HII reporta receita de US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre de 2025 e acumula recorde de US$ 56,9 bilhões em encomendas

Uma foto recente dos destróieres da classe Arleigh Burke Flight III Jeremiah Denton (DDG 129), George M. Neal (DDG 131) e Sam Nunn (DDG 133) em vários estágios de construção na divisão de construção naval Ingalls da HII em Pascagoula, Mississippi
A gigante americana de defesa HII (Huntington Ingalls Industries) divulgou nesta quinta-feira seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, destacando uma receita de US$ 3,1 bilhões, aumento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa também anunciou US$ 11,9 bilhões em novos contratos, elevando sua carteira de encomendas a um recorde histórico de US$ 56,9 bilhões.
O lucro líquido do trimestre foi de US$ 152 milhões, com um lucro diluído por ação de US$ 3,86, ligeiramente inferior aos US$ 173 milhões e US$ 4,38 registrados no segundo trimestre de 2024. Apesar da leve queda na rentabilidade, o fluxo de caixa livre disparou, atingindo US$ 730 milhões, revertendo o fluxo negativo de US$ 99 milhões no mesmo período do ano anterior.
“Estamos satisfeitos com os sinais iniciais de estabilização em nossa força de trabalho e cadeia de suprimentos”, afirmou Chris Kastner, presidente e CEO da HII. “Nossos investimentos estratégicos estão começando a render frutos e reforçam nosso compromisso com a base industrial naval dos EUA.”
Destaques por segmento
- Newport News Shipbuilding, responsável por submarinos nucleares e porta-aviões da Marinha dos EUA, teve receita de US$ 1,6 bilhão (+4,4%), impulsionada pelos programas dos submarinos das classes Columbia e Virginia. No entanto, a margem operacional caiu de 7,2% para 5,1% devido a menores incentivos contratuais e ajustes desfavoráveis em programas de porta-aviões.
- Ingalls Shipbuilding, especializado em destróieres e navios anfíbios, registrou receita de US$ 724 milhões (+1,7%), com destaque para o destróier Jeremiah Denton (DDG 129). A margem caiu levemente para 7,5%.
- Mission Technologies, divisão voltada para sistemas não tripulados, cibersegurança e IA, teve receita de US$ 791 milhões (+3,4%). A margem EBITDA foi de 8,1%, com marcos como a entrega dos veículos submersíveis REMUS 300 à Hitachi e o lançamento bem-sucedido do UUV Yellow Moray a partir do submarino USS Delaware.
Parceria estratégica com C3 AI
A HII também anunciou uma parceria estratégica com a C3 AI para acelerar a digitalização e uso de inteligência artificial nos processos de construção naval, buscando ganhos de eficiência e redução de prazos na entrega de navios para a Marinha dos EUA.
Previsão para 2025
A empresa reafirmou sua previsão de receita para o ano fiscal de 2025:
- Receita de construção naval: entre US$ 8,9 bilhões e US$ 9,1 bilhões
- Receita da divisão Mission Technologies: entre US$ 2,9 bilhões e US$ 3,1 bilhões
- Fluxo de caixa livre: entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões
Com mais de 44 mil funcionários e mais de 135 anos de história, a HII segue como a maior construtora naval militar dos Estados Unidos e um dos pilares da base industrial de defesa do país.■
Vai manter seu domínio pelo mundo por muitos anos ainda,
Com a velocidade e quantidade atual, muitos anos é exagero.
Você sabe que a Marinha Chinesa, já é maior que a Marinha dos EUA desde 2018 né?
em quantidade de navios ,não em tonelagem, china têm muita corveta e Fragatas leves,EUA destróies….
É uma sinuca de bico: automatização pra aumentar produção resulta em desemprego e perda de expertise a legar. Igualmente, a luta social dos sindicatos recrudesce e ameaça a estabilidade do output manufatureiro, que não deixa de fornecer os almejados lucros e dividendos mesmo operando de modo material disfuncional e improdutivo (é que o circuito de valorização do capital, no acme da abstração monetária, não passa mais apenas pela produção material…). A globalização, na sua expansão de gigante vermelha em fase terminal, foi vantajosa pros negócios mas fragilizou todo o fundamento industrial produtivo. Resta saber se vai contrair sob o próprio… Read more »
Adorei a analogia cosmológica … 😏 Na esteira dela, essa singularidade poderá ser o “Buraco Branco” de um novo mundo …