Versão naval do helicóptero multimissão H225M completa importante etapa para conclusão da sua certificação

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H225M (UH-15A) com dois mísseis antinavio AM-39 Exocet

H225M (UH-15B) com mísseis antinavio AM-39 Exocet

O helicóptero multimissão H225M em sua Versão Naval completou importante etapa para conclusão da sua certificação. A campanha de tiro com os mísseis Exocet AM39 B2M2 foi realizada com o apoio logístico e operacional da Marinha do Brasil, a partir da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia. A entrega da primeira unidade desta versão à Marinha do Brasil, está prevista para o final de 2021, sendo parte do contrato assinado em 2008 entre o Consórcio Helibras-Airbus e o governo brasileiro, que prevê a entrega às 3 Forças Armadas Brasileiras de 50 aeronaves do modelo, incluindo 7 versões diferentes, e produzidas na fábrica da Helibras em Itajubá.

Especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil, a versão Naval da aeronave H225M é a mais complexa desse modelo já desenvolvida e produzida. O desenvolvimento desta versão específica foi liderado pelo Centro de Engenharia da Helibras e da Airbus Helicopters.

Esse helicóptero representará um grande incremento na capacidade operacional da instituição, que poderá realizar as missões de SAR, CSAR, Controle de Área e Ataque ar Superfície, ganhando agilidade, força e capacidades técnica e operacional para defender as fronteiras, mares e povo brasileiros e atuar pela autonomia e soberania nacional. A aeronave possui sistemas embarcados no “estado da arte”, incluindo o EWS IDAS-3 (sistema de contramedida), a capacidade de atirar mísseis Exocet AM39 B2M2, o radar tático APS143 e o sistema de missão naval (N-TDMS), entre outros.

“É uma honra para a Helibras ver como o Programa H-XBR contribui para a capacitação da indústria aeronáutica brasileira e soberania na fabricação de helicópteros, tendo um papel importante no aperfeiçoamento da capacidade operativa das Forças Armadas Brasileiras, acrescenta Jean-Luc Alfonsi, Presidente da Helibras.

O sistema permite a ampliação expressiva da força de combate da Marinha, além de viabilizar um grande salto tecnológico para o Brasil em sistemas de armamento e proteção e, portanto, o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança do país.

Essa missão com o H225M também ressaltou a eficiência do míssil Exocet AM39 B2M2, da MBDA. “Temos uma parceria de mais de 40 anos com a Marinha do Brasil, com a presença do míssil antinavio Exocet no país, sistema inteligente e eficaz, que ganhou diversas versões e atualizações ao longo dos anos. Temos satisfação em poder contribuir para autonomia tecnológica do país e apoiar as Forças Armadas em sua missão de garantir a proteção da Amazônia Azul e a soberania do país”, destacou Patrick de La Revelière, Vice-presidente da MBDA para América Latina e Canadá. O Exocet AM39 B2M2 é uma versão aerotransportada moderna da família de mísseis antinavio de longo alcance Exocet. O Sistema de Mísseis foi totalmente integrado ao Sistema de Missão Naval (N-TDMS), o qual foi especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil e integrado no H225M.

O sistema tático de missão da versão operacional naval, o N-TDMS (Naval Tactical Data Management System), é responsável por fazer o comando e controle de todos os sistemas embarcados, incluindo o sistema de armas. Por meio da compilação dos dados dos sensores e dos dados de voo, o N-TDMS é capaz de apresentar ao operador, em uma única tela, toda a situação tática em torno da aeronave, facilitando a tomada de decisão da tripulação. A Atech, empresa do Grupo Embraer participou ativamente deste desenvolvimento.

“Fazer parte deste projeto é razão de grande orgulho para a Atech, pois estamos ao lado de grandes parceiros, atuando para a soberania do nosso país. Tivemos participação ativa no desenvolvimento e concepção do sistema NTDMS. Para nós, é a consolidação de um trabalho, que mostra o nosso DNA em integração e desenvolvimento na busca constante pela autonomia tecnológica brasileira”, ressalta o diretor da Atech, Giacomo Staniscia.

O recebimento dessa aeronave, com alta capacidade e desenvolvimento tecnológico aumentará, sobremaneira, a capacidade operacional da Marinha do Brasil, proporcionando um meio aeronaval capaz de colaborar com o cumprimento de sua missão, como por exemplo a defesa e a vigilância de nossa Amazônia Azul.

UH-15A armado com míssil antinavio AM-39 Exocet
H225M armado com míssil antinavio AM-39 Exocet

Sobre a Helibras

A Helibras é a única fabricante brasileira de helicópteros, subsidiária da Airbus, líder mundial nos segmentos aeroespacial e de serviços relacionadas à defesa. Em seus 42 anos de atividades, a Helibras já entregou cerca de 800 helicópteros no país. É líder do mercado brasileiro, com participação de 50% na frota de helicópteros à turbina, e mantém instalações em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Atibaia e Brasília. Sua fábrica, que emprega cerca de 500 profissionais, produz as aeronaves H125-Esquilo e H225/H225M, além de executar modernizações de aeronaves. A empresa também customiza diversos modelos que atendem os segmentos civil e militar. Em 2020, a Helibras registrou faturamento total de R$ 927milhões.

Sobre a MBDA

O MBDA é o único grupo de defesa europeu capaz de projetar e produzir mísseis e sistemas de mísseis que correspondam a toda a gama de necessidades operacionais atuais e futuras das três forças armadas (terrestre, marítima e aérea).

Com uma presença significativa em cinco países europeus e nos EUA, em 2020 a MBDA obteve uma receita de 3,6 bilhões de euros com uma carteira de pedidos de 16,6 bilhões de euros. No total, o grupo oferece uma gama de 45 sistemas de mísseis e produtos de contramedidas já em serviço operacional e mais de 15 outros atualmente em desenvolvimento.

Sobre a Atech

Reconhecida como uma “System House” brasileira, a Atech sempre se pautou pela inovação com o objetivo de ajudar a transformar o país. Com uma expertise única em engenharia de sistemas e tecnologias de consciência situacional e apoio a tomada de decisão, a Atech trabalha no desenvolvimento de soluções inovadoras com aplicações nas áreas de tráfego aéreo, comando e controle, sistemas embarcados, simuladores, gestão de ativos, segurança digital, conexões inteligentes e logística. Mais informações em www.atech.com.br.

FONTE: Atech

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Bueno

Muito bom!!

BENTO

Pode ter seus Defeitos! mais a Kombosa sabe ser bonita heim! com um Exocet na lateral então!

Rudi PY3TO

Saudações a todos…poderia ter umas 3 ou 4 ASW também , para reforçar os MH-16 vocês não acham?

Doug385

Se não me engano essa aeronave tinha algumas restrições de voo pairado e parecia ser algo relacionado ao problema da MGB. Restrição de voo pairado já inviabiliza ASW.

Flanker

Pra que? Pra demorar mais uns 10/15 anos pra desenvolver e entregar? Os SH-16 fazem, e perfeitamente, a função ASW. E com o problema das MGB do H225M, não solucionado de forma definitiva ainda, como esses helicópteros poderão ficar em voo pairado por longos períodos, como a missão ASW exige?

BENTO

Saudações Flanker! Realmente Desnecessário já temos o sh-16 na falta é mais barato comprar outras unidades.
Creio que essa versão naval do Caracal armada, só foi ou vai ser viável quando o mansup for lançado por ela !
Será que uma segunda versão do mansup não teria uma perna mais longa ?
assim como o av-tm300 será que a MB não teria uma opção dela com um alcance melhor?

Carvalho2008

Em se havendo Os Seahawk de fato não seria necessario, pois sua maior carga de combate, alcance e velocidade não teria proveito adicional neste tipo de missão. A guerra submarina normalmente é mais proxima em distancia menor e pairado.

A não ser que ele fosse, apesar de ser um helicóptero, configurado como fosse um MPA, com sonoboias lançáveis. Carga para sonoboias, mísseis, cargas de profundidade e torpedos ele tem, mas acabaria o tipo de operação mais cara dos dois mundos…e nunca vi algo assim, mas seria curioso explorar os pros e contras

carvalho2008

Retificando…acabei que de vr que aparentemente, o Merlin Britanico opera ou ira operar por meio de sonoboias
https://www.joint-forces.com/defence-equipment-news/41895-ultra-awarded-uk-mod-sonobuoy-capability-contract

carvalho2008

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carvalho2008

E aqui o Sehawk tambem com um rack de lançamento de sonoboias….

Não sabia disto. Achava que o helicoptero operava apenas com a imersão do imersão de hidrofone fixo presoa ele….

carvalho2008

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carvalho2008

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Flanker

Sim. O Seahawk opera com sonobóias, sim!

carvalho2008

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Renderização do artista MQ-8C Fire Scout. Northrop Grumman Photo

Wellington Góes

Bem, isso poderia ter sido pensado desde o início do projeto, mas… Outra, houve uma nova janela de oportunidade, por incrível que pareça, quando aconteceu o problema da MGB… Se fossemos um país sério, teríamos assumido a possibilidade de ajudar na solução do problema, inclusive, com a participação no desenvolvimento de uma nova MGB, podendo essa ser adequada para operações de combate ASW… Mas claro, se tivéssemos efetivo compromisso com o desenvolvimento autóctone de equipamentos militares.
O problema dos atrasos no Brasil é sistêmico.

Marcelo Bardo

Rapaz com o Exocet na lateral ali só faltou a Kombi gritar “This is Sparta!”

GFC_RJ

Vejo esse helicóptero e lembro do Rambo destruindo uma emulação de um Mil-Mi-35 soviético no Afeganistão, que na realidade era um Super Cougar cheio de penduricalhos hollywoodianos.
Ele enfiou o MBT pra dentro do helicóptero… Agora, pra quê o helicóptero encarou o Rambo naquele rasante são coisas que só Hollywood pode explicar… Tal como o Super-Cougar versão árvore de natal.

Cenas antológicas de nossa infância!

Leandro Costa

Eu lembro que eventualmente, ainda pequeno fui no Campo dos Afonsos e vi um Super Puma da FAB fazendo manobras e fiquei espantado que tínhamos um helicóptero soviético! E pior, naquele mesmo dia um par de MiG-28’s deu um rasante sobre a pista!!!!!

Camargoer.

Ola Leandro. Você tem razão. A FAB sempre usou equipamento soviético contrabandeado. Riso.

GFC_RJ

Exato. Parece que neste lote de compra de oportunidades de MIG-28s da FAB, uma das aeronaves era a que fugiu depois do hat trick do Maverick.
O Maverick até pediu música por isso… “take my breath awaaaaay!”

Camargoer.

Ola GFC. Sou fã do Rambo 1, programado para matar. Neste filme, ele age contra o sistema, e vence. Adoro a frase no policial que o prende e crítica o cabelo dele e o fato dele usar uma jaqueta militar com uma bandeira dos EUA. Agora Rambo 2 para cima…. Prefiro Top Gang 2.

GFC_RJ

Concordo.

Rambo 1 tem MUITO mais conteúdo. 
As continuações são apenas fanfarronadas geradoras de cash. Mas…

No 2 tem a excelente cena:
Murdock: “Rambo, you feel are totally safe. We have the most advanced weapon in the world available”.
Rambo: “Yes… I always believed that the MIND is the best weapon”.
M: “Times change”.
R: “For some people…”

Ainda tem o sensei do Cobra Kai figurando ali…

Flanker

Só uma correção: no filme do Tem no, não era um Super Cougar, nem Caracal, nem
Cougar nem Super Puma. Era um antigo Puma, o ancestral de todos os outros modelos que citei. Na FAB foi denominado como CH-33, e foi o primeiro helicóptero a equipar o 3⁰/8⁰ GAV. Esses helis operaram por anos naquele esquadrão e foram repassados para a Aerospatiale como parte do pagamento pelos Super Puma (UH-34/H-34). Esses, foram aposentados quando da chegada do Caracal (H-36).

Flanker

No filme do Rambo*

Adriano Madureira

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Last edited 2 anos atrás by Adriano Madureira