Reino Unido destina US$ 8,1 bi ao maior programa de produção de submarinos da história naval britânica

O Reino Unido anunciou nesta semana um investimento estratégico de mais de £6 bilhões (equivalente a cerca de US$ 8,13 bilhões) para a ampliação de sua capacidade industrial de construção de submarinos, marcando o maior programa de produção submarina de sua história. O financiamento será distribuído ao longo de um ciclo orçamentário de quatro anos e contempla fortalezas industriais como a BAE Systems, em Barrow-in-Furness, e a Rolls‑Royce Submarines, em Derby.
O anúncio desse plano faz parte da revisão de gastos de defesa do governo do primeiro-ministro Keir Starmer, que representa o maior aumento contínuo no orçamento militar britânico desde o fim da Guerra Fria. A paralela pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para que a Europa assuma maior responsabilidade por sua própria segurança serviu de estímulo para essa iniciativa.
A verba reforçará a produção da nova classe de submarinos nucleares de ataque SSN-AUKUS, fruto da parceria trilateral AUKUS entre Reino Unido, Estados Unidos e Austrália. A expectativa é elevar o atual número de sete submarinos da classe Astute para até 12 unidades, com entregas iniciando no final da década de 2030.
O programa contempla ainda investimentos de £4 bilhões ao longo dos próximos dez anos na base naval de Plymouth, soterramento em instalações na Escócia — com destaque para a base de Faslane, que abriga a frota nuclear — e apoio à empresa Sheffield Forgemasters, fornecedora de aço para componentes submarinos.
Segundo o secretário de Defesa, John Healey, o objetivo é transformar a indústria submarina britânica, dobrando seu ritmo de produção para um submarino a cada 18 meses. Mais de 30 000 empregos — incluindo 1 170 vagas em Derby e cerca de 17 000 na força de trabalho naval de Barrow — devem ser gerados diretamente pelo programa SSN-AUKUS.
“Esses investimentos, aliados à dedicação e habilidades dos profissionais que constroem e operam nossos submarinos, garantirão que possamos enfrentar as ameaças e proteger o país tanto em casa quanto no exterior”, declarou Healey .
A Estratégia AUKUS prevê a construção de até 12 submarinos SSN-AUKUS para a Marinha Real britânica e cinco unidades para a Austrália, além da aquisição de reatores nucleares pela Rolls-Royce e da troca de tecnologia com os EUA.
O programa representa não apenas um avanço para a capacidade dissuasória britânica em um contexto geopolítico de tensão — com o fortalecimento da presença naval russa e chinesa — mas também um impulso industrial e econômico significativo para regiões como o norte da Inglaterra, Escócia e sítios industriais críticos.
Em paralelo, os planos do governo incluem a construção de até seis fábricas de munições, aquisição de mais de 7 000 armamentos de longo alcance de origem britânica e modernização do arsenal nuclear, como parte de um plano global de defesa que projeta elevar os gastos militares de 2,3% para até 3% do PIB até 2027.
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Tem um canal no youtube comentando que a MB está adquirindo TYPE 23 Inglesas.
https://www.youtube.com/@REVBRASIL009
Mais um canal de YouTube que cria uma notícia qualquer para atrair visualizações.
Seja verdade ou não, ou fazem algo muito rapidamente, ou ao passo que vão a MB brevemente deixará de existir.
Abs
São as delícias da internet. Qualquer um pode dizer qualquer coisa e não vai faltar gente para acreditar e dar like.
Mentira virou meio de vida.
Dadas as nossas boas relações com o Reino Unido, o Brasil poderia ficar com os SSN Astutes, uma vez que o Royal Navy vai investir no SSGN AUKUS, 2040 é daqui a 15 anos.
Ok, o Reino Unido foi um grande império. Hoje é uma potência de segunda classe, com algumas possessões espalhadas pelo mundo. Há um conflito histórico entre as antigas potências da Europa com a Rússia, centrado nos recursos naturais dessa última. Há a parceria com os EUA, que querem bloquear a ascensão chinesa, mas esse é um problema dos americanos – afinal eles estão deixando o cenário europeu por conta dos europeus, por que assumir parte da conta da briga com a China? Isso tudo para dizer que não entendo esses gastos feitos por um país que tem dificuldades em manter… Read more »
Ok, e eles tem marinheiros para operar?
Tem não.
Esse é ponto para se apostar em submarinos levam 1/3 marinheiros que uma fragata
Mesmo problema aqui.
Super Glue included?? 😁
Ótima noticia, não há nada mais eficiente nos mares do que as forças de submarinos da OTAN…
Trump e Putin….os melhores governantes que a Europa ja teve….
O contribuinte australiano ainda vai adorar esse AUKUS, principalmente depois que ele duplicar ou triplicar de valor
Maior programa coisa nenhuma, o Reino Unido tinha cerca de 60 submarinos em 1939, antes de eclodir a 2ª Guerra, e ao final tinha cerca de 140.
Diante de 12 “SSNs” – se de fato forem todos construídos – e 4 novos “SSBNs” será um investimento muito maior quando comparado aos “60” de 1939, dos quais uns 47 eram novos e o restante sobras da I Guerra e dos mais de 100 construídos após 1939 boa parte deslocavam menos de 1.000 toneladas submersos.
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Em matéria de números, sim, os britânicos já fabricaram mais, mas, dado o tamanho dos submarinos futuros, propulsão nuclear e demais complexidades inclusive a necessidade de maior infraestrutura justifica o “maior programa”, assim penso eu.
Reino unido investindo bilhões na indústria naval, Alemanha investindo bilhões e aumentando o gasto anual com defesa e querendo voltar a ser o maior exercito europeu, realmente se tem uma coisa que aconteceu é que o putin fez os lideres europeus se coçarem e voltar a investir na própria defesa
As maiores dificuldades para implementação desses planos talvez sejam os orçamentos engessados por despesas obrigatórias dos ‘welfare states’ e a falta de interesse do jovem europeu de hoje em servir às forças armadas, com suas regras rígidas e hierarquia.
Já na Rússia, aquele carniceiro já limpou a população carcerária, mas ainda vai convocar mais russos da Ásia – os de Moscou e São Petersburgo não, para manter a ilusão de que a sociedade russa mesmo está acima disso tudo. Além disso, ele pode contar com norte-coreanos e outros necessitados de regimes autocráticos.