FOTOS: Visitação aos navios da Força Marítima de Autodefesa do Japão no Porto de Santos (SP)

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Marcelo Rezzara  (via Marcelo “Ostra” Lopes) e Edson de Lima Lucas

Santos (SP), 25 de agosto de 2025 – Dois navios do Esquadrão de Treinamento da Força Marítima de Autodefesa do Japão — o navio-escola JS Kashima (TV-3508) e o destróier adaptado para instrução JS Shimakaze (TV-3521) — receberam o público na tarde chuvosa de 25/8 em visitação pública no Porto de Santos. A escala ocorre como parte do Overseas Training Cruise 2025, missão de instrução marítima que visa aprimorar o preparo de oficiais-alunos e fortalecer laços diplomáticos com países da América Latina.

O JS Kashima, navio-escola e berço de futuros oficiais, impressionou pela estrutura limpa e bem conservada, representando bem a história e das tradições da JMSDF. Ao lado, o JS  Shimakaze, destróier da classe Hatakaze adaptado à instrução, ofereceu ao público uma perspectiva da tecnologia do final da Guerra Fria. Muitos armamentos clássicos conhecidos pelos entusiastas puderam observados de perto, como o ASROC, lançador Mk.13, CIWS Phalanx, Canhões de 127 mm em reparos Mk.42, mísseis Harpoon etc.

Formação em alto mar e diplomacia naval

Os navios fazem parte de uma missão que se estende de 13 de junho a 12 de novembro de 2025, totalizando uma jornada de 30.500 milhas náuticas em cerca de 153 dias, com escalas em Fortaleza e Santos, além de portos na Argentina, Chile, Guatemala, Peru, Estados Unidos e México. Trata-se da 69ª edição de um programa iniciado em 1958.

Entre treinamento e intercâmbio cultural

Durante a visitação, a população pôde apreciar a disciplina da tripulação e conhecer os espaços externos da embarcação. A iniciativa reflete o caráter educativo e diplomático da missão, promovendo intercâmbio e boa vontade entre as Forças Armadas japonesas e os países visitados.


Sobre o Overseas Training Cruise 2025

  • Duração: 13 de junho a 12 de novembro de 2025 (153 dias)
  • Distância: aproximadamente 30.500 milhas náuticas (56.500 km)
  • Navios participantes: JS Kashima e JS Shimakaze, com cerca de 580 tripulantes, incluindo cadetes recém-formados
  • Objetivos: treinamento prático em mar, fortalecimento de redes internacionais e promoção de um Indo-Pacífico Livre e Aberto.■

Fotos de Marcelo Rezzara:


Fotos de Edson de Lima Lucas:


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18 Comentários
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Burgos

Eles são método “5S” purinho
vou passar a sigla em português:
(SOLBA).
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Limpeza
Bem estar
Auto Disciplina
O resto da história eu deixo o Srs Editores contar 👍
Que pode até virar matéria pro blog futuramente

Piassarollo

Exato caro Burgos, navios impecáveis.

SG R. Ramos

Impecáveis, e ainda tiveram a preocupação de traduzir as legendas para o PT-BR. Uma disciplina e educação sem igual.

Abner

O que será aquela parte que está a frente do canhão ?
Parece um lançador de arpão na minha concepção.

Cristiano Salles (Taubaté-SP)

Achei que fosse uma arma anti-drone…

Cristiano GR

Pensei ser um lançador de drone.

Guizmo

É um lançador Mk13, de mísseis. Nos anos 70 ate 90, não tinha sistema Aegis, os lançadores SAM eram assim. Aquela comporta redonda na base é por onde saia o missil, realimentando o sistema

Dalton

Os 5 primeiros Ticonderogas incorporados entre 1983 e 1987 já tinham o “Aegis”
mas não o “VLS” ao invés dois lançadores duplos MK-26.

sagaz

Mal sabe o Japão que bem vindo por aqui é navio iraniano.

Cristiano GR

Belas fotos e belos navios!

A bandeira do Sol Nascente e a presença de armamentos americanos nos tráz algumas memórias da II Guerra, não ruins, mas de toda a história que faz parte de nossa cultura, ainda mais para os que curtem equipamentos militares e é inevitável ficar o tempo inteiro refletindo sobre os fatos da época e sobre a posterior relação com os EUA que ajudou o Japão a ser um país rico e com muita tecnologia, sendo líder em muitas áreas.

Last edited 19 dias atrás by Cristiano GR
Marcelo Andrade

Essa bandeira da Marinha Japonesa é bem polêmica na Ásia pois remete aos anos de dominação japonesa de varios povos. É mal comparada a bandeira nazista na Europa que foi ocupada.

Marcelo Soares

Belas fotos!

Abymael2

Belíssimas fotos, que equipamentos fantásticos e bem conservados.
Admiro muito a cultura japonesa, a disciplina, a retidão, a história.
Pena que, apesar da história rica e milenar, contentou-se a ser uma mero “cuckhold country” a partir de 1945.
Alemanha e Itália, pelo menos, recuperaram alguma dignidade após a guerra. Quem sabe um dia eles acordem e façam o mesmo. E se tornam realmente soberanos e independentes novamente.

Last edited 19 dias atrás by Abymael2
Dalton

Se é por causa do grande número de militares americanos em território japonês isso se deve a importância da localização do Japão, seus recursos que permitem manter um grande número de navios e aeronaves e um alinhamento natural com os EUA diante de China, Coreia do Norte e Rússia.
.
Alemanha segue em segundo lugar e a Itália em quarto, mas, isso está relacionado à OTAN, a Espanha por exemplo serve de base para 5 Arleigh Burkes mais um ano que vem e um esquadrão de helicópteros, novamente um alinhamento natural, não perda de soberania.

Abymael2

Sim, obrigado Dalton, por suas palavras sempre esclarecedoras e respeitosas.
Apesar das justificativas que você listou, e que eu compreendo, na minha concepção de mundo e de soberania não há espaço para se aceitar ter uma base militar estrangeira no solo do próprio país.
Seja por qual motivo for.
Mas eu sei que isso faz parte.

Dalton

Vivemos em outro mundo Abymael e devemos agradecer por isso, não estamos sujeitos ao que outros países estão ou estiveram sujeitos em um passado recente e isso exige cooperação militar, alianças, direitos, mas também deveres.
.
Pode-se gostar ou não dos EUA, mas, o fato é que geograficamente eles estão
distantes dos “problemas” e contando com aliados bem mais fracos, alguns dos quais incapazes de defender-se sozinhos o único meio é ter bases nesses países ou próximas deles para aumentar a dissuasão – vide Coreia do Sul – ou como acredita-se resistir o máximo possível até reforços chegarem.

Renan

Mais bem armado que a Tamandaré

Santamariense

Depois de mais de 2 meses de mar, os navios permanecem impecáveis, sem manchas de ferrugem no casco e menos ainda nas estruturas e equipamentos. Padrão japonês de qualidade.