Japão comissiona fragata JS Niyodo, primeira da classe Mogami com sistema VLS integrado

A Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF) comissionou oficialmente, em 21 de maio de 2025, a fragata JS Niyodo (FFM-7), a sétima embarcação da classe Mogami e a primeira da série a ser entregue com o sistema de lançamento vertical (VLS) Mk 41 totalmente integrado. A cerimônia de entrega ocorreu no estaleiro da Mitsubishi Heavy Industries (MHI) em Nagasaki.

Nomeada em homenagem ao rio Niyodo, localizado na região de Shikoku, a JS Niyodo representa um avanço significativo na modernização da frota japonesa. Com um deslocamento total de aproximadamente 5.500 toneladas, comprimento de 133 metros e boca de 16,3 metros, a fragata é equipada com um sistema de propulsão combinado diesel e gás (CODAG), capaz de atingir velocidades superiores a 30 nós.

A JS Niyodo destaca-se por ser a primeira da classe a ser entregue com o sistema VLS Mk 41 instalado de fábrica, diferentemente das predecessoras que foram comissionadas com a infraestrutura preparada, mas sem o sistema instalado (“For but not with”). O VLS de 16 células permite o lançamento de mísseis antissubmarino de lançamento vertical (VL-ASROC), aprimorando as capacidades de guerra antissubmarino da embarcação.

Além do VLS, a fragata está equipada com um canhão naval BAE Systems de 127 mm, dois sistemas de armas remotas de 12,7 mm, o sistema de defesa de ponto SeaRAM, lançadores de mísseis antinavio Type 17 e sensores avançados, incluindo radares multifuncionais OPY-2 e sonares OQQ-11 e OQQ-25.

A construção da JS Niyodo iniciou-se em junho de 2022, com o lançamento ao mar ocorrendo em setembro de 2023. Embora a previsão inicial fosse de comissionamento no final de 2024, atrasos relacionados à pandemia de COVID-19 e à escassez global de semicondutores postergaram a entrega para maio de 2025.

A classe Mogami, também conhecida como 30FFM, é composta por fragatas multimissão com foco em operações costeiras antissubmarino, patrulhas de longo alcance, missões humanitárias e contramedidas de minas. Com um alto nível de automação, cada navio requer uma tripulação de apenas 90 membros, refletindo a estratégia do Japão de otimizar recursos humanos diante de desafios demográficos.