Aviação Naval valida interceptação de helicópteros com aeronaves AF-1 Skyhawk

26

No contínuo esforço para ampliar a capacidade de proteção da Força Naval, a 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1) realizou um exercício inédito de interceptação de aeronaves de asas rotativas utilizando aeronaves AF-1 Skyhawk, no dia 25 de maio.

A operação teve como objetivo validar procedimentos de detecção, aproximação e acompanhamento de helicópteros de ataque em voo, representados por uma aeronave AH-15A Super Cougar do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2).

Durante o exercício, foram testados perfis de interceptação, com o AF-1 operando em velocidades compatíveis com a aeronave interceptada. O Skyhawk demonstrou efetiva controlabilidade mesmo em baixa velocidade, característica essencial para manter o acompanhamento visual e a consciência situacional durante a aproximação.

A operação também reafirma a versatilidade da Aviação de Caça Naval, que, além de operar na defesa aérea contra aeronaves de asa fixa, amplia seu escopo de atuação ao incluir ameaças de baixa velocidade e grande manobrabilidade, como os helicópteros de ataque e transporte.

A ameaça representada por helicópteros modernos, equipados com mísseis antinavio ou empregados para transporte de tropas em abordagens táticas, é cada vez mais relevante nos cenários de conflito contemporâneo. Nesse contexto, torna-se fundamental que a Esquadra disponha de meios aptos a detectar e neutralizar vetores de baixa velocidade, alinhando-se aos procedimentos definidos pela OTAN como Slow Mover Intercept (SMI).

FONTE: Comando da Força Aeronaval

Subscribe
Notify of
guest

26 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Jagder

Uau!

Rafa

Falou e disse: UAU!

E o pior: foi um exercício inédito!

Meu Deus! Aviadores veteranos argentinos da Guerra das Malvinas devem ter vindo aqui instruir o exercício. Só conseguiram 2 aviadores argentinos, pq alguns já estavam com Alzheimer e outros já tinham morrido de velhice. Oh God!

Last edited 21 dias atrás by Rafa
Rafael Coimbra

poderiam ter feito uma fogueira com dinheiro gasto… seria mais efetivo e seguro…

Eduardo

Pois muito $$$ gasto recentemente vi 01 A4 solitário cruzando os céus de Natal RN vindo da proa Norte aí pensei o que esse cara tá fazendo por aqui a Cruzex já acabou fazem o que 5 meses?

Abner

Não sei bem o que pensar sobre a matéria e uso do AF-1 para esse tipo de missão/operação.

Angus

E continuam as tentativas de justificar o injustificável, que é a operação de 4 ou 5 AF-1 desdentados, que servem apenas para drenar recursos.

Qual será a próxima?

Willber Rodrigues

Próximo:

Usar essas A-4 pra interceptar barcos de pesca ilegal e desarmados.

Fica vendo, e me cobra depois…

JS666

Toda vez que eu lembro dos A-4 com bombas burras e AIM-9H ainda em operação eu penso “PQP!”.

Eduardo

Manda pra Manaus pra bombardear pista de traficante, garimpo e demadeireira ilegal, só serve pra isso

Rafael Coimbra

Interceptação de balão de festa junina que se aproxima de espaço aéreo restrito

Eduardo

E os F5 da FAB então?

Rodrigo

Esse avioes deveriam por museu

Willber Rodrigues

Legal…
Digamos que esses helis tenham mísseis ar-ar…esses A-4 vão fazer…o que?
“Desviar” dos mísseis e chegar numa distância suficiente pra abatê-los com canhão?

Querem mesmo “dourar a pílula” e dar ( mesmo que pouca ) alguma real utilidade pra essas aeronaves?

Integrem mísseis anti-navio neles.

DanielJr

Desde que comparam os A-4 não treinaram lançar um AIM-9H em um helicóptero?

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Marinha Brasileira até têm helicópteros de respeito que operam nas fragatas x corvetas…, como o: Lynx, Sea Hawk e o Cougar Naval que consegue lançar os mísseis exocet antinavio… Más, já passou da hora da marinha aposentar essas aeronaves…, foram ícones em suas épocas ninguém duvida…, más já deu…!!! Façam uma compra da Embraer/ Saab de pelo menos 4 à 6 gripens E, e operem a partir de terra mesmo…, na costa brasileira… Vão deixar os pilotos motivados, passar uma boa imagem para a sociedade, vão adquirir material nacional e criar doutrina para uma compra maior para criação da aviação… Read more »

Renato

Por lei a MB só poderia operar aeronaves de asa fixa orgânicas de suas embarcações. Como há anos a MB não possui mais porta aviões, a manutenção desse esquadrão ativo, além de um enorme desperdício de recursos, pela sua inutilidade, é ilegal!! TCU, CGU, qualquer um tem que parar com essa insanidade da MB.

decreto 2538
Art 1º A Marinha disporá de aviões e helicópteros destinados ao guarnecimento dos navios de superfície e de helicópteros de emprego geral, todos orgânicos e por ela operados, necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional.

Dalton

Será que não previram que um NAe pode permanecer indisponível por meses/anos e os aviões terem que operar a partir de terra ? Isso de fato aconteceu com o “São Paulo” que desde 2006 nunca mais operou “asa fixa” até a desmobilização em 2017 e posterior Mostra de Desarmamento em 2018. . E dos 6 A-4s, 2 deles “biplace” não iriam operar a bordo do “São Paulo” de qualquer maneira, então, deve estar previsto em algum lugar que se fará uma exceção até que o pequeno esquadrão seja dissolvido o que não deve estar distante no horizonte. . Por Lei… Read more »

Renato

O problema é que o porta aviões não está indisponível, ele não mais existe e a MB não dispõe de navios capazes de operar aviões organicamente e nem sequer tem encomendas ou planos concretos de adquirir um. No decreto não há previsão de exceção. A mim parece que a MB está mantendo o esquadrão ativo por esses anos pós baixa do São Paulo, primeiro aguardando a conclusão do contrato de modernização dos A1, efetuado quando o NAE São Paulo ainda estava na ativa, mas agora, isto já concluído, parece que é simplesmente por não saber o que fazer com os… Read more »

Dalton

Sim, mas, por mais de 12 anos ele ficou sem operar “asa fixa” até ser oficialmente retirado de serviço e nunca li ou ouvi que a marinha estaria na “ilegalidade” por manter meia dúzia de A-4s. . Lembrando que a decisão de reduzir o número de A-4s modernizados ocorreu quando ainda o “São Paulo” constava do inventário e sinceramente mesmo que 12 tivessem sido modernizados, 3 deles (bipostos) jamais iriam operar a bordo e dos 9 restantes quando muito haveria meia dúzia a bordo o que também não justificaria muito um NAe de 30.000 toneladas. . É só minha opinião,… Read more »

Renato

O ponto é que acredito que esse esquadrão, sem função e obsoleto, consume recursos muito escassos na MB. Recursos que deveriam ser utilizados nas demais prioridades, como patrulhas. Com certeza esses recursos seriam melhor utilizados acelerando mais uma unidade de uma patrulha Macaé. Outro ponto é que essa lei não é “opcional ou condicional”, acho problemática a noção de “levar ou não a sério” um dispositivo legal bem claro. Possivelmente a MB ficou no dilema legal entre cancelar contratos, com custos e multas, relativo ao encerramento do esquadrão, o que geraria escrutínio dos órgãos de controle versus manter o esquadrão… Read more »

Tallguiese

Há não, tenha dó!

Santamariense

Apesar do avião ser subutilizado, mal armado e serem poucas unidades, além de toda discussão sobre a viabilidade de manutenção dos mesmos em operação, a interceptação de aeronaves de asas rotativas por aeronaves a jato não é algo comum e, muito menos, fácil de realizar. As velocidades são totalmente diversas e o jato precisa chegar muito perto de sua velocidade de estol para acompanhar o helicóptero. Considerando que os aviões estão operacionais, não vejo óbice à utilização dos mesmos em toda e qualquer missão possível.

Antônio

E na paz que um povo se prepara para a guerra, os treinamentos são essenciais para garantir o mínimo de pessoas prontas a difundir e treinar mais pessoas em tempos de guerra, o mundo está se armando e as forças armadas brasileiras estão de mãos atadas, com equipamento sucateados e sem o mínimo necessário para manter a força pronta de reação. Mas quem dorme tranquilo não sabe a dificuldade que fazer de tudo para manter o mínimo e mesmo assim ser desvalorizado, enquanto a corte gasta com penduricalhos mais que o orçamento das 3 forças juntas, e o povo acha… Read more »

Eduardo

Esses A4 modernizados pela Embraer ainda podem dar trabalho num confronto local, mas do lote comprado só 4 foram modernizados o resto está tudo sucateado, chances tivemos de comprar F18 de segunda mão de vários países, agora creio qua a Marinha errou deveria ter comprado Sea Harriers, hoje A demanda eh por VStol pelo menos do lado ocidental, pois operar caças à catapultas necessita de PAs maiores e mais dispendiosos em manutenção não eh pra nós com síndrome de cachorro vira lata mas serve para aqueles que querem ganhar rios de dinheiro reformando sucata.

Santamariense

Não que faça muita diferença, mas foram modernizadas 7 aeronaves, não 4.