Espanha lança a fragata ‘Bonifaz’, primeira unidade do programa F-110 da Armada Espanhola

Ferrol (Galícia) – A empresa estatal Navantia realizou no dia 11 de setembro, em seu estaleiro de Ferrol, a cerimônia de batimento de quilha e lançamento da “Bonifaz” – F-111, a primeira de cinco fragatas da nova classe F-110 destinada à Armada Espanhola. O evento contou com a presença do primeiro-ministro Pedro Sánchez e de Sua Majestade a Rainha Sofia, madrinha do navio, que quebrou a tradicional garrafa de vinho Albariño no casco antes de a embarcação deslizar para o mar.
Cerca de 5.000 pessoas, em sua maioria funcionários da Navantia e familiares, acompanharam o momento em que a fragata, já com mais de 70% de construção concluída e um mês adiantada em relação ao cronograma, tocou a água ao som do hino nacional. A cerimônia teve ainda a bênção do capelão Vicente Hernández Chumillas e a presença de altas autoridades militares, como o chefe do Estado-Maior da Defesa, almirante Teodoro López Calderón, e o chefe do Estado-Maior da Marinha, almirante Antonio Piñeiro.
A ministra da Defesa, Margarita Robles, assinou previamente a autorização formal para o lançamento. A entrega final da “Bonifaz” está prevista para 2028, enquanto outras duas unidades do programa já estão em diferentes fases de construção no estaleiro.
Marco industrial e tecnológico

O programa F-110, aprovado em 2019, é apontado pelo governo espanhol como um salto em autonomia estratégica e inovação naval, com previsão de gerar cerca de 9.000 empregos diretos e indiretos em mais de 500 empresas ao longo de uma década. “Hoje abrimos uma nova era de esperança para Ferrol e para toda a Galícia”, destacou Pedro Sánchez, ressaltando o impacto na reindustrialização regional.
Para o almirante Antonio Piñeiro, a nova fragata “encarna o compromisso da Espanha com a inovação e a soberania tecnológica, oferecendo uma vantagem estratégica decisiva e alinhando-se à visão Armada 2050”.
O presidente da Navantia, Ricardo Domínguez, lembrou que o navio incorpora avanços como gêmeo digital, sistema integrado de serviços, sensores de última geração e mastro integrado que reduz a assinatura de radar, tornando a F-110 “um símbolo da capacidade de inovação espanhola”.
Capacidades de defesa
Projetadas para missões de escolta e operações conjuntas, as F-110 combinam capacidades antiaérea, antissuperfície e antisubmarino. Contam com o sistema de combate SCOMBA, desenvolvido pela própria Navantia, e com o Integrated Platform Control System (IPMS), além de motores e sistemas produzidos em Bahía de Cádiz e Cartagena.
O gêmeo digital – réplica virtual alimentada por sensores, internet das coisas e computação em nuvem – permitirá decisões baseadas em dados, maior automação e operação com tripulações reduzidas, incluindo a integração de veículos não tripulados.
Com a “Bonifaz”, a Espanha reforça a modernização de sua Marinha e dá um passo estratégico para manter capacidade de dissuasão e presença no Atlântico e no Mediterrâneo, consolidando também a liderança tecnológica da indústria naval nacional.■

FONTE: Navantia
nossa e eu que achava que a Tamandare era sub armada mas essa fragata ai e basicamnete um navio com antenas e mais nada
Um leão banguelo no meio da savana.
Pois é, eu não entendi se esse navio é da Armada espanhola ou do Grupo Telefónica…
Santos, Leonardo e dretor: essas fragatas possuem 16 células Mk41 e cada uma delas pode levar 4 mísseis RIM-162 ESSM (totalizando 64 mísseis), que possuem alcance + de 50 km. A Tamandaré leva 12 CAMM, com alcance de 25 km. A fragata espanhola leva 8 mísseis NSM ou Harpoon, enquanto a Tamandaré leva 4 Exocet ou MANSUP. De resto, ambas contam com canhões principais (o da fragata espanhola é de 127 mm e o da brasileira é de 76 mm), canhões CIWS e lançadores de torpedos. AMBAs também operam 2 helicóptero do porte de um SH-60. Então, em matéria de… Read more »
*Ambas operam 1 helicóptero do porte do SH-60
Tamandaré leva 8 Exocet ou Mansup…
F110 – Armas: 1 canhão de 127mm; 2 de 30mm; 4 Met .50; 16 VLS; 8 Mísseis ASuW; 2TT (2×2); 2 Helicópteros.
Só complementando, no quesito AAE dá pra ter, como suposição, 12 SM-2 e 16 ESSM, ou 64 ESSM (alcance de 50km)
Você não olhou direito…
Como é engraçado ver um punhado de perdido falando bobagem de um navio que é melhor equipado que uma FREMM…

Deve ser pq o “punhado de perdido” não possui o seu elevado grau de conhecimento técnico. Nem todos são do seu nível não é mesmo? Aliás nem deveriam opinar ou mesmo escrever pois acabam escrevendo bobagens e imagino que isso deve ferir pessoas tão superiores e evoluídas como você. Num site feito apenas para especialistas do seu naipe e calibre esse “punhado de perdido” deveria manter-se na insignificância se seus parcos conhecimentos em vez de ofender mentes tão astutas e brilhantes como a sua. Esse “punhado” e todos os outros deveriam te pedir desculpas. E sua sumidade em vez de… Read more »
Antigamente, as pessoas, de um modo geral, tinham mais vergonha de parecer burras. Hoje em dia, não só se perdeu essa vergonha, como há sempre alguém para defender a burrice alheia.
kkk
irei copiar isto kkk é Brilhante kkkkk
Comentário infeliz. Desrespeitar as pessoas, chamando-as de “burras”, não apenas é desnecessário, como afasta uma parcela significativa de público, em sua maioria, entusiastas, que vêem ainda o assunto Defesa merecedor de debate, e de nada contribui para melhorar a imagem de grande parcela da população sobre a importância e o papel das Forças Armadas, bem como o tema Defesa no Brasil. Entendo que este espaço destina-se a agregar conhecimento, então todos que de alguma forma possam contribuir em fazê-lo, que o façam com sabedoria e respeito, para que esse conhecimento possa chegar a uma parcela cada vez maior da população,… Read more »
Mesmo.
É o efeito da internet como diria Umberto Eco.
Aí Bardini;
Boa noite;
Tira uma dúvida, essa foto aí não é da F-101 as Álvaro de Bazam, onde foi inspirado as F-110 ?! 👍
Vi uma lá no Oriente Médio escoltando um mercante ⚓️
É uma arte mais recente de como ficará a “Bonifaz”, que foi lançada. Veja que na arte desta publicação (aquela, com as descrições dos sistemas), ainda está representado o antigo layout de sensores.

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Essas F-110 eram para ser uma “simples” versão ASW das F-100. No final, devem ter mudado tanta coisa e ter colocado tantos requisitos, que virou basicamente um projeto novo…
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As F-100, como a que você viu, participam com frequência em operações no exterior, enquanto as fragatas da classe Santa María, que vão ser substituídas pelas F-110, ficam em geral, mais por perto.
Legal 👍
Não sabia que os espanhóis tinham OHP ainda em atividade.
A única OHP que vi foi lá na Turquia parece que eles tem algumas em atividade também
Obrigado pelas informações Bardini
Além da Turquia e Espanha; Polônia, Paquistão, Egito e Taiwan tb operam algumas OHP.
O Bahrein também opera se não me engano duas OHP. Austrália, Espanha e Taiwan construíram novas sob licença, os demais compraram usadas dos EUA.
Exato, Bahrein opera duas unidades.
O Chile comprou duas usadas da Austrália.
E o Chile adquiriu poucos anos atrás duas construídas na Austrália
que foi muito comentado aqui, ainda com o lançador MK-13 que pode lançar mísseis “SM-2” e “Harpoon” para um total de 40 mísseis uma mistura possível, 36 dos primeiros e 4 do segundo e um “VLS” MK-41
com 8 silos cada um para até 4 mísseis ESSM, total de até 32.
E foi uma baita compra de oportunidade do Chile. São navios bem armados e não estão muito desatualizados. Carregam a robustez e simplicidade do projeto das Perry.
Não entendo isso de sub armado, são 64 mísseis! Alias em Portugal fala se que estas poderão ser as escolhidas a par das MEKO para substitui as fragatas portuguesas… Vai ser um Espanha vs Alemanha.
As F-100 que são anteriores possuem 48 células VLS Mk-41. Usando 4 ESSM por célula é possível até 192 ESSM. Porém normalmente elas operam com 32 SM-2 e 64 ESSM. Essas F-110 mais novas possuem 16 células VLS do sistema Mk-41. 3x menos que as F-100. Deve ser isso. Mas creio que a Espanha pretende usar apenas os ESSM nesta classe, mantendo 64 mísseis antiaereos de Médio alcance + 8 NSN antinavio e sensores mais novos e modernos como radar An/Spy7, Sonar rebocado de profundidade variável Captas-4, etc. Como a Espanha ja tem 5 F-100 para defesa aérea, natural que… Read more »
A idea era fazer uma mescla de ESSM, SM2, SM6 e Tomahawk.
O pessoal não entende que o lançador MK-41 comporta 4 mísseis por container, ao verem 16 células, acham que são 16 mísseis…..mas são 64!
Caro guizmo, nem sempre o MK 41 comporta quatro mísseis por container, no caso do SM2 e SM6, por exemplo, é um míssil por container.
Puta que pariu, que navio lindo. Uma das coisas que me desanimaram nas tamandares foi aquele mini mastro. Parece um navio de patrulha oceânica.
Mas é, só que inflado como um baiacu.
As Tamandarés são horríveis. Feias, mal-armadas, gordas, atarracadas…..projeto sofrido. Eu olho uma Type 21 dos anos 70 e choro com a involução
As FREMM têm deslocamento entre 6.000 e 6.700 toneladas e dimensões parecidas, além de sistemas antissubmarino e antiaéreo bem estabelecidos. O custo por unidade da FREMM varia de 600 a 900 milhões de euros, dependendo da versão e dos sistemas instalados. A F-110 está na mesma faixa tecnológica e financeira, embora com sensores mais recentes e algumas soluções de integração digital mais avançadas. A Type 26, usada pelo Reino Unido, Canadá e Austrália, tem deslocamento um pouco maior, em torno de 6.900 toneladas. O foco em furtividade acústica e guerra antisubmarina é mais acentuado. O custo é superior — acima… Read more »
Alguém sabe o por que da redução do número de células VLS de 48 na F100para apenas 16 na F110?
Muitas marinhas europeias dividem navios de combate com ênfase em defesa aérea, geralmente destroyers ou fragatas pesadas e navios de combate de emprego geral ou focados em guerra antisubmarina. A França tem 2 Destroyers Horizon cada um com 48 células. Depois vieram 6 FREMM com apenas 16 Aster-15 cada e por fim 2 FREMM-AAW com 32 células cada para Aster-30 ou 15. De igual modo os alemães possuem as F124 Sachsen com 32 células VLS Mk-41 para SM-2 e ESSM (4 por célula), e + 2 sistemas RAM. Depois veio as F125 maiores, com mais de 7.000 toneladas, porém com… Read more »
As far as French FREMMs are concerned:
Sim, tem 2 que podem usar Aster-30 além do Aster-15.
Sobre os A70 para mísseis de cruzeiro MdCN eu omiti a informação pois a questão era sobre navios focados em defesa antiaérea e outros focados em Asuw e/ou emprego geral.
Exato. A FREMM com apenas 16 células vls é a versão italiana.
Para defesa antiaerea ambas usam somente 16 células VLS. As italianas todas com A50 Sylver para Aster-15 e Aster-30, já as francesas apenas 2 usam o A50, as outras 4 usam A-43 Sylver que abrigam apenas Aster-15. Somente as duas últimas FREMM francesas sao da versão AAW e estas possuem 32 células A-50. O ponto da discussão era a quantidade de mísseis antiaereos. E a explicação é que existem fragatas e/ou destroyers dedicados para esta função com maior número de células VLS e fragatas destinadas como guerra antisubmarino e/ou emprego geral onde o número de células VLS para mísseis antiaereos… Read more »
Porem o Aster nao é quadr-pack por silo como o ESSM
Fremm Francesas tem todas 32 vls e não 16, as Italianas têm 16 mas com capacidade de 4 mísseis c 50km/range por célula, as F-125 Alemãs vão ser incorporadas com mísseis Íris-T de médio alcance, as F-126 têm 16 células, mas também c capacidade de 4 mísseis essm por célula e tal como as F-125 c espaço reservado para conteiners com nísseis ou drones/kamikaze e as F-127 existem planos para ter, mínimo de 64 vls, sendo que todas as fragatas Alemãs, também têm mísseis de curto alcance, os RAM, com pelo menos 24.
Mais uma lição sobre contagem: a primeira nave da classe F-110 será a F-111. Ainda dá tempo de repintar os números da classe F-200 e renumerar a Tamandaré como F-201…🤪🤣
Dentro do conceito da MB, necessidades, disponibilidade de recursos e histórico de escolha do projeto Tamandaré, quais seriam as características para atender este desejo futuro da MB após o programa Tamandaré, de 3 ou 4 fragatas “pesadas”? Seria por ex uma A-300 “à brasileira” com propulsão e sistemas mais parecidos com a Tamandaré e Sistemas de Defesa e Ataque um pouco mais robustos porém menos robustos que uma Fremm, Type 26, Ou f110? Ou uma nova parceria com Índia, Turquia ou Coreia objetivando reduzir custos e troca de tecnologia e comércio militar(ex c390)?
A MB, não oficialmente mas através de uma entrevista no Diarinho, pediu mais 3 bilhões para cumprir com o contrato das 4 Tamandaré.
A capitalização inicial não está suficiente e não há notícia do navio polar, contemplado também na capitalização.
Nosso problema é e sempre foi cumprir com o contrato. E sempre será.
Este novo navio da Espanha possui um radar SPY-7 muito pequeno, ainda menor do que o SPY-6(V)3 que será instalado nas fragata Constellation da USN. A sensibilidade de um AESA é proporcional à área cúbica (e, portanto, por dimensão linear à sexta potência), então o tamanho é muito importante. Por ser um radar com dimensões reduzidas, suas capacidades é uma pequena fração do radar maior que será instalado, por exemplo, nos destroyers japoneses. Colocar SAMs de longo alcance neste navio seria muito questionável. É por isso que os espanhóis optaram em um VLS com apenas 16 lançadores para mísseis ESSM,… Read more »
Boa explicação, achava que a Espanha ia meter um AEGIS com SM6 nos navios, até achei que nem tinha o SPY7, pq ali na imagem tem outro nome.
F110 O VLS Mk 41 com 16 células para ESSM (até 64 mísseis) é suficiente para autodefesa e proteção de forças próximas. Sistemas de longo alcance, como o SM-2, exigiriam mais células e capacidade de comando/controle que não foram priorizadas no projeto. A Armada Espanhola segue a doutrina de ter navios especializados: F100 → Defesa aérea de área F110 → Guerra antissubmarino e defesa local Isso também reduz custos e evita tentar transformar cada navio em um “tudo em um”, o que encarece e aumenta a complexidade, operação e manutenção. O radar S-Band AESA das F110, conhecido como Alerta DACT… Read more »
Com uma antena dessas dá para contactar Urano!
Capacidade de rastreamento de alvos aéreos boa, capacidade antisubmarino, mas fraca capacidade de defesa aérea, ela nasceu pra operar com outros navios, achei um desperdício de dinheiro
OFF- https://x.com/Defence360/status/1969743412355313862
O exercício multinacional de experimentação de sistemas maritimos não tripulados #REPMUS25 da https://abs-0.twimg.com/emoji/v2/svg/1f1f5-1f1f9.svg
@MarinhaPT
e
@NATO
acolhe a demonstração e avaliação de um sistema de superfície não tripulado armado com mísseis. O #REPMUS25 decorre de 8 a 25 de Setembro, em Tróia e Sesimbra, https://abs-0.twimg.com/emoji/v2/svg/1f1f5-1f1f9.svg.