A 3ª Força-Tarefa Multidomínio (3MDTF) realiza o primeiro exercício de tiro real de médio alcance fora dos Estados Unidos continentais, afundando com sucesso um alvo marítimo com um míssil Standard-6 durante o Exercício Talisman Sabre 25 em 16 de julho de 2025. (Crédito: Exército dos EUA)

O Exército dos Estados Unidos realizou com sucesso o primeiro disparo internacional do sistema Typhon, afundando um alvo marítimo com um míssil SM-6 durante o exercício Talisman Sabre 25, realizado em parceria com as Forças Armadas australianas. O lançamento ocorreu em 16 de julho e marcou um passo decisivo na capacidade de ataque marítimo baseado em terra da força terrestre americana.

A operação foi conduzida pelo 3rd Multi-Domain Task Force (MDTF), que deslocou o sistema Mid-Range Capability (MRC) — também conhecido como Typhon — para território australiano. O sucesso do disparo demonstrou não apenas a eficácia do armamento, mas também a interoperabilidade entre as forças americanas e australianas no comando e controle de missões conjuntas.

“A execução do disparo de um SM-6 contra um alvo no mar representa mais um avanço significativo na nossa capacidade de empregar sistemas avançados de ataque marítimo a partir de plataformas terrestres”, afirmou o coronel Wade Germann, comandante do 3º MDTF.

A ação foi a primeira vez que um sistema Typhon foi lançado a oeste da Linha Internacional de Data, um marco operacional que confirma a maturidade do conceito de ataque de precisão de longo alcance baseado em terra.

A simulação serviu também como teste de integração entre os sistemas de comando e controle norte-americanos e australianos, especialmente com a 10ª Brigada do Exército Australiano. O trabalho conjunto foi realizado por meio da Land Effects Coordination Cell, destacando a coordenação multinacional na execução de efeitos multidomínio.

“Este exercício validou nossa interoperabilidade com nossos parceiros australianos e prepara o terreno para o desenvolvimento e a implantação de capacidades multidomínio credíveis e prontas para o combate”, concluiu Germann.

A demonstração do sistema Typhon integra os esforços do Exército dos EUA para expandir suas capacidades estratégicas de dissuasão, reforçando sua presença na região do Indo-Pacífico e aumentando a prontidão frente a cenários de conflito de alta intensidade.

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Bosco

A inauguração do emprego de mísseis antinavios por parte do USA.
O USA conta com os mísseis SM-6 e Tomahawk Block V , e a partir de 2027 contará com o PrSM Block II.
* O USMC conta com o NSM

Bosco

Os americanos muito raramente divulgam o desempenho de seus mísseis. Desse SM-6 é dito ter alcance na função sup-ar de 240 a 450 km. Em aumentando em pelo menos 50% o alcance na função sup-sup e temos algo próximo de 360 a 700 km no alcance contra alvos na superfície. O fato do sistema Typhon ser denominado de “MRC” (capacidade de médio alcance) sugere que os mísseis envolvido têm alcance acima de 1000 km. Seja qual for o alcance o SM-6 é hoje um dos mísseis mais letais e flexíveis nas mãos dos americanos, podendo ser utilizado no modo sup-ar,… Read more »

Carlos Campos

Já disse e repito, o SM6 é o melhor Míssil do Mundo, anti navio e aéreo de diversas ameaças, vai que criam um com GPS aí vai ser mais apelão ainda

Bosco

Carlos,
Mas ele já opera com GPS contra alvos fixos.
Se receber atualização de meio curso pode ser utilizado contra alvos relocáveis.
Há suspeitas que seu seeker radar pode discriminar alvos móveis em terra e até operar de modo passivo “escutando” as bandas X e C

Carlos Campos

Eita meu Deus, dependendo da atualização ele vira até um antirradiação kkkk só vai faltar sair voando da fábrica e entrar no casulo de lançamento kkkkkkkk Obrigado Bosco

Bosco

Pois é, Carlos.
O seeker do SM-6 é derivado do seeker do AIM-120 que sabidamente pode operar no modo passivo HOJ.
Também sabidamente o SM-6 pode operar no modo semi-ativo utilizando radares iluminadores que operam na banda X.
Então , no modo sup-sup ele poderia utilizar seu seeker para mirar no mínimo os radares emitindo na banda X e mesmo que desliguem ele utilizaria o GPS ou mesmo o radar no modo ativo para descriminar o alvo.

Sergio

Admiro a evolução chinesa, mesmo sabendo que trata-se de ditadura feroz aliada e principal incentivadora da desgraça atual do Brasil.

Mas o salto tecnológico e militar merece e muito, respeito!

Ressalva necessária para deixar claro a minha, maior ainda, admiração pelos Estados Unidos da América.

São terríveis, no melhor sentido do termo, e exceção de atoleiros como no vietna só podem ser vencidos pelos quinta colunas lá dentro.

Que são muitos.