Forças Armadas da Espanha iniciam exercício ‘Eagle Eye 25-03’ nas Canárias e no Atlântico

Cristóbal Colón - F-105
Ilhas Canárias – As Forças Armadas espanholas deram início, no dia 15 de setembro, à ativação “Eagle Eye 25-03”, um dos principais exercícios de defesa aérea do país. A operação, que prossegue até 18 de setembro, mobiliza meios do Exército do Ar e do Espaço, Exército de Terra e Armada, sob coordenação do Mando de Operaciones (MOPS), para reforçar a vigilância e a capacidade de dissuasão em áreas de interesse nacional.
O exercício coincide com a série de atividades “Sinergia 25”, que se estende até 21 de setembro, envolvendo todos os comandos operativos (Terrestre, Marítimo, Aéreo, Ciberespacial e Espacial) para garantir presença, vigilância e dissuasão em todo o território espanhol.
Defesa aérea integrada
No ar, o Exército do Ar e do Espaço participa com seis caças F-18 do Ala 12, baseados em Torrejón de Ardoz (Madri), em missões de Quick Reaction Alert (QRA) — decolagem em menos de 15 minutos para interceptar alvos não identificados. O destacamento, com cerca de 60 militares entre pilotos, manutenção e apoio, opera a partir da Base Aérea de Gando.
O Grupo de Alerta e Controle (GRUALERCON), também em Gando, coordena a vigilância do espaço aéreo com dados de esquadrões de vigilância e de meios terrestres e navais, enquanto o Centro de Operações Aéreas (AOC), em Torrejón, assume o comando tático de toda a operação.
Apoio terrestre e naval
O Exército de Terra deslocou a Unidade de Defesa Antiaérea (UDAA) III-73, conhecida como “Cancerbero”, formada a partir do Mando de Artillería Antiaérea e equipada com sistemas HAWK, PATRIOT, MISTRAL e canhões 35/90. A missão é complementar a vigilância aérea e proteger as áreas designadas com seus sensores e armamentos.
Pelo lado naval, a fragata “Cristóbal Colón” – F-105, equipada com tecnologia de última geração para defesa aérea e guerra antisubmarino, navega no Atlântico integrada ao Sistema de Defesa Aérea (SDA). Segundo o capitão de fragata Gabriel Pita da Veiga Subirats, comandante do navio, o exercício “é uma oportunidade para avançar na interoperabilidade com as demais forças e fortalecer a confiança para responder a cenários de alta exigência”.
Operação “Sinergia 25”
Paralelamente, a “Sinergia 25” promove ações em todo o território:
- Mando Operativo Terrestre (MOT): vigilância em Ceuta, Melilla, Canárias e Baleares;
- Mando Operativo Marítimo (MOM): ativação Joint Shield, com o Navio de Ação Marítima “Tornado” nas Canárias, o Patrulheiro “Centinela” no Estreito de Gibraltar e a Unidade de Artilharia de Costa (UDACTA) em Campo de Gibraltar;
- Mando de Operações Ciberespaciais (MOC): monitoramento de redes;
- Mando do Espaço (MOESPA): fornecimento de dados de precisão GPS e de sobrevoo de satélites para apoiar as demais operações.■