Norfolk, 21 de junho de 2025 – O porta-aviões de última geração USS Gerald R. Ford (CVN‑78) foi preparado para zarpar da Estação Naval de Norfolk em 24 de junho rumo ao Teatro de Operações Europeu, movimentação que coincide com a crescente conflito entre Israel e Irã. Embora a missão já tivesse sido agendada, seu timing no meio da escalada militar sugere que pode, em breve, reforçar os dois porta-aviões já posicionados próximos ao Golfo Pérsico.

A bordo do Ford operará um Carrier Air Wing 8, incluindo cerca de 75 aeronaves — entre elas, caças F/A‑18E/F e F‑35C, aviões de alerta E‑2D Hawkeye, E/A-18G Growlers de guerra eletrônica e helicópteros MH‑60 — além de escolta de destróieres Arleigh Burke (USS Mitscher, Mahan, Bainbridge, Winston S. Churchill). Com propulsão nuclear e sistemas de catapultas eletromagnéticas EMALS, o Ford pode gerar até 33% mais surtidas diárias que os porta-aviões da classe Nimitz, oferecendo flexibilidade e poder de dissuasão máxima.

Esta mobilização complementa o posicionamento de dois grupos porta-aviões já ativos na região: o USS Carl Vinson, operando no mar da Arábia sob comando do CENTCOM, e o USS Nimitz, que foi desviado do Mar do Sul da China para o Oriente Médio.

A Casa Branca e o Pentágono reiteram que ainda não há ordem de combate ativo. No entanto, o presidente Trump mencionou que enfrenta uma decisão iminente sobre possível participação direta dos EUA em ataques contra o Irã — com prazo de até duas semanas . O secretário de Defesa, Pete Hegseth, destacou que a movimentação visa manter uma postura defensiva e protetiva, afirmando: “colocamos todos os cenários militares à disposição”.

Para analistas militares, o deslocamento do Ford amplia a capacidade de ataque e de projeção estratégica dos EUA no teatro. Em caso de autorização presidencial, o Ford e suas aeronaves embarcadas seriam essenciais para operações de precisão a longa distância, incluindo missões contra alvos fortificados como o complexo nuclear de Fordow, embora armas específicas como a bomba GBU‑57 MOP (que somente os B‑2 podem transportar) sejam mais adequadas.

Enquanto isso, cerca de 40 mil militares dos EUA no Oriente Médio, além de reforço aéreo tático, navios de escolta e aviões-tanque — estão alinhados para oferecer suporte logístico e proteção a aliados.


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Burgos

Um é bom, com dois já na aérea a coisa ficou séria, três é sinal que não estão pra brincadeira 👀🤔😞
E segue a escalada da violência na região 😰

Joanderson

Imagina o impacto de um porta aviões desse sendo afunda pelo Irã.

Wagner Figueiredo

Aí seria o fim da guarda revolucionária do Iran, juntamente com todos seus líderes… resumindo.. guerra total!!!

Marcos R

Além de ser difícil de passar a barragem de defesa aérea que protege esses ativos, dificilmente um único míssil não nuclear conseguiria afundar um porta aviões, pode tirar de combate, mas para afundar seriam necessários vários impactos de armamento convencional.

Last edited 1 hora atrás by Marcos R