Austal USA recebe contrato de US$ 273 milhões para construção do segundo navio patrulha offshore da classe Heritage

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A Austal USA, subsidiária americana da construtora naval australiana Austal, anunciou que recebeu uma nova opção contratual da Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG) para a construção do segundo navio patrulha offshore da Fase 2 da classe Heritage (Offshore Patrol Cutter – OPC) e para a aquisição de materiais de longo prazo visando a construção de um terceiro navio da série.

O valor do contrato é de US$ 273 milhões, como parte de um acordo mais amplo que contempla até 11 navios, com valor total potencial estimado em US$ 3,3 bilhões.

“A ativação desta opção é um forte sinal da parceria bem-sucedida entre a Guarda Costeira e nossa equipe de construção naval no programa OPC,” declarou Michelle Kruger, presidente da Austal USA. “É um passo fundamental rumo à produção em série e à entrega dessa capacidade crítica para a missão da Guarda Costeira.”

Avanço na produção e expansão da infraestrutura

A Austal USA iniciou a construção de seu primeiro navio da classe, o USCGC Pickering, no verão passado. Todos os módulos em aço do Pickering já estão em produção na linha de montagem dedicada à construção em aço na unidade de Mobile, Alabama. A construção do segundo navio começará ainda nesta semana.

Paralelamente, a empresa está investindo US$ 750 milhões em expansão de instalações, com o objetivo de ampliar sua capacidade para fabricação de embarcações de superfície e submarinos. O programa OPC se junta a outros projetos da Marinha dos EUA já em produção seriada na Austal USA, como os rebocadores e navios de salvamento da classe T-ATS e os veículos de desembarque da classe LCU.

Características e missão da classe Heritage

Com 110 metros de comprimento (360 pés), os navios da classe Heritage estão sendo projetados para realizar a maior parte da presença offshore da Guarda Costeira, assumindo missões como interdição de drogas e migrantes, operações de busca e salvamento e aplicação da lei marítima.

Cada OPC terá alcance de até 10.200 milhas náuticas a 14 nós de velocidade, com autonomia operacional de até 60 dias, podendo ser implantado de forma independente ou como parte de grupos-tarefa. Os navios também serão usados como plataformas móveis de comando e controle durante operações de resposta a furacões, crises migratórias e outras emergências navais.

Além disso, os cutters da classe Heritage terão papel estratégico no apoio às missões da Guarda Costeira no Ártico, contribuindo para a regulamentação e proteção de atividades comerciais e de exploração energética na região do Alasca.■


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Carlos

Só esperando os emocionados chegarem para dizer que a MB deveria ter um punhado desses… kkkkkk…

Essa galera quer que compremos tudo!

Santamariense

A MB não tem bala na agulha para um navio desses. Um patrulha offshore 3 metros mais longo e com um deslocamento 700 toneladas maior do que as Tamandaré.

Dalton

Provavelmente mais que 700 toneladas de diferença pois segundo informações mais recentes o deslocamento quando totalmente carregada atingira cerca de 4.500 toneladas contra cerca de 4.000 de informações anteriores, mesmo assim será classificada como “média” apesar da pouca diferença entre essa classe e a “Legend”
que por outro lado é mais veloz, maior alcance, etc, classificada como “grande”

Santamariense

Pois e Dalton…fiz a conta considerando 4500 Ton da classe Heritage e 3800 Ton da classe Tamandaré.

Dalton

É que a máxima tonelagem de uma “Tamandaré” divulgada foi de 3.500 toneladas – 3.800 para uma Niterói – daí ter escrito que a diferença
possa ser mais que 700 toneladas.

Last edited 20 dias atrás by daltonl
Santamariense

Ah, desculpe…fiz os comentários de cabeça…tinha na memória as 3800 Ton para as Tamandaré.

Bardini

A Marinha do Brasil possui recursos para operar um Navio Patrulha com essas dimensões e deslocamento. Tamanho e tonelagem não são os principais fatores determinantes de custo operacional, embora muitos tenham forte fixação nesses aspectos ao discutir custos, capacidades e classificações. . Os maiores impactos financeiros ao longo da vida útil de mais de 40 anos de um navio desse porte estão relacionados aos sistemas embarcados, sensores, armamentos e à tripulação. Esses elementos representam um peso muito mais significativo no orçamento do que apenas o porte físico da embarcação. . Além disso, o OPV desta publicação incorpora diversos equipamentos e… Read more »

Last edited 20 dias atrás by Bardini
Santamariense

Acho que tu não entendeu. Eu me refiro à MB não ter capacidade no sentido de que seria um contrassenso, visto que operaria patrulhas maiores do que seus navios de combate principais. Quanto aos sensores e armamento, é mais do que óbvio que não há comparação entre um patrulha, por maior que seja, e uma fragata, mesmo que leve. E também e óbvio que o maior custo na aquisição e manutenção de navios de combate está nos sensores e armas. Isso até os peixes do Atlântico sabem. Na filosofia da MB, em que navio patrulha é só isso, sem sequer… Read more »

Bardini

Eu entendi bem a questão, que se trata da fixação em tamanho e tonelagem.
.
Não seria problema algum ter Navio Patrulha com dimensões e deslocamento, maiores que os futuros navios voltados ao combate. E não é isso que pesa na conta… É o “recheio”.
.
A “Fragatas” Classe Tamandaré são pequenas. Isto sim é um gigantesco desperdício. Um erro. Poderíamos ter um casco maior e com maior capacidade, com exatamente a mesma configuração, que o impacto financeiro seria pequeno. Isso teria agregado uma série de vantagens para os proximos 50 anos de MB.

Last edited 20 dias atrás by Bardini
Nunes-Neto

Vale lembrar que o objetivo inicial da licitação eram Corvetas, bem menores, ou seja se formos analisar friamente , estamos ”no lucro”, se a  Damen  vence, estaríamos com corvetas de 2.500 toneladas.

Bardini

Sim. Do que tinha na mesa, foi o melhor projeto.

Santamariense

Bem, como aqui é espaço de opinião, respeito a tua. Mas, para mim, um patrulha desse tamanho é um enorme desperdício. Para patrulha oceânico os Amazonas estão ótimos, só precisaria de mais unidades deles ou outra classe semelhante. Um navio de 4500 ton novamente tem maior autonomia e permanência em operação. Classe Heritage tem autonomia de 10.200 milhas náuticas/60 dias e os Amazonas 4.000 milhas náuticas/35 dias. Mas, um Amazonas pode sair do RS e ir ao Amapá sem reabastecer. Para patrulha está mais que bom. Os classe Heritage são para patrulhar longe, mas muito longe das suas bases. Não… Read more »

Bardini

Não estou dizendo que tem que ser assim. Estou dizendo que tamanho não é problema. É questão de foco… . Não seria problema ter um Navio Patrulha de grande porte, desde que ele atenda diversas missões. Um meio naval como o da Guarda Costeira da Itália, tem na casa de 5.000t. Poderia servir como navio mãe, para operações de contramedidas de minagem, proteção de cabos submarinos, ser base para um destacamento de fuzileiros, protegendo um porto. Poderia apoiar destacamento de op especiais em missões anfíbias, treinar operadores de helicópteros, drones, ser navio escola e por ai vai, além de ser… Read more »

Henrique A

É como as Type 31 dos britânicos, elas são bem grandes mas não tem muito mais armamento e sensores que as nossas FCT mas por serem grandes podem no futuro serem incrementadas no recheio muito mais que as nossas.

Last edited 19 dias atrás by Henrique A
Bardini

Esse é o ponto. E o custo não é muito distante.

Dalton

Faltou o nome e o indicativo do navio em questão: futuro USCGC Icarus WMSM 920.