Cerimônia de batimento de quilha do submarino nuclear de mísseis balísticos USS Wisconsin (SSBN 827)

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A Marinha dos Estados Unidos celebrou no dia 27 de agosto um marco histórico com a cerimônia de batimento de quilha do futuro submarino USS Wisconsin (SSBN 827), segundo da nova classe Columbia. O evento ocorreu nas instalações da General Dynamics Electric Boat, em Quonset Point, Rhode Island, e marcou a transição oficial do projeto para a fase de construção.

O Almirante William Houston, diretor do Programa de Propulsão Nuclear Naval, destacou o papel central do novo submarino na estratégia de dissuasão nuclear norte-americana. “Nossos submarinos lançadores de mísseis balísticos são o elemento mais resiliente da tríade nuclear dos Estados Unidos. O Wisconsin carregará a responsabilidade de garantir que nenhum adversário subestime a determinação americana em preservar a paz”, afirmou.

Em seu discurso, Houston fez questão de ressaltar a dedicação dos engenheiros, fornecedores e operários envolvidos no programa. “Vocês não estão apenas montando um submarino. Estão construindo o alicerce da segurança nacional para as próximas gerações”, disse.

O navio será patrocinado por Dr.ª Kelly Geurts, educadora aposentada e esposa de James Geurts, ex-secretário assistente da Marinha para Pesquisa, Desenvolvimento e Aquisições.

O futuro Wisconsin será o terceiro navio da Marinha a ostentar esse nome. O primeiro foi o couraçado pré-dreadnought Wisconsin (BB-9), comissionado em 1901. O segundo, o icônico encouraçado Iowa-class Wisconsin (BB-64), serviu na Segunda Guerra Mundial, na Guerra da Coreia e na Guerra do Golfo, sendo descomissionado em 1991 e transformado em navio-museu em Norfolk, Virgínia.

Os submarinos da classe Columbia substituirão gradualmente os da classe Ohio, compondo a espinha dorsal da dissuasão nuclear estratégica dos EUA. Conhecidos como boomers, esses submarinos oferecem uma plataforma praticamente indetectável para o lançamento de mísseis balísticos, assegurando a capacidade de segundo ataque em caso de conflito nuclear.

Com previsão de entrega para o início da próxima década, o USS Wisconsin (SSBN 827) reafirma o compromisso da Marinha dos EUA em manter sua supremacia marítima e garantir, do fundo dos oceanos ao espaço, poder para preservar a paz.■

Visão geral da classe
Precedida pela Classe Ohio
Custo US$109,8 bilhões para 12 unidades (valores de FY2021)
Planejados 12 unidades
Especificações
Tipo: Submarino Nuclear de Mísseis Balísticos (SSBN)
Deslocamento: 20.810 toneladas longas (submerso)
Comprimento: 560 pés (171 m)
Boca 43 pés (13 m)
Velocidade 20+ nós
Profundidade de mergulho 800+ pés
Potência instalada: Reator Nuclear
Propulsão Motor turbo-elétrico, pump-jet
Alcance Ilimitado
Tripulação 155 (acomodações)
Sensores e sistemas: Versão ampliada do sonar LAB da classe Virginia
Armamento: 16 mísseis Trident D5

 

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34 Comentários
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ChinEs

Esse Submarino é a personificação do poder global e Hegemonico da US Navy , é dominio absoluto dos mares e dos leitos subamarinos, o Alvaro Alberto dára ao Brasil o mesmo tipo de poder a alcance global.

Dalton

O “Álvaro Alberto” será um tipo diferente de submarino, “tático”, não “estratégico” como o futuro USS Wisconsin.

Abner

Dalton achei que a classe “Columbia” teria a mesma quantidade da Ohio 18.

Porém terá 12 e uma quantidade menor de VLS, sabe informar o motivo?

ChinEs

Alvaro Alberto armado com o MANSUP e AVMTC Matador … Será Tático de mais…

Dalton

Dos 18, 4 foram convertidos em SSGNs, Abner, então a meta passou a ser menos ambiciosa do que nos tempos da Guerra Fria e acredita-se que chineses e russos deverão manter um número similar. . Também aposta-se em uma maior disponibilidade, menos manutenção e a não necessidade de “reabastecer o reator”, praticamente 12 farão o serviço de 14. . Quanto ao número de mísseis, originalmente 24 podiam ser embarcados nos “Ohios”, mas acordos com os russos, reduziram o número para 20 e acredita-se que nem todos os 20 sejam normalmente embarcados até por conta de avanços na precisão assim 16… Read more »

Marcelo

Não viaja,toma seu remédio.
Já prestou continência a bandeira americana hoje ?

Last edited 22 dias atrás by Marcelo
lucio

Onde tem uma bandeira americana para eu prestar minha continência a esse grande país, que se leva a sério, as instituições FUNCIONAM, os cidadãos tem liberdade de expressão, econômica, de imprensa e veem seus impostos serem usados para construir essas belezuras como Classe Ohio e Wisconsin ao invés de irem parar nas contas ou nas cuecas de políticos cearenses?
Se algém vir uma bandeira americana me avise que eu presto minha continência com gosto.

Gustavão

Que nojo.

Paulo Montezuma

Com certeza. Agora há pouco lendo sobre Trump dizer que poderia revogar a licença de funcionamento de redes de TV que fossem críticas às suas decisões. Ainda bem que é nos EUA, porque se fosse abaixo da linha do Equador iam falar em outras coisas

marcos terra

para de beber. Ja esta feio!

José 001

Acho que você está confundindo SSN, SSK, SSGN, SSBM e etc.

Isso se essa sopa de letrinhas estiver correta.

Dalton

É só trocar “SSBM” por “SSBN” que a “sopa” fica perfeita 🙂

Gustavão

Um dia nos chega lá irmão.

Macgarem

Mais 21 toneladas de democracia a disponisção

Last edited 23 dias atrás by Macgarem
Franz A. Neeracher

21 mil toneladas.

José 001

Fantástico!

Willber Rodrigues

Teve cerimônia com sino?

Dalton

A pergunta é pertinente, nunca soube e na verdade até hoje nunca interessei-me pelo histórico do “sino” embora tenha visto alguns “famosos” que foram preservados e compreenda o significado do “sino” para o navio e tripulação.

Last edited 23 dias atrás by daltonl
José 001

Não foi mostrado por se tratar de um assunto relevante para a defesa nacional dos EUA.

Mas duvido que a tecnologia deles seja, quiçá, 60% da nossa em produção de sino dourado e cerimonial.

Sergio

A baleia de aço do Apocalipse.

Aos tolos e tolas, ingênuos, crentes do fim dos USA esta é a resposta.

Vai acabar?

Certamente.

Mas o mundo inteiro vai junto.

Roma não detinha tal poder, o império britânico, os mongóis e outros…

O fim do império estadonidense é o fim do mundo

Jamais entregarão o bastão à China!

E os chineses sabem disso.

Abymael2

Ui…confessa pra gente que você se arrepiou escrevendo isso né.

lucio

Ele pode até não ter se arrepiado, mas eu fiquei igual a um ouriço ameaçado kkk

Sergio

Bem arrepiado.

Marcelo

Kkkkk ele achou que estava jogando super trunfo.
Ele esqueceu que os chineses estão vencendo a guerra econômica e derrotando os advesários sem precisar fazer guerra.

Abymael2

Muito bom esse gráfico exibido, dá uma boa ideia da capacidade do negócio.
Nem sei quantas vezes, só um desses, conseguiria destruir o planeta. Eu chutaria que 16 Trident D5 fariam o serviço com a garantia de destruição de uns 2 ou 3 planetas Terra.
Eu acho muito interessante essa diferença de projeto de casco dos submarinos ocidentais para os submarinos soviéticos/russos. Esses últimos, com aqueles notórios cascos estilo “baleia” e os ocidentais com desenho mais esguio e limpo.

Bosco

Em termos de magatonelagem o maior poder embarcado num Colúmbia será de 60,8 Megatons na forma de 128 ogivas W88 de 475 Kt cada.
Em termos de quantidade de alvos um Columbia poderá atingir um total de 224 alvos independentes com 224 ogivas W76 com rendimento de 90 Kt cada.
Não se se dá pra destruir a Terra mas vai fazer um bom estrago.

Sergio

Meu Deus!

Piassarollo

O ser humano jamais vai ter a capacidade de destruir o planeta. Não vai chegar nem perto. Vai conseguir destruir a própria espécie.

Abymael2

Ok, obrigado!

RPiletti

Nenhuma vez. Destruir o planeta é diferente de erradicar a espécie humana.

Abymael2

Ok, eu realmente misturei uma coisa com a outra.

Marcelo Andrade

20.000 ton de deslocamento? caraca!!!!

Dalton

Submarinos tendem a deslocar mais que navios de superfície sem necessariamente ter o mesmo tamanho. Há – não necessariamente seu caso Marcelo – quem acredite que esse
submarino teria o volume de um NAe como o finado “Minas Gerais” por exemplo.

Marcelo Andrade

Sim, Valeu