Submarino Museu ‘Riachuelo’ celebra 50 anos de lançamento ao mar

Cerimônia destacou a importância histórica do submarino e sua atual missão como patrimônio cultural
A Marinha do Brasil (MB) celebrou, na quarta-feira (10), os 50 anos do lançamento ao mar do Submarino Riachuelo (S-22), ocorrido em 6 de setembro de 1975. A cerimônia foi realizada no Espaço Cultural da Marinha, no centro do Rio de Janeiro, onde o submarino encontra-se em exposição para visitação pública, na condição de museu, desde 1997.
O evento contou com a presença de autoridades militares e civis, entre as quais o Secretário-Geral da Marinha, Almirante de Esquadra Eduardo Machado Vazquez.
Durante o evento, o Diretor da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), Vice-Almirante (Reserva) Gilberto Santos Kerr, destacou o simbolismo da data. “É com grande satisfação que celebramos, hoje, os 50 anos do lançamento ao mar do Submarino Riachuelo. Este submarino é feito de aço, baterias, periscópio e torpedos, mas também é feito de memórias, porque cada imersão, cada chegada e saída de porto, cada tripulante qualificado para o serviço deixou sua marca neste casco”, afirmou.
Ainda em seu discurso, o Diretor parafraseou o escritor Denis Waitley: “O Patrimônio Histórico é como um submarino navegando em silêncio e em águas profundas”. E completou: “Desde o primeiro instante, compreendi o compromisso da DPHDM em manter viva a chama de nossa tradição, mergulhando até a cota profunda de seus maiores bens, preservando a propriedade cultural da Marinha de forma silente, interpretando-a para o nosso público.”
Do mar para a história
Construído na Inglaterra, o Riachuelo fez parte da classe “Oberon”, posteriormente denominada classe “Humaitá”. Os submarinos dessa classe trouxeram avanços operativos inéditos para a Força Naval, como novas técnicas de controle de avarias, identificação por sonar com análise espectral, emprego do sistema de tiro computadorizado Tios (Tiro de Precisão) e inovações na navegação eletrônica por satélite.
O Riachuelo foi incorporado à MB em 27 de janeiro de 1977 e atuou por mais de 20 anos de serviços operativos, participando de comissões e exercícios nacionais e internacionais, como as operações “UNITAS” e “FRATERNO”, ambas voltadas ao adestramento conjunto e à cooperação entre Marinhas amigas.
Em 12 de novembro de 1997, foi desativado e transformado em submarino-museu, passando a cumprir uma nova missão: aproximar a sociedade brasileira de sua história naval.
“O Submarino-Museu Riachuelo já recebeu milhares de visitantes, encantando crianças, jovens e adultos que, ao atravessarem suas escotilhas, se surpreendem com a vida a bordo e imaginam como seria servir em um submarino”, ressaltou o Vice-Almirante Kerr.

Legado e continuidade
O Riachuelo foi o sexto navio a ostentar esse nome, que rememora a Batalha Naval do Riachuelo, vitória decisiva da Marinha brasileira durante a Guerra da Tríplice Aliança. Hoje, o ciclo se renova com o Submarino “Riachuelo” (S-40), primeiro da Classe Riachuelo desenvolvido no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). “O passado e o futuro se encontram neste nome. De um lado, o Riachuelo-Museu, que preserva a história; de outro, o novo Riachuelo, que projeta o futuro da Força Naval, fortalecendo a capacidade de defesa do País”, concluiu o Diretor da DPHDM.
Como visitar
O Espaço Cultural da Marinha situa-se no Boulevard Olímpico da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Com uma área expositiva de cerca de mil metros quadrados, está localizado na Orla Conde, entre o Largo da Candelária e a Praça XV. Instalado nas antigas docas da Alfândega, sobre uma área aterrada na segunda metade do século XIX, foi inaugurado em 20 de janeiro de 1996.
Com uma combinação de cultura, história e passeios imperdíveis, o espaço é uma excelente opção para quem deseja aprender mais sobre a história do Brasil e explorar um dos mais belos cenários do Rio durante as férias.
A entrada para o espaço é gratuita às terças-feiras, exceto em feriados. Para os passeios marítimos e visitas à Ilha Fiscal, os ingressos variam de R$ 30,00 (meia entrada) a R$ 60,00 (inteira), e podem ser adquiridos pelo aplicativo “Marinha Cultural” (IOS/Android) ou pelo site da “Ingresso com Desconto”. Mais informações podem ser obtidas pelo site da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha.
O Museu Naval encontra-se no Centro do Rio de Janeiro, na Rua Dom Manuel, nº 15, Praça XV, aberto de terça a domingo. A entrada é gratuita.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
NOTA DA REDAÇÃO: Conheça a história do submarino Riachuelo – S22 na página do NGB – Navios de Guerra Brasileiros, clicando aqui.
Já tive o prazer de visitá-lo. Fantástico. Tive um medo desesperador de cair na água, mesmo com toda aquela aderência do piso externo, sem contar o ar pesado do seu interior e a sensação de claustrofobia. Submarinistas são pessoas especiais. Que me desculpem os outros marinheiros.
“O compartimento da proa do submarino Riachuelo – S22, com os turbos e berços dos torpedos”
turbos?!
manda o estagiário corrigir é tubo 👍
Valeu, Burgos!
TMJ 💪
Meu primeiro navio, 84/85, o tempo passa rápido demais!
Gosto de ver o decrescimo no número de tripulantes em cada geração de subs.
Nos guppy eram em torno de 70, acho.
Nos IKL parece que em torno de 40.
Os Scorpene ouvi falar em 34.
Quantos eram nos Oberon?
Os “Guppy” tinham uma tripulação em torno de 80 enquanto os “Oberon” 70.
Cerca de 60 a 65, sempre levavamos qualiras(estudantes) para adestramento e isso aumentava a tribulação.
Nos Oberon, eram em torno de 74 tripulantes.
Sou mais…digamos…”histórico” que o Riachuelo??? rs
Cresci visitando museus militares, não faço ideia da quantidade de vezes que visitei o Bauru, Monumento dos Pracinhas, Conde de Linhares, Musal (e ainda visito, amanhã estarei na Corrida da Independência), etc…
Em 84/85 eu estava com 10 anos, brincando na rua e sonhando em ser piloto da FAB…o tempo sim, passa rápido demais!
Já o visitei algumas vezes, é sempre um prazer
Sou do RJ e quem tiver a oportunidade de visitar o Espaço Cultural da Marinha não pederá a viagem. Desde o Sub museu, o navio museu Bauru que serviu na SGM, o próprio Espaço que tem uma mostra permanente de arqueologia marinha, o passeio para conhecer a Ilha Fiscal guiado, alem de um Helicóptero Sea King, um Caça AF1, Cascavel do CFN e uma replica da Nau Capitânea de Cabral. Depois, faça um passeio pela Orla do Boulevard Olimpico.
Já tive o prazer de visitar. Visitei tb o Nautilus, próximo a Boston.
Mas o sonho de consumo é o U-505 em Chicago.
Fui no U-505 no Museum of Science and Industry. É surreal pensar que um submarino alemão foi parar em Chicago. Só ele já vale a ida ao museu, que tem um acervo sensacional. É um programa para o dia inteiro
Tomcat
Não sei se é verdade, talvez vc possa esclarecer. Ouvi dizer que o agendamento é um tanto concorrido. Não sei tb se é possível visitar o interior.
Conta para nós como é !
Carvalho, fui em junho de 2013 e comprei o ingresso no dia em que fui. Apesar de fazer parte do museu, o ingresso para a exposição do U-505 é comprado no próprio museu. É possível, sim, visitar o interior. Tenho várias fotos de lá. Vou postar aqui. Só digo que é uma visita imperdível, assim como todo o museu
Vc sabe da história do 505?
Ele foi capturado após o comandante se matar com um tiro de pistola, após várias rodadas de cargas de profundidade.
Tenso….
Sim, sabia 🙂
Se não me engano, faz parte da descrição nos painéis explicativos que tem lá
Estas fotos merecem um Post no Naval !!
O “Riachuelo” como exibição não deve nada à similares estrangeiros a ainda tem o contratorpedeiro Bauru ! . Meu sonho de consumo era justamente visitar o “Nautilus” e quando finalmente entrei a bordo não conseguia sair pois sabia que dificilmente retornaria, mas, depois de mais de uma hora acabei saindo por conta de um bando de crianças barulhentas de uma escola próxima que fazia um passeio acompanhadas por professores. . Mais perto de Boston visitei o encouraçado Massachusetts onde também está o submarino “Lionfish” que teve uma modesta participação no fim da II Guerra e o destroyer Joseph Kennedy Jr… Read more »
Há muitos anos tive na minha carga um livro escrito, se não me engano, pelo comandante do Nautilus, que comprei em um sebo. Edição em português, me parece que bem raro, pois nunca mais vi.
Chama-se “Um caminho sob o Polo”. Também comprei em um “sebo” – “santa coincidência Batman ! – a capa já se foi décadas atrás, mas o livro encontra-se em bom estado.
Não consegui ir no Massachusetts, por falta de tempo, mas consegui ver o USS Constitution. Fascinante!
Tenho intenção de em breve visitar o Huascar, um couraçado que foi empregado na Guerra do Pacífico entre Chile e Peru. Creio que é semelhante aos navios usados pela marinha imperial na guerra do Paraguai.
Do “Constitution” também comprei um pedaço de madeira, que é eventualmente trocado. Era jovem e o dólar era barato.
.
Do “Huascar” tenho em livro um relato de suas ações e mesmo uma foto do mesmo afundando um navio chileno. Eventualmente ele foi capturado pelo Chile
e a história desse navio que combateu por duas marinhas é fascinante e valerá muito a pena visita-lo, espero que consiga !
Um pedaço de madeira do Constitution? Rsrsrs. Cuidado com a faxineira !! Rsrs
Mas vou confessar: eu já tive um pedaço de metal (do tamanho de uma unha) da asa do U2 do maj. Anderson abatido em Cuba.
Dei de presente para um amigo que fabricava réplicas de Sidewinders e Garands em epóxi. Hahahahha
Como diz o ditado: a diferença entre homens e meninos é o preço dos seus brinquedos !
Abraço!
Quem sabe um dia veremos daqui alguns anos uma FCT atracada aí também 👍
Alguém sabe me dizer o que ouve com o projeto de modernização do museu. Sei que teve um projeto ganhador, inclusive muito bonito, que depois não se teve mais notícias.
Visitei ele tem uns quatro meses…dessa vez tive mais tempo e vi com mais detalhes….a Marinha fez um vídeo explicando como funciona o ciclo de patrulha de submarinos em situações de combate…era algo mais ou menos assim…trajeto até area na carta, patrulha, retorno e tempo de reabastecimento e manutenção…um submarino ia fazendo a rendicao do outro, achei muito interessante a preocupação de turnos para garantir operações 24h/7 e 365 dias ano se necessário for.
Tenho muita vontade de visitar, mas não tenho mais coragem de ir ao RJ….
Não tiro sua razão, mas é uma paisagem maravilhosa…com uma cidade horrorosa dentro.
Visitei algumas vezes o “Riachuelo-S22”. A comparação com um GUPPY Class é inevitável: muito apertado. Os GUPPYs eram muito mais confortáveis.
Quando eu servi no “Rio Grande do Sul-S11”, foi-me oferecido um embarque em um Oberon Class (não lembro qual), para uma viagem à Argentina. Eu iria como destacado mas não aceitei.
Munito bacana mesmo. Uma das minhas últimas memórias do Brasil, quando o vi atracado quando visitei a base do Rio com meu pai em 1989.
Abs