Cerimônia de batimento de quilha da fragata Cunha Moreira (F202)

A Marinha do Brasil, a EMGEPRON e a SPE Águas Azuis realizaram, nesta quinta-feira (5), a Cerimônia de Batimento de Quilha da Fragata Cunha Moreira (F202), na TKMS Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí, Santa Catarina (SC).
A Cerimônia de Batimento de Quilha é um evento tradicional da construção naval, que representa a construção do primeiro bloco da embarcação, correspondente à praça de máquinas da parte da frente do navio. A F202 teve seu processo de produção iniciado em 13 de novembro de 2024, com o corte da primeira chapa de aço. Essa é a terceira embarcação do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) e, pela primeira vez, três fragatas estão sendo construídas simultaneamente no Brasil, consolidando a expertise nacional em tecnologia de defesa naval e abrindo caminho para entregas escalonadas até 2029.
O Programa prevê a construção de quatro navios de alta complexidade tecnológica. A primeira, a F200 (Fragata Tamandaré), começou a ser construída em setembro de 2022 e foi lançada em agosto de 2024. Já a Fragata Jerônimo de Albuquerque (F201) teve o batimento de quilha em junho de 2024 e o lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano.
Outro destaque do programa é o Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS), desenvolvido em parceria entre a brasileira Atech e a alemã Atlas Elektronik GmbH. O CMS integra sensores e armamentos, consolidando dados para garantir consciência situacional e o emprego eficiente das armas, com algoritmos avançados para identificar, classificar e neutralizar ameaças. O projeto teve início em março de 2020 e contempla a entrega integral do código-fonte à Marinha, assegurando autonomia para futuras evoluções.
O sistema passou pelos Testes de Aceitação em Fábrica (FAT) na sede da Atech e já está em fase de integração na F200. O programa inclui ainda o Sistema Integrado de Gestão da Plataforma (IPMS), desenvolvido pela Atech e pela L3Harris, que permite o monitoramento remoto e manutenção preditiva dos equipamentos.
O PFCT é uma parceria entre a Marinha do Brasil e a SPE Águas Azuis, formada pela TKMS, Embraer Defesa e Segurança e Atech, e gerenciado pela EMGEPRON. A assinatura do contrato foi realizada em março de 2020.
FONTE: EMGEPRON
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Cronograma a todo vapor, espero que continue 👏👏
Dizem faltar vetba para o programa será verdade?agira não falaram da última fragata Mariz e Barros.
Espero que não falte $, mas a reportagem cita as quatro fragatas.
A F203 só vai começar que ando a F202 dar espaço no estaleiro… Para isso, a F201 tem que ser lanchada para dar espaço… E a F200 tem que ir para testes de mar para dar espaço.
A F203 já pode começar. O estaleiro tem uma área de montagem das sessões separada da área de montagem das fragatas.
Claro que pode.. pode até ser iniciada em outro estaleiro… Contudo, para isto seria preciso contratar mais gente caso contrário iria atrasar os outros trabalhos. Teria que comprar outras máquinas de corte .. ou como disse, contratar serviços em outros estaleiros.. também teria que renegociar o cronograma de entregas dos fornecedores..
Também teria que avaliar o tamanho do refeitório.. e também contratar mais pessoal administrativo..
Falta complementar a verba faltante junto à ENGEPRON . Na teoria, o Governo injetou R$ 1 bilhão no fim do ano passado. Mas o valor era bem maior que esse, que estava estimado em R$ 3 bilhões. Esse valor faltante, também na teoria, não compromete a construção das três primeiras embarcações. O estranho é a falta de repasse, como apontado em outra matéria, sendo que o valor já está em caixa. A ENGEPRON não precisa de autorização presidencial para fazer a movimentação. Mas, uma vez que a empresa pública está diretamente ligada ao MD mas submetida a MB, talvez o… Read more »
Programa a todo vapor quase concluído e faz um comentário desse? A inveja é uma m. Santa Catarina é fuderosa
Bom saber que estão seguindo o cronograma. Agora esperamos que seja anunciado pelo menos mais 4. Somente 4 em operação com essa gigantesca fábrica ociosa no pós, é de lascar!
Acho que qualquer conversa de segundo lote, aqui falando puramente de forma técnica, imaginando que teria orçamento pra isso, deveria ser feita apenas após os testes de mar da primeira da classe. Assim conhecendo o real desempenho do navio, seus pontos fortes e fracos, pode-se pensar em segundo lote, até pensando em melhorias com relação as primeiras.
Estou cético com contratação de um novo lote!
Infelizmente…
A única certeza que eu tenho é que não vai ter segundo lote !!!
Já tive muita esperança de + um lote de FCT’s.
Mas hoje? Darei graças a Deus se essas 4 forem concluídas…
De fato! Mas td foi feito pra salvar a ‘democracinha’
Antes a gente sonhava com mais 4. Hoje o sonho é de que esse lote seja entregue…
Acho que a própria MB irá esperar um novo governo entrar e a economia melhorar pra pensar em novas aquisições.
O futuro financeiro do País projetado pelo atual ministro da fazenda não é bom, entao entrando novo governo ou continuando o atual, 2027 p frente vai ter menos dindim…..
Economia melhor ou pior no significará melhoras nos orçamentos. O país precisa de reformas estruturantes como equalizar as despesas com inativos…encontrar formas para reduzir essas obrigações legais…muitos estatutos não cobram contribuição dos inativos, aumentar a contribuição dos funcionários na ativa e…e…por que pensamos que não existem as mesmas irregularidades do INSS nos fundos de pensão e previdência dos estatutários?
Previdência é o maior desafio.
Quem recebe aposentadoria ou pensão deve contribuir.
Nenhum país gastando 90% dos orçamentos públicos com folha de pagamento pode avançar.
Tem muita gente que fica triste quando as coisas dão certo.
Ter a perspectiva de apenas 4 corvetas que chamamos de fragata é dar certo?
Curioso que Colômbia, México e muitos outros países fabricam fragatas com deslocamento inferior a classe Tamandaré … é para no mínimo se pensar.
Abs,
Você sabe que as Tamandarés são corvetas disfarçadas de fragatas, não é? O modelo de “fragata leve” da TKMS é a A200. As Tamandarés são baseadas na corveta A100 com algumas modificações. A MB escolheu um modelo menos capaz para priorizar a quantidade e não a capacidade.
Eu considero uma oportunidade perdida. Mas se o Brasil já está com dificuldade de pagar uma A100 “tunada”, imagine um modelo maior e mais complexo para manter. No fim, a MB foi pragmática e realista.
Oi Daniel, tudo bem?
Então, penso que não devemos nos prender ao catálogo de produtos de um fabricante. Uma denominação para uns não necessariamente é para outros. Comparativamente a fragata Tamandaré não está tão distante da fragata Niterói, por exemplo e a título de emprego de armamentos e deslocamento. Agora o ganho que a MB está tento é relativo aos sistemas, pois está colocando a armada em um estágio mais atual em relação ao que o mundo pratica. Após a incorporação não teremos, por hora, navios tão atuais a nível de América do Sul (nosso teatro de operações).
Grande abraço,
Acredito que o nobre colega não está se apegando a catálogos, é informação e não opinião, nós estamos chamando corvetas de fragatas, velho engodo. Tentam fazer o mesmo com o Tejas, chamando de caça de primeira linha…
Faltou a MB pensar grande.. poderiam ser chamadas de encouraçados. Seria a mais poderosa configuração da MB desde a época do império. 4 batltleship novos.. formidável.
Eu acho que são brigues disfarçados de Clippers.
Ahhh.. são classificadas como “Las fraguetitas”,
Se bobear, dá para fazer uma novela no SBT com o elenco das Chiquititas.
Incomoda muita gente…
No caixa da EmGeProN tinha, no final de 2024, 4,4 bilhões de Reais. Levando em conta um ganho financeiro de 10% ao ano e um fluxo de emprego na casa do 1,2 bilhões (correspondendo ao que foi gasto durante 2024), o dinheiro garantiria trabalhos por mais uns quatro anos, suficiente pra terminar as quatro fragatas. E fim de papo.
O cronograma está sendo mantido e as fragatas estão sendo preparadas.
Com relação a um segundo lote, acho que a MB deve, primeiramente, realizar os testes na Tamandaré e incorporá-la a esquadra. Depois disso teremos uma base para analisar onde e como a MB poderá agir.
Abs,
De onde veio esse caixa? A MB fez os repasses? A Emgepron não existe exclusivamente para contratar a construção das Tamandarés.
Esteves, tá lá no relatório da auditoria das contas EmGeProN 2024 que partilhei como resposta ao seu comentário numa matéria anterior sobre a Jerônimo de Albuquerque F-201. É caixa exclusivo pro programa FCT, como foi desde o começo após as capitalizações. Partilho, novamente:
“Veja aqui em saldo de caixa na página 30:
https://www.marinha.mil.br/emgepron/sites/www.marinha.mil.br.emgepron/files/repositorio/notas_exp_2024.pdf
Adianto que havia, no final de 2024, 4,4 bilhões de Reais (no fim do ano anterior, 5,6 bi)…”
A MB afirmou que a Emgepron não depende do Tesouro. A Emgepron recebeu a capitalização para contratar a construção das Tamandarés mas…mas…conceitualmente tem receitas próprias. A fórmula da capitalização prevê repasses da MB para a Emgepron com a finalidade de garantir a continuidade de novas encomendas. O objetivo do Programa de Capitalização é eliminar a descontinuidade com o fee da MB para a Emgepron. A Emgepron pode tratar os 9,5 bilhões como oportunidades para impedir a desvalorização do contrato e aqui entra a correção cambial que não acontece no orçamento da MB em reais atacados pela inflação e…e…por esse motivo… Read more »
É a jabuticaba branca o modelo de negócio envolvido na aquisição das FCT: capitalização da EmGeProN, aplicação financeira dos recursos pra proteger da inflação e/ou incrementar o montante disponível, construção contratada a terceiros (TKMS EBS, Consórcio Águas Azuis) com royalties (MeKo, mesmo customizada, é patenteada) e ToTs (sistemas eletrônicos de comando e gerenciamento), arrendamento dos meios (propriedade da EmGeProN) a MB por ‘n’ anos (o aluguel vai sair do orçamento da MB, ou seja, do bolso do contribuinte, de novo, pois a capitalização já tinha saído do bolso do contribuinte), os recursos auferidos anualmente pelo arrendamento (descontados impostos) serão reinvestidos… Read more »
Uma dúvida, não entendi como a capitalização teria saído do bolso do contribuinte, normalmente essas capitalizações não são feitas em bolsas onde várias empresas, fundo de investimentos e pessoas físicas podem comprar? Ela seria, de alguma forma, diferente das que a Petrobrás fez quando começou a exploração do pré-sal?
Então, uma busca rápida pelo Google te levaria aa resposta: a capitalização foi feita pelo GF (Leis nºs 13.765/2018, 13.808/2019 e 13.951/2019) aa EmGeProN, que é uma estatal e parece que vai continuar assim acrescida do privilégio de receber futuras capitalizacoes sem sofrer privatização. Quase todo dinheiro do GF vem do bolso do contribuinte. Jabuticaba branca.
Seguindo a sua sugestão de procurar no google, lendo o relatório do TCU (partes dele na verdade), não acho que poderá haver novas capitalizações. Pelo parecer do relatório, isso é anti-econômico e viola várias leis, principalmente a do teto de gastos, e foi recomendado ao ministério da economia para isso não ocorrer de novo.
Olá Alex… cuidado com a jabuticaba branca.. ela pode estar apenas suja.
Ainda assim, as expressão “jabuticaba branca” é muito boa!
😀 Sendo jabuticaba da MB… 🤪
Boa.. jabuticaba verde tem muitas.Vou procurar pelas azuis
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRmhv_GFluczpzNxelsffT_vHfqZq3U8iyosQ&s
😂😂😂
O Lula e o Macron abraçados com a torre Eiffel verde a amarela ao fundo. Será que tocaram no assunto de novos submarinos Scorpenes e a situação do Álvaro Alberto?
Provável. Mas dinheiro tem dono.
Saiu a notícia que irão assinar em Toulon a compra do aço especial para o SNBR.
Teria sido um escândalo se ambos estivessem vendo a Eiffel iluminada com as cores dos EUA?
Talvez não.. hoje completou 81 anos do dia D. Pode ser importante iluminar a Eiffel com as cores de todos os países que combateram o nazismo..
Há uma noticia no petronoticias do dia 05 de que Lula assinará na visita à França a encomenda do casco do SNuC Álvaro Alberto. Se confirmar, significa algo muito maior. A UE quer o BR do lado dela e está diaposta à compartilhar tecnologia de gente grande. O sinal não vem só da França. o Reino Unido considera o BR aliado estratégico a partir de agora. Parece que há um esforço da UE para que haja por parte do Brasil comprometimento nosso na segurança ocidental do Atlantico Sul , Caribe e costa ocidental africana . Vamos ter de decidir de… Read more »
Sim A compra do aço para o casco do SBN faz parte do acordo do ProSub. Os Scorpenes também usaram aço francês. Lembro de uma boa discussão sobre isso anos atrás, inclusive um dos colegas havia feito mestrado estudando o tipo de aço usado nos submarinos franceses. Por outro lado, vocẽ levantou um ponto curioso.. de um lado a França vende aço para a fabricação de submarinos nucleares para o Brasil, a Inglaterra oferece dois navios para a MB.. dai, aparece colegas assumindo que uma noticia na Gazeta do Povo dizendo que os suecos estão desconfiados que a FAB ou… Read more »
Esse aço especial tem muito segredo? não poderia ser feito aqui? Ou é questão de contrato mesmo?
Tem um segredinho ou outro.
Mas a questão não é essa.
Tudo se resume a uma unica variavel: custo. Como a demanda é insignificante por parte do Brasil, não vale a pena investir numa planta que vai fornecer aço para 05 naves e depois ficar 30 anos parada…
O aço deve ter um desempenho determinado. Isto depende tanto da composição quanto do processamento. Seria possível produzir no Brasil mas demandaria tempo e recursos para ajustar as condições corretas de desempenho e reprodutibilidade. Neste caso, o acordo com os franceses.para o Prosub prevê o fornecimento do aço pelos franceses, ficando os brasileiros com a responsabilidade de corta-lo, ajustar as curvaturas e fazer as soldas. O custo do aço em relação ao valor do submarino é uma fração pequena. Era o mesmo que os EUA faziam comprando titânio metálico da URSS . Por outro lado, o custo de construir o… Read more »
Na verdade a UE vai cobrar agora os 60% de sangue europeu ocidental do brasileiro. Nossa dívida cultural e étnica com a Europa.
Olá Paulo
Não entendi o comentário.
Engraçado que só somos Ocidentais quando lhes convém…. Vão ter que dar bem mais do que uma siderúrgica desta vez…
Na 1° e 2° guerra mundial o Brasil teve que escolher um lado, e numa 3° não seria diferente.
Inclusive, numa 3° guerra mundial o papel do Brasil seria bem mais relevante.
Bingo ! Vamos prover armamentos e participar dos combates com tudo que temos, inclusive as almas dos brasileiros.