Bélgica e Holanda doarão sete navios caça-minas à Bulgária para reforçar segurança no Mar Negro

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Os governos da Bélgica e dos Países Baixos anunciaram a transferência gratuita de sete navios de contramedidas de minas (MCM) da classe Tripartite para a Marinha da Bulgária, em um esforço conjunto para fortalecer a capacidade de varredura e neutralização de minas no estratégico Mar Negro.

Segundo comunicado do Ministério da Defesa belga, a decisão foi aprovada pelo Conselho de Ministros belga nesta sexta-feira. A Bulgária assumirá os custos para restaurar os navios à plena condição operacional. O governo de Haia também confirmou que participará da iniciativa, cedendo três de seus próprios navios, além das quatro embarcações belgas. O pacote inclui peças de reposição e um simulador tático.

Reforço regional e apoio à Ucrânia

A medida tem como pano de fundo a crescente importância das operações de guerra de minas no Mar Negro, especialmente após o aumento das tensões na região desde a invasão russa da Ucrânia. Como parte do acordo, a Bulgária se comprometeu a treinar e capacitar tripulações ucranianas no uso desse tipo de navio, reforçando indiretamente a defesa de Kiev.

Em junho, Bélgica e Países Baixos já haviam doado dois caça-minas para a Ucrânia, com a entrega de um terceiro prevista para o fim de 2025.

Condições e próxima geração de navios

O entendimento prevê que os serviços de comissionamento e manutenção sejam realizados, sempre que possível, por empresas belgas, dentro de acordos de defesa existentes ou por meio de novos contratos públicos.

A doação ocorrerá em paralelo ao processo de substituição da atual frota Tripartite. Bélgica e Holanda aguardam, ainda em 2025, a chegada dos primeiros navios do programa conjunto Replacement Mine Countermeasure (rMCM), que prevê seis embarcações para cada país. Essas novas unidades, construídas na França, virão equipadas com kits de contramedidas de minas operados remotamente, capazes de detectar e destruir artefatos submarinos com tecnologia de ponta.

Com maior flexibilidade e recursos tecnológicos, a futura frota rMCM deverá garantir a proteção de rotas comerciais e de infraestruturas marítimas tanto em águas europeias quanto em missões internacionais, permitindo a Bélgica e à Holanda aposentar gradualmente seus atuais caça-minas Tripartite.■


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Burgos

Curiosidade:
Como vão para o Mar Negro se a Turquia fechou o canal de Bósforo para toda as embarcações de guerra ?!
Obs: Não entra e não sai ninguém 🤷‍♂️

Dalton

O que foi publicado tempos atrás Burgos é que a Turquia, Romênia e justamente a Bulgária assinaram um acordo para proteger a navegação contras “minas” então como
trata-se de navios caça minas, aparentemente não haverá problema, ao menos foi minha compreensão do assunto.

Burgos

Ah tá !!!
Se já tem um acordo de cooperação em vigência aí deve haver essa facilitação do acesso desses navios pelo canal.
Obrigado Dalton

Marcelo

A situação é grave,está recebendo doação de navios com 40 anos de uso,vai gastar um grana com PMG e modernização do navios.

Dalton

Para a missão a que se destinam não haverá necessidade de muito trabalho a ser feito neles, lembrando que o “Aratu” completou 54 anos em maio último e segundo o Almirante Olsen ele e os outros 2 remanescentes serão retirados de serviço até 2028.

Aviador naval

Cabem na força de minagem e varredura heim, ao menos são cerca de 17 anos mais novos !
Acredito que iam navegar pouco e Não há previsão para substituí-los mesmo.
Na real com a baixa previsível para 2028 nem sei qual será o futuro da força de minagem.

Paulo

O futuro da força de minagem/ desminagem estará com os drones navais multipropósito, como os drones suppressor 7 e 11 da MB. À propósito, o novos NPas como o Mangaratiba já os portarão para este fim, assim como ISR e ataque anti submarino.

Paulo

O futuro Npa Mangaratiba já sairá de fábrica com os módulos de comando e controle do suppressor, sem a necessidade de portar o contêiner de 20 pés, onde os operadores do drone naval ficam para opera- lo. Nos navios já existentes, torna- se necessário leva- lo como vai ser o caso dos NDM da MB . Só detalhando, o suppressor suporta sub drones menores, quer aquáticos, subaquáticos ou aéreos para executar tarefas específicas de minagem, desminagem, ISR ou ataque anti submarino ou navais de superfície.

Paulo

No caso dos NDM, eles terão a função de porta drones navais.

Paulo

No caso dos NPas como o Mangaratiba, levará apenas um srone naval suppressor

Aviador naval HS 1

Será que ficarão sediados em salvador, pois não sendo assim eu imagino que a força de minagem perde o seu sentido de existir.