Marinha do Brasil assina contrato de aquisição do HMS ‘Bulwark’

HMS “Bulwark” será o segundo maior navio da Esquadra Brasileira
A Marinha do Brasil (MB) assinou, nesta quarta-feira (10), o contrato de aquisição do HMS “Bulwark”, da Marinha Real Britânica, classificado como navio doca-multipropósito da Classe “Albion”.
A negociação foi formalizada durante a Defence & Security Equipment International United Kingdom (DSEI UK) 2025, um dos principais fóruns globais de defesa, que reúne governos, forças armadas, líderes da indústria e representantes do setor. O acordo decorre do protocolo de intenções firmado em abril deste ano, durante a LAAD Defence & Security 2025, realizada no Rio de Janeiro.
A assinatura foi oficializada a bordo do HMS “Mersey”, pelo Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, e pelo Second Sea Lord da Royal Navy, Vice-Almirante Martin Connell, com a presença do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen e demais autoridades civis e militares.
O HMS “Bulwark” possui 176 metros de comprimento, deslocamento de 18.500 toneladas e capacidade para até 710 militares. A embarcação mantém velocidade média de 18 nós, o que equivale a aproximadamente 34 quilômetros por hora. Com ampla capacidade de transporte de carga e pessoal, o navio está apto a realizar o envio célere de estruturas para hospitais de campanha, mantimentos, medicamentos e outros itens essenciais diretamente às áreas afetadas por desastres, contribuindo de forma decisiva para a preservação de vidas em situações de emergência humanitária.
Além disso, será empregado na proteção da Amazônia Azul, região estratégica das águas jurisdicionais brasileiras, rica em recursos naturais e minerais. Nesse contexto, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, destacou:
“A aquisição do HMS ‘Bulwark’ constitui um marco no esforço de recomposição do núcleo do Poder Naval, contribuindo sobremodo para o exercício da soberania em águas sob jurisdição do Estado. A Marinha do Brasil reafirma, assim, seu compromisso com a ampliação da capacidade de presença em áreas de interesse e com a condição de eficiência adequada para atuar em diferentes cenários, seja em operações de defesa ou em apoio à população brasileira em situações de emergência, em especial nas respostas a desastres naturais e missões de assistência humanitária”.

Treinamento e incorporação à Esquadra

A MB possui um Plano de Configuração de Forças (PCF) que prevê prazos para a aquisição de meios navais por construção ou obtenção. A aquisição do HMS “Bulwark” foi impulsionada pela necessidade de ampliar a capacidade da MB, garantindo meios modernos e robustos para operações de projeção de poder, apoio humanitário e Defesa da soberania, garantindo para a Força a plena operacionalidade de um navio multipropósito em curto espaço de tempo.
A embarcação encontra-se em Plymouth, na Inglaterra, passando por um processo completo de revitalização que inclui a modernização dos sistemas de comando e controle, atualização dos equipamentos de comunicações e a revisão completa de seus sistemas de propulsão e geração de energia. O término da revitalização está previsto para 2026. Esses trabalhos estendem a vida útil do navio por, pelo menos, duas décadas garantindo segurança operacional e adequação às demandas atuais da MB.

De acordo com o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Edgar, “a relação entre a Marinha do Brasil e a Royal Navy é histórica. O Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, principal embarcação da Esquadra Brasileira, também foi adquirido da Inglaterra e chegou ao Brasil em 2018. As aquisições do NAM ‘Atlântico’ e do HMS ‘Bulwark’ refletem essa parceria estratégica, que envolve não apenas transferência de meios navais, mas também intercâmbio de conhecimentos, treinamento de tripulações e cooperação em áreas de interesse comum. Essa aproximação fortalece os laços diplomáticos entre os dois países.
Em setembro, cerca de 48 militares brasileiros seguirão para o Reino Unido para treinamento e reconhecimento do navio. Em novembro, mais 44 militares serão capacitados. Além do treinamento técnico, a tripulação participará de simulações e exercícios conjuntos, com foco na plena operacionalidade do meio. A previsão é que o HMS “Bulwark” seja comissionado e trasladado ao Brasil no próximo ano, quando passará a integrar a Esquadra Brasileira.■
DIVULGAÇÃO: Centro de Comunicação Estratégica da Marinha
Parece que esse ano não vem mais.
Vai chegar somente ano que vem 🤷♂️
Sim, devido diversas fases a serem realizadas, o que incluí familiarização e treinamento da tripulação antes de assumir o navio..
https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/hms-bulwark-para-a-marinha-do-brasil-atualizacao
https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/marinha-avanca-no-processo-de-compra-do-hms-bulwark
10.09.25 – quarta-feira, bdia, Brito, saberia informar se as barcaças de desembarque virão juntas como no Atlântico???? )vovozao)
Ainda prefiro um Wave, mas não nego que esse navio sera muito útil pra MB.
Na minha humilde opinião, e uma excelente aquisição. Juntando esse navio, o atlantico e o bahia, pode ser transportado uma grande quantidade de militares.
O Bahia não deve durar muito.
Bom dia!
Pelas últimas fotos que andei vendo dele, também acho.
O que houve? Não se trata de um navio que deveria durar mais?
What?????
Como assim, o que está acontecendo com ele?
Teve uma época que o pessoal falava de um problema sério no eixo, só não sei se era verdade, se não estou enganado ele acabou de sair de um PMG.
Eu lembro de quando ele estava com esse problema no eixo, mas achei que já tinha sido resolvido.
Só falta ser o “Bahia” o “navio de desembarque” que segundo o Almirante Olsen dará baixa em 2028.
.
Por outro lado, até por falta de opção, o Chile revitalizou recentemente o irmão do “Bahia” o “Sargento Aldea” que é 8 anos mais antigo.
Galante, alguma possibilidade da Marinha incorporar operacionalmente o Albion?
Possibilidade existe, dependendo do $$$ disponível.
Porque?
Nomes?
Eu apostaria BNS ANGELA RO-RO.
NDM Pernambuco
Quem sabe NDM Santa Catarina?
É pouco provável mas eu ia gostar kk
BNS Xique-Xique
Os Ciws vem? ou vem pelado?
Sem defesa de ponto.
Excelente compra de oportunidade!
O lado bom do Trump mandar alfinetadas pro Brasil é que TALVEZ comece a aparecer dinheiro pra aquisição de equipamentos militares e que projetos engavetados voltem à vida.
Vem apenas o HMS Bulwark, ou o contrato inclui a aquisição do Albion também?
Nome pra evitar disputas: Brasília
Kkkkkkkkkkk…, Jan…kkkkk
Sou contra a aquisição desses navios…, o foco deve ser os: submarinos e Tamandarés…
Más…, já que comprou…
Torço para a Marinha criar doutrina com VANT’s nesses navios ou no Atlântico…
Aposentar logo os A4…, e que os pilotos dos A4 pilotem VANT’s ou drones através dos navios: Atlântico ou Bulwark…
Já temos que ter um esquadrão de VANT’s operando nos navios da marinha com nomes e tudo mais…
Não duvido que seja uma excelente navio, porém é um tapa na cara da industria naval brasileira, esse tipo de navio seria facilmente desenvolvido e construido localmente. Enquanto vemos marinhas como Turquia, Índia e China desenvolverem e construirem seus próprios meios, aqui no Brasil ficamos comprando sucatas européias.
Bulwark depois de Atlântico e Bahia, todas as grandes aquisições de “oportunidade” mais “recentes” da MB voltadas para atender ao CFN. Será que atender o CFN deveria estar tão alto na lista de prioridades, estando a frota a mingua e a capacidade de patrulha quase que inexistente?
Mais uma beldade para adornar os portos cariocas, de vez em quando dar uma volta pela costa e voltar para o cais do RJ. Sem poder brincar de guerra com a Marinha dos EUA, terá longo tempo de atracação, quem sabe alugam para dar festas como o São Paulo.
Prezados editores Galante e Poggio, acho que é um momento interessante para alguma matéria (ou série) discutindo o atual porte e papel do CFN no Brasil, dado que a MB vem o priorizando com meios (Atlântico; Bahia; Bulwark). Será que realmente deveríamos manter uma força expedicionária eminentemente ofensiva de 15.000 fuzileiros? Não teríamos outras prioridades mais prementes para alocar os recursos utilizados com o CFN?
Só compra coisa de segunda mão, que vergonha!!!
Triste a situação da nossa MB, que se continuar assim, daqui a 10 anos a MB desaparecerá…