O quarto Type 075 para a PLA Navy

A Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLA Navy) está conduzindo uma das maiores expansões navais de sua história em 2025, com a expectativa de incorporar cerca de 200 mil toneladas em novos meios de combate, incluindo destróieres, fragatas, submarinos e até mesmo um novo porta-aviões.

Entre os destaques, está o esperada comissionamento do porta-aviões Fujian CV-18, que completou nove testes no mar e deve entrar oficialmente em serviço ainda este ano, possivelmente em datas politicamente simbólicas como o Dia da Vitória (3 de setembro) ou o Dia Nacional da China (1º de outubro).

Porta-aviões Fujian CV-18

Dois novos destróieres Type 052D — o Suzhou (DDG-158) e o Weinan (DDG-166) — já foram comissionados na primavera e rapidamente enviados para missões no Pacífico Ocidental e Mar do Sul da China. Outro navio da mesma classe, o Dazhou (DDG-135), também entrou em operação recentemente e iniciou treinamentos em alto-mar, o que evidencia o alto grau de maturidade do projeto.

Weinan (DDG-166), Type 052D

Além disso, há expectativa para o comissionamento de dois destróieres Type 055 Renhai: o Dongguan (DDG-109) e o Anqing (DDG-110). Ambos estão em fase final de testes no mar e devem entrar em serviço até o fim do ano, consolidando a presença chinesa com navios de grande tonelagem e poder de fogo.

Dongguan (DDG-109)

No campo submarino, imagens de satélite recentes indicam a possível entrada em operação de dois submarinos nucleares de ataque da classe 093B, um em cada comando de teatro (Norte e Sul). Análises mostram a presença de cascos com tecnologia pumpjet nas bases navais de Qingdao e Sanya, sugerindo que a China agora opera múltiplas unidades desse modelo, com expectativa de alcançar até oito submarinos 093B entre 2025 e 2028.

SSGN Type 093B

Outra embarcação de grande destaque é o quarto navio de assalto anfíbio Type 075, que foi visto com seu indicativo visual pintado em maio — indicando que seu comissionamento também é iminente. Com deslocamento de 36 mil toneladas, esses navios têm capacidade de transportar tropas, helicópteros e veículos blindados.

Além disso, outros dois destróieres Tipo 052D e quatro fragatas Tipo 054A estão em fase de testes no mar, com entrada em operação prevista ainda em 2025.

Somando-se todos esses meios, a PLAN deve comissionar em 2025 aproximadamente:

  • 1 porta-aviões (Fujian) – 80.000 toneladas
  • 1 navio de assalto Type 075 – 36.000 toneladas
  • 2 destróieres Type 055 – 24.000 toneladas
  • 4 destróieres Type 052D – 30.000 toneladas
  • 4 fragatas Type 054A – 16.400 toneladas
  • 2 submarinos 093B – 14.000 toneladas

Apenas neste ano, a Marinha Chinesa terá incorporado uma força equivalente à totalidade da frota de superfície da Marinha Francesa, ou dois terços das marinhas do Reino Unido ou da Índia, ou ainda metade da frota da Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF) — um indicativo do rápido crescimento e ambição naval da China no cenário global.

FONTE: @someplaosint


Apoie a Trilogia Forças de Defesa!

Há mais de 20 anos, os sites Poder Naval, Poder Aéreo e Forças Terrestres proporcionam jornalismo especializado, acessível e independente sobre Indústria de Defesa, Tecnologia, História Militar e Geopolítica, com curadoria de notícias, análises e coberturas especiais. Se você é nosso leitor assíduo, apoie os editores e colaboradores a continuarem a produzir conteúdo de qualidade, com total autonomia editorial.

Ou envie pelo WISE


Wise
Subscribe
Notify of
guest

7 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Adriano RA

Bem que o Brasil poderia comprar uns dois Type 052D para a MB.

Emmanuel

Eu SÓ queria para a MB o que será lançado pela marinha chinesa em 2025.
O Brasil teria uma marinha de ponta para os próximos 35 anos.

João Vitor

De acordo com o texto eles vão incorporar o equivalente a Marinha da França em um mísero ano….. misericórdia….

Oliveira

Os Estados Unidos nem isso estão conseguindo.

adriano Madureira

pena o Brasil não ter coragem deiniciar uma cooperação militar com os chinese e usa como desculpa a tal da doutrina para não adquirir meios chineses…

André Macedo

Seria interessante uma comparação da doutrina de guerra naval do Ocidente X China, já que pelo que parece a China também quer seguir a abordagem de forças tarefa centradas num porta aviões, mas por enquanto num âmbito mais regional.

Machado

06 Fragatas Type 054A e já seríamos uma Marinha de Guerra decente. 06 Corvetas anti submarinas e 06 Submarinos nucleares de ataque. Uma Marinha de Guerra enxuta e dissuassoria.