O porto de Kaohsiung, em Taiwan, cortou a transmissão ao vivo na quinta-feira (26) quando o primeiro submarino autóctone do país, o Hai Kun (Narval) iniciou seu segundo dia de testes de aceitação no mar. O submarino segue firme rumo à sua incorporação à Marinha planejada para novembro, apesar de um atraso de cerca de dois meses em relação ao cronograma original.

A transmissão via câmera em tempo real, instalada no Parque Cultural Hongmaogang pelo Departamento de Assuntos Culturais de Kaohsiung, parou às 5 da manhã a pedido da construtora CSBC Corp., responsável pela construção do embarcação. A expectativa é que as imagens fossem retomadas às 17h, após o encerramento dos testes de superfície, o que acabou acontecendo por volta das 14h30 .

Na estreia dos testes em 17 de junho, o YouTube do projeto saltou de cerca de 300 para 460 assinantes, enquanto o submarino navegava e executava operações dentro do porto. Segundo a Marinha, a bateria de testes de aceitação no mar inclui ensaios acima d’água e mergulhos a 50 m e 200 m de profundidade, conforme programado.

O Chefe do Estado‑Maior da Marinha, almirante‑vice Chiu Chun‑jung, reiterou que os testes devem ser concluídos até 30 de setembro. Após isso, o submarino será entregue conforme o contrato em novembro — data mantida apesar dos atrasos enfrentados até o momento.

VÍDEO: Submarino Hai Kun (SS-711)

Os ensaios fazem parte de uma série de três ou quatro viagens de superfície que testarão estabilidade, sistemas de comunicação, sonar e armamentos, seguidas por mergulhos a diferentes profundidades. A Marinha afirmou que outras seis unidades do tipo podem ser encomendadas dependendo dos resultados dessas avaliações.

O programa do Hai Kun é considerado estratégico para fortalecer a dissuasão naval de Taiwan frente às frequentes incursões da China. Esta embarcação representa um passo fundamental na autonomia industrial e capacidade de defesa de Taiwan.

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Alfredo Araujo

A exemplo do que acabou de acontecer no Irã… Quando a China quiser, algumas dezenas de infiltrados, incapacitam esses submarinos nas suas bases mesmo…
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Eu, na minha ignorância de forista, se fosse um Think Tank de defesa de Taiwan, estaria mais interessado em “dispersar” meus recursos em pequenos, porém numerosos, meios navais…. Feito os drones navais ucranianos… ou algo mais específico para o TO local.
.
Um submarino desses, de algumas centenas de milhões de dólares, já vai estar incapacitado… antes mesmo do primeiro fuzileiro chinês embarcar em seu blindado anfíbio.

Luiz

Taiwan é da China

Alfredo Araujo

E as Falklands são da Argentina… E o Acre é da Bolívia… E o Essequibo é da Venezuela…
rsrs