Estado conta com extensa rede de instituições de pesquisa e produção de conhecimento

A Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) transferiu, no dia 18 de julho, a sua sede do Rio de Janeiro para a cidade de São Paulo. As novas instalações estão localizadas no Complexo do Centro Tecnológico da Marinha, no campus da Universidade de São Paulo (USP).

Entre os fatores que justificam essa transferência, destaca-se a presença, em São Paulo, de importantes centros de produção de alta tecnologia e conceituadas universidades, com seus núcleos de pesquisa e laboratórios de reconhecimento internacional.

São Paulo, sendo um dos polos possuidores de condições ideais para pesquisa e desenvolvimento, permitirá à Marinha do Brasil continuar aprimorando suas iniciativas na busca pela autonomia científico-tecnológica necessária à garantia da soberania nacional, como tarefa precípua da Força Naval.

O estabelecimento dessa nova Sede faz parte do avanço na transferência de tecnologia e capacitação de recursos humanos, por meio dos programas da Diretoria, particularmente, na área nuclear. A visão de futuro do setor nuclear demanda intensa sinergia entre governo, base industrial e sociedade brasileira. A convergência de  esforços contribui, cada vez mais, para um setor nuclear autossuficiente.

Para o Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, é permanente o compromisso da Marinha, por meio da DGDNTM, órgão central de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) da Força, em envidar esforços para pesquisar, desenvolver e adotar produtos e serviços com tecnologias autóctones.

“O Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil atua de forma sinérgica e dinâmica na ampliação e solidez das parcerias estratégicas com a Comunidade Científica, Indústria, Institutos e Fundações, visando assegurar o emprego eficaz de tecnologia nacional capaz de proteger e preservar as riquezas e as dimensões continentais da ‘Amazônia Azul’, mas que também se materializa em préstimos sociais e desenvolvimento socioeconômico para os brasileiros”, explica o Diretor-Geral.

Na ocasião, o Reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, ressaltou que essa união irá acelerar o desenvolvimento nuclear do Brasil e facilitar a inovação dentro do estado. “Nós temos em desenvolvimento o Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear. Temos na Escola Politécnica um curso de graduação em Engenharia Nuclear que só foi criado por causa dessa parceria com a Marinha do Brasil”, disse o Reitor.

Visão em corte simplificada do SCPN (Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear)

Estrutura da DGDNTM

A Diretoria-Geral ficará próxima às Organizações Militares que coordenam e colaboram para o avanço do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e, consequentemente, do Programa Nuclear Brasileiro, tais como: o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, o Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), a Diretoria de Desenvolvimento Nuclear da Marinha, o Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica de Aramar (BtlDefNBQR- ARAMAR), o Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo e o Centro de Intendência Tecnológico da Marinha em São Paulo. O CINA e o BtlDefNBQR-ARAMAR estão localizados no município de Iperó (SP), a 125 quilômetros da capital paulista.

No entanto, a DGDNTM continua atuando no Rio de Janeiro, onde mantém o Centro Tecnológico da Marinha, o Centro de Análises de Sistemas Navais, o Instituto de Pesquisas da Marinha e o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Burgos

Boa tarde a todos;
Aí fica a pergunta:
Não seria para viabilizar o andamento do projeto do Subnuc ou até agilizar todo esse processo ?!🤷‍♂️
Pq parece que muitas OMS estão reclamando dos parcos recursos não sei se deve ser o caso também
Resumindo !!!
Tá tudo caro e as empresas ficam pedindo para fazerem atualização de aditivos no contrato/licitação pq vira o mês o preço das coisa tá subindo.
Coisa que já foi até discutido em posts anteriores aqui mesmo no blog.

Last edited 9 meses atrás by Burgos
Augusto José de Souza

Tem muitas unidades da marinha que poderiam ser transferidas para outros estados como o batalhão toneleiro e de blindados dos fuzileiros navais que podem ir para o sul e São Paulo e a esquadra poderia ser transferida para o Nordeste ou Natal ou Salvador na base naval de Aratu onde fica bem afastada do centro urbano e com isso pode ser ampliada para abrigar várias fragatas Tamandaré,corvetas,submarinos e contratorpedeiros além de ser mais estratégico pela costa nordestina ser a porta de entrada do Brasil pelos mares. A BNRJ está ultrapassada e exposta demais onde da ponte Rio Niterói da para… Read more »

Jagderband#44

Difícil largar o chopp no Jobi.

Allan Lemos

A “esquadra” tem que ficar no Sudeste devido a importância da região, o certo seria criar uma segunda para colocar no Nordeste.

Era isso que seria feito se esse país tivesse militares sérios.

No one

Qualquer país da nossa importância e dimensões, com uma extensão tão grande de costa e ZEE, tem pelo menos duas esquadras/frotas . A marinha chinesa é dívida em três frotas principais. A Indiana, duas. A australiana, também duas . O Brasil é um caso sério de falta de visão estratégica e compromisso com o próprio rol/tamanho e peso geopolitico. Eu aínda fico abismado como essa nação não se fragmentou em vários estados. O descaso com o resto do país é absurdo.

Last edited 9 meses atrás by No one
Augusto José de Souza

Teve um plano de criar uma segunda esquadra no Maranhão na Ilha de São Marcos,a MB deveria ter posto isto em prática por ser uma região estratégica e também ampliar os meios navais.

Rinaldo Nery

O plano ainda existe. Falta sair do papel. Está na END.

Augusto José de Souza

Que saia do papel começando por adquirir mais meios navais para basear no Maranhão como fragatas Tamandaré de segundo lote e Belharra oferecidas pela França.

Jadson Cabral

Só que não tem navio, né? Criar base pra alocar pessoal? Só se os prêmios do Rio já estiverem em espaço

Augusto José de Souza

A marinha teve planos da segunda esquadra no Maranhão,se ela adquirir mais fragatas Tamandaré e submarinos e talvez outros meios como a proposta francesa de construir fragatas Belharra em Itaguaí e navios varredores já pode basear os navios extras no Nordeste.

J R

Franceses de novo? Já não chega a canseira que estão dando com o SNB? Para essa segunda esquadra poderiam ir encomendando NPO e adquirir alguns navios de oportunidade,

Diego Tarses Cardoso

Seria se tivéssemos políticos e alguns membros de governo sérios, ficou sabendo que Celso Amorim quer parar o desenvolvimento de produtos brasileiros em empresas que utilizem tecnologia israelense para prestigiar a China ?

Ele diz que é para diminuir a influência de Israel no Brasil, mas não tem um plano para aumentar nossa própria independência, apenas quer aumentar a influência chinesa aqui.

Nilo

E porque já não transferir Centro Tecnológico da Marinha, o Centro de Análises de Sistemas Navais, o Instituto de Pesquisas da Marinha para o Estado de São Paulo onde está maior laboratório de segurança cibernética do hemisfério Sul.

Last edited 9 meses atrás by Nilo
Augusto José de Souza

Tem muita coisa da marinha que pode ir para São Paulo inclusive alguns batalhões de fuzileiros navais que podem desconcentrar a marinha do Rio de Janeiro e investir em São Paulo.

Jadson Cabral

Fuzileiros deveriam ser espalhada pela costa. Manda pro sul e pro nordeste. São Paulo fica do lado do rio, estrategicamente falando, não faria muita diferença. Outra coisa que não entendo é as operações da marinha com desembarque anfíbio em Lagos no planalto central. Tanta região costeira pra fazer assalto, pra mover tropas… e escolhem fazer isso num lago no centro do país…

Fernando "Nunão" De Martini

Jadson,

Exercícios de desembarque em áreas costeiras são feitos todos os anos, há muito tempo.

Marcelo R

Voces estao falando de esquadra???
que esquadra???
o que sobrou,pela elevada idade, precisa ficar dentro do AMRJ, para as manutenções perpetuas…

Augusto José de Souza

As fragatas Tamandaré vão dar uma renovada,é só a marinha adquirir mais lotes junto dos submarinos Riachuelo e corvetas e pode começar a basear outros navios de guerra no Nordeste podendo ser em Recife entre as áreas do 2 e 3DN.

ECosta

Quando começam a construir o casco do SSN ?

EduardoSP

Que pressa é essa?…rsrsrss

Camargoer.

Caro. Segundo o relatório da MB de 2022, o Labgene deve ficar pronto em 2025. Em 2022 havia sido realizado 60% do projeto a custo de R$ 3,5 bilhões. A previsão de conclusão dos quatro Scorpenes é também 2025. Ate 2022 já havia avançado 87% a custo de R$ 9,6 bilhoes. Sobre o SN10, já foram realizados 2,3% do projeto. Espera-se colocar o reator do Labgene em condição crítica em 2026. Espera-se lançar o SN10 em 2031 e ele entre em operação na MB em 2034.

guilardo

Caro colega a quem muito respeito. Você acredita mesmo nesse subnuc ?

Pablo

o que esse projeto já foi sabotado pelo império não esta nos anais da historia,mas um dia a gente consegue

Carlos Eduardo Oliveira

Haja coquetel.