Marinha do Brasil confirma localização de naufrágio da Segunda Guerra Mundial

Vital de Oliveira
Após mais de 80 anos oculto sob as ondas do Rio de Janeiro, a localização de um navio de transporte de tropas brasileiro, torpedeado e afundado pela Alemanha Nazista, foi definitivamente confirmada pela Marinha do Brasil nesta semana.
O naufrágio do Vital de Oliveira foi inicialmente descoberto em 2011 por um par de irmãos, José Luíz e Everaldo Popermeyer Meriguete. Até julho, a Marinha do Brasil havia informado ao jornal O Globo que não podia confirmar se o casco, localizado a 45 quilômetros da costa, era de fato o navio em questão.
Como parte de uma expedição científica para obter a localização exata do naufrágio, a Marinha confirmou oficialmente a descoberta dos irmãos, de 14 anos, em 16 de janeiro, utilizando imagens de sonar.
A CNN entrou em contato com Domingos Afonso Jorio, um dos mergulhadores que ajudou os irmãos a encontrar o naufrágio, mas não obteve resposta. Rodolfo Silot, cineasta documental brasileiro que registrou a descoberta inicial, disse por e-mail à CNN que “têm tentado contar essa história há quase uma década e ninguém se interessou até agora.”
O Vital de Oliveira era um navio civil, construído em 1910 e adaptado como embarcação naval auxiliar quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. Transportava suprimentos, marinheiros e soldados pela costa brasileira quando um submarino alemão atingiu sua popa com um torpedo pouco antes da meia-noite de 19 de junho de 1944.
O Brasil foi o único país sul-americano a enviar tropas para o exterior durante a Segunda Guerra Mundial. Ao longo da Batalha do Atlântico, os submarinos alemães patrulharam a costa brasileira, afundando cerca de 34 embarcações e matando 1.081 pessoas, segundo o historiador naval Roberto Sander, que escreveu que o afundamento do Vital de Oliveira foi a “maior perda” da Marinha durante a guerra. Das 270 pessoas a bordo, ele escreveu, 99 pereceram.
“Mais de 60 anos após esses eventos,” escreveu Sander em 2007, “a grande maioria dos navios brasileiros permanece intocada no fundo do oceano.”
Suas localizações só seriam confirmadas, inferiu Sander, por meio do uso de “sondas.”
A Marinha afirmou em seu comunicado de imprensa que o naufrágio foi encontrado “utilizando sonar multifeixe e side-scanning.”
Ambos os métodos, que empregam feixes de ondas sonoras em forma de leque para escanear o fundo do mar, são frequentemente usados juntos na arqueologia subaquática para criar visualizações detalhadas dos naufrágios, de acordo com a NOAA.
Na imagem de sonar side-scanning divulgada juntamente com o comunicado da Marinha, é possível ver claramente o contorno do Vital de Oliveira.
Coincidentemente, o navio de pesquisa que confirmou a localização do naufrágio também se chama “Vital de Oliveira.”

FONTE: CNN
Caros editores, a matéria da CNN tem 2 erros:
– O sobrenome dos irmãos mergulhadores é Pompermayer e não Popermeyer.
– ‘a Marinha confirmou oficialmente a descoberta dos irmãos, de 14 anos, em 16 de janeiro’ – o correto seria há 14 anos (2011 – 2025).
Não sei se é coincidência, mas algumas vezes que usei (“) no texto este ficou bloqueado, por isso usei o (‘) e pelo menos dessa vez deu certo.
Correto. Muito bem
O “Vital de Oliveira” foi torpedeado em julho, não junho como no texto, aliás, todos os três navios da marinha brasileira que soçobraram durante o conflito o foram no mês de julho algo que chamou minha atenção desde muitos anos atrás.
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O segundo foi a corveta Camaquã devido ao mau tempo uns dias depois e o “Bahia” também em julho só que de 1945 e foi ele a “maior perda da marinha” com mais de 300 mortos não o “Vital de Oliveira”.
Caro Dalton, visto q a história do C Bahia é amplamente conhecida e divulgada pelos órgãos de pesquisa e memória da MB, imagino q a informação quisesse dizer que o “Vital de Oliveira” foi a maior baixa em situação de combate – o “Vital” navegava à noite, em black out completo. O incidente do Bahia ocorreu quase dois meses após a cessação das hostilidade, em 4 de julho de 1945, quando atuava como navio de resgate num dos quadrantes sobre os quais passavam aeronaves estadunidenses que vinham do Pacífico com ex-prisioneiros de guerra. Mas, enfim, essa história vc certamente conhece… Read more »
Oi Bitten, pode ser caso de interpretação, a maioria das fontes cita o “Bahia” como sendo a maior baixa da marinha na II Guerra.
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Apesar da guerra na Europa terminada o “Bahia” estava em missão apoiando tripulações aéreas dos EUA , os “nazistas” estavam sendo “caçados” para posterior julgamento e a II Guerra ainda prosseguia no Pacífico e apesar de “simbólico” o Brasil declarou guerra ao Japão um mês antes do “Bahia” soçobrar.
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abs
Nazis caçados no Brasil…não acredito.
Caçados na Europa Esteves para os julgamentos em Nurembergue e havia ainda toda uma operação de ocupação da Alemanha.
Legal, mas demorar 14 anos para confirmar o local do naufrágio me parece um pouco demais.
A Marinha do Brasil negligenciando sua própria história! Se fosse em um local muito profundo, ou muito distante da costa, eu até entenderia, mas não é o caso.
Tem que ir buscar o Bahia para esclarecer a história se foi torpedo se foi bagunça.
Tem que ir.
A maioria não tem dúvidas que foi um infeliz acidente. A ideia de que os EUA forçaram o governo brasileiro à divulgar que foi acidente e não torpedeamento para não prejudicar o apoio da população da Alemanha Ocidental contra à URSS é insustentável. . O primeiro julgamento de Nurembergue só condenaria os primeiros nazistas mais de um ano após o Bahia soçobrar e os julgamentos continuariam anos depois, então condenar um comandante de submarino significaria uma gota no oceano, além do mais à população da Alemanha Ocidental preferia o “diabo” à URSS. No livro U 977 – um dos 2… Read more »
O relato sobre explosões das munições por conta de uma arma que atirou sozinha durante exercícios de killingtomato…nisso é que não acredito.
“Havia uma bagunça…munições espalhadas…todos relaxados por conta de não haver o que fazer…de repente o canhão que Estava exercitando alvos na linha d’água, ergueu-se e atirou nas munições”.
Torpedo!
Quem sou eu para convence-lo do contrário e como o “Bahia” jamais será visto novamente essa percepção irá durar para sempre e uma nova geração de crentes irá surgir alimentada pelas teorias de conspiração…ao menos um dia a China irá tirar fotos do local onde à Apolo 11 alunissou. . Prefiro acreditar na conclusão da marinha brasileira, há um relato detalhado em um livro que prezo muito “A marinha do Brasil na II Guerra” inclusive fazendo menção à destruição do encouraçado Aquidabã , erros acontecem e devem ser minuciosamente analisados para que não voltem à ocorrer, mas a “munição não… Read more »
Boa, Admiral Dalton.
Shattered Sword, the untold story of the battle of Midway.
3.000 m de profundidade, passados 80 anos e com as dinâmicas daquele ambiente: correntes submarinas, corrosão do metal … Simplesmente impossível uma perícia conclusiva …
Para mim: TORPEDO! Dois para ser mais preciso.
Base literária para essa opinião:
Ultramar Sul: A última operação secreta do Terceiro ReichJuan Salinas (Autor), Sérgio Lamarão (Tradutor)
Segredo que poucos conhecem: O mistério do Cruzador BahiaLauro Indursky & Marcos Palhares
El Secreto Del U-977
Heinz Schäffer
Pesquisei em sites alemães de UBoats. Assisti o relato no YouTube. Vi os documentários no History.
Torpedo!
Faltou 1 torpedo em cada UBoat. 1 no 530 e 1 no 977.
O comandante do U530 era muito novo. Pouco participou…pouco atirou. Ele não resistiria a afundar o Bahia e sua sonolência. Silêncio…quero silencio porque sou Bahia, dizia Caymi que adotou o duplo M passando a Caymmi.
Renderam-se na Argentina após passar pelo Rio. Quero os torpedos.
Em alguns canais de notícias se informa que o naufrágio repousa a 55 metros de profundidade. Esse é aproximadamente (para mais) o limite para um “mergulho autônomo”, utilizando-se de equipamento autônomo de respiração, mas “desencapsulado”. E um mergulho muito técnico, pois permanecer poucos minutos nessa profundidade exige muitos minutos, em alguns casos horas, para a volta à superfície, com paradas ao longo da subida, por conta da descompressão. É atividade para poucos, muito poucos. Algumas obras literárias excelentes – em língua portuguesa – sobre arqueologia submarina da SGM, a maioria em mergulho autônomo: DE GUADALCANAL A CRETA Nestor Magalhães DE… Read more »