Fragata Defensora - F41

A Fragata “Defensora” desatracou (19) de Cabo Verde com destino a Dakar, no Senegal

Após o encerramento da “Obangame Express 2025”, a Fragata “Defensora” iniciou sua participação na “GUINEX V”. A Marinha do Brasil (MB) comandará, até 14 de julho, o exercício operativo internacional que conta com a participação de 17 países no Golfo da Guiné, na costa ocidental africana.

O treinamento tem como objetivos consolidar a presença brasileira na região, promover o adestramento conjunto com nações parceiras, contribuir para o desenvolvimento de capacidades locais, reforçar a vigilância das águas jurisdicionais e fortalecer a proteção dos recursos marítimos em uma área estratégica para o comércio internacional.

Durante a missão, a Fragata “Defensora” participará de eventos diplomáticos e realizará exercícios táticos combinados, patrulhas navais, inspeções de embarcações e treinamentos com marinhas parceiras. Estão previstos ainda workshops sobre temas relevantes para marinhas e guardas costeiras da região. Entre os tópicos abordados estão: comunicações navais; código internacional de sinais; técnicas de abordagem; adestramento de escalada; deslocamento entre o convoo e o passadiço do navio; tipos de armamento; revista de compartimentos; técnicas de algemação; controle de avarias; e prevenção à poluição ambiental.

A “GUINEX” é uma iniciativa concebida e conduzida anualmente pela MB desde 2021. Para esta edição, estão confirmados os seguintes países: Argentina, Cabo Verde, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Espanha, Estados Unidos, França, Gana, Guiné Equatorial, Inglaterra, Itália, Namíbia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo. São nações com presença ou influência na estabilidade e no desenvolvimento socioeconômico do Golfo da Guiné.

Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, a “GUINEX” representa mais do que uma operação naval. “Essa missão demonstra a construção conjunta de confiança, interoperabilidade e troca de conhecimentos. Atuar com as marinhas do Golfo da Guiné fortalece a presença do Brasil na região e contribui diretamente para a segurança dos mares que compartilhamos”, afirmou.

“Obangame Express 2025”

A Fragata “Defensora”, que saiu do Brasil em 18 de abril, concluiu com êxito sua participação na “Obangame Express 2025”, exercício multinacional coordenado pelos Estados Unidos na região marítima de Cabo Verde. A experiência não apenas elevou o grau de prontidão dos meios navais brasileiros, como também favoreceu o diálogo e a integração com as nações participantes, alinhadas aos princípios da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS).

Importância estratégica do Golfo da Guiné para o Brasil

O Golfo da Guiné, uma das regiões que compõem o entorno estratégico do Brasil, é formado pelos seguintes países: Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial e Gabão. Também fazem parte desse espaço geográfico as ilhas de Bioko e Ano Bom (pertencentes à Guiné Equatorial), além do arquipélago de São Tomé e Príncipe.

A proximidade com o território brasileiro e a relevância da região para o comércio internacional conferem ao Golfo da Guiné importância estratégica para o Brasil. A presença da Nigéria, maior produtora de petróleo da área, também contribui para o valor econômico do território.

Relatórios internacionais apontam que, nos últimos anos, o Golfo da Guiné tem registrado os mais altos índices de pirataria em escala global. Entre os crimes mais recorrentes está o roubo de petróleo, praticado por grupos que utilizam navios sequestrados como “navios-mãe”  (navios usados por piratas para se aproximarem estrategicamente de seus alvos, transportando lanchas rápidas que são lançadas ao mar para atacar outras embarcações). Em seguida, exigem o pagamento de resgate para essas tripulações.

Outros crimes recorrentes na região incluem o tráfico de armas, o terrorismo, o tráfico de drogas e de pessoas, a pesca ilegal (não regulamentada e não autorizada) e os delitos ambientais. A instabilidade marítima dificulta a fiscalização pesqueira e o enfrentamento aos crimes ambientais. Nesse contexto, a atuação da Marinha do Brasil contribui para o fortalecimento da cooperação regional e o aprimoramento de políticas de segurança marítima.

Fragata “Defensora”

Com 130 metros de comprimento, 13,5 metros de boca (largura) e 5,9 metros de calado, a Fragata “Defensora” foi incorporada à Marinha do Brasil em 1976. As fragatas são navios-escolta com capacidade para localizar e neutralizar aeronaves, embarcações de superfície e submarinos, atuando em ambientes com múltiplas ameaças.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

Subscribe
Notify of
guest

1 Comentário
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Burgos

Já fizemos 3 comissões emendando, foi Temperex no Sul, Fraterno na Argentina e UNITAS já subindo pro Brasil acompanhamos até a última fase que foi no Nordeste aí Desincorporamos do GT e voltamos para o RJ 😰💪⚓️🙌
Foi lá na F44