Boeing realiza com sucesso primeiro lançamento de teste do míssil Harpoon modernizado

Estados Unidos avançam na modernização de um dos mísseis antinavio mais utilizados do mundo, com entregas previstas para 2026
A Boeing concluiu com êxito o primeiro voo de teste de desenvolvimento do Harpoon Block II Update (HIIU), a versão redesenhada de seu consagrado míssil de cruzeiro Harpoon. O teste marca uma etapa crítica rumo à produção do sistema atualizado, ampliando a vida útil e a relevância operacional da arma que há mais de 50 anos é usada pelas forças armadas de diversos países.
O ensaio foi conduzido com um caça F-15SA a partir da Naval Air Weapons Station China Lake, na Califórnia. Após o lançamento sobre a região marítima de Point Mugu Sea Range, o míssil atingiu todos os objetivos planejados, demonstrando desempenho satisfatório nos sistemas de propulsão, guiagem, navegação e controle, além de apresentar excelente performance aerodinâmica.
Segundo Brian Schottel, gerente do programa HIIU, o sucesso do voo “é uma conquista significativa para nosso programa e para nossos parceiros da Marinha dos EUA, cuja colaboração tem sido essencial para renovar essa capacidade estratégica”.
O míssil Harpoon, que pode ser lançado por aviões, navios de superfície, submarinos e sistemas terrestres, é utilizado atualmente pela Marinha dos EUA e por mais de 30 nações em missões de combate naval e de ataque terrestre. A nova versão HIIU foi concebida para substituir componentes obsoletos e garantir a continuidade da produção diante da crescente demanda global por capacidades antinavio modernas.
O engenheiro de testes Joe Gentile, da equipe do F-15, destacou a importância do trabalho conjunto entre equipes da Boeing, da Marinha dos EUA e das divisões de mísseis e testes da empresa: “Esse teste foi particularmente significativo porque conseguimos cumprir uma missão comum que fortalece a segurança dos Estados Unidos e de seus aliados”.
Com a fase de testes concluída, a Boeing inicia agora a produção da nova versão do Harpoon, com as primeiras entregas previstas para 2026. O HIIU promete manter a relevância estratégica do míssil nas operações navais contemporâneas, especialmente em um cenário global marcado pela crescente tensão no Indo-Pacífico e em outras regiões de interesse marítimo.
Apesar de já ter havido uma versão com alcance de 280 km , que era mais longa e mais pesada , o problema da versão tradicional é o alcance reduzido que não passa de 150 km e isso se deve à relação massa total x massa da ogiva. O normal para um míssil de cruzeiro é algo em torno da massa total ser pelo menos 3 vezes a massa da ogiva mas no caso do Harpoon é de pouco mais de 2,5 vezes (550 kg x 227 kg). Há uma versão do Harpoon ainda não adquirida (que eu saiba) por… Read more »
Bosco, aqueles mísseis adaptados do sistema de defesa ar-ar não seriam um substituto correto?
Perfil de aproximação e ogivas muito diferentes?
Carcara,
A USN emprega o SM-2 Block IIIC e o SM-6 que são primariamente para função sup-ar como funça secundária antinavio.
Velocidade supersônico acima de Mach 3, ogiva de 67 kg, perfil de voo semibalístico e alcances contra alvos na superfície estimados em 250 e 500 km respectivamente.
Além disso a USN tem os Harpoons tradicionais, o NSM e o Tomahawk Block V MST . Todos antinavios lançados por navios.
Não acredito que a USN adquira esse Harpoon modernizado.
Essa parece ser uma iniciativa particular da Boeing.
Boscão, dá uma olhada no link…
https://www.navalnews.com/naval-news/2025/07/u-s-navy-to-modernize-harpoon-missiles-with-new-seekers/
Valeu , Dalton.
Tem um erro no artigo que é a referencia ao SM-6 Block IB.
Na verdade ele quis se referir ao SM-6 Block IA.
Após as últimas hostilidades americanas, a FAB deveria logo encomendar o MANAER (MANSUP lançado do ar) à SIATT.
Pagar $$ pelo desenvolvimento dessa versão e no final adquirir 10 unidades.
A resposta da FAB : É inviável economicamente.
Existe um mercado para o MANAER, assim como tem para o MANSUP normal.