França apresenta o submarino nuclear ‘De Grasse’, quarto da classe Barracuda

Cherbourg, 27 de maio de 2025 — O Naval Group realizou nesta segunda-feira o rollout do De Grasse, o quarto submarino nuclear de ataque (SSN) da classe Barracuda, marcando uma nova etapa no programa de modernização da força submarina da Marinha Francesa.
A embarcação, que saiu oficialmente de seu galpão de construção para ser transferida à plataforma flutuante tipo shiplift, faz parte de um programa liderado pela Direção Geral de Armamento (DGA), em parceria com a Comissão de Energia Atômica e Energias Alternativas da França (CEA), que prevê a substituição dos antigos submarinos da classe Rubis até 2030.
“A saída do De Grasse do hall de construção é um marco essencial no programa Barracuda”, afirmou Pierre Éric Pommellet, presidente e CEO do Naval Group. “Esse resultado reflete o know-how da indústria naval francesa a serviço das Forças Armadas.”
Avanço tecnológico e capacidade estratégica

Os submarinos da classe Barracuda são projetados para oferecer capacidades modernas e multifuncionais, incluindo:
- Mísseis de cruzeiro naval (NCM) da MBDA, com capacidade de ataque em profundidade;
- Torpedos pesados F21 guiados por fio;
- Mísseis antinavio SM39 Exocet;
- Capacidade de lançamento discreto de Forças Especiais, com escotilha de mergulho e opção para módulo de convés seco (DDS).
Com um deslocamento submerso de 5.200 toneladas e comprimento de 99 metros, o De Grasse conta com um sistema de propulsão híbrido com reator de água pressurizada, uma turbina de propulsão, dois turbogeradores e dois motores elétricos. O reator é derivado dos usados nos submarinos nucleares de mísseis balísticos (SSBN) da classe Triomphant e no porta-aviões Charles de Gaulle.
Cada submarino da classe Barracuda é projetado para operar com alta disponibilidade, superior a 270 dias por ano, e acomoda uma tripulação de 63 militares, além de comandos navais.
Produção em larga escala
Ao todo, seis submarinos dessa classe estão previstos para entrega até o fim da década. O De Grasse sucede os já lançados Suffren, Duguay-Trouin e Tourville. A construção envolve cerca de 2.500 profissionais, incluindo 800 colaboradores de empresas parceiras do Naval Group, como a TechnicAtome.
As provas de mar do De Grasse estão previstas para 2026, após a finalização dos testes de cais e trabalhos de integração.
Com o programa Barracuda, a França reafirma seu compromisso com a manutenção de uma frota submarina de alto desempenho e com o fortalecimento de sua soberania marítima e dissuasão estratégica.
DIVULGAÇÃO: Naval Group
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A MB chega a se coçar…
Meia dúzia desses eu já ficava alegre, sonhar ainda não custa nada.
Enquanto isso o Alvaro Alberto…
Juro que li “De Graça” e pensei: Agora é a nossa vez, vencemos!”
Submarino nuclear não é pra quem quer, é pra quem pode.
Fazem mais de 15 anos que eu digo isso e nós não podemos.
Eu tenho recortes de jornal dos anos 80, com reportagem do projeto do SubNuc brasileiro, das instalações de Iperó
Podemos sim, basta a vergonha na cara!
Depois do Alvaro Alberto, a MB vai construir mais 5 da mesma classe, ou serão evoluções do Alvaro Alberto?
Depois do Alvaro Alberto, que deverá ser entregue entre 2045 e 2051, provavelmente o segundo só sairá no século XXII…
Piada seu comentário, só pode kkkk…Aposto contigo que o Álvaro nunca navegará !!!
Depois do Álvaro Alberto a MB fecha as portas.
Não… Depois do SN-10, lá por volta de 2040, vem a pá de cal no orçamento. O sonho que persiste e frequentemente resurge. O eterno NAe. De repente a nova geração que irá assumir mude e traga mais consciência situacional financeira pra MB. Enquanto isto, não vemos nenhum vislumbre para o futuro substituto do navio Capitânia da Esquadra, o A-140. Uma das melhores (se não a melhor) compras de oportunidades feitas pela MB. Essa aquisição sim uma ótima decisão. Esperemos que a história não se repita, que é começar a procurar substitutos apenas após ter passado do seu limite de… Read more »
Se for de grasse mesmo pode mandar que a MB fica…
Submarino nuclear. Núcleo. Física. De Grasse.
A Marinha não consegue manter mais que quatro submarinos convencionais e quer um submarino nuclear. E dificilmente não terá dois porque isso consumirá todo o orçamento da marinha. A marinha, tendo um submarino nuclear, se der tudo certo, não terá nenhum, porque todo mundo sabe que quem tem um não tem nenhum. E se por ventura uma potência atacar o Brasil, a primeira coisa que iriam fazer seria destruir com comandos o submarino nuclear no cais antes de fato eles entrarem em guerra com a gente. Se eu comandasse a marinha, eu optaria por uma estratégia de ter de 10… Read more »