Com a guerra em curso entre Israel e o grupo militante Hamas, os mercados petrolíferos estão nervosos depois do Irã ter avisado que o conflito poderia aumentar em todo o Oriente Médio.

A infraestrutura energética da região e os principais pontos de estrangulamento (chokepoints) do transporte marítimo estarão em risco caso o conflito se espalhe, o que poderá fazer disparar os preços do petróleo e afetar dramaticamente a oferta.

Riscos para o Fluxo de Navios-Tanques no Oriente Médio em Caso de Conflito na Região

O Oriente Médio, há muito tempo, tem sido um ponto de tensão geopolítica. A região, rica em petróleo e gás natural, desempenha um papel crítico na economia global devido ao seu papel como principal fornecedor de energia. O fluxo contínuo de navios-tanques através do Oriente Médio é, portanto, vital para manter o abastecimento estável de energia para o mundo. No entanto, em caso de conflito na região, esse fluxo pode ser gravemente afetado, com implicações significativas a nível global.

O Estreito de Ormuz, situado entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, é uma das passagens marítimas mais importantes do mundo. Quase um quinto do petróleo consumido globalmente passa por este estreito. Além do Estreito de Ormuz, o Canal de Suez e o Estreito de Bab el Mandeb também são cruciais para o transporte marítimo de petróleo e gás. Uma interrupção no tráfego nesses pontos estratégicos pode levar a um choque no mercado de energia global.

Riscos Potenciais

  • Ataques Diretos: Em situações de conflito, os navios-tanques podem ser alvos diretos. Ataques a esses navios não só interrompem o suprimento de petróleo, como também podem causar desastres ambientais.
  • Minas Marítimas: A minagem de estreitos estratégicos ou áreas de tráfego intenso pode tornar a navegação perigosa ou até impossível, até que as minas sejam removidas.
  • Bloqueios: Em tempos de guerra, uma nação pode tentar bloquear estrategicamente um estreito para impedir o movimento de navios-tanques adversários.
  • Aumento dos Custos de Seguro: Devido ao aumento dos riscos associados à navegação em zonas de conflito, as taxas de seguro para navios que operam na região podem disparar.
  • Desvio de Rotas: Navios-tanques podem ser forçados a desviar de rotas mais diretas e seguras para rotas mais longas e menos econômicas para evitar áreas de conflito.

Implicações Globais
Uma perturbação no fluxo de navios-tanques no Oriente Médio pode resultar em flutuações significativas nos preços do petróleo e do gás. Isso, por sua vez, pode afetar as economias dependentes de energia, causar inflação e potencialmente levar a recessões. Além disso, a dependência de muitos países em relação ao petróleo do Oriente Médio pode forçá-los a tomar decisões políticas ou militares para garantir o fluxo contínuo de energia.

A segurança do tráfego de navios-tanques no Oriente Médio é de importância global. Em caso de conflito na região, as consequências econômicas e políticas podem ser vastas e de longo alcance. Portanto, é vital que as tensões sejam monitoradas e que esforços diplomáticos sejam empregados para garantir a estabilidade na região.

 

 

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Willber Rodrigues

“Com a guerra em curso entre Israel e o grupo militante Hamas, os mercados petrolíferos estão nervosos depois do Irã ter avisado que o conflito poderia aumentar em todo o Oriente Médio.”

O que, sejamos sinceros, é a única coisa que importa.
Sejamos novamente sinceros aqui: se não fosse pelo petróleo, o OM teria o mesmo nível de “importância” pro mundo que a América Central, e ninguem ligaria se teria ou não guerras alí.

Willber Rodrigues

Tudo isso que você disse é e foi financiado pela grana do petróleo. O fato daquela região ser uma das mais conflituosas do mundo só demonstra isso, já que eles tem grana, proveniente do petróleo, pra financiar suas FA’s. O Iraque nos anos 80 tinha um dos maiores exércitos do mundo. Sem petróleo, ele teria aquele exército. Verdade seja dita, a AS só é “pacífica” porque todos os países da região são pobres e não tem nenhum produto igual o petróleo pra dar muito dinheiro e financiar suas FA’s. A Argentina quase ter pulado no pescoço dos chilenos nos anos… Read more »

Joanderson

So discordo da parte de vc dizer que a Arábia Saudita é pacifica por que todos os paises da regiao são pobres, Catar, Emirados Árabes Unidos Kuwait vendo isso.

Hcosta

Sempre foram pontos estratégicos mesmo antes de haver o petróleo. Compare os pontos/cidades ocupados pelos Portugueses no séc. XVI e verá que, ainda hoje, continuam a serem locais muito importantes.

E como ponto de passagem entre o oriente e o ocidente…

Alex Barreto Cypriano

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Last edited 5 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Joanderson

Uns perdem e outros ganham, em caso de guerra por ali o barriu do petróleo dispara, a solução vai ser o Ocidente fazer as pazes com Rússia e Venezuela e até o Brasil sai ganhando.
A Ucrânia tem que rezar para essa guwrra não aconter, se não ela fica para segundo plano.

Alex Barreto Cypriano

Estão te fazendo olhar na direção errada. Não é petróleo (nem bloqueio de chokepoint) o problema, é jazida de gás natural, aquele mesmo que Israel e Egito vão dividir depois da erradicação dos palestinos da faixa de Gaza (com a Cisjordânia vai ser diferente…). Onde foi que eu já vi isso antes, conflito sob pretexto pra apropriação imediata de riqueza natural? Tem uma coorte de gafanhotos mundo agora agitadíssima patrocinando a violência antevendo uma migalha do butim.

Alex Barreto Cypriano

Leia este arrazoado sobre a situação:
https://www.planetcritical.com/p/everybody-wants-gazas-gas

Joanderson

Se o assunto for gás a Rússia se mete na hr, vai ajudar o Hamas de tido jeito vua Irã, nunca a Rússia vai deixar esse gás chegar na Europa sem antes lutar.