Itália renova suporte logístico das fragatas FREMM com contrato de €764 milhões

Roma, 24 de junho de 2025 – A Orizzonte Sistemi Navali (OSN), joint venture entre Fincantieri (51%) e Leonardo (49%), assinou com a Organização para Cooperação Conjunta em Armamento (OCCAR) o contrato “Through Life Sustainment Management 2” (TLSM2), garantindo o suporte em serviço para todas as fragatas FREMM entregues à Marinha Italiana.
O acordo marca uma nova fase na cooperação estratégica entre as empresas e as Forças Armadas italianas, estendendo o compromisso de manutenção e modernização por mais cinco anos e meio.
O contrato foi firmado em Taranto por Giovanni Sorrentino, CEO da OSN, e Joachim Sucker, diretor da OCCAR, e está avaliado em cerca de €764 milhões, dos quais €335 milhões são opcionais. Paralelamente, subcontratos foram encaminhados para Fincantieri (€265 milhões, com €130 milhões em opções) e Leonardo (€190 milhões, com €78 milhões em opções), além de outras empresas do setor como MBDA, Elettronica e TMDS.
O TLSM2 busca aumentar a prontidão operacional da frota FREMM, otimizando os sistemas de apoio logístico, manutenção preventiva e gestão de materiais. A iniciativa reforça o uso de plataformas digitais da Marinha e promove a integração entre a indústria e os sistemas operacionais militares, incluindo pessoal técnico nos processos da força naval. Grandes manutenções serão programadas durante períodos de inatividade planejada das unidades, garantindo mínima interrupção nas operações navais.

Pierroberto Folgiero, CEO da Fincantieri, destacou que o suporte pós-venda se tornou tão estratégico quanto a construção naval. “Essa colaboração estruturada e contínua com a Marinha Italiana é um dos pilares da excelência industrial do país”, afirmou. Leonardo, por sua vez, ressaltou o papel da inovação e das soluções integradas de alta tecnologia no apoio contínuo às operações da frota.
O CEO da OSN, Giovanni Sorrentino, classificou o TLSM2 como um marco fundamental na sustentabilidade operacional e na eficiência logística da Marinha Italiana. “É o reflexo de uma visão comum entre Forças Armadas e indústria, baseada em inovação e continuidade estratégica para a Defesa nacional”, concluiu.
O contrato com a Fincantieri constitui uma transação entre partes relacionadas de maior relevância, enquanto o acordo com a Leonardo é classificado como de menor relevância — ambos em conformidade com as normas legais e regulatórias em vigor.
A assinatura do TLSM2 reafirma o compromisso da indústria naval italiana em garantir a eficácia de longo prazo das plataformas FREMM, consideradas referência tecnológica na OTAN e peça central da capacidade de projeção marítima da Itália.
FONTE: Fincantieri
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“suporte logístico das fragatas FREMM com contrato de €764 milhões”Pensando neste valor, ou nós damos sequencia no projeto Tamandaré ou jamais teremos algo similar as FREMM. Não temos como bancar essa despesa com material importado.
Não teremos algo similar a FREMM.
Se conseguirmos +4 FCT’s, pode dar tiro pro alto e comemorar.
FREMM na MB? Nem em sonho…
Exatamente isso, infelizmente.
Espero que o governo federal, independente desse mandatário ou outro a partir de 26, autorize mais um lote das Tamandaré.
Meia dúzia de FREMM faria mais sentido na MB do que um único submarino nuclear.
764 milhões de Euros pra manter as 10 ( se não me engano ) FREMM que a Italia opera atualmente.
Embora não tenham dito quantos anos esse contrato cobre, pra manter esses 10 navios operando e com sua manutenção em dia, é aceitável.
Mas agora pensem se a MB tivesse FREMM, como uma galera defendia a algum tempo…imagine esse valor, convertido em Real…
Acham que a MB teria grana pra manter um navio desses?
Deveria ter, se as FFAA tivessem boa gestão de seus recursos e se o Governo entendesse que a area de Defesa é estrategica. O Brasil é mais ou tão rico quanto a Italia
“O Brasil é mais ou tão rico quanto a Italia”
Uma pena que a MB não chegue nem perto de sua uma Marinha Italiana…
78% do orçamento das forças armadas é com folha de pagamento.
Não se tem FREMM, segundo lote de caça ou MBT com 78% da sua folha destinada a pagamento de soldo.
Isso é em todo serviço público. TODO.
“Embora não tenham dito quantos anos esse contrato cobre…”
Disseram, sim. São 5 anos e meio.
“O acordo marca uma nova fase na cooperação estratégica entre as empresas e as Forças Armadas italianas, estendendo o compromisso de manutenção e modernização por mais cinco anos e meio.’
Assim, se usarem todas as opções do contrato, chegando aos 764 milhões de euros, em uma conta de padaria seriam 13,89 milhões de euros por ano para cada navio. Ao câmbio de hoje, seriam R$ 88.837.523,10 por navio/ano.
E a turma aqui querendo submarino nuclear.
É porque nunca olham os custos de manutenção e operação.
Ou porque acreditam que “Deus proverá”.
Falo isso sempre.
Submarino nuclear é um devaneio maior que a história de duas frotas na MB.
Já fazem mais de 15 anos que eu digo isso de SSN brasileiro, mas… A MB já cortou expediente na sexta porque não tinha dinheiro para comprar comida para o Pessoal mas querem projetar, construir, manter e operar SSN, sendo que até mesmo os 5 IKL U-209 que temos já ficaram parados no cais porque não havia dinheiro nem para pagar um flanelinha para dar uma “olhadinha” neles.
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Agora imagine um monstro de 6.000T com um reator nuclear carregado na bunda, apodrecendo enquanto flutua no cais, sem que hajam recursos sequer para apertar seus parafusos…