M51 SLBM - Foto: DGA

A Direção-Geral de Armamento e Tecnologia de Defesa da França (DGA) assinou contrato com a ArianeGroup para o desenvolvimento e produção da quarta versão do míssil balístico estratégico M51, designado M51.4.

O anúncio ocorre em paralelo à entrada em serviço da versão anterior, o M51.3, e à aceleração da produção em linha com o cronograma definido. “Em nome da ArianeGroup e de todas as equipes, agradeço à DGA pela renovada confiança em nossa expertise estratégica, vital para a Força Oceânica Estratégica da França”, afirmou Vincent Pery, diretor de Programas de Defesa da empresa.

O M51.4 trará maior alcance, precisão e capacidade de penetração, reforçando a credibilidade da dissuasão nuclear marítima francesa diante de ameaças em evolução. O programa garante anos de atividade para a ArianeGroup e para centenas de empresas parceiras, além de incorporar novas tecnologias e métodos para atingir metas técnicas e econômicas ambiciosas.

Responsável desde o início pelo programa dos mísseis M51, a ArianeGroup continuará a atuar em todas as fases do ciclo de vida — do projeto e produção à manutenção em serviço, além do descomissionamento e desmantelamento ao fim da vida útil.

Com o M51.4, a França reafirma sua aposta em uma força de dissuasão nuclear moderna e resiliente, elemento central da estratégia de defesa do país no cenário geopolítico atual.■

SSBN classe Triomphant leva 16 mísseis M51 com seis a dez ogivas termonucleares TN 75 150 kt ou TNO 100-300 kt cada

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sub urbano

A dissuasão nuclear francesa é muito interessante. Não é a clássica tríade como a adotada por EUA, Russia, China e India com ICBM, SLBM e bombas/mísseis nucleares de aviação. Ao invés disso os franceses possuem, além dessa familia de SLBMs da reportagem, um míssil de cruzeiro nuclear, o ASMP com ogivas nucleares de 100 a 300 kilotons, 10x a 30x a bomba de hiroshima cada. E só. Não possui componente terrestre. Cada país faz de um jeito. O Paquistão tem misseis de cruzeiro de aviação (O RAAD), misseis balisticos e de cruzeiro (O babur, similar ao brasileiro AVT300 só q… Read more »

Deadeye

A França tinha o componente terrestre até 1996, porém fecharam as bases de misseis.

André E.

Se é pra ter algo, que seja algo crível e que bote medo.

DanielJr

Bombas nucleares de queda livre praticamente não serve para nada, é necessário sobrevoar o alvo.