Vietnã acelera expansão militar nas Ilhas Spratly, segundo think tank chinês

O Vietnã intensificou suas atividades de recuperação de território no Mar do Sul da China, especialmente nas Ilhas Spratly, conforme imagens de satélite analisadas pelo think tank chinês South China Sea Probing Initiative (SCSPI). Segundo o instituto, nos últimos seis meses, o país asiático adicionou cerca de 0,78 km² de novas terras em 11 recifes da região, totalizando mais de 8,5 km² de expansão desde outubro de 2021.
A expansão vietnamita envolve não apenas o aumento da área de terra, mas também a construção de infraestrutura militar, como portos, cais e pistas de pouso. Um dos projetos mais significativos é a construção de uma pista de aproximadamente 3.000 metros no recife Barque Canada, o que permitiria a operação de aeronaves militares de grande porte, como aviões de transporte, vigilância e bombardeiros.
O Barque Canada está sob controle vietnamita desde 1988, embora também seja reivindicado por China, Malásia e Filipinas. De acordo com a SCSPI, esse recife passou pela maior ampliação territorial entre os 11 monitorados, ganhando 2,8 km² de novo território desde novembro passado.
Outros quatro recifes — Pearson, Tennent, Ladd e South — também receberam extensões de areia suficientes para comportar futuras pistas de pouso. O recife South está localizado a apenas 50 km ao norte do recife Subi, que é controlado pela China.

A expansão vietnamita preocupa observadores militares chineses, que destacam a localização estratégica dos recifes em relação às bases chinesas. O Vietnã possui posições tanto ao norte quanto ao sul dos principais postos chineses nas Spratlys, como os recifes Fiery Cross, Mischief e Subi, criando um potencial cerco em caso de conflito.
Apesar de manter uma postura crítica às ações chinesas na região, Hanói tem conduzido sua campanha de construção de ilhas de forma discreta, mas contínua, desde 2021. Segundo o Asia Maritime Transparency Initiative, do CSIS, o ritmo de recuperação de terra pelo Vietnã em 2023 foi recorde, superando os resultados combinados de 2022 e 2021.
Pequim tem adotado uma postura cautelosa diante dessas movimentações vietnamitas, priorizando o fortalecimento dos laços diplomáticos com Hanói e demonstrando maior preocupação com a crescente aliança entre Filipinas e Estados Unidos. Em contraste, as tensões com Manila aumentaram, com confrontos frequentes entre as guardas costeiras chinesa e filipina em áreas disputadas, como Scarborough Shoal, Second Thomas Shoal e Sandy Cay.
FONTE: South China Morning Post
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A hipocrisia chinesa é inacreditável kkkkk
Os caras fazem ilhas militares artificiais no mar territorial alheio, a mais de 1000 km da própria costa, violando todos os tratados existentes.
Aí, quando outros países fazem o mesmo no próprio mar, sem desrespeitar ninguém, a chinesada chora
É a mesma coisa sobre o Japão ( sim eu conheço a história da guerra), a China lança três porta aviões…aí o Japão lança um porta helicóptero e os caras,,,, nossas o Japão tá se armando até os dentes..heheheh
foi a mesma coisa com os Sub dos Japas, choradeira que eles estão aumentando suas capacidades submarinas colocando os melhores subs convencionais no mar.
Enquanto isso, na sala de justiça!!!!!!!
O Vietnã recebeu como cortesia dos EUA, por dez anos, zilhões de toneladas de napalm na cabeça, mais o equivalente a uns 10 trilhões de caixas d’água de agente laranja, só pra citar dois exemplos de material entregue rápido e gratuitamente, diretamente dos céus, para incinerar tudo que estava em solo vietnamita. Gerações do povo vietnamita comprometidas por agentes químicos que choveram dos céus, fora a destruição, material e humana ocasionada. Corta para algumas décadas à frente e lá está o Vietnã reatando laços com os EUA e inclusive fazendo festa ao receber o USS Carl Vinson. E acham que… Read more »
É porque o Vietnã sempre foi pragmático, mesmo durante os maiores rompantes ideológicos, eles sempre souberam que o problema principal era a China se meter nos assuntos e na condução do país deles. Os EUA eram ‘estrangeiros’ de longe. Uma hora acabariam saindo, da mesma forma como os Franceses. Os Chineses fazem fronteira, ficam bem pertinho, e podem ser um problema de muito maior prazo e muito mais difícil de se desvencilhar.
E sim, China e Vietnã já se estranharam militarmente, e isso foi mais recente do que a Guerra com os EUA.
Sim sim, compreeendo.
Se esqueceu que a Propria China tentou tomar terra dos Vietnamitas e tomaram um cacete de um país bem menor e mais pobre, e se vc acha que ter o mar tomado é de boa, então me dá a sua casa, se não é hipocrisia sua falar que os Vietnamitas sofreram lavagem cerebral,,,, os vietnamitas atacam quem ataca eles, o problema agora é a China, então que seja, deveriam é se livrar do equipamento militar do país mais hostil à eles.
Mas que agressividade…não precisa disso meu kiridu.
O Vietnã do Norte foi financiado pela URSS para derrotar o Vietnã do Sul que era então aliado dos EUA, embora muitas vezes fosse difícil diferenciar um do outro até por conta da infiltração de simpatizantes comunistas no sul, no início parecia que seria uma repetição da Coréia, onde bem ou mal coexistiriam duas nações. . Então a URSS deixou de existir e o vácuo acabou sendo preenchido pelos EUA não houve “lavagem cerebral” e sim pragmatismo como o Leandro citou, sanções foram derrubadas o comércio floresceu até porque o Vietnã concordou em flexibilizar regras comerciais, corpos de soldados de… Read more »
Ok.
Eu como latinoamericano invejo o pragmatismo asiático. Enquanto lutamos contra os moinhos de vento do imperialismo eles já lutaram guerras de verdade, fizeram as pazes e já estão se desenvolvendo de forma muito mais rápida que nós, que estamos patinando por décadas.
Calma os Vietnamitas estão somente fazendo ilhas para fins cientificos igual os Chineses, ops, na verdade os Chineses mentiram, por mim o Vietnã que abandone todas as armas chinesas, e comprava da Rússia ou dos EUA, fazia uma aliança com as Filipinas, colocava o sistema de mísseis Typhoon dos EUA na sua costa, comprava uns 3 MQ4 para vigiar os chineses.
Já em 1996, Ton Clancy, renomado autor de clássicos como o Caçada ao Outubro Vermelho, Jogos Patrióticos, entre outros, escreveu o livro SSN, onde previa uma guerra entre os EUA e a China exatamente em razão de conflitos sobre a soberania das ilhas Spratly.
Na época achei que a trama era uma teoria sem muito sentido, mas nos últimos anos as tensões devido à essas ilhas só tem crescido e fico pensando se o Ton Clancy acertou mais uma.
Anildo, eu tenho esse livro. Também me atentei para esse fato. E foi uma novelização de um jogo de computador de mesmo nome, o ‘Tom Clancy’s SSN’ lançado no mesmo ano. Nunca joguei isso.
De qualquer maneira é interessante também o jogo ‘Jane’s USNF,’ de 1995, que trata de um conflito fictício (para a época) em que a Rússia invade a Ucrânia e os EUA se envolvem com um grupo de porta-aviões no Mar Negro. E um dos personagens é interpretado por O.J. Simpson hehehehe