Fragata Tamandaré inicia fase final de construção com instalação dos sistemas integradores

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O Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) avança com a implementação dos sistemas integradores: o Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS – Combat Management System) e o Sistema Integrado de Gestão da Plataforma (IPMS – Integrated Plataform Management System), ambos já disponíveis para operação no primeiro navio da classe, a Fragata “Tamandaré” (F200).

O CMS das fragatas, resultado da parceria entre a empresa brasileira Atech e a alemã Atlas Elektronik, é responsável pela integração dos 22 componentes do Sistema de Combate dos navios, para a manutenção da consciência situacional e o emprego eficiente do armamento do navio.

Já o projeto do IPMS das FCT, resultado da parceria entre a Atech e a empresa canadense L3Harris, permite o monitoramento e controle de 68 sistemas integrados, segundo módulos de propulsão, geração e distribuição de energia, sistemas auxiliares e controle de avarias (CAv).

As fragatas estão em construção na TKMS Estaleiro Brasil Sul (TKMS EBS), em Itajaí (SC), pela Sociedade de Propósito Específico “Águas Azuis”, constituída pelas empresas TKMS, Embraer Defesa & Segurança e Atech Negócios em Tecnologias S/A (empresa do Grupo Embraer), sob a gestão da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON). Os quatro navios-escolta da Classe “Tamandaré” serão entregues à Marinha do Brasil (MB) até 2029.

A construção da primeira Fragata Classe Tamandaré segue dentro do planejado, com previsão de testes de aceitação no mar ocorrerem a partir de julho de 2025 e sua entrega no final deste ano.
O desenvolvimento do CMS e do IPMS das FCT, com o envolvimento de uma empresa brasileira estratégica de defesa e aliado ao extenso programa de transferência de tecnologia para a MB, representa um marco na capacitação tecnológica para o País. Também propicia efetivamente um avanço tecnológico e operativo nos sistemas embarcados e infraestruturas em terra.

FONTE: EMGEPRON


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Alex Barreto Cypriano

I have waited a looong time for this moment, my little green friend! 🤪
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Esteves

Parece parto de quadrigêmeos.

Deadeye

Eu só espero que não tenha paralização das contruções.

Last edited 1 dia atrás by Deadeye
Burgos

Bom dia Deadeye;
Paralização não deve ter, o que provavelmente vai acontecer vai ser o atraso do cumprimento do cronograma da 2 últimas devido ao contigenciamento de verbas pelo Gov. Federal para as FFAAS 😞

Esteves

Não.

A MB recebeu o que pediu: 1,8 bilhões dólares ou 9,5 bilhões de reais através da capitalização da Emgepron para cumprir com o contrato de construção.

Sem prestar contas…a MB pediu mais 3 bilhões de reais além dos 9,5 bilhões para dar seguimento à construção.

A Emgepron recebeu o dinheiro antes.

Burgos

Boa tarde Istivis;
Menos mal, Deus te ouça se for o que vc está dizendo 🙏
Mas como falam, entre um cafezinho e uma água de bolinha nessas reuniões, muita água passa debaixo da ponte 👀🤔🤷‍♂️

Colombelli

Recebeu mas teve a variação cambial e a falta de cautela. O recebido hoje não dá pra cumprir as 4. Isso foi amplamente noticiado.

Marcelo

Em quanto isso o navio tanque wave ruler esta sendo docado.
https://www.facebook.com/share/r/19NNoDZY7F/

Alex Barreto Cypriano

O contingenciamento do orçamento não atinge a execução do programa FCT. O dinheiro está em posse da EmGeProN há muito tempo, e aplicado obtendo rendimentos. Vai dar justinho o dinheiro com a conclusão das 4 FCT. Bem ao contrário do FX-2, infelizmente.

Camargoer.

A comunicação social da FAB é amadora.. o cronograma de entregas deveria ser uma página atualizadas constantemente.. notícias da fabricação, fotos novas, esclarecimentos sobre o pagamento.., quase nada é feito e quanto é feito, é mal feito

Por isso defendo que seja o MD o responsável pela comunicação social por meio de uma agência contrata para fazer o serviço profissional

O MD celebra 26 anos e até agora foi incapaz de centralizar a comunicação social ou criar uma agẽncia de compras.

Santamariense

“…o cronograma de entregas deveria ser uma página atualizadas constantemente.. notícias da fabricação, fotos novas, esclarecimentos sobre o pagamento.., quase nada é feito …”

Serio? Essa página ficaria parada por meses e meses. O programa se arrasta na velocidade de uma tartaruga manca. Quanto ao “quase nada é feito” é reflexo total da execução do programa. O que tu quer que façam, encham linguiça? Ora, por favor …

Colombelli

Deves levar em conta a variação cambial. Hoje não da conta das 4 unidades

Bigliazzi

Os velhinhos do INSS poderiam bancar esses gastos numa boa… em suaves prestações…

Camargoer.

Talvez uma vaquinha PIX. o resultado é bem rápido.

MMerlin

Pessoal que trabalha com construção naval ou que já trabalhou na operação deste nível de embarcação (miltiar).
Sei que as estações precisam de uma suporte (estrutura) mais reforçada.
Existe algum modelo de processo para avaliação e aceitação destas estruturas (fotos 2 e 3)?
Já pesquisei bastante um tempo atrás devido a uma possível entrada aqui da empresa em um projeto específico e não encontrei nenhum modelo de teste estrutural detalhado a respeito.

Rafael Coimbra

Vc está falando que corremos o risco de um uma manobra evasiva por exemplo, a tela cair no colo do operador?

MMerlin

Também.
Mas não só questões de manobra.
Condições de um eventual impacto (não fatal para a embarcação) ou condições do mar diversas.
Já tive acessos à documentos de processos de avaliação para o setor espacial, que envolve mais questões relacionadas à vibração e alterações de temperatura, mas era pouco.
Sem dúvida estas estruturas passam por avaliações mais rígidas.
E não de proteção apenas do operador, como do próprio equipamento.

Last edited 1 dia atrás by MMerlin
Fernando XO

Prezado Merlin, todos os equipamentos passarão por HAT (harbour acceptance trials) e SAT (sea acceptance trials) durante os quais são verificados os aspectos de instalação e funcionamento, de acordo com planilhas específicas.
Com relação à vibração, alguns equipamentos (não sei quais, sorry) recebem shock mountings para atenuar o efeito… cordial abraço.

Santamariense

As estações que aparecem na terceira foto me parecem adequadas, bem feitas e bem acabadas. Mas, as da segunda foto são muito mal feitas e parecem não ter tido preocupação com acabamento e aparência, parecendo improvisadas.

Bardini

Talvez uma abordagem que você possa adotar, seria a de destrinchar o que teu equipamento teria de atender, usando como referência as MIL-STD (choque, vibrações, ergonomia, interferência, etc) e então procurar por modelos de “test report” das diferentes MIL-STD que você viria a ter de atender. Se serve para os requisitos americanos…
https://aeronavlabs.com/photos-photos/

MMerlin

Agradeço as informações pessoal. Vou procurar materiais à respeito.

Fflyer

Já tentou entrar em contato com a Marinha/Engeprom? uma vez tive a informação que eles mesmos tem intenção de validar mais fornecedores.

Gabriel BR

Excelente!

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Que máquina…!!!

No começo torcia pelas Sigmas pela beleza…, más…, essas Tamandarés são bem robustas e imponentes…

Marinha deveria deixar mais espalhados esses equipamentos…, do Pará ao Rio Grande…

Tirar aqui do sudeste…, todas as fotos e manchetes dos navios estão aqui no sudeste…, 80% no Rio de Janeiro…

Pará, Maranhão e lá pra cima…, também pagam os impostos

Leandro Costa

Mas elas tem motor. Se necessário elas vão para onde é preciso ir. O problema são os custos de se construir e manter uma infra-estrutura semelhante, mesmo que menor, para abrigar porções da Esquadra.

O que é necessário ao longo da costa são os meios distritais de patrulha.

Dalton

Só reforçando seu comentário Leandro, temos o exemplo da Frota do Atlântico da US Navy que tem a maioria das unidades de superfície inclusive todos os NAes e Navios de Assalto Anfíbio LHDs/LPDs baseados em Norfolk na Virginia, inclusive alguns submarinos, enquanto a Guarda Costeira esta sim tem seus meios mais “espalhados” ao longo da costa. . Quando se tem poucas unidades faz mais sentido concentra-las onde poderão receber melhores cuidados e também suas tripulações e familiares e envia-las onde for necessário. . Basear uma fragata no “Maranhão” – que exigiria uma infraestrutura – como sugerido significaria períodos de indisponibilidade… Read more »

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Abraço Leandro 😉🫰🏻

Guizmo

Aff, para com isso….oq tem a ver uma coisa com a outra? Vai olhar a distribuição de recursos que cada UF repassa ao GF

Leonardo

Sudeste não, RJ você quer dizer né?
A Marinha deveria mudar de nome para Marinha de Guerra da Baía de Guanabara.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

😄😄😄😄😄

Carlos Eduardo Oliveira

Já foi pensado por um ex-ministro da Defesa, que agora não lembro o nome, da criação de uma esquadra no Nordeste e outra no Sul.
Se não me engano, ele disse algo pejorativo sobre alguém do governo, foi depois retirado do governo e o projeto não saiu do papel.

Dalton

Verdade, mas, também previa-se um número maior de meios de superfície
submarino e aéreo.
.
Com 8 principais combatentes de superfície ou escoltas como a marinha os chama e 4 submarinos, torna-se impraticável e ao menos por enquanto as novas fragatas deverão substituir unidades antigas/obsoletas não resultando em um aumento no número.

Last edited 2 horas atrás by daltonl
Camargoer.

Olá Dalton. Eu tenho dúvidas sobre a necessidade de uma “segunda-esquadra” até porque muita gente tem razão quando comenta que hoje falta muito para a MB ter uma esquadra efetiva. Entendo que a costa brasileira é enorme, o que significa a necessidade da dispersão dos meios distritais de patrulha. A esquadra pode ser sediada em um local desde que existam condições para que os meios de combate possam ser deslocados, inclusive compondo forças-tarefa, possam receber apoio logístico. O fato da esquadra estar sediada no Rio de Janeiro faz sentido. Também faria sentido estar no ES ou BA. É parecido com… Read more »

Dalton

Uma “Segunda Esquadra” seria menor que a “Principal” mas teria que ter uma infraestrutura capaz de atende-la, a ideia é boa, mas, não está próxima de ser realizável. . O exemplo que dei da Frota do Atlântico dos EUA encaixa-se bem na comparação que fazem com a “Esquadra do RJ” porque nas vizinhanças de Norfolk também encontram-se instalações para manutenção únicas inclusive para os NAes em toda costa leste. . A marinha francesa, numericamente mais próxima da marinha brasileira que a US Navy e que é vista como um modelo para nossa marinha quanto a números e tipos de navios… Read more »

Camargoer.

Concordo…

Para mim, a ideia de uma base naval lá perto da foz do Amazonas que apoio uma força tarefa da MB que opere em rodízio faz mais sentido que uma segunda esquadra

A nova base de submarinos foi uma excelente iniciativa. Pelo tamanho, ela tem condições de apoia a força de submarinos por décadas. Lembro que li uma vez algo sobre a marinha inglesa considerar razoável que uma base de submarinos opere até o limite de 8 unidades. Acho improvável que a MB irá operar mais que 8 submarinos

Fábio CDC

Provavelmente quem disse isso foi Nelson Jobim, que antes de ser MinDef foi Ministro do STF. Teve atritos com Lula ou Dilma salvo engano, chamando-os indiretamente de “idiotas”.

Ruas

O Brasil mal tem uma esquadrilha e querem colocar um navio em cada lugar. Sendo que já há navios patrulhas em todo distrito naval. Se houvesse segunda frota – para isso precisaria-se de 14 fragatas permanentes, no mínimo – poderia ser criado uma base para escoltas em algum local do Nordeste, se houvesse uma terceira frota, poderia ser colocado no Rio Grande do Sul. As forças armadas tradicionalmente se concentraram no Rio de Janeiro por varias razões: • Ser a capital desde o século XVIII até 1960. Por vários motivos estratégicos, e não por puro capricho, e um desses itens… Read more »

Adilson Moreno

Fácil tudo isso .

Esteves

“Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS – Combat Management System) e o Sistema Integrado de Gestão da Plataforma (IPMS – Integrated Plataform Management System), ambos já disponíveis para operação no primeiro navio da classe, a Fragata “Tamandaré” (F200).“

Esse é o tão falado ToT.

Esteves

Acordem os estagiários. Rufem os tambores. Abram as mentes. Peçam peixe fresco…pode ser camarão sem sulfito.

Tem comentários do Esteves na área.

Nelson Junior

Corveta

Camargoer.

Fragueta.. ou brigue, ou nau, ou caravela, ou igará (para prestigiar nosso Tupi).

Battleship é inconveniente porque pode ser alvo de alienígenas.

Paulo Costa

Existe integração do radar principal com o canhão 75 da Leonardo em ações anti drone?
Ja que esta sendo finalizado e estando no cais,ou no proximo casco,quem sabe?

Fernando XO

Prezado Paulo, são os sensores de direção de tiro (radares e alças optrônicas) os responsáveis por prover dados para a solução de tiro dos canhões… no caso do radar de busca, este faz a detecção que permite a indicação do alvo para os sensores que citei no início do texto… cordial abraço.

Paulo Costa

Obrigado Fernando

Marcos

Windows.
Peloamordedeus.

Camargoer.

Olá Marcos. Vocẽ diz ser windows por causa das telas ligadas nos consoles na segunda foto?

Eu não consegui identificar os ícones se são windows ou outro sistema

Marcos

Formato dos ícones + disposição dos ícones + cor do desktop;

Leandro Costa

Não quer dizer muita coisa. Mesmo que seja Windows o que estejam usando para os testes, duvido que seja o sistema operacional utilizado de verdade. Não faz muito sentido.

Esteves

A L3Harris Technologies, como muitas empresas de defesa e aeroespacial, usa uma variedade de sistemas operacionais, dependendo da aplicação específica. Para produtos de defesa, as escolhas de sistema operacional variam conforme requisitos de segurança, desempenho, interoperabilidade e conformidade com padrões militares. Uso de Windows A L3Harris usa Windows em alguns de seus sistemas e ambientes de desenvolvimento, especialmente para: Estações de trabalho de operadores Ambientes administrativos e de simulação Sistemas de interface homem-máquina (HMI) Alguns softwares COTS (Commercial Off-The-Shelf) No entanto, em aplicações críticas e embarcadas, o Windows geralmente não é a escolha principal por questões de segurança, latência e… Read more »

Felipe

Minha esperança é um aditivo de 2 fragatas Tamandaré , bem como de 12 Gripen, tento ser otimista…

Camargoer.

Olá

Entendo a ideia do “otimista” em função da questão orçamentária.. mas também é uma ideia “realista” do ponto de vista de demanda de meios da MB e da FAB.

Eu ainda incluo o SBN nesta tríade de prioridades.

Carlos Eduardo Oliveira

Eu jurava que essa fragata iria usar uma geração mais moderna do Siconta.