DARPA batiza o USX-1 Defiant, primeiro navio de superfície totalmente autônomo da Marinha dos EUA

A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA (DARPA) realizou no dia 11 de agosto a cerimônia de batismo do USX-1 Defiant, o primeiro navio de superfície não tripulado projetado desde o início para nunca acomodar uma tripulação humana. O evento aconteceu no estaleiro Everett Ship Repair, no estado de Washington, marcando um marco histórico para o programa No Manning Required Ship (NOMARS).
Com 55 metros de comprimento e 240 toneladas de deslocamento leve, o Defiant apresenta um casco simplificado para permitir produção e manutenção rápidas em praticamente qualquer estaleiro que atenda embarcações como iates, rebocadores ou barcos de serviço. A embarcação está na fase final de testes de sistemas antes de uma demonstração prolongada no mar, que validará sua confiabilidade e resistência.
Segundo o gerente do programa NOMARS, Greg Avicola, o navio foi concebido para operar de forma contínua em mar aberto, resistindo a condições de mar estado 5 sem perda de desempenho e sobrevivendo a mares mais severos para retomar as operações após tempestades. “Ela não é mais larga do que o necessário para acomodar o maior equipamento e não há corredores ou compartimentos para humanos”, destacou.
O objetivo do NOMARS é romper com a ideia de navios “opcionalmente tripulados”, priorizando a demonstração de que plataformas totalmente autônomas podem ser confiáveis, duráveis e econômicas, ao mesmo tempo em que ampliam a capacidade da indústria naval de defesa.
O diretor da DARPA, Stephen Winchell, afirmou que navios da classe Defiant trarão “plataformas autônomas, distribuídas, de longo alcance, resistentes e de baixo custo, capazes de multiplicar o poder de combate, ampliar as capacidades dos navios tripulados e desbloquear novo potencial industrial marítimo nos EUA”.
Após a demonstração no mar, o Defiant será transferido para o Escritório de Programas de Sistemas Marítimos Não Tripulados da Marinha dos EUA (PMS 406), tornando-se o primeiro Medium Unmanned Surface Vessel (MUSV) exclusivamente autônomo da frota, sem configuração híbrida tripulada.
O Congresso já aprovou US$ 2,1 bilhões no orçamento deste ano para o desenvolvimento, aquisição e integração de embarcações médias de superfície não tripuladas, reforçando o compromisso dos EUA em acelerar a incorporação dessa tecnologia e apoiar futuras parcerias internacionais de defesa.■
EUA estão apostando alto nesses meios automatos.
Outra agência fundamental para as FFAA norte-americanas é a DIU – Defense Innovation Unit, antiga DIUX.
O DIU é uma ótima defesa contra consequências de atos que podem ter sido irresponsáveis.
Entendo que esse é praticamente um protótipo para demonstração de tecnologia, mas poderia ter um desenho mais limpo e mais furtivo, aquela torre ali no meio…
A “torre” é o mastro da embarcação necessário da mesma forma como o é para navios
tripulados, lá estão luzes de navegação, antenas para comunicação entre a embarcação e um navio mãe por exemplo, etc e é bom que estejam “elevados” e da forma como é já é bastante “furtivo”.
Os exemplos que deu são de navios tripulados e no último caso um experimental
diferente de um não tripulado onde se quer custos de aquisição e manutenção baixos e “stealth” é sempre mais caro, porém o nível de discrição já conseguido
com o “Defiant” é bem razoável.
Razão pelo que aquele MQ9 é tão essencial, a latência da tranferência de dados precisa ser baixa para operar um dronezão desses, enquanto aqui só temos 1 satélite de comunicação de origem francesa, nos apoiando o tempo todo, eles ainda tem a StarLink
As coisas estão ficando sem graça!
É um casco bem esbelto. Mas olhando assim, quando colocarem os contêineres de armas sobre o flush deck dá a impressão de que vai ficar top heavy. O casco deve ter um bocado de lastro variável…
O vaso experimental tem 240 toneladas de deslocamento leve e um payload de 60 toneladas, segundo informado. Aqui:

Pelo gráfico dá pra medir o calado leve em ~ 1,5 metros e a boca em ~ 5,5 metros Usando coeficiente de bloco arbitrário (fragata, 0,47), chegamos ao deslocamento leve de ~ 220 toneladas.Usando um coeficiente prismático arbitrário (fragata, 0,62), dá pra supor que cada ~ 20 toneladas de payload aumenta o calado em um decímetro. O payload máximo aumentaria o calado em meros 30 centímetros. Mas o vaso tem pouco freeboard, ~ 1,5 a 2 metros.
E, qual a velocidade máxima desse vaso? Segundo velha fórmula [Vmax < 1,1 a 1,8 (lwl^0,5) ], uns 15 a 25 nós. Pelo gráfico acima, 20 nós. Mas aposto que, pelas proporções do casco, faz mais que 20, a não ser por limitação de potência propulsora instalada. 😁
Qual a finalidade e utilidade prática disso?
Skynet.
Atingir de maneiras letal os inimigos. Pergunte para a marinha russo no fundo do mar… Foi colocada a pique por três caiaques e duas boias de caminhão… Os Russos são patéticos demais
Testar o conceito, se der certo no futuro a Marinha precisará de menos homens no Mar, será menos vidas perdidas na guerra, e mais barato de manter, afinal ele não cobra salário, não come, é só fazer e manter
A gente, por certo, nem vislumbra qual a utilidade. Mas a USNavy já sabe, e tanto que vai deixar de lado os opcionalmente tripulados botes (da ghost fleet, por exemplo) pra ficar só com os não-tripulados botes. Confira aqui:
https://news.usni.org/2025/08/15/navy-moving-away-from-optionally-manned-vessels-as-service-mulls-unmanned-future
E aqui:
https://www.youtube.com/live/Ujof0uvsHNE?si=jou8MJUBIBcPu_wg
Que legal, estamos vendo a história sendo escrita. Segue o jogo, vamos em quanto tempo as cópias de outros países serão apresentadas como as maiores sacadas da história do universo… Segue o jogo
A substituta da USS Defiant foi a USS São Paulo. Será que os americanos fariam isso?
Boa sacada, mas, sem chance ! E aproveitando o “gancho” unidades não tripuladas mesmo a “Defiant” que é considerada de tamanho médio, não portarão o prefixo USS
United States Ship 🙂