Foi realizada uma cerimônia de corte de aço em Gdynia, no dia 16 de agosto, para a primeira das três fragatas MiecznikA Polônia está construindo 3 fragatas Miecznik multimissão Arrowhead 140PL no que será o maior acordo de aquisição da história da Marinha Polonesa.

O Projeto Miecznik é baseado no projeto comercial Arrowhead 140 (AH140), derivado das fragatas dinamarquesas da classe “Iver Huitfeldt”. O projeto Arrowhead 140 também é a base para as fragatas Type 31 da Royal Navy.

As fragatas Miecznik estão sendo construídas pelo consórcio PGZ-MIECZNIK (Polska Grupa Zbrojeniowa S.A. e PGZ Stocznia Wojenna Sp. z o.o.), com o apoio da Remontowa Shipbuilding S.A. e parceiros estrangeiros: Babcock International Group, MBDA UK, Thales UK.

Durante o evento, foi assinado acordo entre a PGZ e Babcock para uma opção de construção de mais 5 navios da classe.

O batimento da quilha do ORP Wicher (estaleiro número 106/1) ocorrerá no primeiro trimestre de 2024, o lançamento está previsto para o segundo semestre de 2026. Em 2028-2030, os testes de aceitação e qualificação e a entrega do fragata para a Marinha Polonesa.

As fragatas terão quase 140 metros de comprimento e terão uma tripulação de 120 militares.

O projeto Arrowhead 140 (AH140) é baseado na fragata classe “Iver Huitfeldt” da Dinamarca
(Acima) O arranjo geral do projeto da fragata Huitfeldt e (abaixo) o derivado Arrowhead 140. As diferenças mais profundas estão nas armas / sensores e nas duas baias para lanchas RHIB
Subscribe
Notify of
guest

35 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Wagner Figueiredo

Se brincar,,,são antes das Tamandaré 🤪🤗

Underground

Não duvido.
Brasil sempre querendo adquirir transferência de tecnologia em rodas, além de querer inovar em algo que já deveria dominar: “olha… queremos um roda quadradinha, meio zarolha, com inflexão a esquerda….”

Fernando "Nunão" De Martini

“Brasil sempre querendo adquirir transferência de tecnologia”

Só o Brasil? O contrato da Polônia para essas fragatas também tem transferência de tecnologia:

“Under the TOKAT framework contract, Babcock will share its technology, engineering expertise and industry know-how with PGZ S.A., PGZ SW and Remontowa Shipbuilding with the aim to transform their shipyards and deliver the MIECZNIK programme for the Polish Navy. The cooperation will include human resources development and staff training, support in infrastructure upgrades planning and the implementation of tools and technologies.”

https://www.babcockinternational.com/pt-pt/news/babcock-awarded-contracts-to-drive-forward-polands-frigate-programme-miecznik/

Last edited 8 meses atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Underground

Nunão,
Você adquire tecnologia uma vez e passar a deter conhecimento daquilo. Se você não consegue adquirir conhecimento e transformar isso em produção industrial (ou equivalente), algo está errado. No nosso caso, me parece que está tudo errado.

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, nossa história de construção naval militar tem um histórico de descontinuidades, surtos e baixas encomendas.

O que quis ressaltar, ao trazer alguns detalhes do contrato polonês que claramente não estavam levando em conta nos comentários, é que o Brasil não está sozinho quando faz contratos que incluem transferência de tecnologia. Os poloneses têm histórico de construção de navios de guerra e incluíram transferência de tecnologia em seu contrato.

Esteves

Grande contrato. Incluíram modernização das forças navais.

Fernando "Nunão" De Martini

Você quis dizer que serão entregues antes das fragatas Tamandaré? Seu comentário está com o texto meio truncado. Para isso acontecer, a Tamandaré terá que atrasar e muito. Já publicamos aqui, ontem, que 30 dos 55 blocos da Tamandaré estão em construção (o primeiro corte de metal foi em setembro passado) e que, nesse ritmo, a previsão é que ela seja entregue até o final de 2025. Já para a primeira dessa classe polonesa, que só está começando agora, o texto dá esses prazos: “O batimento da quilha do ORP Wicher (estaleiro número 106/1) ocorrerá no primeiro trimestre de 2024,… Read more »

Wagner Figueiredo

Saiu errado…mas como acompanho o seu site muito tempo e as notícias..etc..o Brasil adora atrasar umas coisas ( espero que não) massssssss…..cê sabe né?!?!

Underground

Nunão,
Em um país que raramente se cumpre prazos, valores, e o próprio contrato, a não ser que haja interesses, dizer que as construção de nossas Fraguetas pode atrasar e serem entregues depois das que estão no artigo, não é uma coisa longe da realidade.

Wilson Look

Historicamente apenas 3 navios tiveram atrasos na construção(totalmente fora do normal em qualquer parâmetro) no Brasil.

Foram eles os monitores Pernambuco e Paraguassú (respectivamente 20 e 50 anos do batimento de quilha para a incorporação) e a corveta Barroso, todos por razões econômicas e políticas.

Para que a classe Tamandaré atrase tanto assim, pela minha percepção de como tudo está caminhando, somente por alguma decisão política que leve a paralização total do programa.

Fernando "Nunão" De Martini

Wilson, Precisa acrescentar à sua lista, ao menos nesse histórico que vai desde o final do século XIX ao XX, o cruzador Almirante Tamandaré dos anos 1880-90, que atrasou bastante e influenciou o atraso dos dois monitores que você mencionou. E também os 6 contratorpedeiros classe A, dos anos 1940-50, cujos atrasos nos prazos de variaram de 5 a 15 conforme o navio (o fim da IIGM deu uma brecada num programa que era ambicioso por construir seis CTs simultaneamente no Brasil, em plena guerra). Eles constrastaram negativamente, em suas épocas, com os contratorpedeiros classe M (que atrasaram uns dois… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Não estou questionando o histórico, Underground, mas coloquei a situação de cada cronograma em perspectiva.
No caso atual da classe Tamandaré, acho que há mais chances de cumprirem o prazo do que em outros casos do passado, por conta de uma série de fatos que já foram bastante comentados aqui (a capitalização da Emgepron antes do contrato, para garantir maior previsibilidade dos pagamentos, entre outros).

Marcos

Se mantiver o ritmo de investimentos as forças armadas polonesas irão se converter numa das mais fortes da União .

Marcello Caixa

Elas são maiores que as Corvetas Tamandaré?

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, aproximadamente o dobro do deslocamento.

Esteves

250 milhões de libras. Talvez menos com a necessidade urgente de armar a Polônia.

Bardini

As três fragatas que vão ser construídas na Polônia, estão dentro de um contrato de quase U$ 2,0 bilhões de dólares.

Esteves

Grato.

Esteves irá atualizar-se. Puxei o preço das Type 31.

Fernando "Nunão" De Martini

O valor do contrato polonês para os três navios é de 8 bilhões de zloty/PLN, o que dá cerca de 1,95 bilhão de dólares.

Em libras, dá cerca de 1,5 bilhão por todo o contrato.

https://remontowa-rsb.pl/en/aktualnosci/remontowa-shipbuilding-builds-frigates-under-the-miecznik-programme/#:~:text=The%20value%20of%20the%20entire,of%20the%20project%20is%202034.

Esteves

Sim.

Grato pela correção. Trata-se de um grande contrato que inclui projeto e logística…não pesquisei qual seria essa logística.

André Luiz Alberto Moore suboficial submarinista

Navios de superfície por mais modernos que sejam não são pareos para o submarino convencional movido a bateria é com uma tripulação capaz de ficar mergulhada por mais de 10 dias ( 10 dias de silêncio no fundo do mar é maus que suficientes para afundar qualquer navio de superfície tudo depende de um plano de ação uma estratégia de defesa e inteligência do território marítimo de seu país

Esteves

Olá André,

Como é possível afundar um navio de superfície enquanto o submarino Está por mais de 10 dias no fundo do mar?

Esteves

Taí. Taí outra matéria. Merece investigarem. Ir lá. Quais os detalhes do contrato? Qual o estado atual da Defesa da Polônia? Existe preocupação real com os russos? Não precisa de muitas perguntas. É bater na porta e apresentar-se. Esteves não vai sugerir pra não ler que aqui no PN trabalham muito, que não tem editor deitado, que pipocam atividades e coisas assim. — Boa noite…estamos em Gdynia na Pomerania cobrindo mais uma matéria sobre Defesa. A Polônia anunciou a assinatura de um contrato no valor de 2 bilhões de dólares para suas Forças Navais. Vamos falar com eles sobre esse… Read more »

Heinz

Não possuem VLS?

Leandro Costa

Aparentemente à meia nau.

Dalton

Conforme anunciado 32 silos e ao menos no desenho mostrado encontram-se à meia nau
como o Leandro indicou.

rui mendes

Possuem sim, no mesmo lugar que as Dinamarquesas, está na primeira imagem.

Marcelo

Essa estorinha de transferência de tecnologia….para construir 4 navios patrulhas oceânicos…. ja..deu ..
O problema é que (vai) demorar muito pra essas Tamandaficarwm prontas
….quando ficarem prontas vão estar tão ultrapassadas quanto a Barroso após 17 anos em construção.
Claro que por um custo extremamente alto ….para o erário público…
Mas nesta altura do campeonato….
O que representa alguns bilhões jogados fora com 4 patrulhas oceânicos….

Camargoer.

Caro Marcelo. Não é verdade que as FCT nascem ultrapassadas ou obsoletas. São navios novos, com armas e sistemas modernos. A primeira FCT, a F200, já está em construção e ficará pronta em 2025, e as outras trẽs seráo entregues anualmente. Talvez a única crítica que seja justa é quanto ao deslocamento, já que as FCT são mais ou menos do tamanho das velhas Niterói e alguns colegas preferiam que elas tivessem um deslocamento da ordem 5 mil. Outros colegas dizem que 12 misseis para defesa antiaéria seriam poucos, ainda que o espaço permitiria no futuro trocar por um sistema… Read more »

soldado imperial

Meu humilde entendimento a Polonia deveria focar em forças terrestres e aéreas. Deixa o setor naval pra USN e constroi uns navios de patrulha naval bem baratos e uns submarinos e toca a vida….

Nelson Junior

Todos os países que fazem parte da OTAN, viram com essa guerra na Ucrânia o quanto é importante ter seus “próprios” meios militares (principalmente para contenção inicial em uma suposta guerra) e não depender dos EUA pra “tudo”… No caso da Polônia, isso é ainda mais importante, pois além de ter fronteira com a Russia (enclave de Kaliningrado), a Polônia já foi invadida pelos russos mais de uma vez e percebeu durante o período da URSS o quanto é ruim ser submisso aos russos. Os russos são vingativos e se tiverem oportunidade de subjugar a Polônia novamente eles vão tentar… Read more »

rui mendes

E todos estão fazendo a sua parte e isso de não gastarem com defesa é balelas, pois os países da UE gastam no seu conjunto praticamente o que gasta a China em defesa, claro que os Norte-Americanos gastam muito mais, mas isso também o fazem em comparação com a China e depois a defesa da UE é conjunta, através da Nato. A Polónia está a comprar e muito. 1a Parte -250 M1A2 sepv3 Abrams -116 M1A1 Abrams -180 K2 Black Panther -820 K2PL Black Panther -1400 VCI Borsuk -11 Rosomak Wolverine -218 K239 Chunmoo -500 M-142 Himars -48 Krab -48… Read more »

Nelson Junior

Sim, eles estão gastando muito agora, principalmente a Polônia…
Porém isso tomou proporção muito maior com essa guerra com a Ucrânia…
E tem muito mais itens nessa lista…

96 Apaches com mais de 3000 misseis para eles
48 FA-50 (caças leve) Sul coreanos
32 F-35 e respectivos misseis
Etc…

https://www.defensenews.com/land/2023/08/21/poland-gets-green-light-to-buy-apache-helicopters/

A Polônia vai se tornar a maior potencia bélica da Europa se continuar assim…

E está muito certa em não negligenciar os meios navais !

Dalton

No meu igualmente humilde entendimento seria muito desagradável a Polônia não ter
alguns navios ao menos tão grandes quanto às fragatas que a Rússia tem no Mar Baltico
porque navios de patrulha poderiam ser mais facilmente intimidados e a US Navy não é tão grande para estar em todos os lugares.

Marcelo Andrade

Vão comentar sobre as Tamandarés, 1,2,3…..