Guarda Costeira dos EUA apreende mais de 34 toneladas de cocaína no Pacífico em megaoperação ‘Pacific Viper’

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WASHINGTON – A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou no dia 18 de setembro a apreensão de mais de 75 mil libras (cerca de 34 toneladas) de cocaína no Oceano Pacífico Oriental desde o início da Operação Pacific Viper, em agosto. A média de apreensão ultrapassa 1.800 libras (cerca de 800 kg) por dia, resultado de mais de 20 interceptações realizadas desde 8 de agosto.

Além da droga, 59 suspeitos de narcotráfico foram detidos. A operação intensifica o combate ao tráfico internacional de entorpecentes que saem da América do Sul rumo aos Estados Unidos, com o emprego de navios-patrulha, aeronaves e equipes táticas em cooperação com parceiros internacionais e agências federais norte-americanas.

“Nossa força marítima está sendo implacável no combate ao narco-terrorismo. A marca de mais de 75 mil libras de cocaína apreendidas demonstra nosso compromisso em desarticular organizações terroristas estrangeiras e grupos criminosos transnacionais”, afirmou o contra-almirante Jeffrey Novak, vice-comandante da área do Pacífico da Guarda Costeira.

A detecção e interdição do tráfico em alto-mar envolve ampla coordenação internacional e interagências. O Comando Sul dos EUA, através da Força-Tarefa Conjunta Interagências-Sul (JIATF-S), baseada em Key West (Flórida), é responsável por monitorar o trânsito aéreo e marítimo de drogas. Quando identificada uma embarcação suspeita, o controle da operação passa para a Guarda Costeira, que conduz a fase de apreensão e prisão.

As operações no Pacífico Oriental são coordenadas pelo Distrito Sudoeste da Guarda Costeira, com sede em Alameda, Califórnia.

A Guarda Costeira atua como principal agência federal de interdição de drogas em ambiente marítimo e integra o Departamento de Segurança Interna dos EUA. Com mais de 95 mil milhas de costa, 25 mil milhas de rios navegáveis e 4,5 milhões de milhas quadradas de zona econômica exclusiva, a força emprega mais de 55 mil integrantes, operando 250 navios, 200 aeronaves e 1.600 embarcações em missões de segurança, proteção de portos, combate ao tráfico e defesa da infraestrutura marítima crítica.

A Operação Pacific Viper reforça o papel da Guarda Costeira como elemento-chave da estratégia de segurança nacional americana, visando interromper o fluxo de drogas, desmantelar cartéis e organizações criminosas internacionais e proteger as fronteiras marítimas dos EUA.■


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Willber Rodrigues

Eu não quero nem imaginar a quantidade de drogas e a quantidade de pesca ilegal que ocorrem em nossas águas e em nossa ZEE…

Ozawa

Prezado Willber, seu tema, em decorrência do próprio post, leva a recorrente, polêmica e inconclusiva questão: por que, em nome de Netuno, não temos uma Polícia Naval, vulgo Guarda Costeira?

A título de sugestão poderia seguir no rodapé da matéria os diversos links de matéria a esse respeito nos 25 anos do PN …

gordo

Será que o pessoal da Faria Lima deixa ter uma Guarda Costeira?

MMerlin

O que tem de relação a Faria Lima com uma possível decisão para criação de uma guarda costeira? Eles tem mais relação com o cheque especial que você usa, com o financiamento do seu carro ou sua casa. Se não fossem investidores, seja estrangeiros ou nacionais, o Estado seria a única fonte de recursos para empréstimos. A fila de espera seria interminável e veríamos um desenvolvimento muito menor de todos os setores. Sem dúvida os recursos não seriam suficientes. E não traga como exemplo o Bank (estatal) of China. Em termos de gestão financeira estratégica (e não apenas financeira) aquele… Read more »

Willber Rodrigues

Eu procuro ser justo e tentar ao máximo não ser leviano em meus comentários. Dito isso, a MB é contra, pelos seguintes motivos: 1- a grana dessa GC sairia de onde? ( Provavelmente a questão mais importante); 2- qual a possibilidade da verba da MB não ser “fatiada” em dois, com metade pra MB, metade pra GC? 3- quais as chances dessa GC não ser igual a praticamente qualquer outro órgão brasileiro: inchado, ineficiente, que gasta mais com pessoal inativa do que com meios e pessoal ativo? 4- essa GC estaria subordinado diretame te a quem? Ao GF, ou a… Read more »

Ozawa

Eu, ao ensejo, Mantenho a mesma posição desde 2008. Mas desde lá vejo a MB com projetos megalomaníacos para a famigerada “Amazônia Azul” … Já passou da hora da MB por os pés no chão, ou nas águas para ser mais exato, e parar de voar … “Ozawa em 04 Set, 2008 às 17:05 Quanto a enquete ao lado, tecnicamente, eu tenderia à uma G.C., e subordinada ao Ministério da Justiça e não à Defesa, uma espécie de Polícia Federal Naval. O problema é que certamente seria um órgão de vigoroso peso político, forte lobby junto aos congressistas, uma tendência… Read more »

Willber Rodrigues

Pensei nisso também.

Essa GC, ao lado da PF, ser a “queridinha” do GF e ter os melhores recursos e equipamentos, pra inveja da MB.
Imagina a debandada do pessoal da MB indo pra GC, em busca de melhores soldos.
Se as FA’s já sofrem debandada de gente indo pra PF, PM, PC e iniciativa privada, imagina com a criação de uma GC…

India-Mike

A GC já existe e se chama MB. Concordo totalmente q a defesa da ridiculamente chamada Amazônia azul se da pela ação dos NPaOc e NPa, onde deveria ser o real foco de nacionalização e fomento à indústria naval brasileira, permitindo um investimento menor porém continuo, ao invés do devaneio de base de submarino de 007, submarino nuclear etc onde não será possível dar continuidade e causará o desengajamento e perda da capacidade adquiridos. O mesmo vale pras FCT, q por mais q necessárias, seu programa não vai deixar nenhum legado. Um programa de nacionalização totalmente focado em NPaOc/NPa seja… Read more »

J R

Acho que a melhor referência para essa GCB seria a PRF e não a PF, esta é por natureza uma polícia forense, a GC tem de ser uma polícia ostensiva aos moldes da PRF. E vou além, também deveria ser criado uma força de “carabineiros” aos moldes de uma PM para cuidar das fronteiras.

Last edited 20 dias atrás by J R
adriano Madureira

Não temos grana nem para uma Marinha meia-boca,que dirá mais uma guarda costeira que já terá que conseguir sua fatia de um bolo que já não é suficiente para as três forças…

Marinha essa que até quando lança uma mera LopRib,celebra como se fosse o feito da década…

joao

Já existe.
São as forças distritais. As embarcações das capitanias.
Quer outra instituição? Com mais uma estrutura de ensino, comando, administrativa, logística?

Paulo

Nem duplicando ou triplicando a frota da NPas do MB se daria conta da imensa, gigantesca costa do Br. É preciso mudar o paradigma. Vale também para as fronteiras terrestres. Só com Inteligência, satélites, radares, sensores, IAs e sistemas remotamente controlados, se poderia começar a enfrentar o problema. Aí entra o Sisgaaz ( área costeira ) e o sifrom ( area terrestre. Uma rede de radares( terrestres e embarcados do MB/ FAB/ EB) , sensores, satélites, e drones navais e aéreos, combinados com meios tripulados( MB/FAB/EB), integrados por links de dados ( link Br 2 ) e gerenciados por IAs… Read more »

Burgos

Aos que reclamam do tratamento desumano dado aos que traficam no mar do Caribe em águas internacionais.
Eis uma resposta mais abrangente ao tráfico de drogas internacionais 👍😏⚓️
Modo irônico, é claro

Sulamericano

Estava me perguntando o porque que esses barcos no Pacífico não receberam o mesmo tratamento que os barcos no mar do Caribe… Aqueles que foram afundados pertinho da Venezuela.

J R

entendi perfeitamente o que quis dizer, mas acredito que a principal diferença de tratamento esteja em quem esta fazer a missão, a USGC é uma força militar mas que atual como força policial, ela tem método e doutrina para isso, no Caribe o vigarista alaranjado mandou uma força militar de guerra, e o que esse pessoal sabe fazer além de matar? Nada! Então espere disso pra pior.

Carlos Eduardo Oliveira

O narcoterrorista Nícolas Maduro, não vai gostar dessa.

Piassarollo

Penso que se a Marinha dos EUA tivesse seguido o caminho de aproveitar o projeto dos “Legend” para sua nova fragata já estariam com várias unidades operando. E sem os problemas e contratempos das “Constellation”

Dalton

Seria mais fácil Piassa, mas, não o ideal, já que a US Navy queria um navio maior que pudesse comportar mais armas, melhores sensores, maior capacidade de sobreviver a danos e ter alguma capacidade de crescimento futuro e um “Legend” não atenderia todos esses requerimentos e assim perdeu a disputa/ deixou a competição.

Piassarollo

Valeu!