A empresa sueca Saab foi contratada pela Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) para modernizar as cinco corvetas da classe Visby da Marinha da Suécia com o avançado sistema de defesa aérea Sea Ceptor, desenvolvido pela MBDA. O contrato está avaliado em aproximadamente 1,6 bilhão de coroas suecas (cerca de R$ 740 milhões).

A atualização faz parte do plano de longo prazo do governo sueco para manter e modernizar sua frota naval e ampliará significativamente a capacidade de defesa aérea do país e de seus aliados da OTAN. O novo sistema permitirá às corvetas Visby engajar alvos aéreos a distâncias muito superiores às atualmente cobertas pelos armamentos embarcados.

“Esta modificação fortalece a defesa aérea e antimíssil da Suécia e da OTAN, aumentando a capacidade operacional das Forças Armadas Suecas em todo o espectro de conflitos. Com o Sea Ceptor a bordo, as corvetas da classe Visby continuarão sendo uma plataforma vital por muitos anos”, afirmou Mats Wicksell, chefe da divisão Kockums da Saab.

O sistema Sea Ceptor, que já havia sido encomendado previamente pela FMV à MBDA, utiliza mísseis CAMM (Common Anti-air Modular Missile) e é projetado para interceptar ameaças aéreas modernas, como caças e mísseis de cruzeiro, com cobertura de 360 graus e múltiplos engajamentos simultâneos.

A Saab iniciará os trabalhos de modificação e instalação dos novos sistemas no início de 2026. Com essa atualização, as embarcações stealth da classe Visby — consideradas entre as mais avançadas de sua categoria — manterão sua relevância estratégica e tecnológica na frota sueca e nas operações conjuntas da OTAN no Mar Báltico.

A Saab, com sede na Suécia e presença global, continua expandindo suas soluções tecnológicas no setor de defesa, com foco em vigilância, sistemas subaquáticos e plataformas navais de última geração.

Corveta da classe Visby
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Angus

(meio off)

Qual a situação atual da Corveta Barroso? salvo engano teria/estaria concluindo o PMG…

Emmanuel

Corveta que eu ficaria muito feliz de ver na MB.

Fábio CDC

Eu ficaria feliz em ver qualquer coisa nova na MB.

Aéreo

Quando a classe Visby estava sendo projetada, a intenção dos suecos era utilizar o RBS-23 que também estava em fase de projeto, como armamento dos navios. Isso constava nas notícias sobre as corvetas publicadas em meados da década de 90. Ocorre que o RBS-23 tinha um requisito de teto de serviço e alcance um pouco maior do que sistemas de SAM de defesa de ponto projetados naquele período, o que levou o sistema a utilizar dois estágios de propulsão sólida ao invés de um como usual.  Essa mudança de requisito tornou o míssil pouco adequado ao emprego naval, já que… Read more »

Bardini

Detalhe interessante:comment image
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A arte trás 3 módulos de três células ExLS.
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Então, uma Visby poderá comportar até 36 mísseis CAMM, na configuração quad-pack!
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Enquanto isso, as poderosas “””Fragatas””” Classe Tamandaré, estarão limitadas em 12 mísseis do mesmo modelo.

Last edited 23 horas atrás by Bardini
Samuel Asafe

E as fragatas tamandaré por acaso não podem ser configuradas para ter mais mísseis? Você sabe que sim po.

Bardini

Os navios da MB adotam essa solução: Maritime Lauch System. . E sendo assim, não existe alternativa, tanto para expandir o número de mísseis embarcados quanto para alternar o modelo de míssil que será embarcado, de acordo com o que foi contratado para estes navios. São 12 CAMM por embarcação e ponto. . Para ter mais mísseis, a MB teria de realizar um novo contrato, para adquirir mais destes módulos de lançamento e então, dar um jeito de realizar a montagem destes módulos no navio. Aí entra então, a questão que é mais relevante que a própria capacidade financeira de… Read more »

Last edited 21 horas atrás by Bardini
Cipinha

O MLS pode ser substituído pelo MK41 e tudo se resolve, com 12 módulos o Mk41 pode armazenar e lançar 48 mísseis

Yamamoto

O design da FCT permite o aumento do número de células do VLS do sistema Sea Ceptor. O navio foi projetado com essa possibilidade.

Informação da própria SPE.

Bardini

Para complementar: . Os mísseis Sea Ceptor são lançados a frio, por ejeção. É necessário perceber que cada célula tem uma leve inclinação, para direcionar o míssil ejetado para longe do navio, gerando maior segurança em caso de falha do acionamento do motor do míssil. . Pq isto é relevante? Pq as “Tamadaré” são navios pequenos, que tem espaço limitado para montagem do VLS. Então, se eventualmente decidirem colocar mais mísseis nestes navios, talvez isto seja possível, mediante um completo rearranjo da atual configuração de células dos módulos do VLS. E dentro disto, talvez seja necessário comprar todo um módulo… Read more »

Last edited 21 horas atrás by Bardini
Bardini

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