Indonésia oficializa contrato para produção local de dois submarinos Scorpène Evolved

Jacarta, 23 de julho de 2025 — Entrou oficialmente em vigor nesta terça-feira (23) o contrato entre a Indonésia e o Naval Group para a construção de dois submarinos Scorpène® Evolved, modelo avançado de propulsão diesel-elétrica. Os submarinos serão inteiramente produzidos no estaleiro PT PAL, em Surabaya, com transferência de tecnologia e assistência técnica da França.
O acordo, celebrado entre o Ministério da Defesa da Indonésia, o Naval Group e o estaleiro estatal PT PAL, marca um novo patamar na cooperação estratégica entre Jacarta e Paris. Os submarinos serão construídos, comissionados e operados por mão de obra e técnicos indonésios, reforçando a soberania naval do país e gerando milhares de empregos altamente qualificados.
Antes mesmo da entrada oficial em vigor do contrato, o consórcio franco-indonésio já havia iniciado atividades preliminares, como o desenvolvimento de projetos, aquisição de componentes de longo prazo e o planejamento da linha de produção. Nos próximos meses, soldadores da PT PAL farão treinamento na França, enquanto cerca de 50 especialistas franceses permanecerão na Indonésia para capacitar mais de 400 engenheiros locais.
“Este contrato representa um marco na aliança estratégica entre Indonésia e França. Com nossa parceira PT PAL, vamos apoiar a ambição da Indonésia de desenvolver uma indústria naval moderna, soberana e resiliente”, afirmou Pierre Eric Pommellet, presidente e CEO do Naval Group.
Como parte do compromisso de longo prazo, o Naval Group firmou diversos memorandos de entendimento com a indústria de defesa da Indonésia, incluindo acordos com a Agência Nacional de Pesquisa e Inovação (BRIN), com foco em programas conjuntos de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias navais.
A criação da subsidiária PT Naval Group Nusantara em 1º de julho de 2025 solidifica ainda mais o envolvimento francês no setor naval indonésio. Para Dr. Kaharuddin Djenod, presidente da PT PAL, o projeto “reflete a confiança do governo indonésio na capacidade técnica nacional e no caminho para dominar integralmente a tecnologia de submarinos no futuro”.
O Scorpène® Evolved é uma versão aprimorada do submarino Scorpène, já em operação em países como Brasil, Índia e Chile. Com grande capacidade de furtividade, autonomia e integração de armamentos modernos, ele é projetado para missões de vigilância, ataque e dissuasão.
Com esse contrato, a Indonésia avança no fortalecimento de sua indústria de defesa e no objetivo estratégico de consolidar sua capacidade de projetar poder naval de forma independente.
Eu fico pensando no que vai acontecer com Itaguaí depois que o último Scorpene for entregue. Simplesmente vão perder toda a mão de obra especializada fechar toda aquela estrutura gigantesca?
Não será a primeira vez que isso acontece. Daqui trinta anos eles repetem esse ciclo de transferência de tecnologia.
o sub nuclear vai ser construido em itaguai
Sim
Ele deslocará 6 mil ton, praticamente o triplo de cada Scorpene. Além disso, Itaguaí é onde tem sido feita a manutenção dos Scorpenes.
“Simplesmente vão perder toda a mão de obra especializada fechar toda aquela estrutura gigantesca?”
Quem acompanha a história da MB ( de todas as FA’s, mas vamos nos ater a MB no momento ) sabe que essa não seria, nem de longe, a primeira vez que isso acontece.
Lembram das IKL’s e Niteróis?
Isso sempre foi sabido, em especial por aqueles que promoveram o projeto.
No Brasil impera a frase keynesiana: “no longo prazo, estaremos todos mortos”, mas como no bananal não existe longo substituem por médio prazo mesmo.
“Inês é morta” com inimputabilidade criminal e política é o azeite que faz as engrenagens girarem no país.
Quem lá atrás criticou o óbvio era “do contra”.. não precisa bater de cara no poste pra antever o curso do acidente
Tem gente chorando até o hoje o CATOBAR…
Itaguaí é um estaleiro de construção e também de manutenção dos Scorpenes da MB. Além disso, é lá que será construído o SBN de 6 mil ton, que é equivalente (a grosso modo) a construção de 3 Scorpenes.
baterias de litio são perigosas, com certeza o sistema de segurança é caro e complexo
O maior desafio das baterias de lítio será a sua homologação. As baterias de chumbo ácido ácido são bastante conhecidas e também servem de lastro para equilíbrio dos submarinos, mas acredito que é inevitável migrar para as baterias de lítio para submarinos
“The end of AIP systems has been announced by both, navies and major conventional submarine shipyards”.
Segundo o informado, era do AIP foi curta e já ficou para trás. Acredito que ainda haja serventia para o AIP em mares fechados e países com pequenas faixas de litoral. Mas, no geral, realmente nunca atendeu ao Brasil, que tem litoral vasto. E o sistema é caro de adquirir e caro e trabalhoso para manter.