.

MO

Viu só …

( ainda me recuperando da azia da “Vishby, belo navio”…. aquela coisa ….

Aéreo

Uma opinião sensata, profissional por parte do autor do artigo. Meus sinceros parabéns! Na ocasião do incidente, os simpatizantes do poder naval estadunidense não tardaram em embarcar no senso comum de que os pilotos russos são pouco profissionais e que tratava-se de uma manobra meramente exibicionista. Isto corrobora com os esforços de relações publicas do pentágono. Algumas semanas depois caças J-11 interceptaram um EP-3 sobre o mar da China. O governo dos EUA classificou o incidente como “voar de forma “não segura” perto de uma aeronave realizava uma missão de rotina no espaço aéreo internacional sobre o mar da China.… Read more »

Aéreo

Erro de digitação. “O comandante do USS Donald Cook agiu com absoluto profissionalismo”

O do USS Vincennes, fez tudo errado, inclusive ter invadido águas territoriais do Irã e ter disparado desde estas águas.

Lucas Lima

O Urso acordou e esta com fome.. a Águia esta afiando as garras e o dragão esta apenas observando

douglasfalcao

A questão é como o comandante do navio interpreta os contatos no radar; que a aproximação não representa perigo real e imediato à embarcação, pois em um ataque sem uso de emissões, apenas com bombas burras, ainda é possível e eficaz se o navio não reage. A guerra das Malvinas provou isso.

Jeff

Rogatti 4 de junho de 2016 at 20:42
Boa matéria … pelo que li os “americans” estavam a 70 milhas do território russo…a esta distância, não precisavam de avião para atacar…Bastion-P “abrindo o desfile”…
indo mais fundo… não tenho duvida alguma que navios da OTAN-USA…passeando no mar Báltico…são “escoltados” por sub tipo Varchaviánka..
.
E o que os americanos fariam se um navio russo se aproximasse a 70 milhas do território Americano?
Haaaa, isso não pode né?? Piadistas, são todos piadistas.

augusto

Sabem porque a Russia faz esses chiliques como esses rasante do Fencer, porque ela não tem poder convencional pra bater de frente com os EUA e nem a OTAN , ai fica usando esses meios não convencionais para demonstrar forca ou atacar um pais soberano como a ucrânia. O nome disse é hybrid warfare, o secretario de estado americano fez bem em “jogar lenha” no incidente

augusto

Jeff com certeza não iam ficar fazendo rasantes com o navio russo, claro iam mandar um p-3 para vigiar o navio mas em uma distancia segura

horatio nelson

a guerra com a russia é invevitavel apenas uma questão de quando sera…a otan provoca muito no quintal da russia(polonia) e segundo putin o estopim será em outubro…inclusive fala-se em ataque preventivo o velho putin realmente quer q a russia tenha todos os territorios e a influencia caucasa da cccp…espero q o trump assuma logo e inicie o noivado com o putin pois “na guerra não há vencedores“

Nonato

Excelente a matéria. Uma aula de estratégia militar. Não a estratégia propriamente dita, de planejar um ataque, mas informações preciosas quanto a questões técnicas pontuais. Que sensores usar. As consequências de “iluminar” o avião. Como um navio desses agiria caso fosse um conflito real (força tarefa, etc). Muito elucidativo. Gostaria que houvesse mais matérias desse tipo. Especialmente mais específicas de estratégias mitares. Por exemplo, os iraquianos estão tentando retomar um cidade do EI. Como se dá um enfrentamento desses? Por que não entram na cidades? Há terroristas a poucos metros de distância com fuzis? Estão escondido dentro de prédios com… Read more »

Nonato

Outros exemplos. No caso de um improvável confronto Brasil-Bolivia. Tipo no caso da refinaria da Petrobrás. Acredito que há diferentes tipos de conflitos. Alguns apenas pelo domínio de determinado território. Outros por questões diversas, mas sem objetivo específico. Outros casos implicariam na invasão, tomada do poder e controle do país vencido. Neste último caso tem-se como exemplos a invasão de Berlim na segunda guerra e a invasão do Iraque em 2003. Como se proceder em cada caso? Por exemplo se um país pretende invadir outro. Como faz? Sempre haverá defesa nas fronteiras? Apenas 200 soldados? Fronteiras podem ser extensas. Não… Read more »

Wagner

Vamos lembrar uma coisa : Rússia e USA NÃO estão em Guerra. NÃO são nações inimigas. São nações que tem rivalidade geopolítica e passam por uma crise de interesses, mas isso está bem longe de ruptura de relações diplomáticas ou estado de Guerra. E vamos torcer para que essa guerra nunca ocorra. Que fiquemos só nas comparações de foruns ” O meu é melhor, ‘meu é melhor” … E, com certeza, são os militares dos dois lados os ultimos a querer essa III Guerra… pq, ao contrario de alguns foristas que ja vi falando asneiras, russos e norte americanos se… Read more »

augusto

Wagner enquanto a Russia quiser se expandir como esta querendo e ameaçado o aliados europeus americanos, sim, a Russia é uma nação inimiga dos EUA, tanto que eles ate classificaram os americanos como principal oponente no cenário mundial

augusto

é sempre assim uma nação desafia a ordem mundial querendo se expandir, foi assim com a Alemanha duas vezes, foi assim com a URSS e é assim com a Russia atual

Jodreski

Reflexão minha sobre o assunto. Os Russos fizeram o que podiam fazer com um navio Americano em águas internacionais porém próximo de águas Russas: absolutamente NADA. No máximo devolveram uma parte do incomodo que o comando Russo sente toda vez que um Navio da marinha mais poderosa do mundo se aproxima de uma base Russa. Se sentiram provocados e provocaram, foram irresponsáveis? Com certeza! Mas é só isso que eles podem ser! Ser irresponsáveis e gerar lindas fotos para correr o mundo e mostrar ao planeta como os Americanos são folgados e como eles os Russos são malucos. Agora todo… Read more »

XFF

O autor só puxou saco dos EUA e parece não entender o lado Russo. Escreveu como se os Russos não soubessem o que estão fazendo em relação a tática e o objetivo.
A marinha dos EUA não poderia se arriscar a abater o avião, pois o a 70 km da li fica a base da Rússia. Se o avião for abatido, dezenas de caças Russos levantariam o voo imediatamente. O comandante dos EUA não é bobo e sabe que estava cercado e a reação da Rússia pode ser imprevisível.

Oganza

Entendam, a Rússia e seu Eurasianismo é inimiga do Ocidente… é inimiga do Seu, do Meu, do Nosso modo de Pensar e de Viver independente da ideologia. Ou vc acha que em um mundo Russo vc poderia “descer o cacete” tanto para um lado quanto para o outro sem nenhuma censura? – Se vc acha que sim, mude-se para lá e me manda um e-mail depois. – Isso é claro, não nos impede de fazer negócios com eles… mas eles que fiquem com o jeito deles de viver e nós com o nosso… pq no fim das contas e felizmente… Read more »

bosco123

XFF, A coisa não é bem assim não. Se o navio americano abatesse um Su-24 russo ele poderia alegar que estava se defendendo de injusta agressão em água internacionais já que claramente o caça apresentou um comportamento que pode ser classificado como ameaçador. Se os russos engrossassem e quisessem atacar o navio americano o caldo engrossaria e poderia levar a consequências sérias, que não sei se os russos estariam dispostos a arcar por conta de uma ou duas aeronaves velhas. Posso estar enganado mas os pilotos russos devem agradecer terem voltado pra casa sãos e salvos ao sangue frio do… Read more »

bosco123

Aliás, não há muito tempo, um Su-24 russo foi abatido pela Turquia e a toda poderosa Rússia com sua capacidade de destruir o mundo 5 vezes, gritou, esbravejou, disse que foi covardia, facada nas costas, etc., mas não fez absolutamente nada.

XFF

Bosco, não manipule a informação, já que é isso que você faz de melhor. Os Russo são sempre os malvados para você. Você escreve a base de ideologia cega. A Rússia não reagiu ao abate do Su-24 não é porque não é capaz de fazer isso, mas o objetivo da Rússia na Síria é diferente e não abrir uma nova frente de combate. O objetivo é eliminar os terroristas que vinham ganhando terreno na Síria e capacitar a Força Armada Síria para para combater com mais vigor os terroristas, recuperando terrenos perdidos para esses terroristas. Em pouco tempo a Rússia… Read more »

bosco123

Eu jamais subestimaria um país que foi capaz de matar mais de 20 milhões dos seus só por conta de impor seus nobres ideais. Um país com esse histórico realmente nem precisa de ser invadido por Hitler ou por Napoleão.
Só lembrando que hoje os ICBMs atacam pelo espaço e o General Inverno não teria como fazer absolutamente nada.

Oganza

Caro Bosco.
é o Ícone “stuck on the wall”, imutável, não removível, perene e intocável… passível apenas de reverência e louvor… Lobaczewski explica isso como ninguém… é uma patologia.

Grande Abraço.

Ricardo

A pouco poucas semanas a Rússia testou o seu novo míssil anti=navio Zircon que voa a mach 5.