No dia 29 de agosto, a Marinha do Brasil (MB) e a Esquadra de Treinamento da Força Marítima de Autodefesa do Japão conduziram diversos exercícios operativos no litoral do estado do Rio de Janeiro. As Fragatas “Defensora” e “União” desatracaram da Base Naval do Rio de Janeiro no dia anterior, rumo às proximidades de Cabo Frio (RJ), local designado como ponto de encontro com os navios japoneses.

A Esquadra de Treinamento japonês, sob o comando do Contra-Almirante Hiroshi Watanabe, é formado pelo navio-escola JS “Kashima” e pelo destróier JS “Shimakaze”, da Classe “Hatakaze”, adaptado para treinamento. A escala no Brasil faz parte do cruzeiro de treinamento, cujo propósito é qualificar os futuros Oficiais e fortalecer as relações diplomáticas.

Além das Fragatas “Defensora” e “União”, a MB alocou para essa missão as aeronaves AH-11B “SuperLynx”, embarcada na Fragata “Defensora”, e AF-1 “Skyhawk”, que decolou da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ). Os navios realizaram diversos exercícios operativos por meio de manobras táticas, dentre eles o de trânsito sob ameaça aérea, com a participação da AF-1 “Skyhawk”, do 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque, simulando uma ameaça inimiga.

AH-11B Super Lynx da MB pousa no JS Kashima

A aeronave AH-11B “Super Lynx” foi empregada na condução de exercício do tipo Helo Cross Deck, com pousos sucessivos da aeronave brasileira a bordo do navio JS “Kashima”. Tais atividades contribuíram para o adestramento das tripulações e o aprimoramento das operações aéreas embarcadas.

Além dos exercícios operativos, foi realizado o intercâmbio de militares entre os navios, promovendo a troca de experiências profissionais e culturais. Esse exercício conjunto entre as Marinhas teve como propósito aprimorar a interoperabilidade entre as Forças, fortalecer laços de amizade e intensificar a cooperação no campo da diplomacia naval.

O Comandante do 1° Esquadrão de Escolta e do Grupo-Tarefa brasileiro, Capitão de Mar e Guerra Caetano Quinaia Silveira, ressaltou a importância dos exercícios, que demonstram a capacidade das Marinhas operarem em conjunto.

“A Marinha do Brasil tem vasto histórico de operações desse tipo, que nos qualificam para integrar e comandar Forças-Tarefa marítimas internacionais”, destacou o Comandante.

A visita da Esquadra de Treinamento contou com aproximadamente 580 tripulantes, entre eles cerca de 190 Guardas-Marinha recém-formados como Aspirantes a Oficial, na academia militar. A comissão teve como uma das finalidades cumprir com a navegação transoceânica de instrução aos futuros Oficiais japoneses.

O Contra-Almirante Hiroshi Watanabe destacou a imensa satisfação em poder realizar exercícios conjuntos com navios da MB. Segundo ele, foram notáveis a preparação e a capacidade operativa dos militares envolvidos, tanto nas fases de planejamento quanto na execução.

A visita ao Brasil, além de proporcionar treinamento aos jovens Oficiais japoneses, marca os 130 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre os dois países.

FONTE: Agência Marinha de Notícias


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Moriah

Retrato dos anos 80…

Regis

Comparando os nossos navios com os deles, dá vontade de chorar… snif snif

paulo gusmao

Aquele negócio de esquentar o motor para dar uma volta no quarteirão e guardar na garagem, típico da Marinha do RJ.