EUA ordenam reposicionamento de navios de guerra em resposta ao ataque de Israel ao Irã

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USS Thomas Hudner DDG-116

Os Estados Unidos movimentaram seus ativos militares, incluindo meios navais, em antecipação à retaliação do Irã contra Israel pelo ataque sem precedentes realizado contra alvos iranianos.

Autoridades norte-americanas informaram a diversos veículos de imprensa que a Marinha ordenou que o USS Thomas Hudner, um destróier com capacidade de interceptar mísseis balísticos, fosse transferido do Mar Mediterrâneo Ocidental para o Mediterrâneo Oriental, onde se juntou ao USS Arleigh Burke. Um segundo destróier também recebeu ordens para mudar de curso e ficar disponível, caso necessário.

O Grupo de Ataque do Porta-Aviões Carl Vinson está posicionado no Mar da Arábia e é composto pelo porta-aviões USS Carl Vinson, o cruzador USS Princeton e os destróieres USS Milius e USS Wayne E. Meyer.

Os destróieres USS Forrest Sherman, USS Truxtun e USS The Sullivans encontram-se no Mar Vermelho.

Um oficial declarou ao portal The Hill que o porta-aviões USS Nimitz está atualmente na região do Indo-Pacífico, podendo ser redirecionado ao Oriente Médio, se necessário. Já o USS George Washington acaba de deixar o porto no Japão e também pode ser deslocado para a região.

Esses meios navais podem ser usados principalmente para interceptar mísseis balísticos iranianos, que só podem ser neutralizados por sistemas avançados de defesa antimísseis, como os instalados nos destróieres da Marinha dos EUA.

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Macgaren

Fizeram o bombardeio inicial, dúvido nada ocorrer uma invasão por terra.

Burgos

A invasão por terra deve demorar um pouco ainda.
O que tô vendo e quase certo é retaliação por parte dos EUA 👀
Vamos aguardar o movimento das peças no tabuleiro dessa então chamada Guerra

Fernando XO

Prezado Macgaren, precisamos pensar em duas questões: qual é o objetivo estratégico israelense ? Qual é o centro de gravidade iraniano ? Sem saber sobre isso, não dá pra cravar a eventual realização de invasão do território… cordial abraço

Camargoer.

Creio que Israel não tem condições de ocupar o Irã. Seria um atoleiro parecido ao que os EUA enfrentaram no Iraque. Agora, eu discordo da ideia que estes ataques aéreos possam derrubar o regime iraniano.. pelo que sabemos da história recente do Irã, deve acontecer um fortalecimento do regime. Um ataque como este tende a levar a uma união da população em torno de uma bandeira nacionalista. O discurso de um ataque preventivo contra instalações nucleares é incompatível com os sucessivos bombardeios contra regiões civis. Era óbvio que o Irã iria retaliar o ataque com mísseis, como aconteceu há poucos… Read more »

Dalton

Muito antes de pensar em “atoleiro” Camargo – os EUA tiveram condições de chegar até o Iraque, derrubar o governo e manter uma força de ocupação – Israel não tem os recursos para invadir um país do tamanho do Irã, além da dificuldade de chegar lá já que a Jordânia e o Iraque estão no caminho.

Camargoer.

Sim. Você tem razão..

Abner

Pensei que Israel tinha alguma bomba da mesma categoria da MOP, ou algo mais destrutivo lançando a partir de um míssil balístico ou de cruzeiro.

Dalton

A “MOP” só pode ser lançada de um bombardeiro B-2 atualmente, não há míssil que possa entregar tal carga de explosivo “convencional”.

Hamom

Mesmo pros EUA os custos a guerra do Iraque foram pesados. E a conta da guerra não é fechada com o fim dela ↓
”… estudo da Universidade Brown aponta que o custo da guerra pode ultrapassar US$ 6 trilhões ao longo das próximas quatro décadas, incluindo gastos com veteranos. ”

Dalton

E ao mesmo tempo que estavam no Iraque estavam no Afeganistão, duas
guerras ao mesmo tempo.
.
Os objetivos de curto prazo foram alcançados só não havia recursos, vontade, necessidade, projeto, para uma ocupação de longo prazo.

Last edited 19 dias atrás by daltonl
Hamom

”E ao mesmo tempo que estavam no Iraque estavam no Afeganistão, duas
guerras ao mesmo tempo.”

O que levou  à crise financeira de 2008.

Ficaram 20 anos no Afeganistão, um tempo considerável… mas fracassaram em implantar sua influencia e um governo e sistema pró-América.

A resiliência dos afegãos frente a ocupações tem um longo histórico, seu título popular de ”cemitério dos impérios”  reflete isto. Persistir na ocupação só aumentaria os prejuízos…

Macgaren

Israel não, mas a cavalaria que está vindo é americana.

Trump já queria atacar o Irã no primeiro mandato, Israel terraplanando as defesas aereas e defesas já da uma boa abertura.

E lembremos a riqueza de recursos, Trump firmou acordo de terras raras muito mais instável com a Ucrania por muito menos e com um adversário muito mais perigoso.

Last edited 20 dias atrás by Macgaren
Rafael Coimbra

Agora que Israel já fez grande parte do trabalho pesado, os cowboys chegam…

Dalton

Bombardear com aviões e mísseis não é “trabalho pesado”, os EUA teriam feito muito mais para “amaciar” o Irã como fizeram no Iraque antes da invasão de 2003.
.
Enviar um mínimo de 150.000 pessoas, mais equipamentos para o início de uma invasão e sustenta-los no Irã para gradualmente derrubar o governo incluindo combate urbano, isso sim seria “trabalho pesado”.
.

JHF

Agora que o Irã está em serias dificuldades pela dupla “meninos internos do Mossad e bombardeio aéreo”, todo mundo na OTAN vira macho. Os tanques já estão se posicionando para o reabastecimento encima de Jordania-Iraque. Daqui a pouco as capacidades de resposta seria do Irã serão mínimas. Ahi vale a pena infiltrar tropas.

Augusto Cesar

Seria uma grande oportunidade para todos os grandes players do Oriente Médio (monarquias sunitas, Israel e os EUA) de destruir o regime dos Aiatolas. O Irã praticamente perdeu sua capacidade de projetar poder fora de suas fronteiras com a quase destruição dos seus Proxy, agora com esses ataques que Israel fez, destruiu muito da sua capacidade de se defender em seu próprio território. E provável que depois do caminho aberto pela IAF, os americanos entrem agora fazendo o ataque “pesado”, já estão movimentando seus meios, e praticamente inevitável que os americanos entrem na guerra. Se isso acontecer e o Irã… Read more »

Joao

Só um bobão infiltra em condições desfavoráveis….
Vide Rússia com seus paraquedistas em Kiev…

Carlos

Irã latiu demais. Deveria ter ficado na moita desenvolvendo seu programa nuclear e financiando os rebeldes, garantindo que as atenção de Israel e da OTAN permaneceriam divididas. Nisto, além de testar as suas armas, poderiam ir se armando, principalmente tendo em vista as novas doutrinas de guerra e de como Israel depende de sua força aérea, se preparando para um conflito. Entretanto, por conta dos chiliques e ameaças, não apenas foram perdendo credibilidade e oportunidades de negócio com outros países, como foram sendo minados e até sabotados. Quem muito fica tentando vencer no grito acaba assim. Israel tem toda a… Read more »

André Macedo

Não tem como ficar na moita, a AIEA iria desconfiar do Irã não cooperar com seus inspetores, os testes iriam liberar partículas específicas na atmosfera (os EUA até tem um avião específico pra detectar isso) e por aí vai, isso fora a atividade do Mossad. O Irã não “latiu”, Israel que não quer que eles tenham a bomba

Carlos

Já vinha latindo a tempos. É claro que um país, ameaçado por você de destruição após conseguir as tais bombas, principalmente se tratando de Israel, não levaria numa boa. Mas exatamente a tranquilidade e acordos/parcerias com outras nações, fora a diplomacia, que poderiam garantir ao Irã um respiro a mais. Poderiam, hoje, até mesmo ter acordos com outras nações, tanto militar, na compra de equipamentos, quanto na economia. Mas ficaram gritando demais, e deu no que deu. Quando se está em desvantagem, exatamente a inteligência, gestão estratégica e tranquilidade, permanecendo na moita, que poderá garantir algum tempo. Não é necessário… Read more »

Augusto Cesar

Antes de quererem investir em armas nucleares e ficar gritando aos ventos que queriam destruir os “queridinhos” do Ocidente deveriam ter focado em construir forças convencionais poderosas e depois partido para armas nucleares.

Carlos

Foi o que eu disse.

Heitor

Mas o patrão laranja não quis a morte do aiatolá. Por que será?

Last edited 20 dias atrás by Heitor
Carlos

Porque manter um conflito é mais lucrativo para eles do que encerrá-lo de uma vez. Ficar matando velhos barbudinhos armados com AKs não é tão bom a longo prazo quanto dois países se atacando de tempos em tempos.

Nisso eles conseguem acordos com Israel, Jordânia, Arábia Saudita, Omã…

JHF

Não acredita em tudo que o Laranjinha fala. A metade é pura mentira, a outra metade é para criar confusão.

Camargoer.

Aproveitando o Chavez.. “Metade do que fala é mentira. E a outra metade? também”

Angus

Na teoria, a fase agora é a “preparação”, quando o uso intenso e coordenado de fogos (mísseis, bombas, foguetes, artilharia, etc…) está sendo usado para enfraquecer ou destruir as defesas iranianas.

Interessante é que pode-se considerar que essa “preparação” iniciou ainda em outubro de 2024, com o ataque israelense a infraestrutura de defesa iraniana.

Se virá a fase seguinte, que seria o avanço de forças terrestres, é incógnita.

Acredito que não.

Camargoer.

Angus. Usando o modelo usado no Iraque e na Ucrância, a sequência seria concentrar forças perto da fronteira durante alguns meses. O ataque aéreo só aconteceria após esta concentração. A invasão começaria junto com os ataques aéreos. Acredito que Israel manterá os ataques aéreos.. só não sei como Israel vai sair desta crise.. talvez esteja apostando em um acordo mediado pelos EUA, mas a destruição do Irã teria que ser imensa para levar o Irã a assinar um acordo que desse uma vantagem diplomática para Israel.. e Israel não tem condições de sustentar um guerra de superioridade aérea por muito… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Mestre, Israel matou os negociadores do Irã, com anuência de Trump. Ainda não mataram Khamenei por puro cálculo, mas já ameaçam faze-lo. Israel está arrastando os EUA pra guerra que os EUA sempre quiseram: não apenas meios navais, destroyers BMD e CSGs chegam ao teatro, mas ao menos 32 reabastecedores (Stratotankers e Pegasus) se aproximam. Algum B-2 de Diego Garcia poderia (com REVOs) lançar MOP (massive ordnance penetrator) em instalações iranianas enterradas, embora estás estejam enterradas muito mais fundo do que a penetração maxima dos MOP de 15 toneladas, o que aponta pro uso eventual de nuclear bunker Buster e… Read more »

Last edited 20 dias atrás by Alex Barreto Cypriano
Douglas

Já que começaram, deveriam destruir totalmente tudo que eles puderem. Uma ação por terra a hó pouco provável, acredito que seria mais fácil uma revolução colorida e depor ou matar o louco de lá. Mas só o fato deles destruírem toda infraestrutura e armas daquele país, ele automaticamente deixara de ser um problema e deixarão eles latirem assim como fazem hoje, mas dessa vez sem nada kkk

Camargoer.

Olá Douglas.. creio que não há mais espaço para revoluções coloridas no mundo… a ascensão da extrema-direita mudou o cenário geopolítico.

Acho que entraremos em uma fase de golpes parlamentares.

Douglas

Vai nessa…

Camargoer.

Recomendo o livro do Gene Sharp que serve como base para as revoluções coloridas. Um revolução deste tipo demanda um conjunto de condições que eram comuns na década de 90 logo após a queda do muro de Berlin e do colapso da URSS, e depois com menor intensidade na primeira década do Sec.XXI. A crise do 2008 mudou o cenário de luta democrática como meio de bem estar social. O modelo de democracia liberal entrou em crise exatamente pela incapacidade de prover o bem estar material. Neste contexto de crise da democracia, o fascismo surge como aquela alternativa de respostas… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Não haverá boots on the Ground: o Irã é montanhoso (Zagros) e tem um quinto da extensão do Brasil ou umas três vezes a do Iraque. Vão apenas tocar o terror de cima e desmontar um Estado nacional colado a cuspe e opressão…

Daniel

Espero que os iranianos aproveitem a oportunidade para recuperar o próprio país. Os ataques de Israel foram a melhor ajuda que eles tiveram desde a revolução islâmica. Esse é o momento de derrubar o regime opressor em que vivem. É agora ou nunca!