A fragata furtiva Lafayette (FLF)

A fragata furtiva Lafayette (FLF)

A fragata furtiva La Fayette (FLF)

Em 2 de maio de 2017, a DGA adjudicou um contrato à DCNS para a renovação de três das cinco Fragatas da Classe La Fayette (FLF) atualmente em serviço com a Marinha Francesa.

Nathalie Smirnov, Chefe de Serviços da DCNS, declarou: “A DCNS agradece à Direção Geral de Armamento (DGA) pela sua confiança e congratula-se com esta notificação relacionada com a modernização das plataformas e sistemas de combate das fragatas da classe La Fayette, nunca antes realizados neste tipo de fragata. A modernização aperfeiçoa o papel e o know-how da DCNS como integrador e modernizador de muitos sistemas dos navios da Marinha Francesa.

A adjudicação deste contrato está em consonância com a decisão tomada pelo ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, na comissão ministerial de investimentos, de iniciar este programa de renovação, paralelamente à realização da Fragata de Tamanho Médio (FTI), com o objectivo de manter uma formação de quinze fragatas de primeira categoria na Marinha Francesa durante a fase de transição, que acompanhará a entrega das fragatas FTI a partir de 2023.

Os trabalhos de renovação, que começarão em 2020, serão realizados em Toulon e sincronizados com as revisões programadas das fragatas. A primeira FLF renovada será entregue em 2021.

Concebidas para realizar missões de prevenção, proteção e intervenção, as fragatas da classe La Fayette contribuem para a gestão de crises e a proteção dos interesses franceses em todo o mundo. Entraram em serviço entre 1996 e 2001.

A renovação abrangerá a plataforma e o sistema de combate. Incluirá, entre outros aspectos, trabalhos de renovação da estrutura, dos sistemas electrônicos e informáticos utilizados para gerir as instalações do navio (propulsão, aparelho de governo, geração de energia etc). No que se refere ao sistema de combate, o sistema de comando de combate, que gere os sensores e as armas, será substituído por uma versão derivada da utilizada no porta-aviões Charles de Gaulle, as ligações de dados táticos serão modernizadas e o sistema antiaéreo Crotale será substituído por 2 novos lançadores SADRAL. Por fim, as Fragatas de classe Fayette estarão equipadas com uma capacidade antissubmarina, com a integração de um sonar montado no casco e contramedidas anti-torpedo.

DIVULGAÇÃO: DCNS

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joseboscojr

Substituição do Crotale N por um par de SADRAL? Hummm… Interessante!

joseboscojr

A La Fayette iria receber um sistema de mísseis Aster 15 mas pelo visto isso não vai acontecer. Se vier a acontecer o radar 2D terá que ser substituído por um 3D. Do jeito que está a defesa de ponto fica por conta do sistema de mísseis Crotale N e do canhão de 100 mm, que tem uma diretora de tiro independente. Os franceses parecem confiar no canhão de 100 mm na função antimíssil.

Alex Nogueira

Bosco algumas perguntas para você (caso possa me dar sua opinião):

1º) O que você acha da utilização do sistema Sadral (que salvo engano é composto de 6 mísseis Mistral cada)? Acredita que será mais eficaz do que o Crotale NG, ou será que só vai ser substituído pela fato do Crotale ter saído de linha?

2º) Quanto ao canhão de 100mm seria esse mais eficaz do que o Super Rapid 76mm com munição 3P?

3º) E o sistema de munição guiada Strales é muito mais eficaz do que a munição 3P?

joseboscojr

Alex, Em relação à substituição do Crotale por dois laçadores SADRAL eu acho que há vantagens e desvantagens e que o fato do Crotale estar em franca decadência pesou já que se espera que esses navios ainda operem por um longo tempo. As vantagens são relativas ao fato dos mísseis Mistral serem mais capazes no caso de um ataque de saturação, o que não é possível com o sistema Crotale. As desvantagens são relativas ao fato dos mísseis Mistral não serem “todo tempo” e terem seu desempenho degradado ou até mesmo anulado em caso de mal tempo. Também, havendo mesmo… Read more »

joseboscojr

Ops: mal tempo = mau tempo

joseboscojr

O “problema” do Mistral (e do Stinger e do Igla) não ser todo o tempo se refere ao seu modo de operação “LOBL” (trancamento antes do lançamento). Outros mísseis guiados por IR por operarem no modo “LOAL” (trancamento após o lançamento) não têm essa limitação. Exemplos: RAM, Umkhonto, MICA-IR, etc.

Alex Nogueira

Bosco, obrigado pelas respostas.

August

Tenho uma GRANDE impressão que as La Fayette vão vir para o Brasil na proxima decada .

Delmo Almeida

Prezados, . Qual é o sentido em iniciar a modernização destas fragatas praticamente ao mesmo tempo que suas substitutas ficam prontas? Não é apenas uma revisão para manter os sistemas funcionando, mas também não é um programa de manutenção geral. A única vantagem que vejo é colocar o navio em uma posição melhor no mercado de usados. . A segunda é pra confirmar uma informação das substitutas FTI. Publicaram que estas Fragatas ASW possuiria mísseis Aster 30, o que eu achei um pouco estranho, visto que somente as duas últimas Fragatas FREMM possuirão e todas as outras seis usaram apenas… Read more »

Dalton

Delmo…
.
as substitutas levarão um bom tempo ainda para estarem todas em serviço, assim, 3 das
La Fayettes foram selecionadas para garantir que a marinha francesa mantenha em serviço
15 principais combatentes de superfície.
.
Justamente pelo cancelamento de 3 “FREMM” as Fa Fayettes e mais ainda as substitutas
foram “promovidas” para principais combatentes de superfície e como 6 das 8 FREMM são
mais especializadas em luta anti submarino o jeito foi dotar as “FTIs” com maior capacidade
AA.
.
abs

Marcelo Bardo

Acredito que muito provavelmente haverá fragatas desta modernização sendo oferecidas ao Brasil.

August

Gostaria que o Brasil considera-se a compra dessas 2 Le Fayette, se tudo sair bem podemos ter uma frota de 13 navios :
5 tamandaré ,
1 Barroso ,
2 Le Fayette e os 5 navios do prosuper que querendo ou não um dia vão sair !
Ou seja 8 corvetas envenenadas e 5 fragatas de 6000 ton e ainda sonhar com o Ocean.

Rafael Oliveira

August, de todas as compras desejadas por você, a do Ocean é a mais barata e, portanto, o sonho mais fácil de se tornar realidade.

E eu não tenho tanta certeza que um dia o Brasil venha a comprar 5 fragatas de 6000T. Poderá optar por uma fragata de 4000T mesmo.

Jr

Pois é, alguém poderia me explicar o do porque do fetiche da MB por fragatas de 6.000 t, se até o que sobrou de peixes no rio Tietê sabem que a mesma não vai ter dinheiro para comprar tais navios tão cedo e quando tiver muito provavelmente não terá dinheiro para operar tais navios. Não seria melhor comprar fragatas leves de no máximo 4.500 t como muitos países estão fazendo? Na última laad a navantia ofereceu uma fragata leve muito interessante, cujos preços variavam entrem 450/500 milhões no máximo, não seria essa uma boia escolha ao invés de ficar esperando… Read more »

Jr

A fragata do início da matéria é a que eles estão oferecendo ao Peru e a Colômbia, a fragata do final da matéria é a que eles estão oferecendo a MB no âmbito do prosuper.

http://www.defensa.com/laad-2017/alfa-4000-mm-navantia-disena-nueva-fragata

_RR_

Jr, Alcance, endurance… Características mais adequadas para alto mar, de uma forma geral… Tudo isso faz muita diferença nas vastidões do Atlântico… E tem-se ainda um potencial de crescimento maior… Há mais espaço para implementar modernizações. O planejamento original da MB não era nada tão “fora da casinha”, se observarmos bem… Juntando tudo, previa-se um gasto de R$ 70 bilhões ao longo de vinte anos; algo como 3,5 bilhões por ano. Não era nada impagável quando foi bolado… Se as contas do país estivessem saudáveis, seria perfeitamente viável. Seja como for, os planos originais de reequipamento sofreram considerável abalo, quer… Read more »