ESPECIAL: Poder Naval embarca no NPaOc ‘Araguari’ para comissão ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo

86

O NPaOc Araguari e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo ao fundo - Foto via drone: Suboficial Wallace

Por Simão Pedro Ferreira Gonçalves – Natal-RN (reportagem e fotos)

Em 21 de julho, embarcamos no Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) Araguari (conhecido como “Cão de Guarda da Amazônia Azul”) da Marinha do Brasil na Base Naval em Natal (RN), a fim de participar da Comissão de Ação de Presença e Apoio à Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP).

O navio suspendeu às 13h30 e, como era minha primeira experiência embarcado, não demorou para que os sinais clássicos de marinheiro de primeira viagem aparecessem: muita náusea, tontura e o desconforto típico de quem ainda está se adaptando ao balanço constante do mar. Nos dias seguintes fui me acostumando ao jogo do navio e a situação se normalizou.

Foram três dias e uma noite até chegarmos ao arquipélago de São Pedro e São Paulo. Ver os rochedos pela primeira vez foi impactante — uma mistura de desafio e alívio ao avistar terra firme, mesmo que fosse apenas um conjunto de pequenas ilhas rochosas no meio do Atlântico.

O Arquipélago de São Pedro e São Paulo fica a cerca de mil quilômetros da costa do Rio Grande do Norte. Com área emersa de aproximadamente 17 mil metros quadrados, suas ilhas apresentam baixa altitude e dimensões reduzidas, características que historicamente representaram risco para a navegação. A dificuldade de visualização a olho nu, sobretudo em condições de pouca luz ou mau tempo, foi responsável por diversos naufrágios registrados na região.

Ficamos quatro dias nas proximidades do arquipélago. Como não era possível atracar ou fundear, o transporte de material e pessoal foi feito com o uso das lanchas Pacific 24 do navio, o que exigia organização e precisão em cada movimentação.

O ponto vermelho mostra a localização da Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP)
O Arquipélago de São Pedro e São Paulo fotografado pelo periscópio do submarino nuclear USS Triton da Marinha dos EUA, em 1960
O Arquipélago de São Pedro e São Paulo visto a partir do NPaOc Araguari 
Na lancha: pesquisador, pessoal da Marinha e de manutenção, prontos para o desembarque no arquipélago
Eu junto ao Comandante Carvalho na estação do arquipélago

Localizado no hemisfério norte, em plena região equatorial do Atlântico, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo fica dentro da Zona Econômica Exclusiva do Brasil. Entre suas cinco maiores ilhas está Belmonte, onde foi instalada, em 1988, a primeira Estação Científica do arquipélago.

Desde então, o local mantém presença permanente de militares e pesquisadores, garantindo a ocupação contínua da área e o desenvolvimento de atividades científicas.

À frente das operações há 30 anos estão o professor Dr. Jorge Eduardo Lins, biólogo marinho formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o comandante Carvalho, oficial superior do Ministério da Defesa com ampla experiência em programas de pesquisa em ilhas oceânicas e na Antártica.

Considerado um laboratório natural, o arquipélago é referência em estudos nas áreas de biodiversidade marinha, geologia, oceanografia, climatologia e biotecnologia. A Estação Científica recebe regularmente estudantes e pesquisadores para o desenvolvimento de pesquisas e projetos acadêmicos.

O NPaOc Araguari, subordinado ao Grupamento de Patrulha Naval do Nordeste e sob jurisdição do 3º Distrito Naval, em Natal (RN), desempenha um papel estratégico no apoio técnico-científico à Estação Científica do ASPSP. A operação é coordenada por meio da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.

Simão Pedro no ASPSP

O Araguari realiza missões regulares de transporte de pessoal e materiais essenciais, garantindo a logística necessária para manutenções e atividades de pesquisa no arquipélago. O navio se destaca pela sua capacidade operacional: é ágil, possui grande autonomia, permite o transporte de cargas diversas em seu convés e está preparado para operações aéreas, caso necessário.

Sua tripulação passa por treinamentos constantes, com simulações e exercícios que asseguram alta qualificação para operar em um dos cenários mais desafiadores da Marinha do Brasil. A região remota e inóspita do arquipélago impõe condições severas, como mar agitado e limitações de comunicação, exigindo precisão e preparo contínuo.

As comissões do Araguari são fundamentais para a preservação e funcionamento da Estação Científica, assegurando a continuidade de pesquisas que contribuem diretamente para o conhecimento, monitoramento e proteção dos recursos naturais da região.

Durante esta comissão, foram realizados reparos e substituições em equipamentos essenciais, incluindo a antena de comunicação via satélite, passarelas de acesso e o sistema de esgoto da estação. As melhorias visam manter a estrutura operacional para o desenvolvimento de pesquisas científicas contínuas na região.

Está em andamento um projeto para a construção de uma nova estação científica, com previsão de implantação no próximo ano, o que deve ampliar a capacidade de pesquisa e habitabilidade no arquipélago.

A bordo do Araguari estavam 124 pessoas, entre militares, pesquisadores civis e este repórter do site Poder Naval, acompanhando de perto a operação.

O NPaOc Araguari visto do arquipélago

Depois de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (PE) e Fortaleza (CE)

Terminado o trabalho no ASPSP, partimos para o arquipélago de Fernando de Noronha, localizado a 545 quilômetros do Recife, em Pernambuco. É um dos destinos mais emblemáticos do Brasil, reconhecido mundialmente pela sua biodiversidade marinha e paisagens preservadas. Formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, apenas a ilha principal é habitada e concentra toda a infraestrutura para moradores e visitantes.

Desde 2001, Noronha é Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, reconhecimento que reforça a importância da preservação de seus ecossistemas. O arquipélago também abriga o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, que protege cerca de 70% do território e exige regras rígidas para visitação, incluindo limite de turistas e cobrança de taxas ambientais.

As águas cristalinas que cercam as ilhas são habitat de golfinhos-rotadores, tartarugas marinhas, tubarões e uma grande variedade de peixes tropicais. O arquipélago é considerado um dos melhores pontos de mergulho do planeta, atraindo cientistas e amantes do ecoturismo.

Noronha também carrega um peso histórico: descoberto oficialmente em 1503, foi disputado ao longo dos séculos por portugueses, holandeses, franceses e ingleses, deixando marcas em sua arquitetura militar, como o Forte dos Remédios, ainda preservado.

Depois de Fernando de Noronha, partimos no dia 30 à tarde para Fortaleza (CE) e retornamos à Base Naval de Natal no dia 5 de agosto, encerrando a comissão.

O NPaOc Araguari atracado em Fortaleza (CE)

Por dentro do NPaOc Araguari

Os Navios-Patrulha Oceânicos (NPaOc) da classe Amazonas representam uma das mais modernas ferramentas da Marinha do Brasil para a vigilância e proteção da extensa Amazônia Azul — área marítima de 5,7 milhões de km² sob jurisdição brasileira. Robustos, versáteis e com grande autonomia, eles desempenham papel estratégico no patrulhamento de águas jurisdicionais, apoio a operações de resgate, combate a ilícitos e proteção de recursos naturais.

A classe é composta por três navios: Amazonas (P120), Apa (P121) e Araguari (P122). Construídos originalmente no Reino Unido para a Guarda Costeira de Trinidad e Tobago, os navios foram incorporados pela Marinha do Brasil entre 2012 e 2013, adaptados às necessidades nacionais.

Com 90,5 metros de comprimento, 2.500 toneladas de deslocamento e autonomia para até 35 dias de operação ininterrupta, os NPaOc podem navegar em grandes distâncias sem necessidade de reabastecimento. Sua versatilidade é reforçada por um convoo capaz de operar helicópteros de médio porte, além de embarcações rápidas do tipo Pacific 24, usadas em abordagens e desembarques.

Os navios são equipados com canhão de 30 mm, metralhadoras de 25 mm e 12,7 mm, além de modernos sistemas de comando e controle, que permitem monitorar e coordenar operações em áreas estratégicas. Sua tripulação, composta por cerca de 80 militares, é treinada para atuar em cenários diversos — desde missões de patrulha e interceptação até apoio humanitário e busca e salvamento.

Nos últimos anos, os navios da classe Amazonas participaram de operações relevantes, como o combate à pesca ilegal em águas brasileiras, apoio a missões científicas no Atlântico e presença em exercícios navais multinacionais. A capacidade de atuar em regiões remotas, com autonomia e flexibilidade, coloca a classe entre os principais meios da Marinha voltados para a proteção dos interesses marítimos do Brasil.

Os NPaOc Amazonas, Apa e Araguari representam o esforço permanente do país em garantir soberania sobre seu território marítimo, fundamental para a segurança, a economia e o meio ambiente.

Uma inesquecível experiência a bordo do Araguari

Durante a comissão, acompanhei de perto a rotina a bordo do navio. Observei as baldeações, participei dos exercícios e treinamentos realizados com a tripulação e pude presenciar o funcionamento do passadiço, onde vi as manobras, o governo do navio, os comandos e atracações. Do tijupá, tive uma visão privilegiada da navegação. Também me chamou a atenção a qualidade das refeições servidas a bordo — muito bem preparadas, saborosas, e feitas com evidente cuidado.

O que mais me impressionou no Araguari foi sua capacidade operacional e a disciplina da tripulação. Tudo é feito com ordem, rigor e uma eficiência que transmite confiança. Durante o embarque, aprendi muito — sobre disciplina, trabalho em equipe, adaptação a ambientes extremos e a importância da camaradagem. Além disso, pude ampliar meu conhecimento sobre navegação, cultura marítima e as tradições que mantêm viva a alma do homem do mar.■

AGRADECIMENTOS: CF Anselmo Azevedo da Silva (Comandante), CF Rezende (Imediato), CF Marco Antonio Carvalho de Souza (Comandante do Programa de Pesquisas Científicas no ASPSP), Tripulação do NPaOc Araguari e Pesquisadores, Base Naval de Natal e CF Braga da Comunicação Social do 3º Distrito Naval.


Subscribe
Notify of
guest

86 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Franz A. Neeracher

Parabéns Simão pela excelente matéria!!!

Fiquei até com inveja; gostaria de participar de uma comissão desta.

Uma pergunta:
Em várias fotos do ASPSP nota-se um pequeno barco ao largo…..saberia dizer do que se trata??

Fernando Vieira

Também fiquei curioso sobre aquele barco.

E pra onde manda currículo pra ser repórter do Poder Naval?

Franz A. Neeracher

Contate o administrador do site.

Não esquecer de enviar cv, pretensão salarial, atestado de antecedentes criminais e cartas de referências.

Dalton

No caso de estarmos vendo o mesmo pequeno barco, arrisco que trata-se de barco pesqueiro autorizado a pescar e também levar cientistas e pesquisadores conforme li
tempo atrás em uma revista.

Fernando Vieira

Imaginei que, como é um arquipélago, os cientistas precisam de um meio para se deslocar entre as ilhas até mesmo para coletarem amostras e realizarem suas pesquisas. Talvez esse barco esteja lá para atendê-los.

Franz A. Neeracher

É o que eu também acredito.

Creio que é muito pequeno para levar cientistas e seus equipamentos do continente até o arquipélogo.

Fernando Vieira

Ah, não para o continente, apenas entre as ilhas do arquipélago e nas águas próximas. Para trocar pessoal e levar suprimentos, acredito que só a Marinha tenha os meios para isso.

Franz A. Neeracher

Exatamente, tb é a minha opinião 👍

Simao pedro

Barco de apoio além dos navios da marinha há também barcos de pesca que vão ao arquipélago partindo do porto de natal,RN.

Dalton

Não é exatamente o que li na revista, mas, encontrei algo parecido.
.
“Ao menos três vezes ao ano, embarcações da Marinha saem da Base Naval de Natal (RN) com a missão de verificar o funcionamento da Estação Científica implantada no meio do Atlântico. Já os cientistas se revezam a cada 15 dias, sendo transportados em barcos fretados pela corporação.”

Simao pedro

Exatamente além de da o apoio logístico ao arquipélago e feito também a pesca.

Simao pedro

Está embarcando, servi como barco de apoio ao arquipélago, partindo de Natal ao arquipélago.

Emmanuel

Classe de navio muito mais essencial à MB do que submarino nuclear.

Gabriel BR

Não acho … os ganhos tecnológicos do prosub vão beneficiar enormemente várias gerações de brasileiros. Mas de fato navios de patrulha oceânicos são de suma importância para o Brasil.

fewoz

“Não acho … os ganhos tecnológicos do prosub vão beneficiar enormemente várias gerações de brasileiros.”

Isso se o programa for concluído. E também quando… Não podemos gastar mais 30 o 40 anos nisso. Até lá, a tecnologia desenvolvida poderá estar obsoleta.

Eu também gostaria de ter uma Lamborghini, mas a verdade é que não tenho condições de mantê-la. Sou realista.

Gabriel BR

Estamos num momento em que desistir é uma ideia absurda , gastamos muito dinheiro e trabalho até aqui.

fewoz

Concordo. Neste ponto realmente é melhor continuar.

Cristiano GR

Não sou defensor ferrenho do submarino nuclear, mas pergunto?

Temos foguetes que possam ser transformados em ICBMs?

Temos bombardeiros estratégicos?

Temos B-2?

Temos submarino nuclear?

Para todas as perguntas acima a resposta é NÃO. Mas para a última podemos usar “estamos construindo”.
Não é um SN de ataque, mas dominar a tecnologia e poder colocar um na água assim que quiser investir nisso é importante.

fewoz

É um bom ponto de vista, Cristiano. Mas será que valerá a pena tanto tempo + recursos investidos para ter apenas um sub nuclear?

adriano Madureira

O Brasil não tem pretensões expansionistas,portanto acho que adquirir submarinos convencionais de ataque seriam melhor do que investir em alguns submarinos nucleares que certamente nunca terão mísseis nucleares e muito menos lançadores vericais de mísseis convencionais. O submarino nuclear brasileiro Álvaro Alberto em particular, já recebeu cerca de R$ 22,6 bilhões, O submarino nuclear Álvaro Alberto, parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), tem um  custo significativamente maior do que um submarino convencional.  Estima-se que um submarino nuclear pode custar entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões, enquanto um submarino convencional fica entre US$ 500 milhões e US$ 800… Read more »

Last edited 19 dias atrás by adriano Madureira
GOES

Senhores, parem de chorar o leite derramado! Não há mais volta pelo o que já foi investido e empregado. É ir até o final o resto é mínimo. Se desperdiça tanto dinheiro nesse país,,,pelo amor de Deus

adriano Madureira

Não, não estou chorando e muito menos favorável ao fim do projeto,se já estamos perto do pico,o jeito é continuar mesmo…

Parar seria burrice e dinheiro jogado fora.

fewoz

Assino embaixo. Com o dinheiro total investido no sub nuclear, imagine quantos destes + fragatas + subs convencionais poderíamos ter…

Marcelo

Na teoria você esta certo,mais na pratica você está errado.
Olha a demostração de força ate quando as coisas da errado.
Olha ai:
https://youtu.be/b6GnhhrFIWQ?si=oaJ_WBp4J8KUknnV

MMerlin

O PROSUB foi um programa pensado para um pais e marinha potência. Para a realidade nacional, com orçamento insuficiente para o custo de expansão tecnológica e de meios, não se encaixa. Só não vê e percebe quem não quer. E a MB é uma delas. Investiram bilhões em uma infraestrutura enorme, idealizada para pedidos constantes, e em um projeto de uma versão nuclear que sim, é importante mas, na atual conjuntura, desnecessária por minar o já escasso orçamento. Se o programa tivesse desenvolvido de acordo com a realidade orçamentária, grande parte dos bilhões investidos poderiam se reverter em embarcações de… Read more »

fewoz

É disto que estou falando, MMerlin, de fazer o básico, mas bem feito.

Augusto

Os 3 da classe Amazonas foram a mais útil compra da Marinha em muito tempo. Imaginem a lacuna gigante que teríamos se Trinidad e Tobago tivesse ficado com eles.

Burgos

Tinha que ter pelo menos mais 3 dessas distribuído pelo Brasil e mais uma 12 de 500t também distribuído pelo Brasil haja visto que a vida útil das de 250t estão chegando ao fim 😰

Deadeye

A NAVANTIA tem umas opções boas na classe do Amazonas, eu não sei porque a MB nunca se interessou

Gabriel BR

Prefiro mais navios da BAE.

Skyhawk

Alguém sabe quantos napa 250t Grajaú estão ativos? Vi um no porto de São Sebastião, estava sem os armamentos e aparentemente desativado.

fewoz

Precisamos de mais patrulhas pra ontem.

Marcelo

O certo na época era ter encomendado mais 3 navios.
Teria sido um a decisão acertada.
Total:6

Burgos

Simão ganhou até Diploma de participação da Comissão 👍
Pequenos gestos que fazem a grande diferença e no final nos brinda com essa matéria.
Parabéns a todos envolvidos 🙌🇧🇷😎⚓️
Confesso 😏
Deu até vontade de voltar a navegar de novo😎

Piassarollo

Olá Burgos, saberia dizer se o Amazonas ainda está sem o radar principal?

Burgos

Boa Tarde Piassarollo;
Não sei lhe informar se já instalaram novamente o radar Principal , mas acredito que já deve ter sido reparado e instalado ao seu devido lugar.
Faz tempo que não vejo o Amazonas.
Complicado, esses navios distritais quase não param

Samuel Rosa da Silva

Para sim tem um parado na Baía de Guanabara base Mocangue , o radar tá inoperante à anos, porque não consertam por falta de dinheiro ou vergonha na cara .

adriano Madureira

É meu caro,querem bricar de Marinha européia mas não tem grana para manutenção… É como aquele cara de classe média que tem um Fiat Palio 2016 e consegue adquirir depois de esfoço comprar um Fiat 500 usado mas não conseguem asegurar a manutenção em dia… Por isso que sou favorável a compras em outras BIDs para diversificar os meios navais ao invés de ficar com esse sonho de ser uma Royal Navy latina… Vejo navios de países como a Turquia,como o Hisar-class OPV,que será adquirindo pela marinha da Romênia,oque mostra que os produtos turcos para exportação tem um patamar de… Read more »

Marcelo

Na entrevista do almirante ao site defesa aeronaval o almirante revelou que esse navio continua com o radar inoperante.

Burgos

Bom dia ;
Só uma observação, não é base de Mocangue, é Ilha de Mocangue o complexo se chama Base Naval do Rio de Janeiro.
Geralmente os Napaoc quando atracam na BNRJ é pq o mole (Píer) do 1º DN deve estar lotado de embarcações.
Curioso que estou a 10 anos na Reserva e já tinha visto o Amazonas sem o radar principal, é uma tecnologia que a MB domina, pois são empregada nas FCN (terma scanter)

Last edited 19 dias atrás by Burgos
Simao pedro

Muito obrigado e concordo com você.

Mauricio R.

E a listinha de compras da MB, não para de crescer.
Além de prover mais cascos similares aos NaPaOc da classe “Amazonas”, os cascos da classe “Bracuí” estão aguardando os merecidos substitutos.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

PARABÉNS Simão pela matéria !!! bem interessante… O que eu gostei de saber é que o Araguari faz parte do “Grupamento da Patrulha Naval do Nordeste” com sede em: Natal- RN…, nossa visão aqui do sul é os navios ficam todos no Rio de Janeiro e vez por outra saem para patrulhar lá pra cima…, interessante…, talvez a marinha seja deficitária em divulgar essas informações…, rss…, por isso muitas pessoas até tiramos sarro de “Esquadra Carioca” rss…, fiquei feliz em saber que têm um navio desse porte que têm sua jurisdição no nordeste e não aqui no sudeste…, rsss… Abraço… Read more »

Nunes Neto

Ele é distrital, fica em natal mesmo

Simao pedro

Sim na base naval de natal, subordinado ao 3-Distrito Naval.

Simao pedro

Obrigado ,,,

Leon Olaico

Parabéns aos editores e jornalistas envolvidos! Perguntar não ofende, como conseguir um Diploma de Embarque destes!!!! Forte abraço .

Simao pedro

Neste caso teria que está navegado e abordo.

Simão pedro

Parabéns, Simão Pedro pela excelente matéria! Creio que foi uma honra, um privilégio para você, poder fazer parte desse trabalho tão essencial do NpaOc para a MB. Parabéns a você, e a todos que fizeram parte da tripulação. As fotos ficaram excelentes.

Alexandre Galante

Comentário da esposa do Simão Pedro, saiu com o nome dele. 😀

JBS

Boa tarde Srs

Chama a atenção esta classe ter 2.500 toneladas – “só” 1.000 toneladas as menos do que a classe Tamandaré.

Se o Brasil tivesse uns 10 destes – estaríamos melhor.

Gabriel BR

É um dos navios mais bonitos em operação na América Latina na minha opinião

Caminhante

Complicado um navio da Marinha com Starlink………….

Dr. Mundico

Pior sem.

Gabriel BR

O mundo inteiro usa.

GFC_RJ

Não sei sobre o mundo inteiro.
Mas mais ou menos corroborando a você, as plataformas de petróleo off-shore realmente utilizam starlink.

Marcelo

Só porque todo mundo esta pulando no Buraco você vai pular também ?
Que resposta escrota.

fewoz

Bem observado, Caminhante. Acredito que deveria haver mais opções, sobretudo de nações não Ocidentais. Redundância é a coisa mais importante para um país tão dependente como o Brasil. Este é o pensamento base da Índia.

Gabriel BR

É só usar o Baidu ,não tem muito mistério…

MMerlin

É trocar seis por meia dúzia.
Continuamos dependentes e suscetíveis aos interesses de outro países.
Então, o que podemos trabalhar por agora, é a implementação de um sistema de redundância, permitindo o uso de diferentes serviços em caso de restrição.
Mesma coisa se aplica para serviços de geolocalização.

Last edited 19 dias atrás by MMerlin
Matheus R

Que paz trabalhar num lugar desses.

Gabriel BR

Belíssimas fotos!
O nosso Brasil é um país duma beleza imensurável.

Gabriel BR

Meus parabéns aos jornalistas , as imagens ficaram incríveis. Voces são os melhores!

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Boa Tarde! alguém saberia falar mais sobre os canhões de 25mm e 30mm dela…, se são canhões rápidos? com alta cadência de tiro? se simulam ou servem como um eficaz sistema CIWS para a embarcação…

Alexandre Galante

São canhões rápidos, mas não servem para operar como CIWS.

Simao pedro

Obrigado

fewoz

Me impressiona este Arquipélago. Tão distante do território continental. Parece ser quase ao nível do mar… Fico pensando num cenário de ondas fortes ou tsunami.

Simao pedro

Sim e um local desafiador, são cadeias de pedras Rochosas, a todo momento a o das que se chocam as rochas, no passado já teve abalos cismicos e uma tempestade já destruiu a primeira Estação Científica.

Marcelo Andrade

Show, trabalho sensacional!!! Obrigado por compartilhar essa experiencia!!

Caravaggio

Três dias e uma noite??

Mauricio Veiga

Mais um “Fenômeno Natural” KKK…

adriano Madureira

“Desde 2001, Noronha é Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, reconhecimento que reforça a importância da preservação de seus ecossistemas”.  Fernando de Noronha é um desperdício de massa terrestre que poderia e deveria ser mais aproveitado e visto como ponto estratégico… Mas até um palhaço filho de imigrantes alemães e Escoceses sabe o real valor de fernando de noronha para o cenário geopolítico. “Se” nossos militares não fossem tão inaptos,ineptos e de visão limitada,há muito já deveriam ter olhado Noronha como ponto estratégico do que puteiro turístico para celebridades,influencers e Globais… Não é de hoje que países tomam territórios a… Read more »

Gabriel

Massa demais!!!

Gustavo Cortez

Parabéns, Simão Pedro!

Reportagem de excelência nessa expedição. Seu primo aqui fica muito orgulhoso pelo amor que você tem à navegação e por tanto conhecimento na área. Que Deus abençoe seu caminho e que possam vir inúmeras outras expedições.

Simao pedro

Obrigado

J R

A MB pagou pelo direito de construir mais 5 unidade, mas como é de praxe, pagamos, não vamos construir e vamos pagar de novo pra construir de outro fornecedor e mais caro, lógico.

Mauricio Veiga

Poderiam inclusive produzir um modelo mais bem armado para cumprir a missão de Corveta, com o intuito de complementar as Fragatas Tamandare…

Abymael2

Não importa o motivo. Ao lado da bandeira nacional, em destaque, para reverência, a estátua de um vulto importante da pátria: um cão.
Aí eu entrego os tacos, não tem como.

Wagner Figueiredo

Fico me perguntando!!! Não daria pra fazer o que os chineses fizeram no Mar do sul da China? Criar ilhas artificiais já que tem uns pedregulhos aí? E plantar uma base aeronaval?
Ok,, os defensores do meio ambiente vão falar blá bla blá..mas tbm criaria recifes artificiais e a vida marinha seguiria seu rumo sem muitos impactos….mete um radar e umas coisinhas ali…ficaria top..uma primeira linha de defesa e até salvamar pra alguma coisa que ocorresse!!!!

Last edited 19 dias atrás by Wagner Figueiredo
Abymael2

A questão é: para quê criar isso tudo?
E plantar uma base aeronaval?”: mal temos condições de manter aquelas que estão no continente, imagine uma que esteja no meio do oceano, sem nenhuma finalidade aparente.
Para manter presença e preservar o domínio das ilhas, o que está lá é mais do que suficiente.
Sem contar que seria mais uma base para ser abastecida de recursos militares, além de acepipes tais quais camarão, vinhos nobres, lagosta e uísque 12 anos.

Simao pedro

Essa região é de grandes profundidades e a área do arquipélago é pequeno com relação a ima base no local, sem fala que fica inviável se fazer uma base por conta da logística e acesso ao arquipélago.

adriano Madureira

Você acha que é barato construir uma ilha?! Você sabe quanto custará a construção do aeroporto em ilha artificial de Jinzhou, por exemplo? custará 4 bilhões de euros.  as obras começaram em 2025, com a inauguração prevista para 2035. Isso significa que a construção da ilha e do aeroporto levará aproximadamente dez anos.  Se a China que é a China irá demorar dez anos para construir uma ilha,quem dirá o nosso país, potência econômica e que investe somas massivas de dólares em nossa defesa nacional… A construção da Corveta Barroso demorou cerca de 14 anos,uma simples corveta,oque dirá uma ilha… Read more »

Nilson

Isso já foi tratado muitas vezes, não só nesse arquipélago, também em Trindade. Mas parece claro que colocar uma guarnição militar isolada, distante de todo e qualquer apoio, não é uma primeira linha de defesa, em caso de assalto inimigo é uma guarnição fadada à destruição,

Andrea Janaina Ferreira cortez

Sensacional! Parabéns Simão Pedro, excelente conteúdo, Na fotografia em excelência, uma viagem visual e muito conhecimento, por tão explicativa reportagem.

Simao pedro

Obrigado Andrea Janaina.

Sílvio Ferreira

“Foram três dias e uma noite até chegarmos ao arquipélago de São Pedro e São Paulo.”
Três dias e uma noite?
Não entendi.