Japão inicia operação do sistema costeiro antinavio Type 12, com alcance de 1.000 km

O Japão iniciou a operação do avançado sistema costeiro de defesa antinavio Type 12 12SSM, dotado de alcance ampliado para 1.000 km, consolidando sua capacidade de dissuasão marítima numa região de tensões crescentes no Pacífico ocidental.
Características do Type 12 12SSM
O Type 12 é um míssil de cruzeiro de lançamento terrestre, desenvolvido pela Mitsubishi Heavy Industries, com 1 000 km de alcance em sua versão melhorada, permitindo ao Japão atingir alvos navais e costeiros muito além de seu litoral imediato.. Trata-se de uma evolução do anterior Type 88, cuja versão inicial tinha alcance de apenas 180 km, já substituído em 2015 pelo Type 12 original de 200 km, e agora atualizado para a nova capacidade estendida.
O sistema é montado em veículos táticos 8×8, cada um carregando quatro contêineres de lançamento, com cabine blindada e estabilizadores hidráulicos que garantem precisão mesmo em terreno variável. O míssil utiliza navegação inercial, correção por GPS e buscador radar AESA na banda Ka para finalização do ataque, assegurando excelente discriminação de alvos e baixa suscetibilidade a contramedidas eletrônicas.
Implantação e estrutura de defesa

A produção em série do Type 12 melhorado foi antecipada para o ano fiscal de 2023, com a JGSDF (Forças de Autodefesa Terrestres) recebendo as primeiras baterias em 2025, distribuídas em sete regimentos entre Hokkaido e Okinawa. A mais recente demonstração pública ocorreu durante o exercício Fuji Firepower, em Higashi-Fuji, confirmando a prontidão operacional do sistema.
Em paralelo, o Japão adquiriu 400 mísseis de cruzeiro Tomahawk dos EUA, complementando sua arquitetura de defesa, que agora abrange dissuasão por terra, mar e ar. O Type 12 reforça em particular a defesa costeira e a capacidade de “contrafogo” contra ameaças navais, cobrindo rotas vitais e bloqueando possíveis movimentações de frotas adversárias no Mar da China Oriental.
Impacto estratégico
Analistas destacam que o alcance de 1.000 km do Type 12 ultrapassa o estreito de Miyako, posicionando bases japonesas a salvo de aproximações hostis e permitindo atacar navios em área incontestada pelo inimigo. Em caso de conflito, a capacidade terrestre de desferir ataques à distância reduz a dependência de porta-aviões e fortalece uma estratégia A2/AD (anti-acesso/negação de área) no teatro do Pacífico.
Além de reforçar a autonomia japonesa, o Type 12 envia um claro recado a China e Coreia do Norte, cujas atividades militares na região vêm se intensificando em disputas territoriais pelas Ilhas Senkaku e testes de mísseis balísticos. A combinação do novo sistema com plataformas como navios Aegis e caças F-35B cria um ecossistema integrado de defesa em camadas, com interceptação aérea, naval e terrestre coordenada.
Perspectivas
Espera-se que o Type 12 atinja plena capacidade operacional até 2026, concluindo a implantação inicial e treinamentos de unidades, e sirva de modelo para futuros mísseis costeiros de maior alcance, possivelmente chegando a 1.500 km em versões subsequentes. Enquanto isso, o Japão continua investindo em modernização de plataformas, incluindo drones de vigilância marítima e sistemas de defesa antimísseis, consolidando seu posto como potência de segurança no Pacífico e forte aliado da OTAN e dos EUA na região.
MB, corre aqui pra ver uma coisa!!!!
Ainda dá tempo de parar com essa sandice de submarino nuclear e usar o dinheiro para um projeto desses, mais realista para a realidade orçamentária da MB.
Se é que existe realidade orçamentária na Defesa com mais um “contingenciamento” que virá.
E o ASTROS com MANSUP é exatamente isso. só que estamos desenvolvendo a tecnologia ainda, para chegar a um alcance desses são décadas de pesquisa.
Exato, E, disse E, quando chegarmos nessa tecnologia, depois de muitos vai e vem, contingenciamentos de recursos, mudanças de doutrina e SE, disse SE, essa tecnologia e recurso AINDA for relevante, ai o mundo já estará anos luz a frente em OUTRA tecnologia, que novamente vamos correr atrás. Tudo isso pq não existe interesse político e até das Forças em ter uma base de desenvolvimento e pesquisa sólida. E isso requer CONSTANCIA. Muitas vezes quem investe nesse setor aqui, investe por conta, e com altíssimo risco, de ao final quando o produto estiver pronto, os pedidos serem em quantidades ínfimas.… Read more »
O SN Alvaro Alberto, com capacidade para lançar o Mansup ER teria letalidade similar ou superior, visto que não seria um alvo fixo, como uma bateria costeira. Além disso, poderia disparar o Mansup ER submerso à 200km do alvo e depois se esconder nas profundezas do Atlântico.
quem disse que a bateria costeira é fixa? ela precisa se mover, se não, não serve
Ela precisa estar parada para identificar e processar o alvo, e disparar o missil. Este tempo pode ser suficiente para ser atacada por misseis antiradiação disparados por caças bombardeiros navais
Esse lançamento não dura nem 5 minutos eu acho, e ela não emite sinais eletromagnéticos como ondas de radar, no máximo um caça ou drone poderia ver ela e atacar, mas seria caso de oportunidade, é como um M109 tem que atirar e meter o pé
A cadeia de destruição contra um lançador costeiro do Mansup ER teria que ser baseada em: 1-Drones de reconhecimento de pequeno porte lançados por submarinos próximos utilizando sistemas eletroópticos 2- drones de reconhecimento de maior porte (de preferência com características furtivas) lançadas dos navios utilizando sistemas eletroópticos e sistemas ELINT 3- aeronaves (tripuladas ou não) a grandes distâncias utilizando radar de abertura sintética 4-satélites de reconhecimento (fotográfico, ELINT, SAR) com alta taxa de revisita operando em tempo real. – Isso requer que a bateria seja preferencialmente protegida por sistemas AA voltada para a defesa contra drones e que haja a… Read more »
Esse tipo de arma é mais apropriadamente denominada de “relocável”.
É capaz de mudar de posição mas só opera de modo estático, exigindo algum tempo de preparação.
As armas que operam em movimento ou só precisam parar por um curto período são denominadas de “móveis”
Paulo,
nem sempre a solução de tiro para um lançamento de míssil antinavio vem do radar da bateria.
Pode vir de aviões patrulhas, UAVs, etc.
A frota pretendida de 6 SN da classe Alvaro Alberto é arma de dissuação. É arma de retaliação caso sejamos atacados primeiro. A frota atacante, seja qual for, seria aniquilada após o ataque.
Caro Paulo, por favor, pare de falar em frota de 6 SN, todos somos Brasileiros e sabemos nossa realidade.
Não vamos começar com devaneios a essa altura do campeonato.
Rsss
Seria lindo se realmente se concretizasse.
Mas bem sabemos que jamais veremos a cor de um Álvaro Alberto.
Que dirá 6!
E “SN” também tem limitações, a quantidade de provisões a bordo por exemplo e um adversário pode bombardear a base desse submarino
tornando a permanência no mar mais fragilizada.
.
Ter 6 também não significa que todos estarão disponíveis, mesmo se 4 ou 5 deles tivessem duas tripulações cada – algo que a marinha francesa faz com seus submarinos táticos – ainda assim seria difícil ter mais do que 3
deles certificados.
A MB não consegue comprar seis fragatas de pouco mais de 3 mil toneladas. Nem seis submarinos diesel-elétrico. Vai comprar seis submarinos nucleares? Vai sim.
Confia.
Quando eu digo da cegueira sobre esse navio…
Uma solução de tiro contra navios a partir de sonar para um submarino não excede 70 a 80 km.
Para alcances maiores obriga uma rede de destruição bem complexa que obriga o submarino a se comunicar com o exterior, em geral tendo que se colocar na profundidade de periscópio.
Paulo, meu caro. O assunto do SN Alvaro Alberto eh recorrente, sempre vem a tona (sem trocadilhos). As capacidades, as vantagens de um SN como arma de dissuacao sao incriveis. Todos nos sabemos disso. Ainda ouco dizer: some-se todas as qualidades jah reunidas aqui no Naval e multiplique por 2. Ainda eh pouco. Nao temos como argumentar contra. Mas, porem, contudo, todavia… No Brasil, planejamento e realizacao de projetos de longo prazo sao, na melhor das hipoteses, arrastados por anos, com aumento consideravel de custos, contingenciados, ou mesmo cancelados. Nossos colegas aqui, se quisessem poderiam enumerar aqui alguns dos exemplos.… Read more »
Essa cegueira de submarino nuclear beira ao ridículo.
Você já parou para pensar quantas baterias costeiras poderiam ser compradas com o dinheiro desse único navio? Não né?
Não existe defesa Brasileira sem SSNs, depois da bomba atômica, o submarino nuclear é a arma dissuasoria máster.
Covid matou mais no Brasil do que duas bombas atômicas no Japão.
E submarino nuclear faz mais barulho que submarino diesel-elétrico.
Arma dissuasória é orçamento da Defesa sem cortes para equipar forças armadas eficientes e atualizadas.
Não adianta ter um submarino nuclear num país que retrofita Cascavel e tem como ponta de lança na sua força aérea 36 caças modernos.
🧐 Pra quê estabilizador hidráulico na plataforma lançadora se o míssil é de cruzeiro?… 🤔
Mas é lançado por um booster de foguete sólido que daria uma baita de uma balançada e poderia danificar os outros mísseis ainda não lançados.
Entendi, mestre Bosco. Obrigado. 🙂
Dá para lançar a partir de um terreno com alguma inclinação, bem normal em locais sem preparação “off-road”.
Falando nisso, o CFN converteu mais um lançador ASTROS para lançar o MANSUP, e devem vir mais.
Com o MANSUP-ER, terá um alcance e letalidade bem interessante.
E com o futuro MTC naval, poderiamos chegar perto do alcance desse sistema Japonês.
Muito pouco.
Seriam usados para quebrar um bloqueio marítimo a Taiwan? Ou apenas na defesa do território japonês?
Possuem padrões de uso semelhante ao HIMARS equipados com os mísseis em desenvolvimento.
Marinha Brasileira para ter respeito no seu litoral, têm que adquirir viaturas como esta para defesa de costa…, contra uma armada invasora…, e focar nos submarinos…, submarinos…, submarinos…, seja convencional ou nuclear…
E as Tamandarés só para não dizer que não têm meios de superfície…, é a TRÍADE: Submarinos, Sistemas de lançamento de mísseis de costa e Tamandarés que são fragatas ligeiras leves…
Abraço a todos…
Fiquem com DEUS…>>>
Os japoneses também estão colocando em operação o ASM-3, míssil anti-navio supersônico lançado do F2, com 400km de alcance, velocidade a mach 3, motor Ramjet.
a marinha ja tem pronta um plano infalível para defender nossa amazônia azul.
são 7 porta-aviões nucleares + 12 submarinos nucleares + 50 F-35 naval e 8 navios de desembarque de tropas tudo já em projeto na ENGEPROM (maior desenhistas de navios e construtores de marquetes da américa Latina) para daqui a no máximo 44 ou 45 anos o lançamento do 1º protótipo. a engepron irá receber 4,5 bilhões pelo projeto de 14 páginas e 35 fotos conceito do porta-avioes nuclear e assim vai.
Eita! É disso que precisamos. Será que dá para estender o alcance do MANSUP para 1000 km também?