O ambiente marinho cobra sempre seu preço de quem navega, e a corrosão é um deles. Obviamente, navios atracados também sofrem com isso, mas é comum ver navios de guerra, ao longo de uma comissão em que são realizados exercícios navais mais intensos, mostrarem a ação do mar sobre o convés, costados e equipamentos. De longe, nem sempre aparecem, mas de perto ficam bem nítidos.

É o caso do PHA (porta-helicópteros anfíbio) Tonnerre da Marinha Francesa, visto nessas fotos (divulgadas nesta terça-feira, dia 30, pela Marinha Francesa) realizando exercícios em rota para a Argélia. O navio partiu da Base Naval de Toulon, na França, no dia 9 de maio e participou do exercício antissubmarino SQUALE tendo como escoltas as fragatas Alverne (FREMM – fragata multimissão) Alsace (FREMM DA – fragata multimissão com defesa aérea reforçada), e Forbin (FDA – fragata de defesa aérea).

O Tonnerre  contribuiu para o cenário do exercício realizando operação anfíbia com ameaça subaquática, lançando embarcações que realizaram um raid noturno a várias milhas náuticas de distância, desembarcando uma unidade de intervenção e proteção, engenheiros e fuzileiros navais.

Também foram realizados diversos treinamentos para manter capacitações operacionais, como exercícios de inspeção, combate a desastres, tiro, qualificação de pilotos de Puma, entre outros. Um deles foi o reboque do Tonnerre, ao largo de Toulon, pelo navio de apoio e assistência Seine, um treinamento importante por ser raramente realizado por um PHA e permitir o aperfeiçoamento da capacidade de manobrar em conjunto em qualquer circunstância.

Como se pode ver nas imagens mais aproximadas, há vários sinais de corrosão aparecendo no convoo e na rampa de popa do Tonnerre, nada incomuns quando se realiza períodos intensos de exercícios em alto-mar.

 

Subscribe
Notify of
guest

27 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Eduardo

Eu acho que esse artigo, tem falhas a respeito do que é corrosão e como ela age em uma embarcação, além do tempo necessário para corrosão começar atuar elementos metálicos.

Eduardo

Desculpa não tenho essa impressão, já no início do artigo fala de aparecimento de corrosão de uma embarcação com pouco tempo de operação. Corrosão não aparece porque o navio operou em uma comissão. Sim o artigo relaciona o aparecimento de corrosão durante uma comissão. E isso me chamou atenção, tem que tomar cuidado ao fazer esse tipo de relação.

Eduardo

Desculpa, acho que realmente você não lida bem com a crítica, mas acho que você precisa trabalhar isso. Na minha opinião você foi infeliz no que escreveu. Sou leitor assíduo daqui a muitos anos, se cometei aqui um ou duas vezes foi muito. Lamento muito, ver esse tipo de reação com a crítica. Dizer que em poucos dias você vê a reação do mar numa embarcação, do ponto de vista de corrosão. E de mais, isso me chamou atenção. Acho que se você é um historiador ligado ao tema ciência e tecnologia, tem que tomar cuidado, com que escreve, para… Read more »

Fernando Botelho

Uai, se você é tão sabichão e sabe tanto do tema, inicie um debate aqui nos comentários que nem o Nunão mencionou e aponte os erros.

Agora, falar que a matéria está errada e, ao ser perguntado para explicar o que está errado, sua resposta é basicamente “tá errado porque tá errado e ponto final” é de uma infantilidade gigantesca.

AVISO DOS EDITORES: SOLICITAMOS MANTER O RESPEITO.

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Last edited 10 meses atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Afonso Bebiano

É você, Sheldon Cooper?

Rafael

Faz o seguinte, cria um texto melhor e coloca aqui

Alexandre Galante

A corrosão em navios ocorre devido a uma combinação de fatores, que incluem: Água salgada: A água do mar é altamente corrosiva devido à presença de sais, como o cloreto de sódio. A umidade e a exposição contínua à água salgada causam a corrosão de metais presentes nos navios. Eletrólise: Navios possuem diferentes metais e ligas metálicas em sua estrutura, como aço, alumínio e bronze. Quando esses metais entram em contato uns com os outros em um ambiente molhado e salgado, cria-se um efeito de eletrólise, resultando em corrosão galvânica. Processos químicos: A presença de poluentes atmosféricos, como dióxido de… Read more »

eduardo

Eu escrevi, a explicação, aqui mas eu acho que não foi por algum motivo. Eu acho justo explicar melhor o que quis com minha critica. A corrosão é sim um dos grandes desafios da industria naval. O que me saltou aos olhos nessa matéria, foi o fato de relacionar uma operação ao aparecimento de corrosão a matéria usa fotos de alguns pontos de corrosão mostrando isso. Não concordo, corrosão não é algo que fica evidente em poucos dias de operação. Alguns fenomenos fisicos podem acelerar o processo de corrosão, mesmo eles demandam tempo que são maiores que alguns dias. Não adianta aqui eu ficar tecendo… Read more »

Santamariense

Totalmente desnecessários vários comentários teus se apegando aos “poucos dias”. O que a matéria quis explicitar é que durante una comissão, mesmo que curta, os meis navais pidem demonstrar pontos de oxidação. Não há citação no texto sobre perda de material das chapas do casco e de outras estruturas em decorrência dessa “ferrugem”. Uma oxidação, mesmo superficial, é bem visível devido à coloração característica. Entendo que a matéria veio para tentar esclarecer aqueles leitores que, quando vêem um navio novo chegando de uma comissão com várias marcas de “ferrugem”, a associam à má manutenção e degradação. Eu entendi dessa maneira… Read more »

Esteves

Quando Esteves Teve o negócio de bikes…chegavam bicis de triatlo para revisão. Disputaram provas correndo próximas ao mar. O triatlo são 3 X 1…corrida de fundo, natação no mar e bicis. No Ironman, multiplicado por 10 com prova final no Hawaii. Bicis caras. Tudo que não era feito de material compósito como carbono Estava atacado pela corrosão. Um dia de prova no litoral. Anos passados Esteves abriu uma oficina em Ubatuba. Os caiçaras traziam as bicis impregnadas de graxa, areia e sal para…”engraxar”. Esteves mostrava que o efeito da maresia, da oxidação provocada pelo ar, pela água, pela areia, pelo… Read more »

Carlos Campos

seria possível a aplicação daquelas tintas anti corrosão para impedir a [ferrugem nas bikes?

BraZil

Quanto a esta matéria, nada vi que merecesse “reparos”. Problemas com críticas todos nós temos é a vaidade humana. Outro dia, um comentário meu, respeitoso, cheio de pormenores cuidadosamente colocados, no Forte, foi apagado apenas por que eu disse que o Poggio é tendencioso pró ocidente. Conclusão: melhor aproveitarmos as boas matérias e não criticarmos o que consideramos errado. Não criticar o que julgamos errado é a nova ordem mesmo…

Esteves

Chico Buarque escreveu e cantou sobre isso.

Opera do Malandro. 1978

parabellum

Corrosão é um assunto extenso e a humanidade luta contra seus efeitos, como já falado acima: o metal tende a voltar seu estado de oxidação natural, quando minério, que é mais estável. Estima-se que 1/3 do ferro extraído seja para repor o que foi corroído. Existem vários tipos de corrosão: galvânica, de aeração diferencial, de concentração diferencial, etc. Até mesmo um  metal torcido faz com que naquele ponto se forme uma pilha. A luta é constante e inglória uma vez que a natureza vencerá. O que podemos e temos que fazer e atrasar ao máximo seus efeitos pela inspeção e… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Olha, de oxidação só sei que precisa, mais do que água salgada, de oxigênio. A atmosfera atual contém ~19-20% de oxigênio; há uns 2,4 bilhões de anos não tinha quase nada de oxigênio na atmosfera terrestre e por uns trezentos milhões de anos se processou o grande evento de oxigenação, que significou a extinção pra vida bacteriana existente até então mas sem o qual não estaríamos aqui, hoje. Em navios de combate se dizia que custava muito em pintura mantê-los apresentáveis – como as mulheres. Em inglês, qualquer navio ainda é she apesar dos nomes de batismo masculinos… talvez por… Read more »

Last edited 10 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
BraZil

Caro colega Esteves, de lá para cá o processo foi aperfeiçoado a um ritmo alucinante…rs rs

Rinaldo Nery

Acho q basta só um WD40… Rsrsrs

IvanF

Corrosion-X !!!

Brincadeiras a parte, quando chegou por aqui falavam muito bem desse produto. Comprei pra aplicar nas placas do computador mas achei o cheiro muito forte e ele é bem viscoso, deixa uma camada de meleca na placa, parece graxa em spray.

Mora da história, não apliquei o produto e perdi a placa de vídeo alguns anos depois por efeito da maresia… 🙁

Dod

Tem aquela foto que eu lebro do PA do estados unidos navegando na pandemia, e que ñ podia atracar!Tva moído, mas o navio é bruto

Dr. Mundico

Por incrível que pareça, a corrosão (ou oxidação) dos materiais metálicos em água “doce” costuma ser tão ou mais severa do que em água salgada.

Um Simples Brasileiro

Navegar é enferrujar, e também pegar cracas.

Diogo

O que melhor ilustra isso é a imagem de um destroier americano que ficou sei la quanto tempo sem aportar por conta das restricoes da pandemia, quando voltou pro porto de origem, parecia um lixo de tanta ferrugem

Ricardo Rita

Parece um Peugeot