Submarinos convencionais e nucleares de ataque

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Submarino Riachuelo - S40

Submarino Riachuelo - S40

Conheça as características operacionais dos submarinos convencionais e nucleares, comparando as vantagens e desvantagens dos dois tipos de plataformas

Os submarinos modernos, tanto os convencionas (SSK) quanto os de propulsão nuclear (SSN) são plataformas de armas que podem se manter por longos períodos em alto mar, com um mínimo de apoio logístico.

Sua operação, diferentemente dos navios de superfície, é menos dependente das condições climáticas. Os submarinos continuam sendo de difícil detecção, apesar da evolução tecnológica dos sensores e das táticas antissubmarino; ao contrário das forças de superfície, eles dificilmente podem ser detectados por satélite.

A grande vantagem dos submarinos reside no fato de que eles operam totalmente no meio líquido, aproveitando-se da propagação anômala do som na água para se ocultar. os submarinos podem também detectar quase sempre com antecedência as forças de superfície, o que lhes dá a iniciativa das ações.

A maneira como as ondas sonoras podem ser refletidas ou refratadas nos oceanos ainda não é bem conhecida. Na maioria das vezes, temperatura da água do mar, salinidade e pressão da água prejudicam o desempenho dos sonares ativos (que emitem o característico “ping”) e passivos dos navios.

Essas características de comportamente das ondas sonoras no mar na maioria das vezes favorecem os submarinos, que usam sonar passivo (apenas de escuta). Aproveitando-se disso, os submarinos podem ser enviados a qualquer zona marítima, mesmo aquelas sob controle do inimigo.

O porta-aviões USS Ronald Reagan visto pelo periscópio de um submarino Type 209 da Marinha de Guerra do Peru

A relação custo/benefício dos submarinos também é muito favorável, já que estes possuem um elevado poder de combate por baixo custo operacional, no caso dos submarinos convencionais.

Mesmo sem usar suas armas, a presença provável de um submarino já compromete importantes recursos do oponente, que passa a usar navios, equipamentos e horas de voo em busca de uma posição precisa da ameaça.

Os submarinos podem operar contra alvos de superfície e são as armas ideais contra outros submarinos, já que operam no mesmo meio e podem mudar de profundidade para melhorar o desempenho do sonar. São apropriados para tarefas de reconhecimento e de coleta de informações (Inteligência), graças à sua discrição e também são perfeitos para o patrulhamento de zonas marítimas próprias e para atacar forças navais hostis.

Em tempos de crise, os submarinos podem operar em apoio a outras unidades navais. As capacidades já mencionadas dos submarinos são fatores vantajosos a serem empregados na busca de soluções pacíficas para uma crise diplomática, graças ao seu poder de dissuasão. O submarino tem a capacidade de impedir que um inimigo, mesmo mais poderoso, utilize zonas e vias marítimas impunemente.

O submarino representa ainda a terceira dimensão em operações combinadas antissubmarino (ASW). Para que as operações ASW sejam realmente eficazes, é preciso dispor de capacidade para atacar um submarino inimigo do ar, da superfície ou de debaixo d’água. O submarino é parte essencial do conceito de operações navais combinadas, onde forças aeronavais e submarinos se complementam com grande eficiência para alcançar objetivos comuns.

Os diversos sensores e equipamentos presentes na Guerra Antissubmarino (ASW) moderna

Os tipos de submarinos quanto à propulsão

O submarino nuclear (SSN) é propulsado por turbinas, que funcionam movidas com vapor produzido num gerador, aquecido por um reator nuclear. Alguns submarinos nucleares usam um motor elétrico para movimentar o hélice, com o propósito de diminuir o nível de ruído (ver diagrama simplificado da propulsão nuclear no gráfico abaixo).

Ao contrário dos motores diesel, o reator não precisa de ar fresco para funcionar e seu ciclo de abastecimento de combustível é anual. A renovação de ar a bordo é feita por um gerador de oxigênio que também extrai o CO2. Em consequência disso, o período de imersão de um SSN fica limitado apenas ao estado moral da tripulação e enquanto durarem os alimentos ou a munição a bordo.

O layout de uma planta de propulsão de um submarino nuclear britânico

O submarino convencional (SSK), por outro lado, é equipado com motores elétricos que recebem energia de baterias, as quais são carregadas por dínamos movidos por motores diesel. O motor diesel, sendo um tipo de motor de combustão interna, precisa de ar para misturar com o combustível, tornando-se esta sua maior restrição.

Depois que a energia das baterias se esgota, o submarino precisa recarregá-las usando o respirador esnorquel (aportuguesamento do nome original alemão schnorkel), um mastro que permite ao submarino em profundidade de periscópio renovar o ar ambiente e fazer funcionar os motores diesel.

Mesmo sem precisar vir à superfície, o uso do esnorquel representa uma desvantagem, pois seus mastros expõem o submarino à detecção visual, radar e de IR — se bem que o uso de sistemas de alerta-radar ESM pelos submarinos enquanto esnorqueiam, reduz a probabilidade de detecção.

Por outro lado, os motores diesel são bem mais ruidosos que os motores elétricos, aumentando as chances de detecção do submarino por navios, aeronaves e por submarinos inimigos.

submarine-snorkel
Submarino esnorqueando: além de emitir fumaça e calor, o esnorquel pode ser detectado por radar e produz esteira que pode ser avistada por outras aeronaves e navios 

Mais recentemente, começaram a surgir os primeiros submarinos de propulsão híbrida, que permitem aos SSK permanecer mais tempo sob a água, sem que seja necessário recorrer ao uso do esnorquel. Esses sistemas, conhecidos como AIP (Air Independent Propulsion), começaram a ser pesquisados no fim da Segunda Guerra Mundial, como o sistema Walter de peróxido de hidrogênio, mas não obtiveram sucesso na época, devido aos elevados custos e problemas técnicos. Com a tecnologia atual, porém, os motores de circuito fechado se tornaram viáveis e estão sendo oferecidos por fabricantes franceses e suecos.

Outro tipo de sistema AIP que está sendo cada vez mais empregado é o de células de combustível do tipo PEM (Polymer Electrolyte Membrane).

Os sistemas AIP são uma fonte auxiliar de energia que dão ao SSK a capacidade de se manter mergulhado por duas ou três semanas em sua zona de patrulha, impulsionado por estes motores, sem a necessidade de recarregar as baterias e consequentemente, sem precisar usar o esnorquel com muita frequência.

Visão em corte do submarino alemão Type 214 dotado de sistema AIP com células de combustível do tipo PEM (Polymer Electrolyte Membrane)
Submarino Type 214 da Marinha da Coreia do Sul

Velocidade

Submarino NRP Tridente dotado de propulsão AIP da Marinha Portuguesa (ao fundo) e o submarino nuclear de ataque USS Alexandria da Marinha dos EUA, em operação conjunta

No submarino nuclear a velocidade é função direta da quantidade de vapor que entra na turbina. Uma alta velocidade, quando submerso, não representa problema, pois o reator tem capacidade de produzir mais energia do que realmente é necessário ao gerador. Sendo assim, tanto os SSBN – Submarinos Lançadores de Mísseis Balísticos, como os SSN (Submarinos Nucleares de Ataque), são capazes de atingir pelo menos 25 nós submersos, sendo que a maioria dos SSN pode atingir velocidades maiores que 30 nós (55,5 Km/h)

Nessas velocidades, porém, o submarino nuclear fica “surdo”, incapaz de detectar outros alvos e faz muito ruído, sendo facilmente detectável por outros submarinos, navios e aeronaves. O uso de altas velocidades só é feito em deslocamentos em grande profundidade, onde as camadas termais e a pressão da água atenuam o ruído das hélices.

Comparação SSK e SSN

Australia.jpg
O gráfico acima mostra o emprego de submarinos convencionais (SSK) e nucleares (SSN) em pontos focais de interesse da Austrália, comparando o tempo que os dois tipos de submarinos podem ficar em patrulha. SSKs têm em média autonomia de 50 dias, navegando a 6,5 nós. SSNs têm autonomia de 90 dias navegando a 20 nós

Nos submarinos convencionais, a velocidade quando em imersão depende do tamanho e da capacidade das baterias. A qualidade das baterias tem sido melhorada, sendo que hoje em dia, a velocidade média dos SSK submersos fica em torno de 17 nós; em alguns tipos de submarinos, essa velocidade passa de 20 nós.

O submarino de projeto alemão TR-1700 usado na Marinha Argentina e a classe “Upholder” britânica (adquirida pelo Canadá), são capazes de atingir 25 nós submersos. Entretanto, é importante notar que o tempo de permanência nesta velocidade é bem reduzido (aproximadamente uma hora), sendo necessário logo após recarregar as baterias.

ARA Santa Cruz, TR-1700
ARA Santa Cruz, TR-1700, da Armada Argentina, em provas de mar na Alemanha antes da entrega

Custos e tripulação

O investimento para a construção de um submarino nuclear é muito alto. Um novo SSN custa, de US$ 1,3 bilhão (classe Barracuda francesa) a US$ 3,4 bilhões (classe Virginia americana, com lançadores verticais de mísseis de cruzeiro), enquanto um submarino convencional de 2.000 toneladas custa cerca de US$ 500 milhões.

Em outras palavras, um submarino diesel-elétrico custa cerca de 30% de um nuclear e precisa de cerca de 30% da tripulação daquele.

Um SSN típico embarca cerca de 120 homens, enquanto um SSK precisa somente de 40. É interessante notar que os antigos submarinos convencionais precisavam de mais de 70 homens para funcionar, pois não contavam com o nível de automação dos submarinos de hoje.

Armamento, equipamentos e sensores

Existe muita variedade de armas e equipamentos normalmente utilizados nos dois tipos de submarinos. O torpedo continua sendo a principal arma de ambos e para tanto, tem sido constantemente aperfeiçoado.

A maioria dos torpedos atuais têm 533mm de diâmetro e são guiados a fio na primeira fase da trajetória, recebendo atualizações de rumo do submarino lançador, para compensar as mudanças de rumo do alvo.

Na fase intermediária e final da trajetória, os torpedos passam a usar seu próprio sistema de guiagem, que emprega um sonar ativo/passivo.

Os torpedos modernos são cada vez mais resistentes a contramedidas, podendo discernir entre falsos ecos e o alvo verdadeiro, através de software programável. Cada submarino pode ter até oito tubos para lançamento de torpedos.

Mk.48-Mod.6-AT-ADCAP-2

A sofisticação cada vez maior dos torpedos e dos sistemas de direção de tiro dos submarinos têm causado alguns problemas de integração torpedo/submarino em algumas Marinhas.

Na Guerra das Malvinas, o submarino nuclear britânico HMS Conqueror afundou o cruzador argentino ARA General Belgrano usando torpedos antigos Mk.8 de trajetória reta, mesmo tendo modernos torpedos Tigerfish Mk.24 a bordo.

Em contrapartida, o submarino argentino San Luis, tipo IKL-209, lançou diversos torpedos modernos SST-4 de fabricação alemã contra navios ingleses, sem contudo conseguir acertar nenhum alvo.

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Casco da fragata australiana HMAS Farncomb afunda num exercício com torpedo Mk.48 ADCAP

Além dos torpedos, alguns submarinos podem lançar mísseis antinavio através dos tubos de torpedo, e podem lançá-los em imersão. Para isso os tubos têm que ser adaptados para tal, já que, diferentemente dos torpedos, o casulo que encerra o míssil não dispõe de propulsão e tem que ser “empurrado” para fora do tubo.

Os britânicos, americanos, israelenses, holandeses, canadenses, japoneses e australianos, entre outros, usam o Sub-Harpoon. Já os franceses e outros clientes, usam o Exocet SM-39.

Alguns submarinos americanos também são capazes de lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk através de tubos de torpedo ou lançadores verticais especiais, que podem ser usados contra navios e alvos em terra. Submarinos russos e chineses também empregam mísseis antinavio e de cruzeiro de vários tipos.

Sub-Harpoon lançando de submarino

Os submarinos também podem lançar minas especiais pelos tubos de torpedos, o que viabiliza a minagem de entrada de portos e bases navais inimigas, já que podem realizar o trabalho sem serem vistos.

O sonar passivo é o sensor mais usado pelo submarino moderno, mas pode-se usar o sonar ativo também em casos especiais, embora este denuncie a posição do submarino. Normalmente os hidrofones e transdutores de sonar são montados na proa, mas existem submarinos em que os hidrofones são distribuídos ao longo do casco.

Alguns submarinos usam sonares rebocados (“towed array”), que consistem em vários hidrofones dispostos em linha, em cabos de até 1.000m de comprimento. Os sonares tipo “towed array” são pouco afetados pelo ruído do próprio submarino, desde que sejam rebocados a baixas velocidades e são ideais para a detecção de submarinos inimigos a longa distâncias.

Míssil Exocet SM39 lançado de submarino
Míssil Exocet SM39 lançado de submarino

Inicialmente os sonares só podiam obter a direção do alvo, mas não podiam obter a distância. Atualmente, porém, existem vários métodos para a determinação da distância do alvo, dado essencial para o uso de qualquer arma. Um método muito usado é o TMA (“Target Motion Analysis”) é o de tomar uma série de marcações (direção) do contato em intervalos regulares, estimando a velocidade do alvo e usando um computador para calcular a distância por geometria.

O uso do periscópio ainda é necessário em muitas ocasiões; a maioria dos modelos modernos são dotados de visores infravermelho, com capacidade de emprego noturno e alguns submarinos também dispõem de antenas de ESM acopladas, garantindo o alarme antecipado contra radares de navios e aeronaves que possam estar detectando o periscópio.

Submarino convencional X submarino de propulsão nuclear

Submarino nuclear USS San Juan da Marinha dos EUA e SSKs da Marinha da África do Sul

A tecnologia empregada nos submarinos convencionais (SSK) têm evoluído muito nos últimos anos. Eles têm recebido baterias de maior capacidade, o que lhes permite operar por muito mais tempo entre cargas e usar altas velocidades por maiores períodos; os materiais e projeto dos cascos permitem maiores profundidades de operação; coberturas de borracha anecóica nos cascos absorvem as ondas de sonar ativo, minimizando a probabilidade de detecção por navios e helicópteros; sonares mais modernos, acoplados a modernos sistemas computadorizados de combate, têm multiplicado a capacidade de combate do submarino convencional.

Entretanto, a baixa velocidade dos SSK continua sendo um fator limitativo de sua operação. O mastro do esnorquel periodicamente é içado para que os motores diesel recarreguem as baterias, e o período em que o submarino passa esnorqueando corresponde normalmente a cerca de 5% do tempo total que ele passa submerso.

Para um submarino de porte médio, o raio de ação submerso na velocidade econômica, após esnorquear, pode atingir até 500 milhas marítimas, ou 100 horas, mas terá que em seguida esnorquear por cerca de 5 horas, para recarregar suas baterias completamente. Os novos SSK, porém, dotados de propulsão híbrida AIP, vão poder permanecer submersos por muito mais tempo antes de esnorquear.

Em termos de comparação com um SSK, um SSN pode escolher qualquer velocidade para seu trânsito, mas para manter o baixo nível de ruído, a velocidade normalmente é limitada a 10 nós. A velocidade também é fator importante em missões de patrulha numa área com poucos submarinos disponíveis.

Submarino Riachuelo da classe Scorpene da Marinha do Brasil

As primeiras informações que os submarinos receberiam da aproximação dos submarinos inimigos, seriam dadas pelo serviço de Inteligência ou pelos aviões de patrulha antissubmarino que, normalmente, fazem patrulha avançada na direção da ameaça. Sendo a distância do contato inimigo e o submarino em patrulha bastante grande, a velocidade do submarino em patrulha é importante, para que ele possa posicionar-se vantajosamente visando o ataque.

Se apenas SSK forem empregados em patrulha, será necessário uma quantidade maior desses submarinos do que nucleares. Adicionalmente, será necessário colocar as aeronaves em patrulha mais avançada, a fim de prover informações suficientes a tais submarinos. Com as informações provenientes das aeronaves, referentes aos contatos obtidos e ao acompanhamento dos submarinos inimigos, os submarinos de patrulha poderão melhor se posicionar para detectar o invasor com seus próprios sensores.

Os SSK podem ser usados em conjunto com os SSN, sendo os convencionais mais silenciosos que os nucleares, o que é uma vantagem dos primeiros, sobretudo em águas rasas.

Um submarino de propulsão nuclear avistado usando o periscópio por um P-3C da RAAF durante a RIMPAC 2010, perto do Havaí

Os convencionais são menores em comprimento e boca e, logicamente, são mais difíceis de serem detectados por sonar ativo. O investimento financeiro e operativo dos SSK é também menor, mas por outro lado, a baixa velocidade quando submersos, impõe a utilização de um maior número de submarinos deste tipo para patrulhar determinada área.

Não há dúvida de que a melhor arma contra um SSN inimigo é outro SSN, simplesmente pelo fato de que estes possuem velocidade e autonomia similares. Um submarino nuclear inimigo, tentando penetrar numa linha de barragem pode, quando detectar a presença de submarinos convencionais em patrulha, sair da área em alta velocidade caso perceba que está em desvantagem.

Um SSK não teria suficiente velocidade para fechar distância em perseguição (talvez até tenha velocidade, mas somente enquanto durarem as baterias), enquanto um SSN poderia com maior possibilidade, aproximar-se do inimigo e desfechar o ataque.

Proteção de comboios e forças-tarefas

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Outra vantagem do SSN é a de poder acompanhar um comboio e forças-tarefas de superfície. Um SSK não tem a alta velocidade constante necessária para acompanhar comboios e forças-tarefas, como também para retornar rapidamente à sua posição depois de perseguir ou atacar um inimigo. Nestas missões, o submarino nuclear é ideal. Ele pode, se necessário, esconder-se abaixo dos navios de superfície maiores (sombreá-los), onde terá seu ruído abafado pelo ruído dos navios.

Alternativamente, o SSN pode ser posicionado a alguma distância do corpo principal, na escuta de possíveis submarinos hostis que se aproximem. O ideal é posicioná-los a vante, a ré e por ambos os bordos para atingir completa proteção, mas não é provável que este número de submarinos esteja disponível, exceto em ocasiões muito especiais. Em decorrência do longo alcance atual dos mísseis submarino-superfície, é desejável atacar os navios adversários com eles, fazendo com que os navios aliados permaneçam fora do alcance inimigo.

SSN Yasen da Marinha Russa

O submarino usado para escoltar comboios e forças-tarefas precisa permanecer imerso por períodos muito longos e possuir grande autonomia, particularmente quando após escoltar um grupo de navios ele recebe a tarefa de voltar e escoltar outro grupo.

A autonomia média em imersão de um submarino convencional, freqüentemente esnorqueando, pode chegar a cerca de 9.000 milhas marítimas, considerando-se uma velocidade lenta de trânsito, abaixo de 10 nós. Esta distância é, logicamente, função da quantidade de combustível transportado.

Outra diferença entre SSK e os SSN reside na máxima profundidade de operação. Os submarinos nucleares são estruturalmente bem mais fortes e especialmente projetados para imersão profunda.

A classe americana de SSN “Los Angeles”, por exemplo, tem uma profundidade de imersão operacional de 450 m, enquanto os convencionais atingem em média 250 m. Isto não quer dizer que eles não possam atingir profundidades maiores, em caso de emergência. Na verdade, os SSN podem ir a uma profundidade de quase 1.000m sem colapso do casco, enquanto para os SSK essa profundidade é bem menor.

Tarefas para submarinos pequenos

Submarino Fateh da Marinha Iraniana, de 593 toneladas

Além dos submarinos oceânicos, existem os submarinos costeiros de pequeno porte, de menos de 1.000 toneladas de deslocamento que são ideais para operações especiais, tais como desembarque de espiões ou sabotadores e para reconhecimento do litoral.

Os minissubmarinos tipo “Midget” semelhantes aos usados na Segunda Guerra Mundial são usados por algumas marinhas.

Em águas rasas e restritas, os submarinos pequenos podem ser usados como piquetes. Os submarinos de 900 a 1.600t podem também ser usados em operações de minagem e em missões especiais, mas sua principal função é patrulhar o litoral e áreas próximas.

Do ponto de vista de uma marinha de porte pequeno ou médio, que provavelmente não venha a se envolver numa guerra oceânica, o submarino de tamanho médio é o tipo mais adequado para uso geral.

Os mini-submarinos classe Ghadir da Marinha Iraniana deslocam apenas 125 toneladas submarinos. Têm tripulação de apenas 7 homens e levam dois tubos de torpedos

NOTA DO EDITOR: Reeditamos este artigo atualizado por causa do interesse do público sobre o tema, devido à crise provocada pelo cancelamento do Programa de Submarinos da Austrália com a França e a criação da aliança AUKUS.

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737-800RJ

Texto bastante didático. Gosto bastante quando são postados textos assim na Trilogia!
Para o TO da Itália, por exemplo, em mares “apertados” como o Tirreno, o Adriático e o Mediterrâneo, não há vantagens em se possuir submarinos nucleares, já que teoricamente não há distâncias enormes para serem percorridas a altas velocidades e a alta emissão de ruído seria um problema, certo? Ou não?

Hcosta

Mas tem de ter em conta o tempo submerso que pode ser mais importante que a velocidade.
E o risco de ser detetado é maior na altura de carregar as baterias por ser mais limitada a área de ação, apesar de o Mediterrâneo não ser assim tão pequeno e de numa situação de guerra não haver grande margem de manobra.

Burgos

Boa tarde 737 !!!
Naveguei pelo Mediterrâneo e não achei tão “apertado” assim !!!
Hoje o que tem mais lá é Sub nucleares de todas as classes!!! ?
Pode acreditar !!!

Bosco

737, O que se diz é que a diferença de emissão de ruídos entre um moderno submarino DE operando furtivamente e um moderno nuclear operando furtivamente (Ex: Virgínia, Yasen, Barracuda, etc.) é praticamente desprezível. E isso porque o submarino nuclear ficou tão silencioso quanto o elétrico? Não necessariamente! É porque o submarino nuclear ficou mais silencioso que o ruído ambiental (do próprio mar) e daí não importa muito se ele é mais ou menos silencioso que o elétrico. O Colúmbia , dizem , vai levar o nível furtividade a um novo patamar. Vamos esperar. 737, O que se diz é… Read more »

Last edited 3 anos atrás by joseboscojr
737-800RJ

Obrigado aos amigos pelas respostas! O assunto submarino está em voga nos últimos tempos por aqui, seja pelos recentes acontecimentos entre França/Austrália/Estados Unidos ou pela iminente chegada da Classe Riachuelo ao setor operativo da MB. Sempre achei o assunto interessante, mas sei praticamente nada sobre ele. Aprendo muito com os textos e comentários do pessoal aqui.
Obrigado!

Camargoer.

Olá Galante. Gosto muito deste artigo. Gostaria de fazer uma sugestão ao texto. Ao invés de “pois o reator tem capacidade de produzir mais calor“, seria mais adequado “pois o reator tem capacidade de produzir mais energia“, já que “calor” é o nome do processo de liberação de energia por diferença de temperatura. Então um reator libera mais ou menos energia, mas o processo de calor é o mesmo. Parabéns por republicar o texto

Cadillac

Ala, os caras negativando um comentário inteligente, vai entender.

Camargoer.

Olá Cadillac. Termodinâmica é bem difícil mesmo.

Elias

Não está de todo errado… sempre tem um chato e seus asseclas…

Thom

Nosso Sub nuclear é um marco, principalmente na miniaturização do reator nuclear.
Imagina vários reatores espalhados no Brasil para forte de energia. Sem falar na outras áreas que esse projeto irá ajudar. Desde da agricultura à medicina.

Esteves

Não sabia que o reator será do tipo mínimo. Reator militar que move navio presta pra medicina?

Last edited 3 anos atrás by Esteves
Bosco

Esteves, No caso creio que o Thom quis dizer que o reator gigante de uma usina foi miniaturizado a ponto de caber dentro de um submarino com dimensões bem menores. Quanto a reator nuclear na medicina, além dele fornecer energia elétrica ao hospital, rssssssss, é em um reator nuclear que são produzidos alguns elementos radioativos utilizados para diagnóstico por imagem ou para o tratamento do câncer. Esse tipo de reator é denominado “reator nuclear de pesquisa” e é diferente de reator nuclear com fim de produzir energia elétrica (centrais nucleoelétricas). No Brasil tem vários reatores de pesquisa (não em Angra)… Read more »

Esteves

Angra 2.

O reator do Ipen produz radioisótopos. Pesquisa e medicina nuclear.

O reator da MB move submarino.

https://youtu.be/dS-RTfA842g

MMerlin

Produzia. Devido ao corte de 50% de sua verba, o valor disponível permite apenas a manutenção do instituto. O congresso está tentando liberar R$ 19 milhões para importação mínimo de insumos para que continuem produzindo os radioisótopos.
Os hospitais e pacientes já estão sentindo os impactos e alguns tratamentos estão suspensos.
E nós não imaginávamos que poderia ter alguém mais incompetente que a estocadora de vento. A inflação formalizada na casa dos dois dígitos é apenas a carimbada na testa.

Last edited 3 anos atrás by MMerlin
Camargoer.

Olá Merlin. O parque eólico/solar instalado no NE tem sido responsável por praticamente 100% da energia naquela região <https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-combustiveis/2021/07/regiao-nordeste-bate-recorde-na-geracao-de-energia-eolica-e-solar&gt;. Se o país tivesse “estocado mais vento” (inclusive por meio do horário de verão), os reservatórios estariam com mais água estocada.

Esteves

Esteves sequer imaginava que poderíamos chegar a isso.

Nick

Em tempos de racionamento de água é para se pensar se não seria mais custo-efetivo que as termo-elétricas. A questão é a expertise necessária para se operar essas mini-usinas mas imaginar: Uns 100 reatores do futuro Álvario Alberto seriam suficiente para iluminar um cidade de que porte???

[]’s

Esteves

Isso não existe. Angra 3 está sendo construída desde 1984. Não existem infraestruturas, redes de distribuição, operadores, agências, para instalarem usinas pelo Brasil a fora utilizando o reator do submarino. Essa comparação que fazem…claro que um reator nuclear que produz energia para mover um navio também produz energia para acender lâmpadas…mas é um exercício de retórica. A estiagem (e a falta da água) prolongada na qual nos enfiamos também é provocada pela ausência de investimentos na captação, no represamento, na distribuição, na despoluição, nas ocupações em torno dos reservatórios. A ausência das chuvas também é provocada pela atividade humana. Não… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Esteves
Mk48

Muito boa essa matéria. O assunto é complexo, mas a matéria abordou o básico e o fundamental. Indo um pouco além, fica claro que o emprego de um SSK como “caçador” em águas azuis é limitado, é presa fácil. Seu melhor emprego tático foi, é e será sendo em aguas razas, em chokpoints, em emboscadas, devido as suas limitações. . Uma vez detectado, escapar será muito difícil. Só tem uma chance. . Uma vantagem tática dos SSKs é poder pousar no leito oceânico. Um SSN não pode fazer isso. . No mais, o verdadeiro caçador é o SSN, por sua… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Mk48
Esteves

Bem…olá prezado Mk48,

Difícil abandonar as referências históricas. O maior emprego dos submarinos foi afundando navios mercantes durante as duas guerras no Atlântico Norte. Em profundidade de até 8 mil metros ainda que escondidos na escuridão esperando o comboio passar.

Foi o início ainda que tenham sido usados na Guerra Civil Americana e, dizem, na Roma Antiga.

Mk48

Prezado Esteves,
.
“Em profundidade de até 8 mil metros ”
.
Amigo, isso não é possivel.
.
Para atingir essa profundidade, apenas usando batiscafos e submarinos de pesquisa oceanográficas, mesmo assim, são pouquíssimos.

Esteves

Pera aí…pera aí.

A profundidade do Atlântico Norte é 8 mil. Submarinos não descem até essa profundidade e…não são utilizados somente em águas rasas.

É só isso.

Bosco

Esteves, Não há nenhuma razão prática para submarinos descerem abaixo de 300 metros. Se antes os soviéticos fizeram submarinos capazes de descer a 800 metros era porque as armas antissubmarinos não desciam tanto. Hoje o que conta é a “furtividade”. Ou seja, a capacidade de operar numa área de maneira discreta, sem ser detectado, e no caso do submarino, tem a ver com o nível de ruído próprio que ele emite e o nível de eco do sonar ativo inimigo que ele reflete. Operações furtivas de um submarino é por volta de no máximo 10 nós. Quanto à profundidade, há… Read more »

Esteves

Ok…obrigado pela resposta.

Bosco

Concordo com o texto que diz que os submarinos nucleares podem mergulhar a quase 1000 metros sem colapsar, apesar do fabricante dizer que essa profundidade é bem menor.
Os americanos costumam divulgar o desempenho de suas armas como sendo abaixo do real enquanto os russos tradicionalmente divulgam como um pouco acima. Ambos têm suas razões para fazê-lo do jeito que fazem.
No caso do Ohio que citei não duvido que as profundidades citadas sejam bem maiores do que os 240 metros para a de teste e 360 para a máxima.

Mk48

Bosco, . De fato as profundidades (ou cotas) operacional e de colapso de um submarino são uma das informações mais bem guardadas que existem, principalmente esta última, que diminui ao longo do ciclo de vida do submarino, em função dos cortes feitos em seu casco durante as manutenções e também em função das enormes pressões sobre seu casco resistente ao longo de sua vida operacional. . Falando sobre pressão no casco, só para ilustrar, é muito comum nos submarinos amarrar firmemente um barbante entre duas anteparas laterais quando se está na superfície. À medida que o sub mergulha , o… Read more »

Bosco

Interessante!
Valeu!

Esteves

Ótimo. Submarino é arma de guerra para Marinha de Guerra. Submarino não é navio patrulha. A função do submarino é afundar navios inimigos sejam eles outros submarinos, mercantes, porta-aviões, fragatas… O reator que estamos construindo irá mover o submarino que pretendemos construir. É um reator militar autóctone. O submarino será feito com transferência de saber dos franceses vinda do submarino Scorpene que Estamos montando 4. Quatro convencionais + 1 nuclear convencional… Pra que queremos isso se não temos guerra? Por que nos meteríamos em guerra se não temos recursos capitais para sustentar uma e, se existisse a situação de contestação… Read more »

Mk48

“A função do submarino é afundar navios inimigos sejam eles outros submarinos, mercantes, porta-aviões, fragatas… ”
..
Esteves, com todo o respeito, para um SSN ou SSK, NÃO.
.
As funcões de um submarino vão muito, mas muito além do que você afirmou.
.
Exemplos : coleta de inteligência, patrulhamento (sim!) , infiltração de Forças Especiais, negação de uso do mar, etc.
.
Afundar navios eu diria que hoje, é a última de suas funções.

Esteves

Negar o mar é uma doutrina. Assim como a projeção de poder sobre o litoral inimigo que faz desembarcar fuzileiros, recursos, meios e domínio. Investir 600 milhões de euros para 1 meio de patrulha é exagerado. Patrulhar as águas e determinar limites pode ser feito com patrulhas oceânicos abaixo de 1 mil toneladas suficientemente armados para engajar. Podem não suportar danos, mas guerra é guerra. Vai saber quem encontrará o fundo primeiro. O sucesso dos submarinos está definitivamente amarrado à guerra no Atlântico Norte. Foi de lá que veio a máxima…que existem 2 tipos de navios. Submarino é um meio… Read more »

Mk48

Esteves, bom dia. . Sim. O submarino é essencialmente um meio de guerra, mas desde a 2a Guerra as tecnologias evoluiram e o submarino nos dias atuais é empregado em outras missões, até porque ter um submarino para só utiliza-lo em caso de guerra é impraticavel. . Por esta razão , te disse acima algumas das funções atribuidas aos submarinos hoje em dia. . E por mais estranho que você ache, são utilizados para patrulhamento sim. . Veja por exemplo uma perifoto que um sub chileno tirou, em patrulha de suas aguas territoriais, quando aquele enxame de pesqueiros chineses estava… Read more »

Esteves

Esteves escreveu uma dúzia de respostas. Apagou todas.

Uma expressão ficou martelando. Estratégia preventiva.

“Com a estratégia de manutenção preventiva, você garante um melhor aproveitamento dos seus produtos e equipamentos, mantendo sempre em dia a sua produção evitando quebra ou a parada temporária da sua operação. Hoje em dia, as indústrias tendem a realizar ações que minimizem os custos.”

Antes de pensar em fazer guerra contra um inimigo oculto…vamos desenvolver isso. Manter nossa produção produtiva.

Grato pela atenção dedicada aos comentários do Esteves.

Palpiteiro

Parabéns pela matéria. Existe a tendência de mudança do tipo de combustível a ser utilizado pelos navios comerciais. Existe alguma previsão de matéria sobre este assunto? Qual seria o impacto disto nos meios militares?
https://www.dnv.com/Publications/maritime-forecast-to-2050-107160

Salim

Precisamos urgente e do sisfrom e do sisgaz para monitoramento fronteiras, depois uma frota de patrulha naval e marítima capaz, depois uma frota de defesa e guerra naval e aerea. Submarino ja temos 5 tupi e acredito mais 4 scorpene. Subnuc. seria depois do descrito acima ser efetivado. E so planejar com foco e independente do chefe da arma da vez ( e ridículo e antiproducente mudar chefe e perder tudo que foi planejado anteriormente ). Um subnuc. cego e sem apoio não serve pra nada, pode até ganhar uma batalha , porém perde a guerra.

Mk48

Prezado Salim, . O dia que nosso SSN estiver operacional, por mais simples que seja, já será o suficiente para qualquer outra marinha agressora repensar qualquer ação contra a MB. O custo de uma incursão será muito alto. Apenas as grandes marinhas poderão arcar, mesmo assim sabendo que podem sofrer baixas desproporcionais. . Esse é o valor de um SSN. . Ai eu te pergunto : Não vale a pena o dinheiro gasto ? . Adianta alguma coisa ficar aqui , como alguns fazem, fazer conta , questionar tempo e custo ? Na hora que “o bicho pega” , vale… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Mk48
Bosco

Mk-48, Por isso eu acho exagerado o valor que a mídia dá aos mísseis balísticos antinavios chineses dentro da estratégia de negação de área (A2/AD). O maior dissuasor que existe é o submarino nuclear que a China já opera há décadas. Os mísseis ASBM, caso estejam mesmo plenamente operacionais com toda a cadeia de destruição implementada será só mais uma ferramenta. O submarino ainda é o principal ator do conceito A2/AD por ser furtivo, persistente e autônomo. Em os chineses tendo conseguido de fato reduzir o nível de emissão de ruído dos seus submarinos nucleares se não de forma idêntica… Read more »

Mk48

Oi Bosco.
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Concordo contigo.

Renato

Prezado Mk 48, O grande problema é que ficaremos limitados a 1 SSN, dada a evolução do nosso programa difícil acreditar em 2. O que significa que este meio único tem utilidade de dissuasão limitada, pelo tempo que está disponível. Os períodos de manutenção são frequentes e longos, assim basta o agressor, que é quem escolhe o momento do ataque, esperar o momento de o SSN estar fora de serviço para realizar sua ação ofensiva, que possivelmente incluiria um ataque a base do SSN em manutenção. Assim, uma única unidade fica com sua maior utilidade para funções ofensivas iniciais, onde… Read more »

Camargoer.

Caro Salim. Eu concordo com você sobe a necessidade urgente de um sistema de patrulha naval baseado em sensoreamento remoto (satélites, drones, IA). A ação de aviões de patrulha e NaPaOC é consequência desse alerta. As fronteiras secas é um problema adicional porque não sei se faz sentido que sejam patrulhadas pelo EB. Imigração ilegal, contrabando, mineração ilegal, degradação ambiental não deveriam ser de responsabilidade do MinDef e muito menos de responsabilidade do EB. A defesa aérea é sim responsabilidade da FAB. Para isso precisa de investimento de médio e longo prazo. Já o ProSub é um dos mais importantes… Read more »

Mk48

Olá Camargo, bom dia.
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Eu penso que uma rede de radares OTH bem estruturada no nosso litoral já seria uma ótima solução.

Camargoer.

Olá Mk. Acho que são coisas complementares. A ideia de processamento por IA permite integrar informações de diferentes fontes para gerar um único panorama do cenário naval no Atlântico sul, do espaço aéreo brasileiro e do espaço aéreo vizinho. É tão importante saber o que se passa na ZEE quanto além dela, assim como é preciso saber tanto o que se passa dentro do espaço aéreo nacional quando o que ocorre além dele, dando uma antecedência para tomadas de decisões táticas;

Allan Lemos

Pra que queremos isso se não temos guerra?

Beleza, então a gente espera entrar em guerra para só depois começar a construir os submarinos. Que pensamento mais tacanho.

Adriano Madureira

“Um novo SSN custa, de US$ 1,3 bilhão (classe Barracuda francesa) a US$ 3,4 bilhões (classe Virginia americana, com lançadores verticais de mísseis de cruzeiro), enquanto um submarino convencional de 2.000 toneladas custa cerca de US$ 500 milhões. Em outras palavras, um submarino diesel-elétrico custa cerca de 30% de um nuclear e precisa de cerca de 30% da tripulação daquele”. Sou mais favorável que se envista na aquisição de mais submarinos convencionais da classe Riachuelo do que perseguir esse sonho de ter submarinos nucleares… Acho muito mais sensato e inteligente adquirir um certo número de submarinos convencionais,aí então,se no futuro… Read more »

Camargoer.

Caro Adriano. Além da diferença tecnológica, um SSN é maior que um SSK. Isso também afeta o preço. Por exemplo, o SN10 deslocará 6 mil ton, enquanto que o SBR desloca 2 mil. O preço por tonelada do SN10 é em torno de US$ 300 mil, enquanto que o preço do SBR é de US$ 220 mil.

GUPPY

Parabéns, Galante, por reeditar esse texto. Didático e elucidativo.
Obrigado.

Fernando Fernandes

Parabéns, ótima matéria sobre submarinos, inclusive pelo fato de termos um em construção em Itajaí RJ, apesar da matéria não falar sobre o andamento do nosso submarino, nem se propor a isso.

Kemen

Não é um bom artigo! É UM EXELENTE ARTIGO, parabéns a todos do naval, cada vez melhor.

Nick

Bela matéria não tinha lido antes. A vantagen dos SSN sobre os SSK é inquestionável, mas existem alguns cenários que os SSK podem operar em paridade com os SSN como por exemplo, o Mediterrâneo e o Báltico. Por outro lado regiões onde exigem longas “pernadas” até a área de patrulhamento, ou mesmo escolta transoceânicas, somente com os SSN. Mas os SSK vem evoluindo muito, notar que o Japão recentemente lançou uma classe de SSK que tem baterias tão efetivas que dispensou o uso do AIP neles. E se eles no futuro desenvolverem uma classe com AIP + bateria Ion+litio além… Read more »

carvalho2008

Mestre MK 48, coloque na sua conta tambem a destruição da Corveta Sual Coreanano por um Réles Classe Ghadir ( Yono Class) Norte Coreano….um Ghadir tem apenas 25 metros de comprimento e dois tubos 533 mm…o tamanho de um SU-35….com 125 ton….

carvalho2008

Um Ghadir de 125 ton e 29 metros com sete tripulantes, testanto o disparo de um missil anti navio
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/transcoded/3/30/Iranian_SLCM.webm/Iranian_SLCM.webm.360p.vp9.webm

Bardini

Muito bonito e etc, mas… a única coisa que realmente importa aí, é isso, a realidade: 01 SSN é equivalente a 03 SSK. . Para se ter só 03 SSN, é necessário abrir mão de pelo menos 09 SSK. Com 03 SSN, só se terá ao certo, apenas 01 SSN disponível para combater. Com 09 SSK, se tem pelo menos 03 SSK disponíveis. Pelo menos… . Por mais rápido que o SSN for, ele não nunca estará em dois lugares ao mesmo tempo. Ele não pode estar no nordeste, no sudeste e no sul do país, cobrindo estas áreas ao… Read more »

Mk48

“Atuando de forma ofensiva, contra os coitados do nosso entorno, um SSK moderno é tão mortal quanto qualquer SSN.”
.
?????????????????????????????

carvalho2008

Concordo em parte na maior parte. é um orçamento suficiente para 12 a 26 submarinos diesel dependendo do mix deles. Paea 4 a 6 sub uke parece fazer sentido… para apenas 1 ou 2 subnuke, o projeto fica insatisfatorio. Lembrar que o Alvaro Alberto irá em tese, operar os mesmos sistemas de detecção e de armas do Riachuelo. As grandes vantagens do Subnuke são: velocidade de translado; escoltar a frota em velocidade velocidade de evasão, mas somente quando possivel….pois se o adversario está muito muito proximo, o tempo de evsaõ em velocidade maxima seria delongado e delongada seria sua assinatura… Read more »

carvalho2008

Uma representação muito, muito antiga dos idos de 2012…numa estrutura barata de SSK´s costeiros de pequena tonelagem e os oceanicos ( ou equivalentes) de maior autonomia que o Brasil poderia ter adotado
comment image
São 26 SSK´s
Na epoca:

  • 06 Armur 850 com 8 VLS cada
  • 06 Scorpene
  • 05 IKL´s 209 Tikuna
  • 09 SMX-23 ( usam 70% do ferramental dos Scorpenes)
Esteves

“Para se ter só 03 SSN, é necessário abrir mão de pelo menos 09 SSK. Com 03 SSN, só se terá ao certo, apenas 01 SSN disponível para combater. Com 09 SSK, se tem pelo menos 03 SSK disponíveis. Pelo menos…” Essa conta de tem 3 vale 1 é uma conta de tempos de paz. Um navio para exercício e aprestamento da tripulação, um navio em manutenção, o terceiro navio em missão. Na guerra quem tem o que tem vai com o que tem. Tem 6 vai com os seis…ou uma Marinha de 600 só pode contar com 200? “Por… Read more »

Last edited 3 anos atrás by Esteves
carvalho2008

Houve uma categoria de AIP pouco falada. O inventor italiano Giunio Santi projetou uma maneira de construir submarinos a partir de tubos soldados como uma série de rosquinhas. Eles seriam usados ​​para armazenar gás, especificamente oxigênio, que poderia ser usado para fazer funcionar um motor a diesel mesmo quando o submarino estivesse submerso. Este tipo construtivo tinha algumas vantagens, pois o casco helicoidal é muito mais resistente a pressão do que o tradicional. Da mesma forma, a autonomia era em muito aumentada em comparação com seus congêneres de mesma tonelagem. É importante destacar que este tipo de AIP permite um tempo… Read more »

Observador Civil

Acompanho a trilogia a relativamente pouco tempo, e agradeço a essa otima matéria sobre o assunto, de fácil compreensão e com dados que eu desconhecia, sempre acompanho os comentários e aprendo bastante também no fórum, como esse é meu primeiro comentário gostaria apenas de agradecer pelo ótimo texto, muito instrutivo e leve, parabéns.