Porta-aviões ‘Liaoning’ da China aprimora capacidade operacional após modernização

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Após uma extensa modernização de meio de vida com duração de 18 meses, o porta-aviões Liaoning da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy) demonstrou melhorias significativas em seu desempenho operacional. Observações recentes indicam que o navio alcançou uma taxa máxima de cerca de 45 surtidas de caças por dia, alinhando-se ao fator de planejamento da Marinha dos EUA de 2,0 surtidas por aeronave por dia para os F/A-18s.

Esse avanço é particularmente relevante considerando que o Liaoning é um porta-aviões do tipo STOBAR (Short Take-Off But Arrested Recovery), ou seja, sem catapultas. A PLA Navy opera porta-aviões há pouco mais de uma década, o que torna esse desenvolvimento um marco significativo na evolução de suas capacidades navais de aviação.

Durante um desdobramento no final de 2024, o Liaoning realizou aproximadamente 260 surtidas em um período de cinco dias no Pacífico Ocidental, demonstrando um alto ritmo operacional. Essas operações fazem parte de um esforço mais amplo da China para ampliar sua presença naval e projetar poder mais profundamente na região do Pacífico.

Embora as taxas de surtida do Liaoning ainda estejam abaixo das capacidades de surto da Marinha dos EUA — como as 4,5 surtidas por aeronave por dia alcançadas durante o Exercício Surge de 1997 — os avanços refletem a crescente proficiência da PLAN em operações com porta-aviões. Analistas destacam que o desempenho do Liaoning representa um passo importante para reduzir a diferença operacional com as marinhas mais experientes do mundo.

Os avanços da PLAN em operações aeronaval, incluindo o desenvolvimento de outros porta-aviões como o Shandong e o futuro Fujian, evidenciam o compromisso da China em expandir suas capacidades navais de águas azuis. À medida que a PLAN continua a aperfeiçoar suas operações com porta-aviões, espera-se que sua capacidade de projeção de poder e influência na região do Indo-Pacífico cresça proporcionalmente.

FONTE: @someplaosint no X


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carcara_br

Vou fazer uma pergunta, mas juro que é por ignorância, então se alguém se dispuser, lá vai:
Poque a métrica de pousos e decolagens (surtidas) se dá pelo sistema de lançamento/recuperação de aeronaves e não pela área de superfície (onde ocorrem todas as operações desde armazenamento a pouso e decolagem das aeronaves), vou chamar de convés.

Riska_Faka

Você mesmo respondeu. Se contabiliza as decolagens pelos lançamentos e os pousos pelas recuperações. O que foge disso, no convés, é manobra.
.
Sds

Franz A. Neeracher

O número de surtidas é o principal parâmetro para determinar a eficiência/capacidade de um porta-aviões.

Claro que a área do convés e do hangar tb são muito importantes…ou a agilidade das equipes de apoio em reabastecer, recarregar ou cuidar da manutenção das aeronaves…

Pode-se comparar com um aeroporto civil; o nr. de pousos e de decolagens por hora é o principal parâmetro para determinar a eficiência/capacidade de um aeroporto….e não a área de pátio.

Last edited 1 dia atrás by Franz A. Neeracher
carcara_br

Obrigado aos dois pelas respostas! então existe de fato uma maior eficiência de operações por m² de pátio para cada tipo de sistema correto?

Maverik

Porta aviões recebido inacabado da Ucrânia, os Chineses aprenderam muito com isso.

Se o Brasil fosse sério, teríamos aprendido muito com o Nae São Paulo.

Machado

A China é soberana e independente. São 5 mil anos de história. O Brasil é uma criança ainda comparado com a China. Também não somos totalmente soberanos e independentes. Somos uma colônia. Infelizmente.

Sergio

Essa foi a maior “pegadinha do João kleber” em que nossa marinha já caiu em toda a sua história. Só ” permitiram” que os franceses nos vendessem a nave, depois de avaliarem que não teríamos a menor condição, seja econômica ou apoio popular e político para tocar o projeto similar à este que os chineses executaram no liaoning. Os documentos de certa embaixada em Brasília, revelados pelo wikileaks, atacando frontalmente o programa do nosso VLS, por si só já expõem as entranhas do que pode ter ocorrido também no processo que envolveu a aquisição do” Foch-Sao Paulo”. Mas o esquadrão… Read more »

Guilherme Lins

O pior é que a ideia em si não era ruim. O nae São Paulo, com 12 A-4s modernizados e capazes de lançar mísseis anti-navio representaria sim um importante recurso militar, isto pra não falar nos helicópteros e suas n capacidades (anti-submarino, reconhecimento, patrulha,etc). Não houve dinheiro e o navio não estava nas melhores condições, imagino o que teria acontecido se o Brasil tivesse aceitado a reforma oferecida pelos franceses nas máquinas da embarcação pelos 50 milhões de dólares.