H225M (UH-15A) com dois mísseis antinavio AM-39 Exocet

H225M (UH-15B) com mísseis antinavio AM-39 Exocet

H225M com dois mísseis antinavio AM-39 Exocet

Certificação é a mais complexa já desenvolvida pela empresa

A Helibras realizou em suas instalações em Itajubá (MG) o segundo voo da campanha de certificação do H225M na versão Operacional Naval. O evento contou com a presença da Autoridade certificadora, o Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), bem como os profissionais da Helibras.

Dentro do escopo analisado pela autoridade certificadora, foi avaliada a integração do sistema de mísseis AM-39 Exocet, feita pela Helibras, a qualidade do voo e o desempenho da aeronave com o armamento instalado. Outros aspectos do Sistema Tático de Missão Naval (NTDMS) serão avaliados em breve para continuidade da certificação completa da aeronave.

H225M e as equipes do trabalho de certificação

Durante o evento, foram feitas simulações de disparos do míssil AM-39, utilizando o Sistema Tático de Missão Naval. “Concluímos mais uma etapa importante no processo de certificação dessa versão. Novos voos serão realizados no mês de agosto, desta vez para avaliar outros sistemas presentes na versão Operacional da Marinha”, explica o presidente da Helibras, Richard Marelli.

A aeronave BRA-005 será a primeira em versão operacional a ser entregue para a Marinha em 2018. O helicóptero faz parte do contrato de aquisição de 50 helicópteros H225M (antes denominada EC725) do Programa H-XBR, adquiridas pelo Ministério da Defesa para uso das Forças Armadas brasileiras, que estão sendo produzidas pela Helibras do Brasil, a partir de transferência de tecnologia e de conhecimento que vem ocorrendo desde 2010.

DIVULGAÇÃO/FOTOS: Helibras

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Augusto

Como eu havia dito em outro blog, é interessante observar a disposição desses vários sensores na parte superior do cone de cauda. Eles não existem dessa forma nos outros EC-725.

Felipe

Imaginem o Ocean operando na MB com 7 desses decolando…..14 Exocets fazem um puta estrago….

Flanker

Felipe, pelo que lembro, a MB irá operar 8 na versão básica, 3 na versão C-SAR e 5 nessa versão ASuW. Contando com a indisponibilidade por manutenções de rotina, imaginemos 3 unidades dessa versão e mais uns 3 ou 4 SH-16 operando a partir do Bahia ou do possível Ocean. Seria algo bem razoável.

Gonçalo Jr

O problemas nesses helis já foram todos resolvidos? Na entrevista de Roberto Lopes com o CM da Marinha isso não foi tratado…

Bavaria Lion

Conseguiram fazer um stand-off do exocet (ele é solto da aeronave antes de ligar o motor). Era fundamental, senão esse troço cairia. O problema de projeto não foi resolvido. E é problema de projeto. Simples. Não presta, não serve. Aqui um vídeo dele disparando um exocet. Sem oposição aérea e contra um alvo imóvel, ele consegue acertar. Acredito que ele não é capaz de disparar um exocet em vôo baixo, abaixo da linha de captação do radar (onde esse tipo de míssil é efetivamente letal). Um foguetão de cima pra baixo brilha nos sistemas anti-aéreos dos anos 80 (imagine um… Read more »

Felipe

Flanker,
Pena serem tão poucos nessa função. Ainda bem que soma com os SH-16!

Flávio Cardia

Ocean como Nau Capitania, Bahia, Almirante Sabioa e Garcia D´Ávila transportando tropas….. seria lindo, mas como nos faltam escoltas, pqp!

Flanker

Bavaria Lion, O AM-39 é lançado sempre com o motor desligado, cuja ignição ocorre em torno de 1 ou 2 segundos após ser liberado pela aeronave (seja de um helicóptero, um caça, etc). É a característica do míssil. Ele não é lançado por trilhos, como mísseis ar-ar, por exemplo, que deixam a aeronave por força do seu motor. E, só para constar, não estou aqui defendendo essa aeronave, cujo projeto HX-BR sou contra pela maneira que foi feito e pelos custos elevados perante o retorno que vai proporcionar. Mas, já que está aí, temos que torcer para que funcione e… Read more »

Rafael Oliveira

Essa versão do H225M está tendo seu desenvolvimento bancado pela MB, certo?
Ela receberá royalties caso ocorram vendas dessa versão para outros países?

Gustavo

Na aviação de asas rotativas a MB está bem, talvez precise ser comprado algo próximo de mais 10 helicópteros Sea Hawk ou algum especifico de ataque, nas já está aceitável para a realidade. O que falta é defesa aérea nos meios, no longo alcance e de sistemas de auto defesa CIWS. Espero que isso se resolva nas próximas aquisições de corvetas e fragatas…

Alex Nogueira

Pelo que sei o Chile também faz uso de uma versão antinavio do Super Puma (versão anterior/menor do EC-725, também armados com o Exocet), e pelo que já li a respeito estão satisfeitos, sendo assim torço para os nossos também fiquem bons.

Leandro Costa

Alex, ainda usamos Super Pumas. Inclusive a MB. Só que os nossos não tinham Exocets integrados. Mas os Exocet eram integrados aos Sea King que usávamos, mas que já foram aposentados. A própria Argentina conseguiu integrar os Exocet aos Sea Kings deles algum tempo atrás, mas bem depois das Falklands.

Bavaria Lion

Flanker No segundo lançamento desse vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=UkjbcXpM5o8), no que parece ser um patrulheiro francês, acredito que ele já saia impulsionado do avião, bem como, acredito que era assim que era lançado dos supers entertards argentinos (justamente porque a tática para atingir um alvo com o foguetão é manter vôo e disparo abaixo da linha do radar do navio oponente). Acredito que com o disparo stand-off, não dá pra fazer isso (uma vez que você já está voando bem baixo). Além de que esse negócio h225m não tem capacidade de voar pairado por mais de 10 minutos. O problema todo não… Read more »

Rafael Oliveira

Bavaria Lion, não entendi por que você acredita que o H225M não irá conseguir lançar o míssil a baixa altura. Se a informação do Flanker estiver correta (e parece estar, pelos vídeos disponíveis), de queda de até 2 segundos do míssil antes da ignição, ele não cairia 20 metros. Coloque mais alguns metros de margem de segurança e se tem um lançamento antes do helicóptero entrar no horizonte radar de um navio. Claro que se tiver aeronave AEW e caças, a situação é outra. . PS1: no primeiro vídeo é uma ilustração e não um disparo real. O H225M ainda… Read more »

Leandro Costa

O exocet só aciona os motores após cair do pilones, exatamente como o Flanker falou.

Bavaria Lion

Rafael

Eu já vi relatos ao redor da net, que um caça passa rasante (bem abaixo de 50m) no trecho de aproximação final para disparo do míssil. O heli, que por ser maior, vai brilhar como um sol no radar, deve vir em aproximação baixa de maior distância, e daí, forçar esses punhos de rotores tão maravilhosos a um vôo rasante não deve ser uma boa ideia. O disparo que os vídeos mostram não são nada demais, já que foram contra “oponentes” inertes e sem defesas. Imagino que até um phalanx extermine o foguetão disparado desse modo.

Saudações.

Bavaria Lion

Galante

Segundo constam relatos, inclusive dos pilotos e oficiais de ambos os lados nas falkland, bem como o processo muito bem descrito em matéria aqui do naval mesmo, parece que a NEZ do míssil é dentro dessas 20 milhas, além do conjunto complexo de forças de uma força tarefa (hoje, por satélite você é monitorado decolando do convés, de acordo com a marinha e os recursos dela), pode detectar em cruzamento de informações e os interessantes Vants patrulheiros.

Saudações.

Jonas Rafael

A uma distância de 40 km não é necessário estar rente ao mar para ficar invisível ao radar de um navio. Também não vejo a necessidade de vôo pairado para efetuar o lançamento.

Flanker

Bavaria,

todo AM-39 é liberado da aeronave e só após ocorre a ignição do motor do míssil. E usando seu exemplo dos Exocet/Super Etendard argentinos nas Falklands, exatamente o comandante da aeronave que lançou o Exocet que atingiu o HMS Sheffield narrou a angústia que sentiu naquele 1 ou 2 segundos, entre a liberação e a ignição, com receio que o motor do míssil nào fosse acionado.

Abraço.

Felipe

Muito interessante os desenhos, Galante! Tomara que nossos Gripens algum dia venham a ser equipados com mísseis anti-navio. Isso dissuadiria qualquer ataque de frota naval sem um porta aviões. Parece-me muito mais poder de fogo do que nossa Esquadra atual, ou mesmo com as Tamandarés. Porém, os atuais sistemas de defesa dos navios, como mísseis como o Sea Ceptor ou até mesmo os CIWS não poderiam barrar facilmente o ataque de um míssil anti-navio? Eles já são projetados pensando nesse perfil de voo baixo das ameaças, logo, acho que seria necessário um ataque de saturação. Penso que os sistemas de… Read more »

Rafael Oliveira

Alexandre Galante, e olha que nem com caça embarcado e AEW consegue-se eliminar a ameaça, pois eles podem deixar passar ou mesmo serem atacados e abatidos por caças adversários.

Fernando "Nunão" De Martini

É impressionante como se travam discussões a partir de conclusões erradas tiradas a partir de premissas erradas, como essa teoria de terem desenvolvido um Exocet ar-mar que acionasse o motor após o lançamento só por causa da integração ao H225M. . Como bem ressaltado por outros comentaristas, o míssil sempre funcionou assim, lançado do pilone para só depois acionar o motor (nada de trilhos ou coisa do gênero), seja a partir de aeronaves de asa fixa e rotativa. . Com menos de um minuto de pesquisa no youtube já se resolveria a celeuma: 1 – lançamento por jato Super Etendard… Read more »

Juarez

Parafraseando um forista aqui da trilogia,o Zé Abelardo:

Estão fazendo com a Kombi e com o MAN, algo que já feito com o Sea king e AM39 a 30 anos atrás.

g abraço

Bavaria Lion

Caros

Utilizei o exemplo da guerra das malvinas justamente porque mostra o poder do míssil, e os pilotos argentinos nem tinham completado o treinamento para a arma…

Realmente não lembrava sobre a questão de stand-off do exocet. Apesar de teoricamente defasado, ainda é um dos melhores mísseis anti-navio do mercado, com uma ótima relação custo-benefício.

Agora, a operação do h225m em vôo rasante ainda é sim uma incógnita. E nesse tipo de vôo, onde se força mais o motor, é, pela lógica, mais arriscado que ele manifeste seu problema crônico e que não foi resolvido ainda pela Airbus.

Saudações.

sergio ribamar ferreira

Concordo com o Srs. Galante e di Martini. Exposições esclarecedoras. Pergunto: Aviação naval baseada em terra ainda é opção utilizando este excelente míssil Exocet ? Caso afirmativo, Quais aeronaves de longo alcance com custo- benefício satisfatórios?

Luciano

Nas configurações de armamento possíveis, armam o H 225 com apenas um Exocet?

Ádson

Galante, sim, não, talvez, pode ser, quem sabe, todavia contudo…, rsrs

Flanker

Luciano, em praticamente todas as imagens, o H225M aparece armado com dois AM-39. Pelo menos ele possui os suportes/cabides para dois mísseis. Agora, na prática, não sei como ele irá operar. Talvez dependa da missão e do alvo a ser atacado. Mas, como não consigo gostar dessas “adaptações”. Na minha visão leiga, não levo muita fé nesse aparelho e, menos ainda, nessa configuração. Mas, já que o limão está aí, torço para que consigam fazer uma limonada (e que essa seja “bebível”). Espero que, ao menos, até a entrada em operação dessa versão, tenham resolvido definitivamente o problema das MGB’s.

Flanker

Galante, Nunão ou alguém mais que saiba responder:
As celulas dessas aeronaves, as de uso da MB, mas principalmente dessa versão, que terá uma missão para a qual deverá operar embarcado (não imagino um heli para missão antinavio partindo de terra), possuem algum tipo de navalização da estrutura da célula, motores, engrenagens, etc, para que suportem a alta salinidade do ambiente marítimo? Os SH-60 possuem, pelo menos nos motores, adequações para enfrentar um ambiente com saturação salina.

Carlos Alberto Soares

sergio ribamar ferreira 9 de agosto de 2017 at 22:52
Sempre defendi aqui para essa tarefa os AF 1 da MB, já os temos.
Completamente modernizados pelos Israeli, REVO e com um bom míssel anti návio.
Ai sim.
__________________________________

Quanto a Kombi ela nunca vai matar ninguém, tudo sempre estará condicionada ao problema dela, nunca vão coloca-la no limite de uso.
+++++++++++++++++++++++++++
Juárez, notícias desse tema das engrenagens etc ?

Mauricio R.

Vida de H-225 é difícil como que, lê, lê, lê, lê, lê, lê…
.
“In the meantime, Era is continuing to pursue Airbus Helicopters through the US courts, alleging that it sold H225s with the full knowledge of a safety issue with the main gearbox.”
.
(https://www.flightglobal.com/news/articles/era-group-plays-down-swift-return-for-h225-helicopte-440147/)

marcelo

apenas por curiosidade, alguém sabe como anda este projeto? o cronograma de entrega da primeira unidade para 2018 está mantido? e para as unidades seguintes?

a propósito, qual seria o grupo aéreo ideal para operar no Ocean?
claro q dependeria da missão, mas imagino que numa configuração mais GP seria mais ou menos:
4 Seahawks ASW,
4 UH-15A ASuW,
2 UH-15A C-SAR,
2 UH-15 utilitários,
1-2 UH-13 utilitários

e deixaria os Lynx pras escoltas. faz sentido?

Fernando "Nunão" De Martini

Marcelo, Para missões de “emprego geral”, faz sentido na composição de aeronaves ASW, ASuW e C-SAR, mas a proporção de UH-15 “utilitários” não combina com a principal função de um porta-helicópteros, que é o desembarque anfíbio. Teria que embarcar pelo menos o triplo de UH-15 para o helitransporte de tropas do mar para terra, e a quantidade ficaria próxima da capacidade de embarcar helicópteros do navio, que é, se não me engano, de cerca de 18 aeronaves. Mas se você está falando em ser um núcleo de força-tarefa para operação longe da costa, com capacidade de atacar uma outra esquadra… Read more »

marcelo

valeu Nunão! realmente faria todo sentido levar 4 UH-15 a mais do q a minha lista, e isso sem “lotar” o Atlântico. aliás, na verdade quase que falta aeronave para usar o máximo de potencial de uma força tarefa composta de Atlântico, Bahia e mais 2 ou 3 escoltas. eu acabei sendo um pouco ‘humilde’ no meu palpite justamente deixando uma reserva para as aeronaves em manutenção – na verdade pra ser possível aquela lista, incluindo os 6 UH-15 ‘básicos’, mas excluindo os esquilos, já estaríamos contando com uma disponibilidade de mais de 70%, o que nem sei se é… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Marcelo, com 8 Super Lynx modernizados, e pensando numa disponibilidade de 5, e levando em conta que levará tempo até se adquirir Sea Hawk em maior quantidade e que a classe Tamandaré também poderá operar o Super Lynx, não vejo nenhuma sobra deles na próxima década. De qualquer forma, o importante é haver flexibilidade de opções para que os esquadrões da Aviação Naval possam operar suas aeronaves nos vários convoos da Esquadra. Sobre outras funções e aeronaves adicionais, eu não pensaria nisso de forma restrita à Marinha. Por exemplo, e com a devida qualificação de pilotos e pessoal de apoio… Read more »

marcelo

perfeito Nunão, o RU cansou de fazer isso com seus navios aeródromos e com o próprio Ocean…